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Tópico 12 - Jardins ornamentais_plantas e elementos

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Jardins ornamentais: plantas e 
elementos 
Apresentação
As plantas sempre fizeram parte da trajetória do ser humano na Terra, seja como alimento, remédio 
ou ornamento. Elas tiveram papel fundamental na história da humanidade, sendo motivo da maior 
mudança ocorrida em seu desenvolvimento: a agricultura. Antes do advento da agricultura, os seres 
humanos eram nômades que caçavam e coletavam alimentos; quando este ficava escasso em 
determinado lugar, era preciso partir em busca de locais com mais recursos.
 
É consenso entre os historiadores que foram as mulheres grávidas, que não conseguiam mais sair 
com o grupo para coletar ou caçar, que perceberam como as plantas se reproduziam. A partir desse 
momento, o ser humano passou a domesticar as plantas, ou seja, passou a cultivá-las e a 
desenvolver técnicas para o aumento de sua produção. Esse é um dos fatores apontados pelos 
historiadores para o desenvolvimento da humanidade em termos de aumento da população, bem 
como de desenvolvimento cultural.
 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você conhecerá o mais importante e comum elemento dos 
jardins: os vegetais. Porém, também aprenderá que um jardim é composto de outros elementos que 
não são vegetais, mas ajudam a construir um ambiente natural, como os espelhos d’água e a 
iluminação.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Classificar elementos vegetais e não vegetais na composição de jardins.•
Aplicar o uso de corpos d'água em jardins.•
Reconhecer o uso de iluminação em jardins.•
Desafio
É de fundamental importância, no trabalho do arquiteto paisagista, entender a classificação das 
plantas por suas formas e maneira como se desenvolvem. Há quatro grandes categorias de formas 
de plantas: arbóreas, trepadeiras, arbustivas e herbáceas. O tipo arbóreo pode ser subdividido em 
árvores, palmeiras e coníferas; as herbáceas, em forração e pendentes.
 
Suponha que você trabalhe para um importante escritório de paisagismo que realizará o projeto de 
reforma de um parque público na Cidade do México. Você deve especificar a espécie de planta 
para a área do pergolado. Justifique a escolha em função de seu tipo-forma (arbórea, trapadeira, 
arbustiva ou herbácea).
 
Infográfico
Os jardins são espaços de deleite e meditação ligados em afetividade ao meio natural. A vegetação 
costuma ser a protagonista do cenário idílico que conforma o jardim. Portanto, é essencial que o 
arquiteto paisagista ou jardineiro amador conheça as espécies vegetais em profundidade: suas 
necessidades físicas, a forma e a velocidade com que se desenvolvem.
 
Segundo Burle Marx, a flora brasileira apresenta riqueza de formas e cores que criam ritmos e 
expressam a vida: “Daí querer aplicá-los ao jardim, consciente de que, sem essa compreensão (das 
plantas), jamais poderia chegar ao resultado a que aspiro” (Marx, 2004).
 
O Infográfico a seguir procura explicar a formação dos nomes das plantas: a nomenclatura binária, 
proposta primeiramente pelo naturalista suíço Gaspard Bauhin, no século XVII, e formalizada no 
século XVIII pelo botânico sueco Carl Von Linné.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/44393c43-859f-4fe2-87b8-c8ca8d1b4471/a0fc31a5-f4fc-46eb-bf3f-e334b9267323.jpg
Conteúdo do livro
As plantas podem ser classificadas de diversas formas: por sua morfologia, pela classificação 
botânica das famílias, que leva em consideração a maneira como se reproduzem, e pelo uso que se 
faz delas (p. ex., na alimentação, como as árvores frutíferas e as hortaliças, e nos cuidados com a 
saúde, como a erva-cidreira, o boldo, a melissa, etc.). A função ornamental das plantas se dá quando 
elas se destacam por sua beleza (p. ex., as orquídeas).
 
Os corpos d’água moldam e compõem a paisagem, com inúmeras funções ligadas à sobrevivência 
na Terra. Para além das questões práticas, o ser humano faz uso recreativo e desportivo da água. 
Nos projetos paisagísticos, a água aparece com a função de umidificar o ar e, principalmente, 
reproduzir o ambiente natural, contribuindo para a qualidade de vida das pessoas.
 
Com o uso da iluminação artificial nos jardins, prolonga-se o tempo de permanência neles, sendo 
possível apreciá-los também à noite. A iluminação nos jardins pode ter diferentes objetivos, 
como demarcar um espaço a fim de propiciar a reunião de pessoas; pode, ainda, ser utilizada para 
iluminar o percurso, ou como forma de destacar determinado elemento vegetal ou não vegetal do 
jardim. Além desses, a iluminação também pode ter um fim em si mesma, como objeto visual 
plástico ornamental.
 
No capítulo Jardins ornamentais: plantas e elementos, da obra Composição de jardins, base teórica 
desta Unidade de Aprendizagem, você conhecerá as principais formas de classificar as plantas, o 
papel dos corpos d’água na composição paisagística e os tipos de iluminação mais utilizados em 
jardins ornamentais.
 
