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Tópico 4 - Melhoramento e propagação de plantas ornamentais

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Melhoramento e propagação de 
plantas ornamentais
Apresentação
O mercado de plantas ornamentais vem crescendo anualmente no Brasil e no mundo. Um dos 
motivos para esse crescimento é a quantidade cada vez maior de plantas e flores com as 
características mais desejadas pelos consumidores, além das que são únicas e chamam a atenção 
por serem exóticas. Essa expansão e adequação na diversidade das plantas de acordo com o padrão 
exigido pelo mercado só são possíveis pelo melhoramento genético das plantas ornamentais. 
Conhecer essas técnicas permite aplicá-las a espécies e modificá-las de acordo com a necessidade, 
seja morfológica (como arquitetura e coloração) ou fisiológica (com flores mais resistentes à seca, 
por exemplo).
Entretanto, somente aplicar as técnicas de melhoramento adequadas não garante a 
comercialização, pois é necessário produzir a nova planta e garantir que a característica trabalhada 
seja mantida. Para isso, é imprescindível conhecer como cada planta é propagada, possibilitando 
sua multiplicação em quantidade e mantendo o padrão esperado.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre os principais polos de melhoramento de 
plantas ornamentais no Brasil e no mundo, os métodos aplicados no desenvolvimento de 
novas plantas com características de interesse para o mercado de plantas ornamentais e as técnicas 
de propagação dessas plantas para garantir sua reprodução com qualidade e quantidade.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer os principais polos de melhoramento no Brasil e no mundo. •
Descrever os métodos de melhoramento genético utilizado em flores.•
Identificar as técnicas de propagação de plantas ornamentais. •
Desafio
A propagação de plantas ornamentais em pequenas propriedades é comum entre produtores. Os 
altos custos das mudas e sementes, principalmente as melhoradas geneticamente, limitam o acesso 
desses produtores a esse material de maior qualidade, levando-os a aprender a aplicar métodos de 
propagação das plantas na propriedade.
Imagine a seguinte situação:
Numa propriedade rural familiar, uma das atividades é produzir mudas de plantas ornamentais, 
principalmente de árvores e arbustos. Uma família tem tradição na atividade florestal, porém é a 
primeira vez que trabalha com produção de plantas ornamentais.
Baseado nisso, responda:
a) Quais são os dois prováveis motivos relacionados às sementes dessas espécies que podem estar 
interferindo na germinação observada?
b) Como melhorar o a germinação dessas sementes?
Infográfico
O melhoramento genético de plantas ornamentais possibilita o desenvolvimento de novas 
variedades ou cultivares. O desenvolvimento cada vez mais rápido de novas tecnologias de 
cruzamento entre espécies e manipulação genética torna essa atividade cada vez mais tecnificada e 
específica.
Entretanto, o sucesso de um bom programa de melhoramento depende do conhecimento dos 
princípios básicos que norteiam o desenvolvimento da atividade, incluindo as etapas que fazem 
parte do programa e conhecendo como é possível adquirir plantas com as características 
desejadas e como essas etapas foram modificadas por técnicas mais modernas.
Neste Infográfico, que mostra um exemplo de melhoramento de crisântemos, veja quais são as 
etapas básicas de um programa de melhoramento de plantas ornamentais, desde a importância da 
escolha da característica desejada, passando por todo o processo, até a comercialização, 
comparando com as mudanças nesse processo em decorrência dos novos métodos de 
melhoramento.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/ae62d152-6c14-41a7-930e-db66b0c90761/4ab24fe1-832c-444e-9472-31e822d45d3e.png
Conteúdo do livro
Plantas ornamentais têm muitas aplicações, sendo utilizadas em projetos paisagísticos, áreas 
verdes, jardins e até na decoração do interior de residências, escritórios e muitos outros negócios. 
Apesar da grande variedade de plantas, ainda há aquelas preferidas pelos consumidores, cujas 
características as tornam mais consumidas. Essa característica do mercado leva à necessidade de 
desenvolver novas variedades, visando a adequar as existentes às preferências dos consumidores e 
aprimorando sua fisiologia para melhorar a comercialização, desenvolvendo, por exemplo, flores 
que mantenham suas pétalas por mais tempo. Portanto, desenvolver o melhoramento genético das 
plantas ornamentais é uma atividade essencial nesse mercado.
Entretanto, se a propagação dessas novas plantas não for correta, pode-se perder todos os ganhos 
com o melhoramento ou não conseguir produzir plantas em quantidade suficiente para que sua 
comercialização seja economicamente viável. Desse modo, é indispensável conhecer e aplicar os 
métodos de propagação das plantas ornamentais para a manutenção e o crescimento do mercado 
de plantas.
No capítulo Melhoramento e propagação de plantas ornamentais, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem, conheça as características desse mercado no Brasil e no mundo, as principais 
técnicas de melhoramento genético de plantas aplicadas às espécies ornamentais e como propagar 
plantas para produzir de acordo com suas características.
Boa leitura.
FLORICULTURA E 
PAISAGISMO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Reconhecer os principais polos de melhoramento no Brasil e no mundo.
 > Descrever os métodos de melhoramento genético utilizados em flores.
 > Identificar as técnicas de propagação de plantas ornamentais.
Introdução
As plantas ornamentais são utilizadas em projetos de paisagismo por suas ca-
racterísticas morfológicas, como cores atrativas, formatos exóticos, imponência, 
etc. Além disso, são comumente utilizadas como símbolos de amor, carinho ou 
admiração, principalmente em ocasiões especiais, como datas comemorativas. 
Por esses motivos, o mercado mundial de produção de novas variedades de 
flores é enorme e cresce continuamente, necessitando, para isso, que novas 
plantas sejam desenvolvidas de acordo com as necessidades do consumidor.
Desenvolver novas cultivares de flores, seja modificando a cor ou a estru-
tura de uma planta comercial, adequando a estrutura de alguma espécie para 
usos específicos ou melhorando a fisiologia da planta para que ela resista à 
seca, retenha por mais tempo as folhas sem amarelecer ou qualquer outra 
característica desejada, depende da aplicação de técnicas de melhoramento 
genético (TUYL, 2012). Entretanto, para que a produção acompanhe a evolução 
do consumo, mantendo as melhorias desejadas, é necessário que essas plantas 
Melhoramento 
e propagação de 
plantas ornamentais
Walter Mesquita Filho
sejam corretamente propagadas, utilizando a técnica adequada para que se 
tenha plantas mais homogêneas possíveis e em grande quantidade (BARBOSA; 
LOPES, 2007; WENDLING, 2017).
Neste capítulo, vamos explicar no que consiste o melhoramento genético 
de plantas e como é desenvolvido no Brasil e no mundo. Vamos, também, 
apresentar as principais técnicas de melhoria aplicadas às plantas ornamentais 
mais diversas, bem como os meios de propagação que devem ser aplicados 
para que todo o desenvolvimento da nova planta ocorra.
Melhoramento genético de plantas 
ornamentais no Brasil e no mundo
O melhoramento genético de plantas ornamentais é a maneira encontrada 
pelo homem para atender às crescentes demandas de consumo sem abdicar 
das características mais apreciadas em uma planta. O início dessa atividade 
ocorreu há cerca de 300 anos, em países da Europa (TUYL, 2012). Quando os 
primeiros produtores começaram a escolher, em seus campos, as plantas a 
serem utilizadas para a próxima produção, considerando coloração diferente 
de uma flor, o porte mais ereto de uma palmeira e os arbustos menores e com 
copa maior, por exemplo, iniciou-se a atividade de melhoramento genético 
das plantas ornamentais. Esses são exemplos da chamada domesticação das 
plantas:aquelas que têm as características mais desejadas pelo produtor são 
as selecionadas e cultivadas, enquanto as outras não serão mais utilizadas 
(BORÉM, 2005). Atualmente, o melhoramento genético dessas plantas é feito 
aplicando as técnicas mais modernas.
