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alegaçoes finais - pratica penal

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EXMO. SR. JUIZ DE DIREITO DA XX VARA CRIMINAL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE / MG
AUTOS NÚMERO XXXX-XX
ferdinando, já qualificado nos autos em epígrafe, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio de seus procuradores infra-assinados, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, nos termos do art. 403, § 3°do Código de Processo Penal pelos fatos e fundamentos que passa a expor. 
1 – Breve relatO: 
			segundo consta os autos de n. XXXX-XX, o acusado FERDINANDO, foi preso em flagrante pela suposta prática de crime de furto, precisamente ficando registrado no boletim de ocorrência policial que o acusado encontrava se pulando o muro da casa de n. 11 da Rua Leopoldina, nesta capital, sendo lhe atribuído as práticas criminosas previstas nos art. 155 § 4°, e art. 150, caput do Código Penal.
 
			 
2 – DO DIREITO:
 Primeiramente, cabe ressaltar que mesmo o acusado tendo confessado espontaneamente perante o juiz que tinha intenção de adentrar ao imóvel, o ato não foi perfeito, sabendo que este não realizou a invasão, tão pouco a subtração de coisa móvel alheia, sendo o acusado abordado sobre o muro, como consta no boletim policial. Sendo assim, a simples intenção de agir por si só não consta tipificada em nosso ordenamento como ato criminal, não havendo consumação nos fatos alegados pela denúncia. Ainda podemos nos embasar em julgado pelo STJ no REsp 1.524.450: 
 "Consuma-se o crime de furto com a posse de fato da res furtiva, ainda que por breve espaço de tempo e seguida de perseguição ao agente, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada."
 
 Então avaliando que o ato acusatório de furto não foi perfeito, faltando composto essencial para tal configuração, a subtração de bem alheio, é necessário que haja observância ao princípio do in dúbio pro réu. E ao fato atrelado as sanções previstas ao delito tipificado no art. 150 cabe ao excelentíssimo Juízo observar a aplicação das atenuantes previstas em razão da confissão espontânea, como determina artigo 65, inciso III, alínea “d” do Código Penal. 
3 – DOS PEDIDOS:
Diante de todo o exposto, requer:
a) A absolvição do réu da acusação de prática do crime previsto no artigo 155 do Código Penal diante da não consumação e inexistência do fato tipificado como trata o art. 386 do Código de Processo Penal.
b) Caso este juízo entenda pela condenação do acusado no crime incurso do art. 155 do Código Penal, que a este seja aplicado a diminuição de pena que trata o art. 14, inciso II, parágrafo único do Código Penal.
c) Na hipótese de condenação pelo exposto no art. 150 do Código Penal, a aplicação da atenuante de confissão espontânea prevista no art. 65, inciso III, alínea d do mesmo dispositivo legal.
Nestes termos, pede deferimento.
Belo Horizonte, XX, XX de XXXX.
Advogado
Oab.:

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