Boa leitura.
 
COMPOSIÇÃO DE 
JARDINS
Janaina Almeida Stédile
Jardins ornamentais: 
plantas e elementos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Classificar os elementos vegetais e não vegetais na composição de 
jardins.
 � Aplicar o uso de corpos d'água em jardins. 
 � Reconhecer o uso de iluminação em jardins.
Introdução
Jardins estão presentes na história desde que o ser humano aprendeu a 
cultivar plantas e se sedentarizou. O jardim é uma reprodução da natureza 
controlada para fins de lazer, meditação e contato com o meio natural 
capaz de proporcionar bem-estar e relaxamento. Os jardins têm como 
protagonista as plantas, mas é composto também de outros elementos 
naturais, como terra, pedras e água. Além dos elementos naturais, o 
jardim pode apresentar ainda elementos não naturais, cuja função é 
deixar nossa permanência no lugar mais confortável, como cadeiras, 
mesas, espreguiçadeiras, balanços, redes, piscinas, banheiras e iluminação.
Neste capítulo, você aprenderá o que é um jardim ornamental e 
quais os elementos que o compõe; e será capaz de projetar um jardim 
ornamental, sabendo como escolher e compor os elementos vegetais, 
a importância do elemento água e os diferentes tipos de iluminação.
Elementos vegetais na composição de jardins
Independentemente do tamanho do jardim, do uso principal ou do seu caráter 
(público ou privado), deve-se ter conhecimento profundo das espécies vegetais. 
As plantas são seres vivos, portanto, é necessário conhecer suas necessidades 
fisiológicas, se precisam de terreno úmidos ou secos, se preferem grande 
quantidade de luz e calor ou se gostam mais de climas frios. É necessário 
também reconhecer o aspecto visual da planta, ou seja, de que forma elas se 
desenvolve e ocupa o espaço, como é sua morfologia, textura e cores.
Uma maneira de conhecer e utilizar as plantas é organizando-as por grupos. 
Há diversas maneiras de classificar as plantas, a biologia as organiza de acordo 
com sua forma reprodutiva, a partir da proposta do cientista sueco Carl von 
Linné (1707-1778), comumente citado como Carlo Linneu, em português. 
Em 1737, Linné publicou Systema Naturae, texto que propõe um sistema de 
classificação dos seres vivos utilizado praticamente da mesma forma até os 
dias de hoje.
Linné também publicou Species Plantarum, em 1753, trabalho aceito in-
ternacionalmente como ponto de partida da nomenclatura botânica moderna. 
Species Plantarum contém 1.200 páginas e foi publicado em dois volumes. 
O texto descreveu mais de 7.300 espécies. Foi ele que estabeleceu a forma 
binominal de nomenclatura para as plantas e a notação ao final do cientista 
que a classificou. Por exemplo, a Trifolium pratense L., cujo nome popular no 
brasil é trevo-vermelho ou grama-de-vaca, tem seus dois primeiros nomes em 
latim, fazendo parte da classificação botânica, e o L. no final, abreviação do 
sobrenome do cientista. Sempre que você se depara comL. significa que foi 
Linné quem catalogou a planta. 
Uma segunda forma de organizar as plantas é por meio de sua morfologia 
e a forma como ocupa o espaço. Essas formas são chamadas de tipos vegetais. 
Os tipos vegetais são:
 � árvores;
 � arbustos; 
 � trepadeiras; 
 � forração. 
A classificação botânica é rigorosa porque implica em estabelecer critérios 
comuns para as pesquisas científicas, que devem usar os mesmos parâmetros. Já 
classificação dos tipos pode variar um pouco, dependendo de como cultivamos 
a planta. Por exemplo, as espécies do gênero Bougainvillea (de nome popular 
primavera) são comumente utilizadas como trepadeiras, em pergolados e 
muros. Porém, Bougainvillea muito antigas, encontrando condições ambientais 
adequadas, podem desenvolver-se e tomar o porte de uma árvore. Você verá 
em mais detalhes sobre classificação a seguir.
Jardins ornamentais: plantas e elementos78
Classificação botânica
Você deve recordar das aulas de biologia em que aprendemos a classificar 
os seres vivos em reinos, (monera, protista, fungos, animal e vegetal). Os 
reinos são subdivido em filos, os filos em classes, as classes em ordens, 
as ordens em famílias, as famílias em gênero e os gêneros em espécies. 
Porém, imagine se possuíssemos sete nomes, seria quase impraticável, não 
é? Para facilitar, as plantas têm um nome binominal, ou seja, um indivíduo 
vegetal tem dois nomes usados sempre juntos. O primeiro indica o gênero 
e o segundo, é chamado epíteto específico. Todos os dois nomes são dados 
em latim, pois trata-se de uma língua morta que não apresenta variações de 
escrita. O gênero deve ser escrito com a primeira letra em maiúscula, já o 
epíteto específico deve ser todo em minúsculas. Ambos devem ser grafados 
em itálico. Por exemplo, a planta conhecida no Brasil como flor de lótus, 
chama-se Nelumbo nucifera.
Como mencionado, nos guias de botânicas e nas pesquisas científicas, 
costuma aparecer a notação depois do nome da planta do sobrenome do cien-
tista que a classificou. No caso da flor de lótus você pode a encontrar como 
Nelumbo nucifera Gaertn ou apenas G. Como você pode notar, o nome do 
cientista está notado sem itálico.
Quando a classificação é um trabalho conjunto de dois cientistas, utiliza-se 
o sobrenome de ambos com o símbolo & entre eles, por exemplo, Heliconia 