Mundialmente, o polos principais de melhoramento de plantas ornamentais 
são os países da Europa e da América do Norte, principalmente os Estados 
Unidos (TUYL, 2012). O destaque europeu é a Holanda (Quadro 1), país tradi-
cionalmente mais importante em relação ao cultivo e comércio de plantas 
ornamentais, principalmente de flores. Nesse país, o melhoramento é desen-
volvido, sobretudo, por empresas privadas, apesar de haver universidades 
com tradição nessa área (TUYL, 2012). Nos demais países europeus, universi-
dades e empresas têm praticamente a mesma importância, sendo observada, 
no Reino Unido, uma maior atividade por parte dos jardins botânicos e de 
pessoas que cultivam plantas como hobby (TUYL, 2012; PANZINI, 2013). 
Na América do Sul, Argentina, Brasil, Colômbia, Equador e Chile são os 
países onde há empresas e, principalmente, universidades e institutos públi-
cos de pesquisa que desenvolvem o melhoramento das plantas ornamentais 
(TUYL, 2012) (Quadro 1). Entretanto, com exceção de algumas espécies, como 
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais2
rosas, a principal característica desses países é a importação do material 
melhorado para cultivo e a venda do produto final aos mercados internos e 
externos (JUNQUEIRA; PEETZ, 2018).
Quadro 1. Países, por continente, com participação no melhoramento de 
plantas ornamentais no mundo em função da importância dos diferentes 
setores que realizam essa atividade
Continente/
país
Universidade/
Instituto de pesquisa Empresas
Jardim 
botânico Hobby
Europa
Holanda 2 5 — 1
Alemanha 2 3 — 1
Bélgica 2 2 — 1
França 2 2 — —
Itália 2 2 — —
Reino Unido 1 1 2 2
Polônia 1 1 — —
Dinamarca 1 1 — —
República 
Tcheca 1 — 1 —
América do Norte
Estados 
Unidos 2 2 1 1
Canadá 1 1 — —
América do Sul
Argentina 1 — — —
Equador — 1 — —
Brasil 1 1 — —
Colômbia — 1 — —
Chile 1 — — —
Fonte: Adaptado de Tuyl (2012).
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais 3
O principal foco de melhoramento genético de plantas ornamentais são 
as flores de corte e vaso, como crisântemos, rosas, tulipas, lírios e demais 
plantas facilmente encontradas em floriculturas, supermercados e atacados 
como centrais de abastecimento (Ceasas), sendo o alto consumo um dos 
motivos de melhoramento (TUYL, 2012; JUNQUEIRA, PEETZ, 2018). A Holanda 
é onde ocorre a maior produção de nova plantas, ou cultivares, melhoradas 
de flores, sendo o país de origem da maioria das empresas que realizam 
essa atividade no mundo (TUYL, 2012). Os Estados Unidos têm características 
semelhante às da Holanda, mas com maior foco na produção de sementes 
das plantas melhoradas, em sua maioria flores.
No mundo todo, o desenvolvimento de novas cores é um dos principais 
objetivos dos programas de melhoramento genético, visando à ampliação 
do mercado com tonalidades únicas. Entretanto, são muitas as caracterís-
ticas melhoradas, incluindo a estética das espécies, como modificações na 
arquitetura da planta, a resistência, a tolerância a pragas, doenças e seca, 
o aumento do número de flores, a redução no tamanho da planta, o melhor 
desenvolvimento do sistema radicular, etc. (NOMAN et al., 2017).
No Brasil, o melhoramento ainda não é uma atividade expressiva como 
nos demais países mencionados, apesar do grande mercado de plantas orna-
mentais e do potencial de crescimento. Isso se deve, sobretudo, ao relativo 
baixo consumo per capita das pessoas e ao fato de as vendas dessas plantas 
ocorrerem principalmente em datas festivas, sendo um mercado ainda sazonal. 
Outro fator importante, derivado da concentração da produção na região 
Sudeste do país, mas também pela preferência das pessoas, é a homoge-
neidade das plantas consumidas, principalmente flores. A preferência é por 
algumas plantas específicas, relacionadas a algumas ocasiões. Por exemplo, 
há uma preferência por rosas vermelhas e brancas, utilizadas em casamentos 
e comemorações românticas. Crisântemos e cravos são muito utilizados em 
cemitérios, para honrar os mortos, normalmente nas cores branca e amarelo. 
Já as palmeiras normalmente são utilizadas para a marcação de caminhos, 
quando são de grande porte, e em composições, quando são de pequeno 
porte, e o consumidor tem preferência por palmeira imperial ou real e outras 
de menor porte (TUYL, 2012; JUNQUEIRA; PEETZ, 2018).
Os principais centros de melhoramento genético das espécies ornamentais 
no Brasil estão presentes na região Sudeste, em função da tradição na pro-
dução dessas plantas, principalmente no estado de São Paulo. Alguns centros 
de melhoramento importantes incluem o Instituto Agronômico de Campinas 
(IAC), universidades estaduais, como a Escola Superior de Agricultura “Luiz de 
Queiroz”, da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), a Universidade de Campinas 
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais4
(Unicamp), a Universidade Estadual de Londrina (UEL), o Instituto de Botânica 
de São Paulo e várias unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu-
ária (Embrapa). Com a descentralização da produção, que vem se expandindo 
para todas as demais regiões do país, outras universidades e institutos vêm 
ganhando importância em seus respectivos estados (SERVIÇO BRASILEIRO DE 
APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, 2015; NEVES; PINTO, 2015).
Alguns exemplos de resultados de novas cultivares desenvolvidas no Brasil 
incluem 26 cultivares de antúrios (Figura 1a), 14 de lírio, quatro de bastão do 
imperador e duas de gladíolo (ARAÚJO et al., 2018; INSTITUTO AGRONÔMICO DE 
CAMPINAS, [20--?]) e híbridos de orquídea, desenvolvido pelo orquidário da 
UEL (Figura 1b) (FARIA; COLOMBO, HOSHINO, 2015) e de helicônia, desenvolvido 
pela ESALQ (ALBUQUERQUE, 2016). 
Figura 1. Exemplos de cultivares de plantas ornamentais desenvolvidas no Brasil: (a) antúrios 
desenvolvidos pelo IAC, (b) híbrido de orquídea (centro) entre duas espécies com caracterís-
ticas distintas, fêmea à esquerda e macho à direita.
Fonte: Adaptada de (a) Instituto Agronômico de Campinas ([20--?]); (b) Faria, Colombo e Hoshino 
(2015).
a b
Métodos de melhoramento genético de 
plantas ornamentais
O melhoramento genético plantas ornamentais é, em toda área em que 
é aplicado, uma das atividades mais importantes no mercado de plantas 
devido às mudanças e adaptações que realiza nas espécies para adequá-las 
às demandas dos consumidores e desenvolver novas cultivares. Portanto, 
é fundamental para o crescimento da indústria (BORÉM, 2005; BOTELHO; 
RODRIGUES; BRUZI, 2015).
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais 5
A premissa do melhoramento genético de plantas baseia-se na escolha de 
plantas com características desejadas, como coloração das folhas ou flores, 
tamanho e arquitetura da planta, textura, ou qualquer outra de interesse, 
visando, por meio de diferentes técnicas, gerar nova planta com a caracte-
rística como desejada (BORÉM, 2005). Alcançar esse resultado em plantas 
ornamentais é possível pelo uso de vários métodos.
O primeiro processo de melhoramento de plantas é a sua domesticação. 
Nesse caso, o melhoramento ocorre apenas em decorrência da escolha de 
plantas com a característica de interesse, como frutos maiores, cor de prefe-
rência, altura, etc., e elas passam a ser cultivadas, repetindo essa seleção e o 
posterior cultivo das plantas geradas. Muitas plantas ornamentais passaram 
por esse processo, como os lírios, que há mais de centenas de anos vêm sendo 
utilizados em função de sua flor, tendo sido inicialmente selecionados para 
uso em jardins (BORÉM, 2005; TUYL, 2012; BOTELHO; RODRIGUES; BRUZI, 2015). 
