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Interpretação de texto 165. (FGV- 2014) Um texto é uma estrutura cheia de compromis- sos. Assim, por exemplo, ao escrever "A primeira (uto- pia), que deu nome às vórias fantasias de um mundo per- feito .. :; o autor se compromete em (A) mostrar que a primeira citada é a mais impor- tante. (B) citar, na progressão, outras utopias. (C) indicar a razão de essa utopia ter dado nome às demais. (D) definir o que seja uma "utopia': ·(E) justificar a procura de um mundo perfeito. Questão muito tranquila. Nível fácil. GABARITO:B Se inicia enumerando, é óbvio que irá citar, na progressão, as outras utopias. Conferindo: A pri- meira, que deu nome às várias fantasias de um mundo perfeito; Platão imaginou uma república idnica em que os governantes seriam filósofos, ou os filósofos governantes; em "Candide~ Vol- taire colocou sua sociedade ideal; Marx e Engels e outros pensadores previram um futuro redentor em que a emancipação da classe trabalhadora; o automóvel anunciou-se uma utopia possfvel. Alternativa "a"- Nada indica de importância. Alternativa "c" -Não há relação com as demais utopias. Alternativa "d" - Não define utopia através da enumeração, apenas exemplifica, cita. Alternativa "e" -Não há justificativa. 166. (FGV -2014} "Nem ele nem os outros filósofos gregos da sua época se importavam muito com o fato de viverem numa sociedade escravocrata~ Esse segmento mostra que (A) alguns conceitos de valor mudam com o tempo. (B) os filósofos gregos eram socialmente irrespon- sáveis. (C) a filosofia é uma área de conhecimento imper- feita. (D) a escravidão sempre foi vista como um mal. (E) a elite grega era egofsta e defensora de seus pri- vilégios. Questão de nfvel médio. GABARITO: A Jl~!l9J Dica: Nem ele nem os outros filósofos gregos da sua época + verbo no pretérito imperfeito (importavam). b. Afirmação absurda. c. Não, nunca, jamais. A filosofia é perfeita. d. Nem ele (Platão) nem os outros filósofos gregos da sua época se importavam muito com o fato de vive- rem numa sociedade escravocrata. Isso não significa que a escravidão era vista como um mal. e. Não se pode afirmar. 167.(FGV-2014) "Em 'Candide; Voltaire colocou sua sociedade ideal, onde havia muitas escolas mas nenhuma prisão, em E/ Dorado, mas 'Candide' é menos uma visão de um mundo perfeito do que uma sátira da ingenuidade humana~ O segmento sublinhado nos informa que, segundo o autor, a obra "Candiqe• é (A) acima de tudo, uma visão do mundo perfeito. (B) acima de ser uma sátira da ingenuidade humana, é a visão de um mundo ideal. (C) á Igualmente uma visão de um mundo ideal e uma sátira à ingenuidade humana. (D) é mais uma sátira da ingenuidade humana e menos uma visão de um mundo ideal. (E) além de ser uma visão de um mundo utópico, o livro traz, em segundo plano, uma sátira da inge- nuidade humana. Questão de nfvel fácil. GABARITO: O Basta inverter as informações e deduzir que se é menos uma visão de um mundo perfeito, só pode ser mais uma sátira da ingenuidade humana. Alternativa "a"- Menos uma visão de um mundo perfeito. Alternativa "b" -A importância está na ordem inversa. Alternativa "c" -Não é igual. Alternativa "e" -A sátira está em primeiro plano. 168. (FGV - 2014) A utopia de Marx e Engels é sobretudo pertinente aos espaços (A) filosófico e religioso (B) religioso e ético (C) ético e econômico (0) econômico e polftico (E) político e filosófico Exige conhecimento de mundo, cultural e isso é obrigação de todo concurseiro, não acha? Pelo contexto, daria para chegar à resposta. TEORIA: Interpretação (página) . GABARITO: O As teorias de Marx e Engels eram em torno da sociedade, economia e política. Marx: As teorias de Marx sobre a sociedade, a economia e a política - conhecidas coletivamente como marxismo - afirmam que as sociedades huma- nas progridem através da luta de classes: um conflito entre a classe burguesa que controla a produção e um proletariado que fornece a mão de obra para a produ- ção. Ele chamou o capitalismo de •a ditadura da bur- guesia: acreditando que seja executada pelas clas- ses ricas para seu próprio benefício, Marx previu que, assim como os sistemas socioeconômicos anteriores, o capitalismo produziria tensões internas que condu- ziriam à sua autodestruição e substituição por um novo sistema: o socialismo. Ele argumentou que uma socie- dade socialista seria governada pela classe trabalha- dora a qual ele chamou de "ditadura do proletariado': o "estado dos trabalhadores" ou "democracia dos traba- lhadores~Marx acreditava que o socialismo viria a dar origem a uma apátrida, uma sociedade sem classes chamada de comunismo. Junto com a crença na inevi- tabilidade do socialismo e do comunismo, Marx lutou ativamente para a implementação do primeiro, argu- mentando que os teóricos sociais e pessoas economi- camente carentes devem realizar uma ação revolucio- nária organizada para derrubar o capitalismo e trazer a mudança socioeconômica. Engels: foi um teórico revolucionário alemão que junto com Karl Marx fundou o chamado socia- lismo científico ou marxismo. Ele foi coautor de diver- sas obras com Marx, sendo que a mais conhecida é o Manifesto Comunista. Também ajudou a publicar, após a morte de Marx, os dois últimos volumes de O Capital, principal obra de seu amigo e colaborador. Alternativa "a" -Religioso seria piada; filosófico também não. Alternativa "b" -Não religioso nem sobre ética. Duda Nogueira Alternativa "c" -Não em relação à ética. Alternativa "e" -Não filosófico. 