rostrata Ruiz & Pav (nome popular da helicônia ou caête no Brasil). Há também 
uma notação em que o nome do autor é citado entre parênteses e, logo, há um 
segundo autor. Isso significa que aquela planta, a partir de estudos científicos, 
foi reclassificada. O autor em parêntese foi o primeiro que a classificou e último, 
o que fez a alteração, por exemplo Banisteriopsis oxyclata (A. Juss) B. Gates.
Para fins paisagísticos, é necessário saber apenas o binômio da planta, sem a 
necessidade de conhecer os cientistas da área da biologia. Porém, é importante 
conhecer a linguagem adotada no campo da botânica por alguns motivos. Um 
desses motivos é que, geralmente, consultamos os guias botânicos e manuais de 
cultivo da agronomia ou engenharia florestal. Neles, obtemos as informações 
sobre as necessidades das plantas, se são de sol, meia-sombra, solo fértil, solo 
úmido, como se desenvolvem, se são aquáticas, terrestres ou aéreas, entre 
outras informações que possam ser úteis. Além disso, os nomes populares 
das plantas variam muito de lugar para lugar, o que dificulta o entendimento 
entre cliente, arquiteto-paisagista, fornecedor e jardineiro. 
79Jardins ornamentais: plantas e elementos
Classificação de forma — tipos
Outra forma de classificação de plantas, de fundamental importância no 
trabalho do arquiteto-paisagista, é classificação por suas formas e maneira 
como se desenvolve. Chamamos essa classificação de tipos de planta. Mesmo 
que você esteja entrando em contato pela primeira vez com o paisagismo, 
você conhecerá alguns dos tipos e saberá identificá-los com facilidade. 
Você sabe o que é uma árvore, não é? E é capaz de diferenciá-la de uma 
samambaia? Então, uma árvore é um tipo, que pode ser divido nos subtipos 
árvores, palmeiras e coníferas. Esses subtipos são definidos de acordo com os 
formatos das árvores. Samambaia não é um tipo de classificação botânica, é 
o nome popular dado para as plantas dos gêneros Nephorolepis, Discksonia, 
Polypodium, por exemplo.
Uma samambaia, como samambaia-paulista (Nephorolepis pectinata), se 
plantada em canteiros baixos, podem assumir dimensões quase arbustivas, 
contudo, se plantadas em vasos de fibra de coco e penduradas, contribuíram 
para a composição como pendentes. Em uma área grande de um parque, 
plantas em grandes quantidades entre as árvores podem assumir a função 
de forração.
Contudo, é preciso se ter em conta que qualquer classificação aplicada a um 
universo tão rico e diversificado quanto o mundo vegetal, estará́ sempre sujeita 
a imprecisões, ambiguidades e superposições. Mesmo a simples diferenciação 
entre árvore e arbusto, que nos pode parecer à primeira vista suficientemente 
precisa, não tem uma correspondência exata na natureza, onde esta distinção 
nem sempre é tão clara, pois existem formas intermediarias que poderiam se 
enquadrar tanto em um tipo quanto em outro ou que dificilmente se ajustariam 
a algum deles (SALVIATI, 1993, p. 10),
O Quadro 1 apresenta as tipologias vegetais, que segundo a classificação 
de Salviati (1993) é dado pela característica do caule da planta. Pode-se dizer 
que há quatro grandes categorias de formas de planta: arbórea, trepadeiras, 
arbustivas e herbáceas. O tipo arbóreo podem ser subdividos em árvores, 
palmeiras e coníferas; e as herbáceas, em forração e pendentes.
Jardins ornamentais: plantas e elementos80
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81Jardins ornamentais: plantas e elementos
Nas Figuras 1, 2 e 3 você verá os três tipos arbóreos: árvores, palmeiras 
e coníferas. A Figura 1 representa uma árvore nativa do Brasil conhecida 
popularmente como Paineira, seu nome botânico é Ceiba speciosa. A Figura 2 
trata-se de uma palmeira, também bastante conhecida dos brasileiros, a Cocos 
nucifera, que é a palmeira que produz o coco com grande quantidade de água 
que consumismo comumente. Não existe consenso entre os estudiosos sobre sua 
origem, há quem aponte a costa brasileira e outros sustentam sua origem nas 
áreas tropicais asiáticas, introduzida no Brasil, nesse caso, pelos portugueses. 
O certo é que ela se adaptou muito bem no Brasil, em especial no Nordeste, 
que a utiliza para produção de coco e como planta ornamental, comumente 
em jardins de orla e residenciais da região. Por fim, a Figura 3 apresenta uma 
conífera nativa brasileira e símbolo do sul do país, a Araucaria angustifólia.
Jardins ornamentais: plantas e elementos82
Figura 1. Ceiba speciosa. 
Fonte: Wagner Santos de Almeida/Shutterstock.com.
83Jardins ornamentais: plantas e elementos
Figura 2. Cocos nucifera.
Fonte: RZ_Videos/Shutterstock.com.
Figura 3. Araucaria angustifolia. 
Fonte: Bernard Barroso/Shutterstock.com.
Jardins ornamentais: plantas e elementos84
As Figuras a seguir ilustram a mesma espécie Epipremnum pinnatum, 
popularmente conhecidas no Brasil como jiboia, jiboia-verde ou era do diabo. 
Na Figura 4, a jiboia está sendo usada como forração, ou seja, cobre o solo 
tomando a forma de um tapete verde; já na Figura 5, a mesma espécie é 
plantada em um vaso, e pela configuração de seu caule se desenvolverá de 
forma pendente.
Figura 4. Epipremnum pinnatum utilizada como forração.
Fonte: tristan tan/Shutterstock.com.
85Jardins ornamentais: plantas e elementos