De fato, a planta domesticada não apresenta mais características da planta 
ancestral, a qual deu início ao processo.
Durante a domesticação de uma planta, a seleção daquelas com as ca-
racterísticasde maior interesse leva ao melhoramento, pois somente as 
selecionadas continuam a ser plantadas, cruzando entre si, de modo que, 
com o passar do tempo e o maior número de cruzamentos, uma nova cultivar 
é formada, ou um híbrido. No caso de rosas, por exemplo, em que a domesti-
cação ocorreu há milhares de anos, não há mais plantas que apresentam suas 
características originais, de antes da domesticação, mas há muitas formas e 
cores em função do melhoramento iniciado por esse método (BORÉM, 2005; 
TUYL, 2012; BOTELHO; RODRIGUES; BRUZI, 2015). As plantas domesticadas são 
normalmente aquelas que originam o melhoramento genético da espécie.
No campo de conhecimento do melhoramento genético, existem 
muito termos técnicos que são erroneamente utilizados como sinô-
nimos no dia a dia do produtor. Esse é o caso dos termos “cultivar” e “híbrido”. 
De acordo com a Lei nº 10.711, de 5 agosto de 2003, a qual define o Registro 
Nacional de Sementes e Mudas, cultivar é a variedade melhorada de qualquer 
espécie vegetal que apresenta características distintas das outras cultiva-
res registradas e é homogênea na expressão das características melhoradas, 
havendo mínima variação entre as plantas quando cultivadas, de modo que essas 
características são mantidas por muitas gerações sucessivas de propagação. 
As cultivares, então, são o resultado dos programas de melhoramento das 
espécies que buscam produzir plantas com características cada vez mais ade-
quadas ao mercado, que, no caso de ornamentais, pode ser nova coloração, 
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais6
arquitetura distinta, mais flores, menos folhas, entre outras. Já os híbridos 
são o resultado de um ou mais cruzamentos, sob condições controladas, entre 
plantas de constituição genética distinta, estável e de pureza varietal definida 
(BRASIL, 2003).
Principais técnicas aplicadas no melhoramento 
de plantas ornamentais
O melhoramento genético de plantas ornamentais, assim como de toda planta, 
inicia-se pela seleção de plantas com potencial comercial e daquelas com 
características de interesse para comercialização. Desse modo, a introdução 
de germoplasma exótico, que consiste na busca por material genético (plan-
tas) em outros países e na manutenção no Brasil, por exemplo, em centro de 
estudos, pode ser considerado um método de melhoramento, pois sua função 
é gerar diversidade genética de uma espécie, sendo fonte de material para 
programas de melhoramento (BORÉM, 2005; BOTELHO; RODRIGUES; BRUZI, 
2015). Normalmente, o germoplasma é armazenado em condições ambientais 
que impedem seu desenvolvimento enquanto garantem que a propagação seja 
possível mesmo após vários anos, para que possam ser utilizados a qualquer 
momento. Esses locais são chamados de “bancos de germoplasma” (EMPRESA 
BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, [20--?]). 
Os bancos de germoplasma, locais onde é feito o armazenamento 
de material genético de todas as espécies e variedades possíveis 
de serem coletadas, são considerados um método de melhoramento genético. 
Nesse método, plantas de outros países (exóticas) são trazidas para o Brasil 
para serem estudadas e cultivadas. Um exemplo de flor melhorada por esse 
método são as espécies de orquídeas comerciais, das quais apenas 11% são 
nativas (CARDOSO, 2010).
Porém, deve-se atentar para o fato de que a introdução de uma nova planta 
no país, assim como a exportação de plantas nativas, somente pode ser realizada 
de acordo com legislação federal. Realizar qualquer uma dessas atividades, 
independentemente do objetivo, como pesquisa ou para fins comerciais em 
desacordo com as leis do país é crime que pode ser punido com prisão e pa-
gamento de multa. Portanto, antes de comprar ou vender plantas para outros 
países, é necessário conhecer e seguir as leis vigentes.
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais 7
A contribuição para o melhoramento genético, então, pode ser feita de 
duas maneiras: por meio de bancos de germoplasma e por meio do melho-
ramento on farm. 
Bancos de germoplasma contribuem para o melhoramento de duas formas 
principais. A primeira como fonte de variabilidade genética, sendo o local onde 
o pesquisador vai buscar planta (genótipo) com a características de interesse 
a ser utilizada no programa de melhoramento de uma espécie, realizando o 
cruzamento dessa planta com a planta que está sendo melhorada. A segunda 
possível utilização de germoplasma é pelo melhoramento on farm, no qual 
o material de interesse é introduzido e avaliado em diferentes locais para a 
seleção daquelas plantas com as características desejadas para cada local 
ou mercado. Os principais bancos de germoplasma estão localizados em 
instituições públicas, como a Embrapa, a ESALQ/USP e o IAC, instituição mais 
tradicional no melhoramento de plantas ornamentais do país (BOTELHO; 
RODRIGUES; BRUZI, 2015).
A seleção de plantas é outra técnica que pode ser utilizada no melho-
ramento de plantas ornamentais (BORÉM, 2005) e consiste em sucessivas 
escolhas das plantas com as características desejadas, fazendo destas a 
planta a ser cultivada por gerações. Um exemplo é a seleção de plantas de 
gladíolos: foram selecionadas aquelas com maior resistência à temperatura 
e à luminosidade, e com a arquitetura que facilita manuseio, embalagem e 
armazenamento (BOTELHO; RODRIGUES; BRUZI, 2015).
Outro método ainda muito utilizado no melhoramento de espécies or-
namentais é a hibridização, que consiste no cruzamento entre duas plantas 
distintas, sendo uma doadora de pólen e outra receptora, originando uma nova 
planta que tem uma combinação das características das plantas genitoras. 
É uma técnica muito empregada no desenvolvimento de novas orquídeas, 
por exemplo (Figura 2) (CARDOSO, 2010; FARIA; COLOMBO; HOSHINO, 2015).
Com o desenvolvimento tecnológico e o aumento do conhecimento sobre 
a genética das plantas, as técnicas de melhoramento aplicadas às espécies 
ornamentais foram se tornando mais eficazes e baseadas na manipulação ge-
nética das espécies. A descoberta da poliploidia em plantas ornamentais, por 
exemplo, possibilitou o melhoramento de muitas espécies. Normalmente, cada 
gene presente no material genético do organismo apresenta uma (haploide) ou 
duas cópias (diploide). Entretanto, em plantas ornamentais, observou-se que 
algumas têm mais de duas cópias, sendo chamadas de poliploides. Plantas 
com essa característica genética apresentam mudanças na sua estrutura, 
como internós mais curtos, menor número de folhas, flores com mais pétalas, 
etc., as quais são de muito interesse no mercado das plantas ornamentais. 
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais8
Figura 2. Exemplo de melhoramento de orquídea por hibridização. As plantas genitoras foram 
(a) Cattleya “Memorian Joseph Madella” (masculino) e (b) Laelia “Rubin” (feminino), originando 
os híbridos (c) e (d): Laeliocattleya “Brazilian Girl Rosa”.
Fonte: Adaptada de Cardoso (2010).
a
c d
b
Nesse contexto, foram desenvolvidas técnicas para modificar a ploidia 
das espécies, sendo a aplicação da colchicina a mais comum. Essa substância 
química, retirada de uma planta, promove a duplicação dos cromossomos, 
aumentando a quantidade de cópias presentes na planta. Com esse aumento, 
as células se tornam maiores, levando ao aumento do tamanho da planta 
(Figura 3a). Seu uso decorre dos fatos de que pode ser utilizada em qualquer 
parte da planta (folhas, flores, gemas e bulbos) e pode ser aplicada por dife-
rentes meios, como dissolvida no meio de cultura e solução aquosa (BORÉM, 
2005; BOTELHO; RODRIGUES; BRUZI, 2015). Sua aplicação na planta pode ser 
feita de muitos modos, como imersão de plantas, sementes ou bulbos em 
solução aquosa, transferência de plântulas para meio de cultura contendo a 
substância, aplicação utilizando algodão com colchicina nas brotações, etc. 
