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WBA0520_v2.0 Energia eólica e solar Energia solar no Brasil e no mundo; aplicações e arquiteturas Energia solar no Brasil Bloco 1 Lílian Venturi Pinheiro Energia solar no Brasil • Há um grande desejo pela produção de energia solar fotovoltaica no Brasil, em especial pelo país apresentar condições climáticas e, também, apresentar uma geografia que são favoráveis à instalação desses sistemas e, ainda assim, essas instalações não serem danosas ao meio ambiente e nem a agricultura em geral. (BRASIL, 2005) Energia solar no Brasil • Segundo a ANEEL, também é possível classificar os sistemas fotovoltaicos em quatro divisões, a saber: micro; mini; pequena; ou grande geração distribuída. • Seja a micro, mini, pequena ou grande é de suma importância a inserção da energia solar no Brasil no contexto energético brasileiro. Energia solar no Brasil • A publicação de uma norma em 2012 também pela ANEEL previa algumas ideias iniciais para o acesso da micro e minigeração descentralizada aos sistemas de distribuição de energia e ao sistema de balanceamento de energia. Este, então, é um empurrão para o avanço da energia solar fotovoltaica no Brasil. Energia solar no Brasil Figura 1 – Instalação da GD no Brasil de janeiro 2015 até novembro 2019 • Gráfico da instalação da geração distribuída no Brasil no período de 2015 a 2019 divido em três categorias: residencial e pública; comercial; e industrial. • Pode-se observar um aumento nas instalações fotovoltaicas de 2025 a 2019. Fonte: adaptada de Vian et al. (2021). Energia solar no Brasil Existem atualmente diversos projetos de geração de energia fotovoltaica no Brasil dedicados a aplicações, tais como: • Bombeamento de água para abastecimento doméstico. • Irrigação e piscicultura. • Aplicações de uso comunitário em postos de saúde e escolas. • Habitação e serviços comerciais. • Postos telefônicos e de manutenção remota. Energia solar no Brasil e no mundo; aplicações e arquiteturas Instalações fotovoltaicas no mundo Bloco 2 Lílian Venturi Pinheiro Instalações fotovoltaicas no mundo • Por apresentar sua estrutura modular, os sistemas fotovoltaicos oferecem a maior aplicação possível entre as tecnologias com fontes renováveis, com diferentes potências instaladas de alguns MW – o que vem crescendo a cada ano. Figura 2 – Mapa mundial da distribuição de energia solar Fonte: Vian et al. (2021). Instalações fotovoltaicas no mundo • A geração de energia fotovoltaica no mundo, iniciou-se com os Estados Unidos que, por muitos anos, foi o país que mais contribuía para o avanço da tecnologia fotovoltaica. • Isto aconteceu até a década de 1980, sendo que do ano de 2005 em diante, porém, essa participação reduziu e, posteriormente, a Europa assumiu a liderança total em novas instalações. Instalações fotovoltaicas no mundo Dez países com maior capacidade fotovoltaica instalada no final de 2018. Figura 3 – Top 10 dos países por capacidade FV instalada Fonte: Vian et al. (2021). Instalações fotovoltaicas no mundo Repartição da potência instalada em fotovoltaicas no mundo ao final de 2018, quando a capacidade mundial instalada de instalações fotovoltaica alcançou 480,619 GW. Figura 4 – Distribuição porcentual da capacidade instalada ao final de 2018 Fonte: Vian et al. (2021). Instalações fotovoltaicas no mundo Comparativo entre o ano de 2010 e o ano de 2018 da potência acumulada de instalações fotovoltaicas na Europa. Figura 5 – Potência acumulada de instalações fotovoltaicas na Europa ao final de 2018 Fonte: Vian et al. (2021). Energia solar no Brasil e no mundo; aplicações e arquiteturas Geração distribuída Bloco 3 Lílian Venturi Pinheiro Sistemas interligados à rede • Esses sistemas usam uma matriz de painéis fotovoltaicos e nenhum armazenamento de energia, pois toda a geração é alimentada diretamente na rede. • Este sistema fornece uma fonte suplementar para o grande sistema elétrico ao qual está ligado. Figura 6 – Sistema interligado a rede Fonte: https://www.casadatelha.com.br/esquema-conectado-a- rede/. Acesso em: 26 maio 2022. Todo o conjunto é conectado a inversores e, em seguida, conectado diretamente à rede. Esses inversores devem atender aos requisitos de qualidade e segurança para que a rede não seja prejudicada. Geração distribuída A geração distribuída, também conhecida como GD, pode ser aplicada a diversas fontes de energia renovável, como a solar, eólica por exemplo, e é designada como a energia produzida no ponto de consumo ou próxima a ele, também denominada geração conectada diretamente à rede de distribuição. Figura 7 – Geração distribuída Fonte: vencavolrab/iStock.com. Caracterização • A microgeração sistemas interligados à rede com uma potência de até 75 kW. • Minigeração sistemas interligados à rede elétrica com uma potência entre 75 kW a 5 MW. Aplicações e arquiteturas • Em se tratando de sistemas fotovoltaicos é importante ressaltar a importância de algumas aplicações que vão desde o fornecimento de energia em áreas urbanas ou remotas a grandes usinas fotovoltaicas. • Na agricultura, pode ser utilizada no bombeamento de água para irrigação na pecuária, em sistemas de ordenha e resfriamento