Figura 5. Epipremnum pinnatum utilizada como pendente. 
Fonte: Ros Fraser/Shutterstock.com.
Jardins ornamentais: plantas e elementos86
Para projetar um jardim, é essencial que tenhamos uma relação de afeti-
vidade com as plantas, devemos conhecê-las, saber do que necessitam para 
estarem bem e saudável e compreender suas formas e como elas se desenvol-
vem para compor um ambiente natural. Em geral, essa relação com os jardins 
propicia sensações de conforto, alegria, admiração, relaxamento, entre outros 
inúmeros benefícios.
Corpos d'água em jardins 
A vida nasce no meio aquático e novas vidas depende da existência de recurso 
hídricos. A água, bem como as plantas, é essencial para a nossa existência, 
também é uma das protagonistas na configuração da natureza, moldando o 
aspecto visual e ambiental de nossas paisagens. Além disso, relacionamo-nos 
afetivamente com oceanos, mares, lagos, rios e córregos. 
A água tem características únicas, podendo aparecer sob a forma de líquido 
cristalino, cerração, vapor ou gelo. Ao combinar-se com a atmosfera e os 
climas da Terra, pode ser vista em forma de chuva, temporal, granizo, bruma, 
cerração, neve, pingentes de gelo, icebergs, geleiras e nossas minguantes, mas 
ainda assim imponentes, calotas polares. 
[...]
A água cai do céu sob a forma de precipitação (chuva, neve, etc.). Se ela 
cai sobre o solo, é absorvida pela vegetação e pela terra, ou escorre sobre 
sua superfície, formando córregos que se transformam em rios, os quais 
desembocam no mar. A água também evapora das plantas, do solo e da su-
perfície dos corpos d’água, podendo mais uma vez cair em forma de chuva 
(WATERMAN, 2010, p. 68).
Água molda e compõe a paisagem, sendo um dos nossos recursos mais 
preciosos, afinal, é essencial para a vida na terra. O ser humano faz outros 
usos da água que são ligados à recreação e práticas desportivas, por exemplo. 
No paisagismo, ela tem a função de umidificar o ar e, principalmente, compor 
uma paisagem que busca reproduzir o ambiente natural, colaborando para a 
qualidade de vida das pessoas.
Os corpos d’água no paisagismo podem se apresentar de diversos formatos. 
Os corpos d’água naturais são os que já fazem parte da paisagem em que o 
parque, a praça ou a propriedade privada se encontra. 
Um bom exemplo disso são as orlas de praia das principais capitais litorâneas 
do Brasil, como é o caso do Aterro do Flamengo no Rio de Janeiro (Figura 
6), projeto de Alfred Agache (1875-1959) e de seu discípulo e depois grande 
87Jardins ornamentais: plantas e elementos
expressão da arquitetura moderna brasileira Affonso Eduardo Reidy (1909-
1964). O projeto iniciou com o Plano Agache (1927-1930), mas foi efetivamente 
viabilizado em 1961 e inaugurado em 1965, com atualizações de Reidy ao projeto 
inicial de Alfred Agache. Os jardins são projeto de Burle Marx e contam com 
inúmeros equipamentos urbanos, como o Aeroporto Santos-Dumont, o Museu 
de Arte Moderna (MAM), a Marina da Glória, diversas quadras desportivas, 
monumentos, ciclovias etc. O parque é uma ampliação de faixa de terra em 
direção ao mar, mas também se estrutura linearmente a partir do mar. O parque 
segue a ondulação da orla, marca a paisagem com um grande “tapete verde” em 
contraponto ao azul do mar. É a partir do parque do aterro e da configuração 
de sua baia que se pode observar o pão de açúcar, por exemplo. 
Figura 6. Aterro do Flamengo.
Fonte: vitormarigo/Shutterstock.com.
Outros tipos corpos d’água compõe o paisagismo, se conformam e asse-
melham-se como elementos naturais, mas na verdade foram criados a partir 
da transformação do ser humano na paisagem, como é o caso da Lagoa da 
Pampulha. O complexo da Pampulha foi criado pelo prefeito de Belo Hori-
zonte da época, Juscelino Kubitscheck, e projetado por Oscar Niemeyer, com 
jardins de Burle Marx e murais de Portinari. O complexo se organiza entorno 
Jardins ornamentais: plantas e elementos88
da margem do lago, que foi criado em 1938 com o objetivo de abastecer a 
região norte de Belo Horizonte e amenizar os efeitos das chuvas (INSTITUTO 
MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS, 2013, p. 6).
O complexo da Pampulha é formado pela igreja São Francisco de Assis, o 
Museu de Arte, a Casa de Baile, o Iate Tênis Clube e a Casa Kubitschek. Na 
Figura 7 nota-se a Igreja da Pampulha enquadrada pelos maciços arbóreos e 
pela lagoa, da qual a igreja repete as ondulações.
Figura 7. Igreja São Francisco de Assis, Complexo da Pampulha em Belo Horizonte.
Fonte: Pampulha... (2016, documento on-line).
O terceiro tipo de corpo d’agua é aqueles construído e que utiliza a lingua-
gem da construção para conter a água. Seu aspecto visual deixa claro que é 
uma intervenção humana que compõe uma paisagem. Bons exemplos são os 
espelhos d’água e as fontes e chafarizes. As fontes e chafarizes foram criados 
nas cidades com o intuito de abastecer a população com água, mas, com o 
passar dos anos, receberam tratamento artístico por meio de esculturas e, cada 
vez mais, passaram a adquirir caráter de monumento. Os espelhos d’água são 
tanques rasos, comumente executados em concreto. Ao contrário dos primeiros 
tipos (orlas e lagoas naturais ou artificias) os elementos do terceiro tipo não 
são feitos para o uso recreativo, porém funcionam como umidificadores de ar 