(MANZOOR et al., 2019). 
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais 9
Um exemplo de melhoramento utilizando essa substância é sua aplicação 
em uma variedadede rosa, a qual passou a ter folhas mais grossas e de 
coloração verde-escura, além de maior número de pétalas na flor (Figura 3b) 
(KERMANI et al., 2003). Essa técnica também é muito aplicada no melhoramento 
de orquídeas, gerando plantas com flores maiores e que, depois, são cruzadas 
para sua multiplicação (BOTELHO; RODRIGUES; BRUZI, 2015). 
Figura 3. Efeito do uso de colchicina em plantas: (a) efeito na produção de (A1) folhas, (A2) na 
inflorescência e (A3) nas cores das folhas de gladíolos expostas a concentrações crescentes 
da substância; (b) comparação da estrutura das folhas e flores de uma variedade de rosa 
melhorada pela indução de ploidia, sendo (B1) a estrutura da planta sem melhoramento e 
(B2) com melhoramento pelo uso de colchicina.
Fonte: Adaptada de (a) Manzoor et al. (2019); (b) Kermani et al. (2003).
a b
A poliploidia pode ser gerada pelo cruzamento das espécies durante 
o processo de seleção; porém, com a descoberta da colchicina e 
suas vantagens, esta passou a ser o método mais empregado quando se utiliza 
essa técnica para o melhoramento de uma espécie ornamental (WITTMANN; 
DALĹ AGNOL, 2003).
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais10
Com o aumento do conhecimento e dos estudos relacionados ao cultivo 
de plantas ornamentais in vitro, em função de descobertas como a colchicina, 
teve início o melhoramento genético das plantas por meio de técnicas como a 
fusão de protoplasma. Protoplasma é toda a parte viva de uma célula vegetal, 
retirando sua parede celular (BOTELHO; RODRIGUES; BRUZI, 2015). No início do 
século XX, foi observado que protoplastos mantidos em solução de sais de 
cálcio poderiam entrar em contato com outros e se fundir, formando uma nova 
planta pelo método denominado hibridização somática, já que o cruzamento 
ocorreu pela fusão das células, não por fecundação cruzada (BORÉM, 2005; 
WITTMANN; DALĹ AGNOL, 2003). A descoberta dessa técnica abriu muitas 
possibilidades de melhoramento, pois possibilitou a fusão de espécies sexu-
almente incompatíveis e a manipulação do genoma, como a transferência de 
partes deste de uma planta para outra, inserindo características de interesse 
em uma espécie comercial, a exemplo dos genes que conferem resistência às 
adversidades climáticas (BOTELHO; RODRIGUES; BRUZI, 2015).
A chamada variação somaclonal é outra técnica de melhoramento de 
plantas ornamentais surgida em função do cultivo in vitro. Por serem utilizadas 
quaisquer partes da planta para sua multiplicação, conduzidas em meio de 
cultura dentro de recipientes próprios para essa atividade, há ocorrência 
natural de variação morfológica das plantas cultivas in vitro. Em Heliconia 
bihai cultivar “Lobster Claw I”, foi observada grande quantidade de variação 
somaclonal, incluindo mudanças na coloração e no pecíolo, características 
desejadas para sua utilização como planta ornamental (RODRIGUES, 2008). 
A partir da cultura de tecido, foram observadas mudanças na coloração das 
folhas da planta, devido à menor quantidade de cloroplastos (Figura 4a), e ob-
tidas plantas de menor tamanho (Figura 4b) e com o pecíolo colorido (Figura 4c) 
(RODRIGUES, 2008).
Uma grande vantagem do cultivo in vitro em relação aos anteriores é 
o menor tempo necessário para desenvolver uma nova cultivar, pois 
o melhoramento é feito em laboratório e induzido, eliminando a necessidade 
de muitos cruzamentos e de cultivo, a espera pela formação de semente, novo 
cultivo para verificar se houve melhoria, nova coleta de sementes para continuar 
o processo, etc. (BORÉM, 2005).
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais 11
Figura 4. Exemplo de variação somaclonal em Heliconia bihai: (a) coloração diferen-
ciada das flores em função de menor quantidade de cloroplastos; (b) planta de menor 
estatura; (c) pecíolo colorido em comparação com a mesma estrutura na planta (d).
Fonte: Adaptada de Rodrigues (2008).
a
c d
b
Atualmente, as técnicas aplicadas em melhoramento de plantas, incluindo 
ornamentais, utilizam a engenharia genética, também chamada de biotecno-
logia, para o desenvolvimento de novas cultivares. Esse método é realizado 
modificando diretamente o material genético das plantas, inserindo genes de 
um organismo em outro, que passará a expressar a característica desejada, 
estimulando ou inibindo (silenciando) a expressão de genes relacionados 
a características de interesse (BORÉM, 2005; WITTMANN; DALĹAGNOL, 2003; 
BOTELHO; RODRIGUES; BRUZI, 2015). Uma grande vantagem desse método é a 
rapidez com que o melhoramento ocorre, pois não há necessidade de realizar 
cruzamentos por vários anos seguidos para ser chegar à nova cultivar.
Os trabalhos de transgenia iniciam pelo conhecimento da função dos genes 
nas plantas, sendo importante o sequenciamento do DNA das espécies para 
isso, formando os chamados bancos de genomas (NOMAN et al., 2017). Por 
meio do genoma, é possível identificar genes responsáveis por características 
desejadas, como coloração das flores, alongamento do caule, resistência à 
seca, etc. (INTERNATIONAL SERVICE FOR THE ACQUISITION OF AGRI-BIOTECH 
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais12
APPLICATIONS, 2015; NOMAN et al., 2017). Ainda há poucas plantas ornamen-
tais transgênicas comercializadas devido ao desenvolvimento dessa técnica 
e à posterior liberação para comercialização pelos órgãos fiscalizadores, 
os quais precisam assegurar a segurança do material modificado genetica-
mente. Os poucos exemplos de espécies comercializadas são cravos e rosas 
com flores de diferentes colorações (Figura 5) (INTERNATIONAL SERVICE FOR 
THE ACQUISITION OF AGRI-BIOTECH APPLICATIONS, 2015).
Figura 5. (a) Vaso com flores de cravo geneticamente modificadas para expressarem colorações 
e padrões de cores não encontrados na natureza e (b) flor de rosa em tom lilás produzida 
por meio de transgenia.
Fonte: Adaptada de International Service for the Acquisition of Agri-Biotech Applications (2015).
a b
Métodos de propagação de plantas 
ornamentais
A propagação das plantas ornamentais é um dos aspectos mais importantes 
da produção, uma vez que todo o melhoramento aplicado pode ser perdido se 
a espécie não for corretamente multiplicada. Além disso, conhecer a técnica 
adequada a cada espécie possibilita a produção na quantidade desejada e 
com a qualidade exigida (BARBOSA; LOPES, 2007). 
A propagação das plantas envolve a multiplicação de indivíduos por meio 
de métodos sexuais ou assexuais. A propagação sexuada necessita da fe-
cundação do óvulo pelo gameta masculino, gerando a semente que dará 
origem ao descendente. Na propagação assexuada, a planta se reproduz 
diretamente de uma ou mais de suas partes, como folhas, caules, ramos, 
touceiras (WENDLING, 2017).
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais 13
O sucesso da propagação requer conhecimentos relacionados ao mate-
rial vegetal, ao ambiente e à manipulação química de substâncias, além do 
conhecimento de fatores relacionados ao crescimento, ao desenvolvimento 
e à morfologia da planta (BARBOSA; LOPES, 2007).
