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Colecistite

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Colecistite 
COLECISTITE AGUDA E CRÔNICA
A colecistite aguda é uma inflamação difusa da vesícula biliar, geralmente secundária à obstrução da via de saída da vesícula. 
Colecistite aguda
A colecistite aguda, na maioria das vezes, está associada à presença de cálculos biliares (colecistite calculosa). Mas pode ainda está ligada a outras causas (colecistite acalculosa) como a sepse, traumatismo graves ou infecções da vesícula biliar. A colecistite acalculosa aguda ocorre sem causa evidente em 50% dos casos, mas outros fatores etiológicos possíveis são traumatismos, queimaduras, lama biliar e vasculites. Esse tipo de colecistite aguda pode evoluir rapidamente para gangrena e perfuração porque o processo parece causar infarto transmural, em vez das alterações inflamatórias associadas aos cálculos.
Aspectos morfológicos
A vesícula encontra-se aumentada de volume e distendida, com áreas de hemorragia e de deposição de fibrina na serosa;
A parede é espessada chegando a 2cm;
Quando a inflamação aguda surge em vesícula com colecistite crônica, a parede é fibrosada e tem volume normal ou diminuído. 
O conteúdo consiste em mistura de bile, pus e sangue ou coágulos sanguíneos. Quando o pus se acumula na luz, tem-se o empiema da vesícula biliar. 
Em certos casos, surgem úlceras da mucosa; em outros, existe material necrótico na mucosa, como na colite pseudomembranosa. 
Nos casos graves, toda a parede sofre necrose e torna-se verde-escura (gangrena).
Microscopicamente: tem edema acentuado, hiperemia, hemorragia e deposição de fibrina; o infiltrado é neutrofílico (purulento). A reparação é precoce: fibroblastos são evidentes a partir do nono ou décimo dia. 
Complicações: gangrena (2,5% dos casos) e perfuração (5 a 10% dos casos).
· FISIOPATOLOGIA 
A fisiopatologia da CA culmina na inflamação da vesícula biliar, geralmente precedida pela obstrução do ducto cístico devido à formação de um ou múltiplos cálculos biliares, presença de tumores ou stents metálicos biliares que bloqueiam a via de drenagem da bile. Essa barreira mecânica nessa região propicia o aumento da pressão intraluminal, levando a distensão, edema da parede e, subsequentemente, à inflamação química. A progressão da patologia pode envolver a infecção bacteriana e em algumas situações, pode ocorrer uma proliferação bacteriana em conjunto com uma alta concentração de gás na parede ou lúmen da vesícula biliar, resultando na colecistite enfisematosa. E caso esse processo inflamatório seja persistente pode levar à isquemia e necrose da parede (conhecida como colecistite gangrenosa), formação de abscesso, perfuração, peritonite generalizada e outras complicações.
· MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Dor no hipocôndrio direito
Febre
Náuseas 
Vômitos 
Flatulência 
Icterícia discreta
Quando a icterícia é intensa, indica coledocolitíase. Muitas vezes, colecistite aguda constitui emergência clinicocirúrgica. 
Na colecistite sem cálculos, as manifestações são menos evidentes e o diagnóstico pode ser difícil, o que torna o caso mais grave, pois a demora no diagnóstico e na conduta pode resultar em complicações sérias e até em morte.
Colecistite crônica
Já a colecistite crônica por sua vez, é causada por episódios repetidos de colecistite aguda ou por irritação crônica da vesícula biliar por cálculos. 
A forma crônica é caracterizada por graus variáveis de inflamação persistente e quase sempre há cálculos biliares presentes. A colelitíase com colecistite crônica pode estar associada às exacerbações agudas da inflamação da vesícula biliar, à retenção de um cálculo no ducto biliar comum, à pancreatite e, raramente, ao carcinoma da vesícula biliar.
A doença é mais comum em mulheres (3:1) e acomete pacientes preferencialmente na quinta e sexta décadas de vida. A patogênese é pouco conhecida. A contrário da colecistite aguda, obstrução biliar não é necessária. Microrganismos são isolados em apenas 30% dos casos. A maioria das vesículas removidas por colelitíase apresenta algum grau de inflamação crônica.
Aspectos morfológicos
⇢ A vesícula pode estar contraída ou ter tamanho normal ou até aumentado;
⇢ A parede tem espessura variada, podendo haver aderências na serosa;
⇢ Vesícula em porcelana significa vesícula contraída, com extensa fibrose e calcificação na parede. A importância desta condição está na sua associação com carcinoma da vesícula biliar. 
Microscopicamente: 
⇢ Mucosa pode ser normal, plana ou ulcerada.
⇢ Presença de seis de Rokitansky-Aschoff (herniações diverticulares da mucosa entre feixes da camada muscular);
⇢ Mucosa pode estar hiperplásica ou apresentar focos de metaplasia pilórica ou intestinal;
⇢ A camada muscular encontra-se hipertrofiada e dissociada por fibrose, mais intensa na adventícia. 
⇢ O infiltrado inflamatório é predominantemente linfocitário.
· MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Náuseas 
Vômitos
Dor abdominal intermitente
Flatulência 
Fenômenos dispépticos mal definidos.
· DIAGNÓSTICO
1. Ultrassonografia 
⇢ Detecta cálculos de apenas 1 a 2 cm;
⇢ Possui alta precisão global no diagnóstico de doença da vesícula biliar. 
⇢ Revela espessamento das paredes da vesícula, que indica inflamação. 
⇢ Esse exame pode excluir outras causas de dor no quadrante superior direito, inclusive tumores.
2. Colecintigrafia (varredura nuclear)
⇢ Baseia-se na capacidade que o fígado tem de extrair rapidamente um radionuclídeo injetado (tecnécio-99m ligado a um dentre vários ácidos iminodiacéticos), que em seguida é excretado nos ductos biliares. Imagens seriadas são obtidas em alguns minutos após a injeção do marcador, e a cada 10 a 15 min durante a hora seguinte. 
⇢ Altamente precisa no diagnóstico de colecistite aguda.
3. Tomografia 
⇢ Não é tão precisa quanto a ultrassonografia para mostrar cálculos biliares;
⇢ Consegue evidenciar espessamento da parede da vesícula ou liquido pericolecístico associado à colecistite aguda. 
· TRATAMENTO 
⇢ Em geral, a doença da vesícula biliar é tratada por ressecção cirúrgica.
⇢ A vesícula armazena e concentra bile e sua ressecção geralmente não interfere na digestão. 
⇢ A colecistectomia laparoscópica tornou-se o tratamento preferido para doença sintomática da vesícula biliar. Esse procedimento consiste em introduzir o laparoscópio por uma incisão pequena realizada perto do umbigo, e vários instrumentos cirúrgicos por várias incisões diminutas no abdome superior. Embora o procedimento seja mais demorado que a cirurgia tradicional, os pacientes geralmente precisam ficar apenas uma noite no hospital. 
⇢ Vantagem: os pacientes conseguem voltar ao trabalho dentro de 1 a 2 semanas, em comparação com 4 a 6 semanas após 
cirurgia tradicional, os pacientes geralmente precisam ficar apenas uma noite no hospital. 
⇢ Vantagem: os pacientes conseguem voltar ao trabalho dentro de 1 a 2 semanas, em comparação com 4 a 6 semanas após o procedimento de colecistectomia convencional bjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjj
procedimento de colecistectomia convencional.

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