e agente de diminuição de temperatura. Quando o vento bate nas águas desses 
elementos, carrega gotículas de água que espalha pelo ambiente.
89Jardins ornamentais: plantas e elementos
O arquiteto italiano Renzo Piano, quando projetou o novo bairro ecológico 
da cidade de Trento, chamado de Le Albere, incluiu diferentes estruturas, como 
residências, edifícios de escritórios, comércios, espaços culturais, centros de 
conferência e áreas de lazer. Concentrou as edificações em apenas um lado 
da área, a fimde liberar espaço suficiente para um grande parque que se de-
senvolve ao longo do rio Agide. Na Figura 8 você pode observar um espelho 
d’água linear que acompanha longitudinalmente as ruas, que são livres de 
tráfego de automóvel.
Figura 8. Espelho d’água no bairro de Le Albere na cidade de Trento, Itália — projeto de 
Renzo Piano.
Fonte: "Le Albere"... ([201-?], documento on-line).
Por fim, há um quarto tipo de elemento que utiliza a água como protagonista, 
mas tem por objetivo o contato direto com as pessoas. Esse contanto pode ser 
para práticas esportivas, como as piscinas; brincadeiras das crianças, como 
nos pátios de aspersores em praças e parques; ou relaxamento e meditação, 
como piscinas, banheiras coletivas de hidromassagem e ofurôs.
Na Figura 9, observa-se uma piscina de borda infinita, implantada perpen-
dicular paisagem natural, como se procurasse entrar nela, ao mesmo tempo 
que direciona a visão para as montanhas.
Jardins ornamentais: plantas e elementos90
Figura 9. Piscina de borda infinita.
Fonte: Longchalerm Rungruang/Shutterstock.com.
Corpos d’água são sempre bem-vindos, atuam na umidade do ar, contribuem 
para a criação da paisagem e criam um ponto de atração visual e física. No 
paisagismo, podem ser naturais, artificiais, ou elementos construídos com o 
fim da contemplação ou uso recreativo e desportivo.
Burle Marx, o maior paisagista brasileiro
Segundo o arquiteto-paisagista e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo 
da Universidade de São Paulo (FAU-USP), Silvio Soares Macedo, a contribuição da obra 
paisagística de Roberto Burle Marx (1909-1994) para a cultura brasileira é comparável 
ao papel que tiveram Heitor Villa-Lobos, Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Lúcio 
Costa e Oscar Niemeyer.
Macedo (1999) divide a história do paisagismo brasileiro em três: ecletismo, mo-
dernismo e contemporâneo. Para datar o fim do período eclético do paisagismo 
brasileiro e o início do modernismo, considera o ano de 1932, quando Burle Marx inicia 
suas atividades junto a prefeitura de Recife e projeta a Praça de Casa Forte, pois esse 
trabalho de Burle Marx é um divisor de águas.
Burle Marx também era artista plásticos, e muito comparam seus jardins a suas 
pinturas. Além disso, é o paisagista da primeira obra de arquitetura moderna no Brasil, 
o Ministério de Educação e Cultura no Rio de Janeiro.
91Jardins ornamentais: plantas e elementos
[...] é principalmente o arquiteto da modernidade, da ruptura, da con-
quista total de identidade nacional no projeto paisagístico, devida exclu-
sivamente a uma forte identificação pessoal com a cultura modernista 
e com os valores culturais ecológicos brasileiros. 
[...]
As cores, as formas, os materiais e, principalmente, os espaços de suas 
obras, rementem ao país natal, o Brasil, do qual analisa, decodifica, 
recodifica e transforma as formas e elementos de suas paisagens em 
projetos ousados para época, destruindo totalmente a velha ordem do 
Ecletismo (MACEDO, 1999, p. 93).
A obra paisagística de Burle Marx se destaca pelo uso de plantas nativas brasileiras, 
pela presença de corpos d’água e pela formação de tapetes, vegetação e pisos for-
mando desenhos abstratos.
Burle Marx foi autor de inúmeros parques e passeios públicos do Brasil, tendo sido o 
responsável pelos projetos mais importantes de espaços públicos e privados do país. 
Burle Marx é ainda autor de projetos no exterior como o Parque Del Este, em Caracas, 
e o parque juntos as torres Patrona, em Kuala Lanpur. 
Uso de iluminação em jardins 
A iluminação nos jardins ajuda a prolongar o tempo de permanência nesses 
lugares, já que com uso da luz artificial podemos desfrutar dos jardins também 
à noite.
A iluminação de jardim pode ter objetivo de criar um ambiente de reunião 
ou demarcar um espaço iluminado, pode iluminar os caminhos do jardim ou 
destacar determinado elemento vegetal ou não do jardim; ou, ainda, podemos 
ter a iluminação com fim em si mesma, sendo usada como objeto visual plástico 
pertencente a própria composição do jardim.
Existem, no mercado, diversos suportes e lâmpadas utilizadas em jardins. 
Para escolha, você deve primeiro saber qual é o objetivo da iluminação, por 
exemplo, demarcar uma área, demarcar um caminho, valorizar um elemento 
vegetal ou não ou fazer parte da composição plástica do jardim.
A luminotécnica é uma ciência complexa que interrelaciona a disciplina 
de ótica e arquitetura. Para escolher uma lâmpada, você deve conhecer os 
conceitos de intensidade luminosa, fluxo luminoso, luminância, iluminância. 
A Figura 10 demonstra didaticamente esses conceitos.
Jardins ornamentais: plantas e elementos92
Figura 10. Esquema dos conceitos de iluminação.
Fonte: Viana (2019, documento on-line).