Propagação sexuada
A propagação sexuada de plantas ornamentais é feita principalmente em 
espécies de árvores, palmeiras e em apenas algumas flores e folhagens de 
corte. As sementes das espécies ornamentais apresentam grande variabilidade 
de formas, cores, tamanho e fisiologia, o que faz o poder de germinação e a 
produção de mudas serem muito variáveis entre elas (LORENZI, 2015).
O processo básico para a propagação sexuada consiste na semeadura 
em tubetes, bandejas ou saquinhos plásticos com substrato adequado às 
necessidades de cada espécie, irrigação e espera pela germinação e de-
senvolvimento da plântula. Portanto, uma vantagem do uso de sementes é 
produzir grande quantidade de novos indivíduos de maneira relativamente 
fácil. Entretanto, são várias as desvantagens desse método. 
Primeiramente, devido ao cruzamento entre plantas, há variabilidade 
genética na semente, fazendo com que, ao ser plantada, não se tenha um 
novo indivíduo idêntico aodesejado. Portanto, é necessário utilizar sementes 
obtidas por melhoramento genético. Essas sementes são produzidas princi-
palmente por poucas grandes empresas e possuem custo elevado, resultando 
na segunda desvantagem. 
Outro problema no uso de sementes está relacionado a suas características 
fisiológicas, pois muitas apresentam dormência, necessitando de determina-
dos estímulos para que possam germinar. Tais estímulos podem ser o processo 
de escarificação da semente, o qual pode ser realizado com algum material que 
cause atrito, como lixa ou areia, ou pela imersão em água quente. Outro tipo 
de estímulo é pelo método químico, no qual se utilizam substâncias ácidas, 
como ácido sulfúrico e clorídrico, para dissolver o tegumento da semente, 
facilitando a entrada de água e oxigênio, e levando à quebra da dormência. 
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais14
Outra dificuldade relacionada à propagação por semente é o estádio de 
maturação. Caso a semente não esteja em seu ponto de maturação, será 
necessário expô-la a ambiente com baixa temperatura e controlá-la por até 
vários meses para que a maturação ocorra. Outra opção é a utilização de 
hormônios sintéticos que promovem a germinação, como os ácidos giberé-
lico, indolbutírico e naftaleno acético (BARBOSA; LOPES, 2007; LORENZI, 2015; 
WENDLING, 2017).
Com o avanço da biotecnologia, a propagação sexuada de plantas passou 
a ser realizadas por métodos mais modernos, como a cultura de sementes, 
esporos e óvulos, garantindo um produto de melhor qualidade (WENDLING, 
2017). Nessa técnica, a propagação é feita toda dentro de recipientes apro-
priados, como tubos de ensaio, em que é adicionado um meio de cultura, 
o qual contém macro e micronutrientes, nitrogênio, vitaminas, fonte de car-
bono de reguladores de crescimento, todas substâncias necessárias para man-
ter a divisão celular e a proliferação da planta. O tecido a ser utilizado, como 
esporos, é inserido nesses recipientes estéreis, no qual vai se desenvolver 
até a formação de uma nova planta (ANDRADE, 2002; CARVALHO; VIDAL, 2003).
Uma vez tendo sido quebrada a dormência da semente, a propagação 
é feita de maneira similar entre as diferentes espécies (Figura 6). Primei-
ramente, deve-se determinar o local em que será realizada a semeadura, 
se em bandejas, saquinhos ou diretamente em canteiros. No caso de bandejas 
ou saquinhos, há a necessidade de preparação de substrato, normalmente 
feito utilizando humus, areia e solo em proporção que varia com a espécie. 
No caso de canteiros, é necessário fazer a correção e adubação do solo onde 
será semeada e cultivada a planta. Preparado o substrato, incluindo adubação 
e correção de acidez e outras características que necessitem ser corrigidas, 
faz-se o preenchimento do local de germinação onde será realizada a seme-
adura. Para garantir boa germinação, é recomendado utilizar ao menos três 
sementes por recipiente. Após, haverá a germinação das plântulas, que serão 
mantidas nos recipientes até sua comercialização, podendo ser no mesmo 
ou transferido para outro maior, mais adequado para a venda. 
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais 15
A manutenção das plantas é feita, basicamente, controlando a disponi-
bilidade de água (Figura 6). Diferenças nessa produção estão associadas a 
características particulares de cada espécie, que devem ser conhecidas antes 
de iniciar a propagação (BARBOSA; LOPES, 2007; WENDLING, 2017; SERVIÇO 
NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL, 2018).
Figura 6. Esquema simplificado das etapas de propagação de plantas ornamentais por 
sementes: preparação de substrato adequado para a planta, adição de adubo e corretores 
necessários, preenchimento do local onde será feita a semeadura e realização da irrigação 
das plântulas. 
Fonte: Adaptada de Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (2018).
A dormência das sementes das plantas pode ser decorrente de fatores 
fisiológicos característicos da espécie e relacionada ao controle 
hormonal para estímulo da quebra desse mecanismo e germinação da semente. 
Outro mecanismo inclui os métodos físicos, como tegumento impermeável a 
certas substâncias e parede espessa. Muito comum em várias espécies de plan-
tas, principalmente as de clima temperado, que necessitam resistir a períodos 
de congelamento, por exemplo, está presente também em espécies nativas que 
necessitam sincronizar sua germinação com disponibilidade de água. 
Para saber mais sobre como esse mecanismo é gerado e entender as formas 
de superá-lo, consulte o volume III (Forma e função de plantas e animais) do 
livro Vida: a ciência da biologia, escrito por David Sadava e colaboradores.
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais16
Propagação assexuada
A propagação assexuada de plantas ornamentais é realizada utilizando-se 
partes da planta com capacidade de regeneração, como folhas, ramos, raízes 
e touceiras, sem necessidade do uso de sementes. Essa forma de propagação 
tem a vantagem de possibilitar a propagação rápida das plantas, mantendo as 
características da planta-mãe e ser aplicada àquelas espécies que produzem 
pouca ou nenhuma semente (BARBOSA; LOPES, 2007; LORENZI, 2015; WENDLING, 
2017; SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL, 2018).
Muitas espécies de plantas naturalmente possuem estruturas de propa-
gação vegetativa, sendo necessário apenas conhecer a espécie para realizar 
sua correta reprodução. Outras espécies não as produzem; porém, por meio 
de conhecimento da fisiologia e biologia das plantas, foi possível desenvolver 
métodos que possibilitam a propagação dessa maneira. Portanto, a propa-
gação assexuada pode ser por métodos naturais ou artificiais.
A propagação assexuada natural é realizada utilizando-se os propágulos 
(mudas) que são produzidos pela própria planta, que são de vários tipos, como 
bulbos, pseudobulbos, tubérculos, rebentos ou cormos. Eles são facilmente 
retirados da planta, sem necessidade de intervenção para o plantio. Quando 
a propagação é por rizomas, caules ou raízes tuberosas, é necessária a sepa-
ração desses propágulos da planta-matriz (BARBOSA; LOPES, 2007; LORENZI, 
2015; WENDLING, 2017; SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL, 2018).
Os bulbos são caules modificados para armazenar reservas necessárias 
para ocorrer a germinação da nova planta, podendo ser sólidos, tunicados 
ou escamosos (Figura 7a). Os primeiros são duros, achatados e resistentes, 
encontrados em gladíolos, enquanto os do tipo tunicados apresentam uma 
camada externa (escamas) como proteção, sendo exemplos amarílis e tulipa, 
e os escamosos não possuem proteção alguma, sendo os mais comuns os 
bulbos de lírios (Figura 7a). Os pseudobulbos são característicos de espécies 
de orquídeas, como as do gênero Dendrobium, e são estruturas de arma-
zenamento formadas pelas plantas de onde brotos e raízes possibilitam a 
germinação de uma nova planta (Figura 7b) (BARBOSA; LOPES, 2007; WENDLING, 
2017; SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL, 2018).