169. (FGV- 2014) "Até John Lennon, na canção 'Imagine; prop6s sua utopia, na qual não haveria, entre outros atrasos, violên- cia e religião~ Infere-se desse segmento do texto que (A) John Lennon não deveria ter escrito a canção citada. (B) a canção citada não seria, de fato, uma utopia. (C) a religião seria um atraso. (0) a violência deveria fazer parte de um mundo ideal. (E) a canção aceitaria a violência como fato normal. Nível fácil. GABARITO: C A informação deixa claro que a violência e a reli- gião são atrasos. A evidência é pela intercalação da expressão entre outros atrasos. Alternativa "a" -Afirma-se que até ele propôs uma utopia, mas não que não deveria ter composto. Alternativa "b" -A canção é uma utopia. Alternativa "d" - Pelo contrário, em um mundo ideal não pode haver violência. Alternativa "e"- A violência é um atraso. 170. (FGV- 2014) "Até John Lennon. na canção 'Ima- gine; prop6s sua utopia, na qual não haveria, entre outros atrasos, violência e religião. Ele mesmo foi vítima da violência, enquanto no mundo todo e cada vez mais as pessoas se entregam a religiões e se matam por elas': A marca da religião destacada nesse segmento do texto é (A) (B) (C) (O) (E) a violência. a coerência. a universalização. a contradição. a devoção. Nível fácil. GABARITO: O Há três dados importantes mencionados no texto: 1. Lennon propôs uma utopia: não haver Interpretação de texto violência e religião; 2. A violência e a religião foram consideradas como atrasos; 3. Ele mesmo foi vítima de violência e as pessoas se matavam pelas religiões. Assim, chegamos à conclusão de que houve contradição: John Lennon pregava o fim da violência e da religião, mas foi morto em um ato cruel de violência pelas pessoas que tinham religião e matavam por elas. Alternativa "a" -As pessoas que tinham religião se matavam por elas. Alternativa "b"- Há incoerência e não coerência. Como quem acredita em Deus e é devoto pratica homi- cídio? Alternativa "c" - Universalização é generalizar, tornar único e não é uma marca da religião. Alternativa "d"- Devoção é observância de práti· cas religiosas; culto prestado a Deus e aos santos; dedi- cação íntima; afeto; objeto de especial veneração. Essa não foi a marca deixada no texto. Analise a charge a seguir e responda às questões. 171. (FGV- 2014) Assinale a alternativaque estabe- lece uma relação entre a charge e o texto de Verís- simo. (A) A crítica ao atraso do país. (B) A utopia vendida pelo governo no cartaz. (C) A utopia infantil de um passeio à Disneylândia. (D) A presença da violência social no cotidiano. (E) A ausência de expectativa dos brasileiros. Nível fácil. GABARITO: O Bem, o tema do texto de Veríssimo é a utopia e na charge, fica evidente que um plano sem miséria para o Brasil é algo impossível de acon- tecer. Como mencionado, a questão é fácil. Alternativa "a" - A crítica ao atraso do país não possui relação com os dois textos. Alternativa "c"- Um passeio à Disneylândia não é utopia. Alternativa "d" - Não cita violência social na charge. Alternativa "e" - A ausência de expectativa dos brasileiros n~o foi mencionada. 172. (FGV- 2014) Considerando-se o cartaz, é cor- reto afi·marqll€ a distopia está (A) na expressão"Brasi/ sem miséria': (B) na hipocrisia das palavras do cartaz. (C) nas figuras miseráveis dos personagens. (D) na prop3ganda excessiva do governo. (E) nas palavras do menino. taz. Nível fácil. GABARITO: C Se distopia é qualquer representação ou descri- ção de vma organização social caracterizada por condiçõ-es de vida insuportáveis, óbvio que um exemplo é a figura das personagens. Alternatlva"a"- "Brasil sem miséria" é uma utopia. Alternativa "b" -Não é distopia a hipocrisia do car- d. De onde tiraram a palavra 'excessiva'? e. As palavras do menino indicam utopia. 2.7VUNESP Texto para as questões. Que a Terra é a nossa casa cósmica, todo mundo sabe, mas poucos prestam atenção a isso. Nas tri- bulações d,J dia a dia, enquanto não há uma crise moior, € fácil esquecer a nossa dependência com- pleta e abs·:Jiuta do nosso planeta. Afinal, está sem- pre aqui, o chão sob nossos pés, a luz do Sol filtrada pela atmosfera, o azul do céu, o clima agradável e perfeito, para que possamos sobreviver. Mas por trás disso tudo existe um planeta extre- mamenre complexo que, sem ele, sem sua estabi- lidade orbital e climática, não estarfamos aqui. Eis algumas das razões para protegermos a Terra, um planeta sem igual, ao menos dentro de um raia de centenas de anos-luz daqui.