O fluxo luminoso, medido em lúmens (lm), é a quantidade de luz que 
uma fonte luminosa emite em todas as direções. Já a intensidade luminosa, 
medida em candela, é a quantidade de luz que uma fonte luminosa emite em 
determinada direção. Essa direção é definida pelo ângulo de abertura do 
facho de luz da fonte luminosa. A iluminância, medida em Lux (lúmens/m2), 
é a quantidade de fluxo luminoso de uma fonte que atinge uma superfície. 
Luminância é a intensidade luminosa que atinge uma superfície e é refletida 
em determinada direção, é atribuída pela razão entre a intensidade luminosa 
(candela) e a área em que a luz é projetada (m2) (SOUZA et al., 2018).
Para escolher o suporte da lâmpada, ou seja, postes, refletores, spots ou ba-
lizadores, deve-se saber o propósito do fluxo luminoso. Iluminar um ambiente 
de um plano mais alto, procurando demarcar um ambiente, é uma tarefa difícil 
em espaços abertos. Em geral, utiliza-se varais de lâmpadas com luminárias 
ou sem luminárias. Os varais são práticos e flexíveis as condições dos jardins.
Os percursos de jardins podem ser iluminados por postes médios, baliza-
dores médios ou pequenos ou ainda balizadores de piso. Esses elementos são 
colocados linearmente, acompanhado o caminho e dando a direção.
93Jardins ornamentais: plantas e elementos
Os holofotes e os spots são usados quando se pretende um foco de luz 
direcionado, com a finalidade de destacar um maciço arbóreo ou arbustivo, 
esculturas ou espelhos d’águas, como mostra Figura 11.
Figura 11. Espelho d’água iluminado.
Fonte: Alexey Stiop/Shutterstock.com.
Há ainda a própria iluminação como elemento compositivo do jardim. 
Um exemplo bem comum disso são os troncos das árvores cobertos por pe-
quenas lâmpadas para as festas de fim de ano. Essa iluminação não tem por 
fim iluminar a árvore em si, mas criar formas de luzes ornamentais, como 
podemos ver na Figura 12.
Jardins ornamentais: plantas e elementos94
Figura 12. Troncos de árvores iluminados para fins estéticos.
Fonte: 2009fotofriends/Shutterstock.com.
A iluminação do jardim é uma forma de estender a permanência nas áreas 
exteriores, mas também um elemento a ser considerado na composição de 
jardins ornamentais.
O escritório de Roberto Burle Marx segue em atividade comandados por uma terceira 
geração de arquitetos paisagistas.
Haruyoshi Ono foi sócio de Burle Marx por mais de 30 anos, parceiro na criação dos 
projetos paisagísticos, ele prosseguiu com os trabalhos do escritório por mais 20 anos. 
Atualmente, o escritório é coordenado por Isabela Ono, Júlio Ono e Gustavo Leivas, 
que preservam os conceitos criativos de Haruyoshi e Burle Marx. Confira os trabalhos 
de Burle Marx e seus discípulos no site do escritório.
http://www.burlemarx.com.br/
95Jardins ornamentais: plantas e elementos
INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS. Avaliação da qualidade das águas da 
Bacia da Lagoa da Pampulha: relatório. Belo Horizonte: Instituto Mineiro de Gestão 
das Águas, 2013. 52 p. Disponível em: http://www.igam.mg.gov.br/images/stories/
qualidade_aguas/2014/avaliacao-qualidade-das-aguas-lagoa-da-pampulha.pdf. Acesso 
em: 6 nov. 2019.
"LE ALBERE": ex-Michelin area redevelopment. Modulo.net, Milano, [201-?]. Disponível 
em: https://modulo.net/en/realizzazioni/le-albere-ex-michelin-area-redevelopment.Acesso em: 6 nov. 2019.
MACEDO, S. S. Quadro do paisagismo no Brasil. São Paulo: FAU/USP, 1999. 143 p. (Coleção 
Quapá).
PAMPULHA recebe título da UNESCO de patrimônio cultural da humanidade. ONU 
Brasil, Rio de Janeiro, 18 jul. 2016. Disponível em: https://nacoesunidas.org/pampulha-
-recebe-titulo-da-unesco-de-patrimonio-cultural-humanidade/. Acesso em: 6 nov. 2019.
SALVIATI, E. J. Tipos vegetais aplicados ao paisagismo. Paisagem e ambiente — ensaios, 
São Paulo, n. 5, p. 9–45, out. 1993. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/paam/
article/view/133781/. Acesso em: 6 nov. 2019.
SOUZA, C. D. et al. Luminotécnica aplicada. Porto Alegre: Sagah, 2018. 198 p.
VIANA, D. Entenda o que é luminotécnica. Guia da Engenharia, [S. l.], 14 mar. 2019. Dispo-
nível em: https://www.guiadaengenharia.com/luminotecnica/. Acesso em: 6 nov. 2019.
WATERMAN, T. Fundamentos de paisagismo. Porto Alegre: Bookman, 2010. 200 p.
Os links para sites da Web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
Jardins ornamentais: plantas e elementos96
Dica do professor
As áreas verdes urbanas estão presentes em grande diversidade de formatos e situações, tais 
como: praças, parques urbanos, parques fluviais, parques balneários e esportivos, jardins botânicos, 
jardins zoológicos, etc. São essencialmente caracterizadas por apresentarem cobertura vegetal, 
arbórea, arbustiva e forração, contribuindo para a qualidade de vida e o equilíbrio ambiental nas 
cidades.
Um parque urbano é uma área verde livre na cidade com área maior do que as praças e jardins 
públicos. Segundo o art. 8.º, § 1.º, da Resolução CONAMA N.º 369/2006, do Ministério do Meio 
Ambiente, considera-se área verde de domínio público "o espaço de domínio público que 
desempenhe função ecológica, paisagística e recreativa, propiciando a melhoria da qualidade 
estética, funcional e ambiental da cidade, sendo dotado de vegetação e espaços livres de 
impermeabilização". 
 