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais 17
Figura 7. Exemplos de órgão de propagação assexuada natural: (a) bulbos e seus diferentes 
tipos e (b) pseudobulbos presentes em plantas ornamentais.
Fonte: Adaptada de Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (2018).
a b
Os rizomas são outro meio natural de propagação de plantas ornamentais, 
sendo um caule modificado para armazenar reservas e apresentando nós, 
entrenós e gemas vegetativas capazes de germinar em uma nova planta 
(Figura 8). Cada gema vegetativa presente tem a capacidade de germinar uma 
nova planta. As helicônias, alpínias, os filodendros e o bastão do imperador 
são alguns exemplos de plantas ornamentais com esse tipo de mecanismo 
de propagação. A propagação de begônias e dálias ocorre devido à presença 
de raízes tuberosas, que são raízes que apresentam uma gema vegetativa na 
região da coroa, de onde emergirá uma nova planta (Figura 8) (BARBOSA; LOPES, 
2007; WENDLING, 2017; SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL, 2018).
Além de modificações emcaules e raízes para armazenar reservas, 
as plantas podem desenvolver estruturais especiais para seu crescimento. 
Em plantas ornamentais como episcia, bromélias e samambaiais, o cresci-
mento de uma nova planta ocorre por estolões, que são caules aéreos ou 
subterrâneos emitidos a partir da base das folhas (Figura 8). Outro exemplo 
de propagação são os chamados filhotes, encontrados em kalanchoes, alpí-
nias e agave; são novas plantas formadas pela planta-matriz sobre os caules 
ou nas bordas das folhas (Figura 8). Por fim, existem os rebentos, que são 
praticamente novas plantas que se desenvolvem na base do caule, formando 
raízes, podendo ser então replantados (Figura 8) (BARBOSA; LOPES, 2007; 
WENDLING, 2017; SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL, 2018).
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais18
Figura 8. Exemplos de órgão de propagação assexuada natural tipo rizoma, raízes tuberosas, 
estolões, filhotes e rebentos presentes em plantas ornamentais.
Fonte: Adaptada de Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (2018).
A propagação desses diferentes tipos de estruturas naturais é feita de 
forma similar, com as estruturas sendo separadas da planta-matriz, quando 
necessário limpas e desinfetadas, e plantadas em vasos com substrato 
adequado para sua germinação, irrigando conforme necessário (SERVIÇO 
NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL, 2018).
Os métodos artificias de propagação das plantas ornamentais são todos 
aqueles desenvolvidos pelo homem por meio de pesquisas básicas sobre a 
fisiologia e biologia das plantas (BARBOSA; LOPES, 2007). A maioria pode ser 
feita pelos próprios produtores, necessitando de conhecimento técnico e 
prático para sua aplicação, sendo o caso da enxertia, mergulhia e alporquia. 
Outro método mais moderno e cada vez mais importante como meio de 
propagação artificial de plantas é a micropropagação, ou cultura de tecidos. 
Esse método exige laboratório e mão de obra especializada para sua aplicação 
(WENDLING, 2017; SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL, 2018).
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais 19
A propagação pelos métodos artificiais é muito diferente da natural não 
somente pela origem do material, mas por aplicar hormônios para estimular 
o enraizamento da parte enxertada, normalmente utilizando os ácidos nafta-
lenoacético e indolbutírico diretamente na região em que as raízes devem ser 
originadas, seja por imersão em uma solução contendo essas substâncias ou 
as aplicando diretamente com uso de pincéis (BARBOSA; LOPES, 2007; SERVIÇO 
NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL, 2018).
Um dos processos artificiais mais utilizados é a estaquia (Figura 9), comum 
na propagação de arbustos e árvores, mas também utilizada em flores. Ela 
consiste na retirada de um pedaço (estaca) da planta, podendo ter origem no 
caule, na folha ou na raiz, e em qualquer posição da planta e tipo de tecido, 
lenhoso ou não. Basicamente, consiste na retirada de uma estacada de cerca 
de 5 a 15 cm da planta-matriz, contendo gemas vegetativas, seguida pela 
limpeza de partes da planta, como folhas, para que somente o material ve-
getativo seja utilizado (Figura 9). Essa estaca é, então, plantada em substrato, 
normalmente utilizando hormônios para estimular a produção de raízes, 
e mantida em ambiente úmido, pois desidrata facilmente, até o surgimento da 
nova planta. Algumas espécies de plantas ornamentais que são propagadas 
por esse método, além das já citadas, incluem begônias, hortênsias e rosas 
(BARBOSA; LOPES, 2007; WENDLING, 2017; SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM 
RURAL, 2018).
Figura 9. Exemplos de algumas técnicas de estaquia utilizadas na propagação artificial de 
plantas ornamentais. 
Fonte: Adaptada de Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (2018).
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais20
Algumas plantas, como a espada-de-São-Jorge, podem ser propagadas 
a partir de uma estaca da folha, cortando-a em pequenas partes, que são, 
então, plantadas em vasos. Outras espécies que se propagam pelas folhas 
são algumas begônias e suculentas, necessitando, nesses casos, do pecíolo 
e das nervuras presentes. As folhas com pecíolo são retiradas, hormônio é 
aplicado e elas são plantadas em vasos com substrato para que a nova planta 
cresça (Figura 9) (BARBOSA; LOPES, 2007; WENDLING, 2017; SERVIÇO NACIONAL 
DE APRENDIZAGEM RURAL, 2018).
Entretanto, não somente por partes da planta é feita a propagação arti-
ficial. Uma técnica bem comum é a enxertia, que consiste na junção de duas 
plantas para formar uma nova (Figura 10). Uma das plantas, chamada de 
porta-enxerto ou cavalo, fornece o sistema radicular; ou seja, retira-se toda 
sua parte aérea, deixando apenas um pedaço do caule, onde será inserido o 
enxerto ou cavaleiro, que é a parte área de outra planta (BARBOSA; LOPES, 
2007). Por se tratar da junção de duas partes de plantas distintas, o pegamento 
dos enxertos é extremamente influenciado pelas condições de temperatura 
e luminosidade, umidade e ventos, sendo necessários fornecer o ambiente 
adequado para seu desenvolvimento desde o primeiro dia após a enxertia para 
aumentar as chances de pegamento (BARBOSA; LOPES, 2007; WENDLING, 2017).
São várias as maneiras como a junção das plantas ocorre dentro da enxer-
tia. A borbulhia, muito utilizada em rosas, consiste no enxerto de uma gema 
(borbulha) de uma planta no caule de outra, sendo necessário um corte em 
“T” para que ocorra a junção (Figura 10). Quando se tem mais de uma gema, 
é feita a junção pela chamada garfagem, feita em fenda simples ou cheia. 
Na primeira, ambas partes são cortadas em bisel (diagonal), em sentidos 
opostos, colocando-se uma ao lado da outra em contato e prendendo-as 
com fita para que ocorra o pegamento (Figura 10). Na fenda cheia, é feito 
um corte abrindo uma parte do caule do porta-enxerto ao meio, enquanto, 
no enxerto, é feito um corte em bisel (formando uma ponta), que será inserida 
na abertura do porta-enxerto, onde ocorre a junção de ambas (Figura 10) 
(BARBOSA; LOPES, 2007; WENDLING, 2017).
Os cactos possuem um tipo de enxertia própria, chamada de enxertia 
de topo (Figura 10). De acordo com Lorenzi, Olsthoorn e Costa (2019), uma 
planta tem sua parte aérea retirada, sendo substituída pela de outra planta, 
normalmente com o objetivo de se utilizar a parte área das espécies de maior 
uso ornamental.
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais 21
Figura 10. Exemplos de algumas técnicas de enxertia utilizadas na propagação artificial de 
plantas ornamentais. 
Fonte: Adaptada de Resende (2017, documento on-line) e de Serviço Nacional de Aprendizagem 
Rural (2018).
