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Profª Carolina Duarte Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN) SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - SAN Consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis (artigo 3º, Lei 11.346/2006 –LOSAN) 2 SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - SAN O conceito de Segurança Alimentar e Nutricional está em permanente construção, pois à medida que avança a história da humanidade, mudanças sociais se alteram. 1ª Guerra Mundial (1914-1918) 2ª Guerra Mundial (1939-1945) Após 2ª Guerra Mundial 3 SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - SAN Revolução Verde Nenhum impacto sobre a redução da fome Consequências ambientais, econômicas e sociais desfavoráveis Redução da biodiversidade, êxodo rural, contaminação dos solos e dos alimentos Aumento do uso de agrotóxicos Insuficiente disponibilidade de alimentos/ Revolução Verde 4 SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - SAN 1990 - Incorpora a noção de alimentos seguros (não contaminados biológica e quimicamente), alimentos de qualidade (nutricional, biológica, sanitária e tecnológica), alimentos produzidos de forma sustentável, equilibrada, culturalmente aceitáveis e também incorporando a ideia de acesso a informação 1980 - Relacionado à garantia de acesso físico e econômico de todas as pessoas a quantidades suficientes de alimentos de forma permanente. 5 SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - SAN ALIMENTAR - processo de disponibilidade. NUTRICIONAL - que diz respeito à escolha, preparo, consumo alimentar e sua relação com a saúde e utilização biológica do alimento, incorporada na II Conferência de SAN/2004 6 SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - SAN Soberania Alimentar: cada nação tem o direito de definir políticas que garantam a Segurança Alimentar e Nutricional de seus povos. Componente alimentar: disponibilidade, produção comercialização e acesso aos alimentos. Componente nutricional: relacionado às práticas alimentares e utilização biológica dos alimentos. Para mobilização de diferentes setores da sociedade: agricultura, abastecimento, educação, saúde, desenvolvimento e assistência social, trabalho. 7 8 SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - SAN + = Insegurança Alimentar 9 SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - SAN Abrange: a ampliação das condições de acesso aos alimentos por meio da produção, em especial da agricultura tradicional e familiar (...); a conservação da biodiversidade e a utilização sustentável dos recursos; III. a promoção da saúde, da nutrição e da alimentação da população, incluindo-se grupos populacionais específicos e populações em situação de vulnerabilidade social; 10 SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - SAN a garantia da qualidade biológica, sanitária, nutricional e tecnológica dos alimentos, bem como seu aproveitamento, estimulando práticas alimentares e estilos de vida saudáveis que respeitem a diversidade étnica e racial e cultural da população; a produção de conhecimento e o acesso à informação; a implementação de políticas públicas e estratégias sustentáveis e participativas de produção, comercialização e consumo de alimentos, respeitando-se as múltiplas características culturais do País. 11 SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - SAN Processo de territorialização com o mapeamento de ONGs, instituições, comércios, igrejas que distribuam, produzam, comercializam alimentos: • Hortas Comunitárias • Distribuição de cestas alimentares • Restaurantes Populares • Cozinhas Comunitárias • Grupos de Mulheres • Banco de Alimentos • Compostagem de resíduos orgânicos 12 SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - SAN 13 LEI Nº 11.346, 15 de Setembro de 2006 Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. SISAN com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada e dá outras providências. Esta Lei estabelece as definições, princípios, diretrizes, objetivos e composição do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. 14 LOSAN – LEI ORGÂNICA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL Do que trata a LOSAN? CRIA o SISAN com o objetivo de assegurar o direito humano à alimentação adequada (caput). ESTABELECE que o poder público, com a participação da sociedade civil organizada, formulará e implementará: políticas, planos, programas e ações com vistas a assegurar o direito humano à alimentação adequada (art. 1º). AFIRMA que a consecução do Direito Humano à Alimentação Adequada e da Segurança Alimentar e Nutricional da população far-se-á por meio do SISAN, integrado por um conjunto de órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e pelas instituições privadas, como ou sem fins lucrativos (art. 7º). 15 LOSAN – LEI ORGÂNICA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL A alimentação adequada é direito fundamental do ser humano, inerente à dignidade da pessoa humana indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder público adotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população. 16 SISAN – SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL Instituído pela LOSAN, tem como principal propósito a promoção, em todo o Território Nacional, do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). Os órgãos governamentais dos três níveis de governo e as organizações da sociedade civil irão atuar conjuntamente na formulação e implementação de políticas e ações de combate à fome e de promoção da Segurança Alimentar e Nutricional, e ainda no acompanhamento, monitoramento e avaliação da situação nutricional da população, definindo direitos e deveres do poder público, da família, das empresas e da sociedade. 17 SISAN Integram o SISAN: I – a Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; II – o CONSEA; III – a CAISAN; IV – os órgãos e entidades de segurança alimentar e nutricional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; e V – as instituições privadas, com ou sem fins lucrativos, que manifestem interesse na adesão e que respeitem os critérios, princípios e diretrizes do SISAN. 