Nesta Dica do Professor, você conhecerá um pouco da história e do projeto do Parque Ibirapuera, 
em São Paulo, e sua importância para a cidade.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/80713617681bb0f66aa6632868925dc1
Exercícios
1) No paisagismo, os corpos d’água apresentam uma grande variedade de formatos. Muitos 
projetos paisagísticos tiram partido de corpos d’água naturais que já fazem parte da 
paisagem a ser trabalhada. Um bom exemplo são as orlas de praia das principais capitais 
litorâneas do Brasil, que procuram tratar paisagisticamente seu entorno e valorizar o corpo 
d’água natural. 
 
Identifique a alternativa em que o parque em questão possui um corpo d’água natural.
A) Aterro do Flamengo, na cidade do Rio de Janeiro.
B) Lago do Ibirapuera, na cidade de São Paulo.
C) Espelho d'água do Palácio do Planalto, na cidade de Brasília.
D) Lago Paranoá, na cidade de Brasília.
E) Fonte do bairro Trevi (Fontana de Trevi), na cidade de Roma, Itália.
 
2) O cipreste-dourado ou pinheiro-dourado é uma árvore originária do Japão, que alcança, em 
média, 20 a 30 metros de altura. Seu nome científico é Chamaecyparis obtusa (Siebold & 
Zucc.) Endl. 
Com base na nomenclatura científica das plantas, o que se pode dizer a respeito dessa 
árvore?
A) Chamaecyparis é nome da espécie; obtusa, o nome do gênero. O primeiro a classificá-la foi 
Endl.
B) Siebold foi o primeiro cientista a classificá-la, e Endl. fez alterações na nomenclatura.
C) O primeiro a classificá-la foi Endl.; depois, Siebold e Zucc. fizeram alterações na 
nomenclatura.
D) Os primeiros cientistas a classificá-la foram Siebold & Zucc.; posteriormente, Endl. fez 
alterações na nomenclatura.
E) Chamaecyparis é nome da família; obtusa, o epíteto específico. Os primeiros a classificá-la 
foram Siebold e Zucc.
3) As plantas podem ser classificadas de diversas formas. A classificação botânica as organiza 
em famílias, em função de sua forma reprodutiva. Pelo suporte natural das raízes, podem ser 
classificadas como terrestres, aéreas e aquáticas. Pelo uso que o ser humano faz delas, como 
comestíveis, medicinais ou ornamentais. E por sua forma e desenvolvimento, como 
forrações, arbustos, trepadeiras e árvores. 
 
