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QUÍMICA – FRENTE 11006 ATIVIDADES 4 E 5 As ligações químicas Gases nobres e a regra do octeto Gás nobre Configuração eletrônica Camada de valência 2He 1s 2 1s2 10Ne 1s 2 2s2 2p6 2s2 2p6 18Ar 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 3s2 3p6 36Kr 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 4s2 4p6 54Xe 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 5s2 5p6 86Rn 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p6 6s2 6p6 294Og 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p6 7s2 5f14 6d10 7p6 7s2 7p6 � Ligação iônica ou eletrovalente Esse tipo de ligação acontece entre átomos com tendên- cias contrárias, ou seja, átomos com tendência a perder elé- trons (metais) e átomos com tendência a receber elétrons (ametais e hidrogênio). Ao perder elétrons, um átomo adquire carga positiva, tornando-se um cátion. Ao ganhar elétrons, adquire carga negativa, tornando-se um ânion. Esses íons com cargas opos- tas (cátions e ânions) sofrem atração eletrostática, formando o que chamamos de ligação iônica. Os elementos metálicos apresentam 1, 2 ou 3 elé- trons na camada de valência. Dessa forma, têm tendên- cia a perder elétrons da camada de valência para adquirir configuração eletrônica de gás nobre com sua penúltima camada. Cátions de alguns elementos representativos Grupo Íon Valência 1 Li+, Na+, K+, Rb+, Cs+ Monovalente (1+) 2 Be2+, Mg2+, Ca2+, Sr2+, Ba2+ Bivalente (2+) 13 Al3+ Trivalente (3+) Observe, a seguir, o exemplo do magnésio (Mg). 2s22p6 12Mg 2+3s21s2 2s22p61s212Mg 8 elétrons 2 elétrons na camada de valência 8 elétrons na camada de valência ⇒ perde 2 elétrons ⇒ Já os ametais dos grupos 15, 16 e 17 apresentam ten- dência a receber elétrons para completar sua camada de va- lência de acordo com a regra do octeto e, com isso, adquirir a configuração eletrônica de gases nobres. Observe o exemplo a seguir para o oxigênio (O). 2s22p4 8O 2−1s2 2s22p61s28O 6 elétrons na camada de valência 8 elétrons na camada de valência ⇒ ⇒recebe 2 elétrons Para entender como ocorre uma ligação iônica, obser- ve como seria uma reação entre um átomo de sódio e um átomo de cloro (ambos neutros e isolados em seus estados gasosos), em que ocorre a formação de cloreto de sódio, principal componente do sal de cozinha. Na + Cl → NaCl O átomo de sódio tem apenas um elétron em sua camada de valência e, nessa reação, cede esse elétron para o átomo de cloro, que possui sete elétrons em sua camada de valência, para que ambos obtenham a configuração estável de um gás nobre. 11Na 17Cl 11Na 17Cl + 11Na 17Cl + Na = 1s2 2s2 2p6 3s1 Cl = 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5 Como os íons formados têm cargas opostas, associam- -se por atração eletrostática, estabelecendo, então, a ligação iônica. Os compostos formados são eletricamente neutros e denominados de compostos iônicos. Formação da ligação iônica do cloreto de sódio. 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA QUÍMICA – FRENTE 11006 ATIVIDADES 4 E 5 As ligações químicas Gases nobres e a regra do octeto Gás nobre Configuração eletrônica Camada de valência 2He 1s 2 1s2 10Ne 1s 2 2s2 2p6 2s2 2p6 18Ar 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 3s2 3p6 36Kr 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 4s2 4p6 54Xe 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 5s2 5p6 86Rn 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p6 6s2 6p6 294Og 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p6 7s2 5f14 6d10 7p6 7s2 7p6 � Ligação iônica ou eletrovalente Esse tipo de ligação acontece entre átomos com tendên- cias contrárias, ou seja, átomos com tendência a perder elé- trons (metais) e átomos com tendência a receber elétrons (ametais e hidrogênio). Ao perder elétrons, um átomo adquire carga positiva, tornando-se um cátion. Ao ganhar elétrons, adquire carga negativa, tornando-se um ânion. Esses íons com cargas opos- tas (cátions e ânions) sofrem atração eletrostática, formando o que chamamos de ligação iônica. Os elementos metálicos apresentam 1, 2 ou 3 elé- trons na camada de valência. Dessa forma, têm tendên- cia a perder elétrons da camada de valência para adquirir configuração eletrônica de gás nobre com sua penúltima camada. Cátions de alguns elementos representativos Grupo Íon Valência 1 Li+, Na+, K+, Rb+, Cs+ Monovalente (1+) 2 Be2+, Mg2+, Ca2+, Sr2+, Ba2+ Bivalente (2+) 13 Al3+ Trivalente (3+) Observe, a seguir, o exemplo do magnésio (Mg). 