de leite. • Em veículos, como caminhões para alimentar sistemas de monitoramento de carga de veículos. Tecnologia solar em ajuda humanitária e missões militares A energia solar está cada vez mais inserida em ajuda humanitária e missões militares pelos seguintes critérios: • Como muitos locais não têm acesso à rede elétrica, para operações militares e humanitárias, o sistema fotovoltaico é instalado em contêineres e acampamentos. • Possibilitam, por meio dela, mais acesso a serviços de saúde, principalmente em situações de risco. Teoria em Prática Bloco 4 Lílian Venturi Pinheiro Reflita sobre a seguinte situação • Um consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis e até mesmo fornecer o excedente para a rede de distribuição local. São micro e minigeração distribuída de energia, inovações que podem combinar economia financeira e sustentabilidade. • Quando a energia injetada na rede for maior que a consumida, esse consumidor passa a receber um crédito de energia em kWh utilizado para abater faturas de consumo. Reflita sobre a seguinte situação 1. Quando a energia injetada na rede for maior que a consumida, esse consumidor passa a receber um crédito de energia em kWh utilizado para abater faturas de consumo. 2. Os créditos de energia gerados continuam válido por 60 meses, referente a 5 anos de validade. Reflita sobre a seguinte situação 3. Por exemplo um consumidor do Grupo B (baixa tensão), considerando a unidade consumidora trifásica (custo de disponibilidade ao valor em reais de 100 kWh), localizada na cidade de Belo Horizonte (MG), que tenha instalado equipamentos de microgeração solar fotovoltaica com potência de 2 kW(pico) e cujo consumo mensal seja de 418 kWh. 4. Para efeitos de cálculo, foi utilizada a tarifa de 0,51 R$/kWh da Cemig. Com base nesses dados e seguindo o exemplo que será apresentado repetir a análise para o mês de fevereiro e janeiro que estão apresentados na tabela (do próximo slide) e fazer a comparação do consumo com o mês de março calculado. Norte para a resolução 5. Importante ressaltar as unidades consumidoras. Grupo A: Unidades consumidoras conectadas à alta tensão. Parcela da fatura referente à demanda contratada. Grupo B: Unidades consumidoras conectadas à baixa tensão. Pagamento referente ao custo de disponibilidade. Valor em reais equivalente: 30 kWh (monofásico). 50 kWh (bifásico). 100 kWh (trifásico). Norte para a resolução 6. Com base nos níveis mensais de irradiação solar na localidade, foi estimada para a unidade consumidora, a geração de energia injetada. O seguinte cálculo pode ser feito como mostra a tabela a seguir. Mês Consumo (kWh) Injetado (kWh) Créditoacumulado (kWh) Fatura sem GD Fatura com GD Diferença Janeiro 330 353 23 R$ 168,30 R$ 51,00 R$ 117,30 Fevereiro 360 360 23 R$ 183,60 R$ 51,00 R$ 132,60 Março 460 335 0 R$ 234,60 R$ 52,02 R$ 182,58 7. Fatura março = (consumo – injetado – crédito utilizado) vs. tarifa energia. Fatura março = (460 -335 -23) x 0,51= R$ 52,02. Tabela 1 – Consumo e geração no primeiro trimestre Fonte: elaborada pela autora. -23 Dicas do(a) Professor(a) Bloco 5 Lílian Venturi Pinheiro Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o login através do seu AVA). Algumas indicações também podem estar disponíveis em sites acadêmicos como o Scielo, repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na construção da sua carreira profissional. Por isso, te convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Leitura Fundamental Indicação de leitura 1 O capítulo 2 dessa obra aborda a produção de energia solar, a tecnologia avançada de módulos, como as células telhas solares, além da distribuição das tecnologias no mercado bem com a evolução dos sistemas fotovoltaicos. Referência VIAN, A. et al. Energia Solar: fundamentos, tecnologia e aplicações. São Paulo: Blucher, 2021. Indicação de leitura 2 O capítulo 4 dessa obra aborda os custos dos sistemas com geração distribuída e centralizada, a estrutura do custo da instalação de sistemas fotovoltaicos, custo da energia produzida por fontes fotovoltaicas e, também, o potencial para a redução de custos. Referência VIAN, A. et al. Energia Solar: fundamentos, tecnologia e aplicações. São Paulo: Blucher, 2021. Dica do(a) Professor(a) • Fazer um levantamento do custo de um sistema isolado da rede elétrica (microrrede), em que possam ser avaliados impactos da integração de fontes renováveis. • Pesquisar diversos sites disponíveis no mercado que possibilitam uma simulação de todo o dimensionamento de sistemas fotovoltaicos. • Analisar dados do custo de uma geração distribuída como a microgeração e a minigeração distribuída conectada diretamente à rede de distribuição. • Ler artigos publicados na área contribui muito para esse estudo. Referências BRASIL. ANEEL. OMM. Atlas de Energia Elétrica do Brasil: Energia Eólica. 2002. Disponível em: http://www2.aneel.gov.br/arquivos/pdf/livro_atlas.pdf. Acesso em: 1 mar. 2022. MARTINS, B. G. Sistemas de Energia (SIE) Energia Solar. Aula 8, Joinville, 2015. VIAN, A. et al. Energia Solar: fundamentos, tecnologia e aplicações. São Paulo: Blucher, 2021. Bons estudos!
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