18 SISAN O SISAN reger-se-á pelos seguintes princípios: universalidade e equidade no acesso à alimentação adequada, sem qualquer espécie de discriminação; preservação da autonomia e respeito à dignidade das pessoas; participação social na formulação, execução, acompanhamento, monitoramento e controle das políticas e dos planos de segurança alimentar e nutricional em todas as esferas de governo; e transparência dos programas, das ações e dos recursos públicos e privados e dos critérios para sua concessão. 19 SISAN Art. 10. O SISAN tem por objetivos: - formular e implementar políticas e planos de segurança alimentar e nutricional, - estimular a integração dos esforços entre governo e sociedade civil, bem como, - promover o acompanhamento, o monitoramento e a avaliação da segurança alimentar e nutricional do País. 20 DIREITO HUMANO A ALIMENTAÇÃO ADEQUADA - DHAA Direitos Humanos são aqueles que os seres humanos possuem, única e exclusivamente, por terem nascido e serem parte da espécie humana. Estes direitos são inalienáveis e independem de legislação nacional, estadual ou municipal específica. São o resultado da luta dos povos contra a opressão, a discriminação e abusos de poder. 21 DIREITO HUMANO A ALIMENTAÇÃO ADEQUADA - DHAA O Direito Humano à Alimentação Adequada é indispensável para a sobrevivência. Fome Crônica; Deficiência subclínica de vitamina A; Epidemia de obesidade; Essas situações demonstram a necessidade de se garantir a realização do DHAA como estratégia fundamental para lidar comas questões acima mencionadas. 22 DHAA A expressão “Direito Humano à Alimentação Adequada” tem origem no Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC). 23 DHAA Estratégias para garantir DHAA no Brasil 24 DHAA Estratégias para garantir DHAA no Brasil 25 DHAA Estratégias para garantir DHAA no Brasil 26 DHAA Estratégias para garantir DHAA no Brasil 27 DHAA Estratégias para garantir DHAA no Brasil 28 DHAA Estratégias para garantir DHAA no Brasil 29 DHAA Estratégias para garantir DHAA no Brasil 30 Estratégias para garantir DHAA no Brasil 31 CONSEA O CONSEA é um instrumento de articulação entre governo e sociedade civil na proposição de diretrizes para as ações na área da alimentação e nutrição. Instalado no dia 30 de janeiro de 2003, o Conselho tem caráter consultivo e assessora o Presidente da República na formulação de políticas e na definição de orientações para que o País garanta o direito humano à alimentação. 32 CONSEA O Conselho é formado por conselheiros – representantes da sociedade civil organizada e ministros de Estado e representantes do Governo Federal –, além de observadores convidados. O CONSEA estimula a sociedade a participar da formulação, execução e acompanhamento de políticas de Segurança Alimentar e Nutricional. Considera a organização da sociedade essencial para as conquistas sociais e para a superação definitiva da exclusão. 33 CONSEA e SISAN Articula, acompanha e monitora, em regime de colaboração com os demais integrantes do Sistema, a implementação e a convergência de ações inerentes à Política Nacional e ao Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Mobiliza e apoia entidades da sociedade civil na discussão e na implementação de ações públicas de Segurança Alimentar e Nutricional. 34 CONSEA O CONSEA será composto a partir dos seguintes critérios: I – 1/3 (um terço) de representantes governamentais constituído pelos Ministros de Estado e Secretários Especiais responsáveis pelas pastas afetas à consecução da segurança alimentar e nutricional; II – 2/3 (dois terços) de representantes da sociedade civil escolhidos a partir de critérios de indicação aprovados na Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; e III – observadores, incluindo-se representantes dos conselhos de âmbito federal afins, de organismos internacionais e do Ministério Público Federal. 35 CONSEA • O CONSEA será presidido por um de seus integrantes, representante da sociedade civil, indicado pelo plenário do colegiado, na forma do regulamento, e designado pelo Presidente da República. • A atuação dos conselheiros, efetivos e suplentes, no CONSEA, será considerada serviço de relevante interesse público e não remunerada. 36 POLITICA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR PNSAN É um conjunto de ações planejadas para garantir a oferta e o acesso aos alimentos para toda a população, promovendo a nutrição e a saúde. • Requer o envolvimento tanto da sociedade civil organizada, em seus diferentes setores ou áreas de ação – saúde, educação, trabalho, agricultura, desenvolvimento, social, meio ambiente, dentre outros – e em diferentes esferas – produção, comercialização, controle de qualidade, acesso e consumo 37 POLITICA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR PNSAN Objetivo de promover os seguintes princípios: • Intersetorialidade. • Ações conjuntas entre Estados e sociedade. • Equidade, superando as desigualdades econômicas, sociais, de gênero e étnicas. • Articulação entre orçamento e gestão. • Abrangência e articulação entre ações estruturantes e medidas emergenciais. 38 POLITICA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR PNSAN 39 Decreto que regulamenta a LOSAN também institui a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN), definindo seus objetivos, diretrizes, procedimentos para gestão, mecanismos de financiamento, monitoramento e avaliação. O mesmo decreto estabelece os parâmetros para a elaboração do Plano Nacional de SAN (PLANSAN). 40 A LOSAN é a carta dos princípios que a nação deve seguir no campo da SAN. Ela recomenda a elaboração de uma Política e de um Plano Nacional de SAN. A PNSAN é a expressão mais prática e operacional das diretrizes emanadas pela LOSAN, uma vez que apresenta os procedimentos para sua gestão, mecanismos de financiamento, monitoramento e avaliação da ação do Estado. De sua parte, o PLANSAN é a peça do planejamento da ação do Estado que contém programas e ações a serem implementadas, bem como as metas quantificadas e o tempo necessário para sua realização. 41 Garantir o Direito Humano à alimentação saudável e adequada Nosso desafio 42