2s22p6 12Mg 2+3s21s2 2s22p61s212Mg 8 elétrons 2 elétrons na camada de valência 8 elétrons na camada de valência ⇒ perde 2 elétrons ⇒ Já os ametais dos grupos 15, 16 e 17 apresentam ten- dência a receber elétrons para completar sua camada de va- lência de acordo com a regra do octeto e, com isso, adquirir a configuração eletrônica de gases nobres. Observe o exemplo a seguir para o oxigênio (O). 2s22p4 8O 2−1s2 2s22p61s28O 6 elétrons na camada de valência 8 elétrons na camada de valência ⇒ ⇒recebe 2 elétrons Para entender como ocorre uma ligação iônica, obser- ve como seria uma reação entre um átomo de sódio e um átomo de cloro (ambos neutros e isolados em seus estados gasosos), em que ocorre a formação de cloreto de sódio, principal componente do sal de cozinha. Na + Cl → NaCl O átomo de sódio tem apenas um elétron em sua camada de valência e, nessa reação, cede esse elétron para o átomo de cloro, que possui sete elétrons em sua camada de valência, para que ambos obtenham a configuração estável de um gás nobre. 11Na 17Cl 11Na 17Cl + 11Na 17Cl + Na = 1s2 2s2 2p6 3s1 Cl = 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5 Como os íons formados têm cargas opostas, associam- -se por atração eletrostática, estabelecendo, então, a ligação iônica. Os compostos formados são eletricamente neutros e denominados de compostos iônicos. Formação da ligação iônica do cloreto de sódio. 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA QUÍMICA – FRENTE 1 ATIVIDADES 4 E 5 As ligações químicas 1007 Quando escrevemos a fórmula NaCl, estamos escrevendo, na verdade, a fórmula mínima desse composto. Na prática, um composto iônico é formado por um número muito grande e in- determinado de cátions e ânions, atraídos mutuamente, que se agrupam de maneira alternada, formando agregados tridimen- sionais chamados de retículos cristalinos ou cristais iônicos. Cl− Cl− Na+ Na+ Símbolo de Lewis Lewis percebeu que as ligações químicas poderiam ser explicadas, caso os elétrons da camada de valência envolvi- dos fossem representados da forma que atualmente conhe- cemos como símbolo de Lewis. H Hidrogênio Carbono Neônio Nitrogênio Cloro Oxigênio Hélio Flúor O He F C Ne N Cl Nos símbolos de Lewis, os pontos representam os elé- trons. Os primeiros elétrons são dispostos de maneira que fiquem o mais afastado possível uns dos outros ao redor do elemento químico, como podemos ver nos elementos hidro- gênio, hélio e carbono. Em seguida, os demais elétrons são distribuídos formando pares com os anteriores, como nos de- mais elementos apresentados na mesma imagem. Utilizando a representação sugerida por Lewis, podemos representar essa reação usando apenas os elétrons da camada de valência. Na Cl ClNa+ A representação da ligação iônica pelo método de Lewis é uma ferramenta pedagógica que permite encontrar a fórmula mínima de diversos compostos iônicos. Veja o exem- plo a seguir. Representação dos cristais de NaCl. Símbolo de Lewis de alguns elementos químicos. • Formação do hidreto de cálcio, ligação entre cálcio e hidrogênio: 20Ca → 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 1H → 1s 1 Ca H H H H Ca2+ _ _ CaH2 Determinação da fórmula mínima de um composto iônico A fórmula mínima de um composto iônico deve mos- trar a menor proporção inteira de cátions e ânions, de modo que a quantidade total de elétrons perdidos seja igual à quantidade total de elétrons recebidos, e,assim, garantir que a substância seja eletricamente neutra. Uma forma prática de determinar essa fórmula é inver- ter os valores das cargas, transformando o numeral da carga em coeficiente dos átomos. A B AYBXY _+X Observe o exemplo a seguir. • Formação do sulfeto de alumínio, ligação entre o alumí- nio e o enxofre: 13Al → 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p1 16S → 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p4 Al2S3Al3+ S2– Propriedades dos compostos iônicos Essas substâncias são sólidas e de forma bem definida em temperatura e pressão ambiente (25 °C e 1 atm). Os íons positivos e negativos formam uma estrutura cristalina man- tida pela atração de cargas opostas presente neles. Assim, é necessária muita energia para separar os íons que formam a estrutura iônica, ou seja, que apresentam altas temperaturas de fusão e ebulição. Quando aplicada uma força sobre o cristal, as camadas de íons da estrutura cristalina podem deslizar, fazendo com que íons de mesma carga fiquem próximos uns dos outros, repelindo-se e fraturando o cristal. Para uma substância conduzir eletricidade, ela deve conter partículas carregadas que possam se movimentar. As substâncias iônicas, em estado sólido, não conduzem eletri- cidade porque seus íons não são capazes de se movimentar na estrutura cristalina. Porém, quando essas substâncias são fundidas ou dissolvidas em água, os íons podem se movimen- tar livremente no meio em que se encontram e transportar a corrente elétrica. 