A propagação artificial também pode ser realizada por métodos que não 
exigem utilização de corte e junção de partes da planta, mas que são feitos 
enterrando ou aplicando solo em partes das plantas para que seja estimulado 
o surgimento de raízes adventícias, que são raízes originadas de ramos, por 
exemplo (Figura 11). Essa técnica é chamada de mergulhia e é utilizada para 
a propagação de espécies como glicínia e jades azul e vermelha, plantas que 
são de difícil enraizamento. A mergulhia consiste em enterrar, no solo, parte 
do ramo da planta, o que leva ao surgimento de raízes nessa região, sendo 
que, após o enraizamento, corta-se o ramo, plantando-o para ser ter uma nova 
planta. Pode ser simples, quando somente uma ponta do ramo é enterrado, 
ou serpenteada, quando vários pontos de um mesmo ramo são enterrados 
(Figura 11) (BARBOSA; LOPES, 2007; WENDLING, 2017; SERVIÇO NACIONAL DE 
APRENDIZAGEM RURAL, 2018).
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais22
Outro método em que a propagação ocorre por formação de raízes ad-
ventícias em ramos é a alporquia. Nesse caso, no lugar de enterrar o ramo, 
é feita a retirada de uma parte de sua casca, aplicando-se hormônio de 
enraizamento para estimular a emissão das raízes e colocando-se um saco 
plástico com solo ou substrato no local, que ficará bem preso até que ocorra 
o enraizamento, após o qual é cortado o ramo e retiradoo saco plástico para 
plantio da muda (Figura 11) (BARBOSA; LOPES, 2007; WENDLING, 2017; SERVIÇO 
NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL, 2018).
Figura 11. Propagação artificial de plantas por (a) mergulhia e por (b) alporquia.
Fonte: (a) Rabanete-Cultura (2015, documento on-line); (b) Nascimento (2018, documento on-line).
a b
Por fim, o mais tecnificado método de propagação de plantas consiste na 
micropropagação, ou cultivo in vitro das plantas ornamentais (Figura 12). Essa 
técnica precisa ser desenvolvida em laboratório especializado, com ambiente 
controlado, não sendo possível sua aplicação na propriedade. Consiste no 
cultivo de pequenas partes das plantas (raízes, folhas, sementes, brotos alte-
rais ou até de células) em meio de cultura apropriado para o desenvolvimento 
da planta a partir daquele material (WENDLING, 2017). Por essa característica, 
permite a produção de plantas em larga escala e em grande quantidade, 
de maneira asséptica e eficaz (SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL, 
2018). Alguns exemplos de plantas ornamentais propagas por esse método 
incluem Gypsophila paniculata, Dracaena sanderia e abacaxizeiro ornamental 
(Figura 12) (PASQUAL et al., 2008; TRIVELIN, 2014).
Após a lavagem asséptica da folha, a micropropagação é realizada picando-
-se, em pequenas partes, a planta de interesse. Cada uma dessas partes 
é, então, colocada em meio de cultura apropriado, capaz de dar suporte e 
fornecer os nutrientes e meio adequado para o desenvolvimento da planta. 
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais 23
Pode ser em tubos de ensaio com uma planta ou em frascos maiores, nos 
quais mais de uma parte é inserida. Esses recipientes são acondicionados em 
locais com temperatura, umidade e luminosidade controlados de acordo com 
as necessidades da espécie, permitindo o desenvolvimento de várias outras 
plantas idênticas (clones) da planta-matriz (Figura 12) (BARBOSA; LOPES, 2007; 
WENDLING, 2017; SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL, 2018).
Figura 12. Etapas básicas da técnica de micropropagação de plantas ornamentais ou cultivo 
in vitro. 
Fonte: Lourenço (2019, documento on-line).
O melhoramento de plantas ornamentais tem possibilitado o crescimento 
desse mercado no mundo todo, fornecendo constantemente novas plantas 
com características desejadas pelos consumidores, como coloração e tama-
nho específicos, por exemplo, e promovendo melhorias que beneficiam a 
comercialização das plantas, como menor necessidade de rega e adaptação 
a diferentes condições climáticas. Entretanto, como visto, é uma atividade 
que demanda sólidos conhecimentos técnicos relacionados à genética repro-
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais24
dutiva e propagação das plantas para que um produto de qualidade chegue 
aos consumidores.
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LOURENÇO, D. de A. Biotecafé. 2019. Disponível em: https://profissaobiotec.com.br/
biotecafe/. Acesso em: 7 abr. 2021.
MANZOOR, A et al. Studies on colchicine induced chromosome doubling for enhancement 
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https://www.mdpi.com/2223-7747/8/7/194/pdf. Acesso em: 7 abr. 2021.
NASCIMENTO, W. M. O. do. Propagação do camucamuzeiro. 2018. Disponível em: https://
www.researchgate.net/figure/Figura-9-Detalhe-do-anelamento-para-a-realizacao-da-
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NEVES, M. F.; PINTO, M. J. A. (coord.). Mapeamento e quantificação da cadeia de flores 
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RODRIGUES, P. H. V. Somaclonal variation in micropropagated heliconia bihai cv. 
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-90162008000600017&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 7 abr. 2021.SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. Flores e plantas 
ornamentais do Brasil. Brasília: Sebrae, 2015. (Série Estudos Mercadológicos). (E-book).
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL. Plantas ornamentais: propagação e 
produção de mudas. 2. ed. Brasília: Senar, 2018. (Coleção Senar - 211).
TUYL, J. M. van. Ornamental plant breeding activities worldwide. Acta Horticulturae, 
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WENDLING, I. Técnicas de produção de mudas de plantas ornamentais. Viçosa: Aprenda 
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WITTMANN, M. T. S.; DALĹAGNOL, M. Indução de poliploidia no melhoramento de plantas. 
Pesquisa Agropecuária Gaúcha, v. 9, nº. 1/2, p. 155-163, 2003. 
Melhoramento e propagação de plantas ornamentais26
Leituras recomendadas
DEMATTÊ, M. E. S. P. Princípios de paisagismo. Jaboticabal: Funep, 2006.
GATTO, A. Implantação de jardins e áreas verdes. Viçosa: Aprenda fácil, 2002. 
LIRA FILHO, J. A. Paisagismo: elaboração de projetos em jardins. Viçosa: Aprenda Fácil, 
2012. (Série Planejamento Paisagístico, 3).
LIRA FILHO, J. A. Paisagismo: princípios básicos. Viçosa: Aprenda Fácil, 2001. (Série 
Planejamento Paisagístico, 1).
SADAVA, D. et al. (org.). Vida: a ciência da biologia. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2020. 
3 v. (E-book).
SEKIYA, R. F. M. Composição de plantas ornamentais. São Paulo: Érica, 2014.
TREVELIN, V. Micropropagação de plantas ornamentais: gypsophila paniculata e dra-
caena sanderiana. 2014. 59 f. Dissertação (Mestrado em Fisiologia Vegetal) — Instituto 
de Biologia, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2014. Disponível em: http://
repositorio.ufpel.edu.br:8080/bitstream/prefix/3484/1/dissertacao_vania_trevelin.
pdf. Acesso em: 7 abr. 2021.
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Melhoramento e propagação de plantas ornamentais 27
Dica do professor
O melhoramento de plantas ornamentais, apesar de não ter o mesmo potencial de plantas 
cultivadas, é expressivo mundialmente e vem sendo cada vez mais desenvolvido. Conhecer os 
métodos mais atuais de modificação das plantas é indispensável ao engenheiro agrônomo. Apesar 
de métodos tradicionais ainda serem utilizados, as aplicações da biotecnologia ganham cada vez 
mais espaço no mercado de plantas ornamentais, gerando as plantas geneticamente modificadas.
Nesta Dica do Professor, veja o princípio básico do uso da biotecnologia e suas possíveis aplicações 
no melhoramento de plantas ornamentais, principalmente flores.
