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Direito Civil Prof. Luciano Favaro Responsabilidade Civil • Inicialmente devemos entender quais os elementos essenciais para que haja a responsabilidade civil. Os elementos são: – Conduta humana: seja ela positiva (ação) ou negativa (omissão); – Dano: que pode ser moral, material e/ou estético; – Nexo de causalidade: mister que haja entre a conduta humana e o dano, o nexo de causalidade, ou seja, o elo. • A responsabilidade civil pode ser subjetiva ou objetiva. • A regra no Código Civil é a responsabilidade civil subjetiva, mas também se previu a responsabilidade civil objetiva. • Pergunta: mas qual a diferença entre elas? • Resposta: a diferença é que na responsabilidade civil subjetiva deve-se aferir se houve culpa (lato sensu) por parte do agente ao praticar o ato ilícito. Ou seja, deve-se aferir se o agente, voluntariamente, agiu com dolo (má-fé) ou com culpa (estrito sensu) caracterizado por sua negligência, imprudência ou imperícia. • Negligência: “falta de observância do dever de cuidado, por omissão. Tal ocorre, por exemplo, quando o motorista causa grave acidente por não haver consertado a sua lanterna traseira, por desídia”. • GAGLIANO, Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho. op. cit., p. 170. • Imprudência: “ocorre quando o agente culpado resolve enfrentar desnecessariamente o perigo”. O agente atua, assim, contra as regras básicas de cautela, a exemplo do pai que manda o seu filho menor dar comida a um cão de guarda, expondo o filho a perigo. • GAGLIANO, Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho. op. cit., p. 170. • Imperícia: “decorre da falta de aptidão ou habilidade específica para a realização de uma atividade técnica ou científica. Exemplo: erro médico quando se constata que, durante a cirurgia, o médico não empregou corretamente a técnica; advogado que não interpõe recurso que possibilitaria, segundo jurisprudência dominante, acolhimento da pretensão do autor. • GAGLIANO, Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho. op. cit., p. 171. • Já na responsabilidade civil objetiva não necessita aferir se houve culpa ou não do agente, bastando que se comprove que houve a conduta do agente, o dano e o nexo de causalidade. • Pergunta: mas quando saber se estamos diante de uma responsabilidade civil objetiva ou subjetiva? • Resposta: haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa (objetiva), nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem (art. 927, parágrafo único CC). Nas demais hipóteses, portanto, estar-se-á diante da responsabilidade civil subjetiva, que é, reitera-se, a regra. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Hipóteses de responsabilidade civil objetiva: • Os empresários individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação, ressalvados outros casos previstos em lei especial;
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