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SÍFILIS GESTACIONAL: EPIDEMIOLOGIA, PATOGÊNESE E MANEJO EPIDEMIOLOGIA Doença bacteriana sexualmente transmissível que afeta mulheres grávidas Ficando atrás apenas da malária , A sífilis materna e congênita estão entre as infecções neonatais mais comuns que cursam com mortalidade infantil precoce e natimortos Essa infecção representa um problema de Saúde pública em diversas partes do mundo, especialmente em países pobres e em desenvolvimento Isso porque esses países estão relacionados com a ausência ou realização inadequada do pré-natal causando atraso no diagnóstico, e retardando o início do tratamento --> Aumenta a chance da Síflis congênita e evolução para forma mais grave EPIDEMIOLOGIA Além disso, fatores como a baixa escolaridade materna, e a utilização de substâncias durante a gravidez (principalmente o crack) representam riscos para a contaminação e progressão da Síflis A Síflis Gestacional, se não tratada pode evoluir para seus estágios mais avançados, causando manifestações clínicas graves na gestação, feto e no bebê. Essa infecção apresentou um aumento de 184% entre os anos de 2014 e 2018 Atinge cerca de 1 milhão de gestantes todos os anos Fisiopatologia Infecção causada pelo treponema pallidum Flexíveis e moveis Envoltas por membrana citoplasmática coberta por camada de peptidoglicanos Bactérias gram-negativas Parasitas obrigatórios Espiroquetas Replicação das espiroquetas: se replicam na mucosa vaginal e penetram a mucosa através de micro lesões e se espalham pelos canais linfáticos. Fisiopatologia Transmissão: relação sexual desprotegida Na gestante: treponema atravessa a barreira placentária e contamina o feto Alterações placentárias, Alterações dos vilos e veias do cordão umbilical Ou pode ser passado durante o parto via vaginal. Fisiopatologia FASES DA SÍFILIS Primeira fase: Desenvolvimento de cancro duro no local da inoculação. Indolor --> pode passar desapercebido Desaparece em 2 a 8 semanas mesmo sem tratamento Fisiopatologia FASES DA SÍFILIS Segunda Fase: 4 a 10 semanas após o desaparecimento do cancro Evolução sistêmica da doença clínica: erupção macular difusa em região plantar, palmar e principalmente na mucosa oral. Pode apresentar mal-estar e febre. Fisiopatologia FASES DA SÍFILIS Sífilis latente: ·Assintomática ·Dividida: Precoce: contaminação a menos de um ano Tardia: infecção a mais de um ano. Fisiopatologia FASES DA SÍFILIS Terceira fase: A sífilis pode evolui para a terceira fase Acometimento do sistema nervoso Neurossifilís, goma sifilítica e lesões cardiovasculares. Fisiopatologia A SÍFILIS CONGENITA Sua transmissão pode ocorrer em qualquer fase da doença e em qualquer período da gestação Primeiro trimestre -> maior fluxo placentário --> maior chance contaminação fetal Sífilis primária --> maior quantidade de bactérias --> maior chance de contaminação Primária: 70-100% Secundária: 40% Latente: 10% Fisiopatologia A SÍFILIS CONGENITA Fases da sífilis congênita: Precoce: manifesta até o segundo ano de vida Tardia: manifesta após segundo ano de vida exames diretos amostra da lesão : exudato; biópsia; aspirado de linfonodo exames imunológicos: -Não treponêmicos (VDRL) -Treponêmicos diagnóstico diagnóstico -FTA-Abs -ELISA -com revelação quimiluminescente -teste de hemaglutinação -IgG e IgM -Teste rápido TRATAMENTO Sífilis precoce (primária, secundária ou latente): Penicilina G Benzatina (PGB) 2,4 milhões de unidade intramuscular (IM) dose única Penicilina procaína 1,2 MU intramuscular uma vez ao dia durante 10 dias TRATAMENTO Penicilina G benzatina 2,4 milhões de unidades intramuscular uma vez por semana durante três semanas consecutivas. Sífilis latente tardia ou quando a infecção for de duração desconhecida *realizado em até no máximo trinta dias antes do parto Fazer dessensibilização - cada 15 a 20 minutos, até atingir a dose terapêutica desejada Dose Inicial: 1.000 unidades Após Tolerância: 10.000 unidades Aumentar para: 20.000 unidades Aumentar para: 40.000 unidades Aumentar para: 80.000 unidades Aumentar para: 160.000 unidades Aumentar para: 320.000 unidades Aumentar para: 640.000 unidades Aumentar para: 1.280.000 unidades Aumentar para: 2.400.000 unidades (Dose Terapêutica) ALERGIA Quando paciente é alérgico a PGB ALERGIA Quando paciente é alérgico a PGB eritromicina 500mg por via oral quatro vezes ao dia durante 14 dias ceftriaxona 1g intramuscular uma vez ao dia por 10 a 14 dias azitromicina 2g VO *eritromicina, azitromicina - barreira placentária - SC TRATAMENTO SC Quando paciente é alérgico a PGB Penicilina benzil aquosa 100.000-150.00 U/Kg/dia via intravenosa por 10 a 15 dias Lactentes que estão clinicamente normais - BPG (Benzilpenicilina G) 50.000 U/Kg/dia em dose única via intramuscular