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Exercícios
1) O melhoramento genético de plantas ornamentais é uma atividade de grande importância 
econômica mundial, principalmente em países com centros de pesquisa e empresas privadas 
que desenvolvem essa atividade.
No Brasil há um aumento constante do mercado de plantas ornamentais, porém o país ainda 
é um grande importador de espécies melhoradas.
Com base nisso, analise as assertivas a seguir:
I. O melhoramento de plantas ornamentais no Brasil é feito principalmente por institutos de 
pesquisa e universidades públicas que têm várias cultivares registradas.
II. O baixo consumo per capita e a preferência dos consumidores por plantas 
tradicionais influenciam negativamente a melhoria de plantas ornamentais no país.
III. Devido ao grande tempo que se gasta para desenvolver uma nova variedade de plantas, 
as empresas não investem nessa atividade para não ter prejuízo ao lançar o produto no 
mercado.
IV. Países onde empresas são os principais locais de melhoramento de plantas ornamentais 
são os maiores mercados, pois o custo de desenvolvimento é muito elevado, dificultando a 
participação das instituições públicas. 
Está correto o que se afirma em: 
A) I, II e III, apenas.
B) I, II e IV, apenas.
C) II, III e IV, apenas.
D) I e IV, apenas.
E) III e IV, apenas.
A propagação de plantas ornamentais por meio de sementes é feita principalmente em 
plantas perenes, como árvores e arbustos, sendo poucas as flores propagadas por esse 
método. São vários os fatores que tornam esse método pouco utilizado para as demais 
plantas, propagadas normalmente pelos métodos assexuados.
Analise as afirmações a seguir e insira V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s):
2) 
( ) Propagação por sementes não é ideal pois pode gerar plantas com diferenças em relação 
à planta-mãe.
( ) Algumas plantas produzem sementes muito grandes, que necessitam de quebra de 
dormência para seu cultivo.
( ) Propagar as plantas por métodos assexuais, como enxertia ou bulbos, garante uma planta 
igual à planta-mãe.
( ) A micropropagação de uma espécie possibilita o melhoramento de uma grande 
quantidade de plantas com diferentes características melhoradas geneticamente, utilizando 
apenas um tecido da planta.
Assinale a alternativa que aponta, de cima para baixo, a ordem correta:
A) V, F, V, F.
B) F, F, F, V.
C) V, V, F, V.
D) F, V, V, F.
E) V, V, F, F.
3) Os métodos de propagação assexuada são classificados em "naturais" e "artificiais", sendo 
bulbos, rizomas e raízes tuberosas alguns exemplos do primeiro; e enxertia, alporquia e 
mergulhia, do segundo.
Por que esses métodos são chamados de "assexuados" e qual é a diferença entre naturais e 
artificiais?
A) São chamados de "assexuados" pois não necessitam de polinização artificial para haver 
fecundação. São classificados em "naturais" pois a propagação ocorre naturalmente no 
ambiente, enquanto os artificiais só ocorrem em condições de viveiro.
B) O método é classificado como "assexuado" pois as partes reprodutivas das plantas são 
removidas e não são utilizadas na enxertia. "Naturais" são os métodos que utilizam estruturas 
de propagação produzidas pela planta, enquanto os "artificiais" são produzidos pelo homem.
C) O método é chamado "assexuado" pois não há fecundação dos óvulos pelo gameta. São 
classificados como "naturais" os que utilizam as estruturas de propagação produzidas pela 
própria planta e "artificiais" os desenvolvidos ou aplicados pela ação do homem.
D) A propagação é assexuada pois não ocorre fecundação do óvulo pelo gameta. São 
classificados como "naturais" os métodos que utilizam partes de plantas para sua reprodução, 
enquanto os "artificiais" utilizam produtos e outros meios de propagação.
E) O método é assexual pois a fecundação da planta e a reprodução por semente ocorrem na 
planta enxertada. São classificados em "naturais" os métodos que utilizam as estruturas de 
propagação produzidas pela própria planta e "artificiais" os desenvolvidos ou aplicados pela 
ação do homem.
4) As técnicas de melhoramento genético de plantas ornamentais necessitam de conhecimento 
da biologia reprodutiva da planta e de como direcionar essa reprodução, gerando novas 
plantas com as características desejadas.
Muitas técnicas existem e vêm sendo desenvolvidas. De modo geral, há os métodos que não 
envolvem manipulação genética e os que envolvem modificações na genética da planta pelo 
homem.
Com base nisso, confira os métodos a seguir:
A) Transgenia
B) Introdução de germoplasma
C) Hibridização
D) Fusão de protoplasma 
Assinale a alternativa que indique corretamente os métodos que dispensam manipulação 
genética direta do homem.
A) A, B e C, apenas.
B) A, C e D, apenas.
C) B e C, apenas.
D) A e D, apenas.
E) B, C e D, apenas.
Os métodos de melhoramento de plantas ornamentais que envolvem modificações diretas 
no genoma das espécies vêm ganhando cada vez mais importância, apresentando grandepotencial para gerar novas cultivares.
Sobre os métodos de melhoramento de plantas ornamentais que envolvem biotecnologia, ou 
seja, modificação do genoma por engenharia genética, é correto afirmar que:
5) 
I. criam a possibilidade de desenvolver plantas com as características desejadas de maneira 
mais rápida que os métodos tradicionais de seleção e cruzamento.
II. permitem que qualquer característica observada numa planta seja inserida em outra, 
possibilitando várias melhorias ao mesmo tempo na mesma planta.
III. devido aos possíveis impactos no ambiente por ter uma planta transgênica, esses 
métodos têm legislação rígida para sua aplicação, dificultando sua comercialização.
IV. os genes a inserir numa espécie de planta precisam ser de outra planta ou organismo 
próximo; caso contrário não será possível aplicar a técnica de transgenia.
Assinale a alternativa que contém as assertivas corretas.
A) I e II, apenas.
B) II, III e IV, apenas.
C) II e III, apenas.
D) I, II e IV, apenas.
E) I, II e III, apenas.
Na prática
A área de melhoramento de plantas ornamentais tem grande potencial como mercado para 
engenheiros agrônomos especializados nessa atividade. Conhecer as técnicas e saber aplicá-las é 
fundamental para isso, assim como saber produzir uma variedade melhorada.
Novas plantas com flores de coloração diferente das encontradas no mercado ou com formas 
únicas são sempre desejadas por produtores. Para desenvolvê-las, necessitam de engenheiros 
agrônomos capazes de melhorá-las. Mesmo com todo o avanço tecnológico, muitos 
melhoramentos usam métodos convencionais, como a hibridização.
Na Prática, veja como seguir esse processo tendo como exemplo o desenvolvimento de um híbrido 
de orquídea do gênero Oncidium, desenvolvido por pesquisadores do orquidário da Universidade 
Estadual de Londrina (UEL), no Paraná (FARIA; COLOMBO; HOSHINO, 2015).
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Saiba +
Para ampliar seu conhecimento no assunto, veja a seguir as sugestões do professor:
P 7 15: micropropagação vegetal
Este vídeo explica na prática todo o processo de micropropagação vegetal, mostrando todos os 
detalhes do processo.
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P 7 13: reprodução assexuada e clonagem
Este vídeo mostra, na prática, como executar alguns métodos de propagação assexuada por 
clonagem de plantas. Confira.
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Orquidário da Universidade Estadual de Londrina (UEL)
O site do orquidário da UEL apresenta os principais trabalhos da equipe de pesquisadores, alunos e 
técnicos no desenvolvimento de cultivares de orquídeas. É interessante visitá-lo para conhecer os 
detalhes do melhoramento genético dessas plantas, as principais características desejadas e acessar 
os trabalhos para aprender a melhorar essas espécies.
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https://www.youtube.com/embed/EE-Vuf_NpzQ
https://www.youtube.com/embed/oDqHo6WjtDA
http://www.orquidariouel.com.br/2017/02/conheca-um-pouco-dos-estudos-do.html

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