Assinale a alternativa que aponta um arbusto.
A) 
B) 
C) 
 
D) 
 
E) 
A água é um importante elemento natural usado com frequência em jardins de todos os 
portes. Em parques e praças, muitas vezes já é existente e formada pela natureza. As formas 
4) 
de uso da água em jardins ornamentais são muito variadas e podem ser classificadas como 
de uso direto ou para contemplação. 
Assinale a alternativa que apresenta o uso de corpo d’água apenas para contemplação.
A) Aspersores de água na praça Porta Nuova, na cidade de Milão, Itália.
 
B) Ofurô de Niwa no Yu, na cidade de Tóquio, Japão.
C) Lagoa Rodrigo de Freitas, na cidade do Rio de Janeiro.
D) Piscina do Clube Municipal de São Paulo, Pacaembu.
E) Fontana de Trevi, na cidade de Roma, Itália. 
5) Uma iluminação correta é a que atinge seus objetivos iniciais. Se o objetivo é um ambiente 
mais acolhedor, usa-se luz baixa e amarela; se é enxergar com clareza, luz forte e branca; se 
é iluminar uma pintura e não danificá-la, ilumina-se o teto. A luminotécnica é uma ciência 
complexa que estuda a aplicação de luz artificial nos ambientes, considerando, entre outras 
coisas, a quantidade de lumens e o tipo de lâmpada e de suporte de lâmpada. Em jardins, a 
iluminação pode ter diversos objetivos. 
 
Assinale a alternativa em que o objetivo da iluminação foi valorizar a vegetação.
A) 
B) 
C) 
D) 
E) 
Na prática
Toda cidade tem uma história com rios, mares ou cursos d’água. O ser humano sempre busca 
proximidade com as fontes de água potável. As primeiras vilas e cidades se localizavam entre os 
rios Eufrates e Tigre. No final do século XIX e durante todo o século XX, o processo de urbanização 
acelerada, fruto da industrialização, deixou um rastro de ambientes urbanos poluídos, 
especialmente os cursos d’água, que passam a receber esgoto, e as vias de tráfego.
Neste Na Prática, você irá conhecer o notório caso de recuperação ambiental e urbana do rio 
Cheong‑Gye, em Seul, Coreia do Sul, a partir da criação de um parque público que 
retoma o uso do rio como lazer.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/fcafb540-25cc-492d-9d80-b6ac832e6624/e0b903bc-8688-4759-847b-07ea642dc9d5.jpg
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Benedito Abbud – arquiteto paisagista
Abbud é arquiteto paisagista formado pela FAU-USP. Com escritório em atividade desde 1981, 
conta com mais de 5.200 projetos desenvolvidos na área de paisagismo residencial, corporativo, 
comercial e de parques e praças públicas. Conheça um pouco mais de seu trabalho acessando o site 
de seu escritório.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
A história e a filosofia dos estudos observacionais de Maria 
Sibylla Merian (1647-1717): contribuições para a Biologia e para 
o ensino de Biologia
Maria Sibylla Merian (1647-1717) era de uma família de artistas e impressores, e foi criada para 
desenvolver suas habilidades artísticas. Desde cedo, apresenta interesse em observar e registrar 
processos naturais, ficando conhecida por seus estudos e publicações nas áreas de Entomologia, 
Ecologia e Genética.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código paraacessar.
Orla de Santos
A origem dos jardins públicos no país data do final do século XIX. Eles tinham por fim o passeio em 
lugares públicos, sem os incômodos das ruas, às vezes mal pavimentadas e sempre movimentadas, 
criando um espaço de lazer em cidades que sofriam com rápida urbanização. Os jardins públicos 
ainda hoje propiciam áreas verdes livres de lazer e passeio. Neste episódio de Arquiteturas, você 
conhecerá um importante jardim público: a orla de Santos, o maior jardim de orla do mundo.
http://www.beneditoabbud.com.br/index2.asp
http://www.abrapecnet.org.br/enpec/x-enpec/anais2015/resumos/R0399-1.PDF
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.youtube.com/embed/eEjUo1CGA_w

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