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA QUÍMICA – FRENTE 11008 ATIVIDADES 4 E 5 As ligações químicas � Ligação covalente O modelo do retículo cristalino explica a formação de ligações iônicas e suas propriedades. Porém, a maioria das substâncias com as quais temos contato não apresenta as ca- racterísticas dos materiais iônicos. Para explicar a existência desses materiais, é necessário ou- tro modelo de ligação entre os átomos. Para entendermos esse modelo, vamos considerar inicialmente o caso mais simples: a ligação covalente entre dois átomos de hidrogênio. Observe que cada átomo de hidrogênio apresenta um elétron na última ca- mada e precisa receber um elétron para adquirir a configuração eletrônica semelhante à de um gás nobre, nesse caso, do gás hélio. O processo pelo qual eles se combinam, formando a mo- lécula de hidrogênio (H2), pode ser representado pela equação a seguir, em que cada ponto representa um elétron. H + H H H À medida que os dois átomos se aproximam, aparecem duas forças: o núcleo de cada um dos átomos atrai o elétron do outro; e ambos os núcleos repelem-se entre si. O equilíbrio entre es- sas forças ocorre a uma determinada distância entre os átomos (comprimento da ligação), que corresponde à situação de menor energia (energia potencial mínima) e máxima estabilidade. Na distância da ligação, os dois núcleos atraem igualmente ambos os elétrons. Essa atração, que faz com que os átomos de hidrogênio permaneçam juntos, constitui a ligação covalente. 0 –100 –200 –300 –400 –432 –500 74 (H2 comprimento de ligação) Distância internuclear (pm) 100 200 Energia liberada quando a ligação é formada (energia de ligação negativa) 4 4 3 3 2 2 1 1Energia absorvida quando a ligação é quebrada (energia de ligação positiva) En er gi a po te nc ia l ( kJ /m ol ) + Comportamento da energia potencial quando dois átomos de hidrogênio se aproximam. Observe agora um exemplo de formação do cloreto de hidrogênio por meio da ligação covalente entre o hidrogênio e o cloro. • 1H → 1s 1 (precisa receber um elétron) • 17Cl → 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p5 (precisa receber um elétron) H HCl Cl Molécula de HClÁtomos de H e Cl isolados Nesse caso, ao compartilharem um par de elétrons, o átomo de hidrogênio passa a ter dois elétrons na sua camada de valência, e o do cloro, oito, ou seja, ambos adquirem a configuração eletrônica semelhante à de um gás nobre. Observe que o par de elétrons compartilhado é colocado entre os dois átomos, e os outros três pares de elétrons do cloro, que não participaram da ligação, são agrupados ao redor dele, pois não são compartilhados. A estrutura mostrada chama-se estrutura de Lewis ou fór- mula eletrônica. Uma representação alternativa à fórmula de Lewis e muito utilizada na representação de moléculas é a fórmula estrutural ou fórmula estrutural plana, em que o par de elétrons compartilhado é substituído por um traço sim- ples, e os elétrons não compartilhados são omitidos. Ob- serve as fórmulas estruturais planas para os dois exemplos anteriores. H — H H — Cl Entre dois átomos, pode acontecer o compartilhamento de mais de um par de elétrons. Uma ligação com dois pares de elétrons compartilhados é denominada de ligação dupla; uma com três pares, ligação tripla. Observe o exemplo da molécula de oxigênio (O2). • 8O → 1s 22s22p4 (cada átomo de oxigênio precisa receber dois elétrons) O O Átomos isolados Estrutura de Lewis Molécula de O2 Fórmula estrutural Molécula de O2 O O O O= Para desenhar uma estrutura de Lewis, deve-se inicial- mente determinar o número total de elétrons na camada de valência, o número de compartilhamentos que cada átomo realizará para completar o octeto e, depois, distribuir os pa- res eletrônicos na estrutura. Observe os exemplos na tabela a seguir. 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA
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