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30 Como deve ser a formação inicial de educadores especiais


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Como deve ser a formação inicial de educadores especiais 
 
Ao término do ensino médio, muitos jovens, incluindo educandos 
Surdos, buscam no curso de Pedagogia uma formação docente. No contexto da 
inclusão escolar, o acesso = ao ensino superior por aqueles que detém uma 
condição especial é algo que deve ser problematizado, bem como a sua 
permanência nesse nível de ensino. O vestibular deve ser mais acessível, 
contudo, o modelo que temos hoje está pautado em textos excessivos, ausência 
de imagens e um padrão de escrita que desconsidera as diversas culturas e 
língua de grupos minoritários. as instituições de Ensino Superior não são (ainda) 
instituições plenamente democráticas; nelas, os significados culturais se 
organizam e se hierarquizam de maneira a beneficiar a cultura mais dominante. 
Para Bhabha ( 2012 ) por meio do discurso da diversidade, tenta-se por 
meio do discurso da diversidade, negar as diferenças, colocando-os todos no 
mesmo patamar de igualdade. Se não há diferenças, não haverá motivos para 
metodologias diferenciadas, porque todos supostamente aprendem do mesmo 
jeito. 
Falando nos objetivos, cabe 
analisar as representações sociais de educandos Surdos acerca da escolha do 
curso de Pedagogia e suas implicações no processo de sua formação. Na 
medida em que os Surdos percorrem o processo de escolarização ancorada em 
representações sociais que muitas vezes são marginalizas e preconceituosas 
em relação aos educandos especiais, mas eles ultrapassam essas 
representações e as dificuldades vivenciadas na prática de escolarização, estão 
desenvolvendo a sua resiliência. 
 
O campo da Educação Especial tem sofrido sucessivas mudanças 
paradigmáticas, normativas e conceituais. Pode-se dizer que essas mudanças 
ganharam maior visibilidade a partir da década de 1990, por intermédio das 
políticas de educação inclusiva, difundidas a nível mundial por meio de 
documentos internacionais, como a Declaração Mundial sobre Educação para 
Todos, a Declaração de Salamanca e a Convenção de Guatemala. 
O Decreto nº 7.611/2011 assegura a oferta do Atendimento Educacional 
Especializado (AEE), nas diferentes etapas de ensino, prioritariamente nas salas 
de recursos multifuncionais, nos sistemas públicos de ensino e por instituições 
filantrópicas sem fins lucrativos. O AEE, pelos determinantes legais, se 
caracteriza como um conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e 
pedagógicos organizados institucionalmente, prestado de forma complementar 
ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular. Esse deve ser 
realizado por um profissional da educação especial. 
O professor deve ter como base de sua formação, inicial e continuada, 
conhecimentos gerais para o exercício da docência e 
conheci- mentos específicos da área. Segundo a Política Nacional 
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, a formação deve 
aprofundar o caráter interativo e interdisciplinar da atuação nas salas do ensino 
regular, nas salas de recursos, nos centros de AEE, nos núcleos de 
acessibilidade das instituições de educação superior, nas classes hospitalares e 
nos ambientes domiciliares, para a oferta dos serviços e recursos da educação 
especial. 
A política de formação continuada de professores no campo da 
educação especial vem acontecendo em conformidade com o panorama 
nacional. Vale informar que o governo federal, nomeadamente Lula e Dilma, 
ofereceram apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de ensino, cabendo, 
a cada instância, a responsabilidade de implantação da formação continuada 
aos professores da rede. Para tanto, é de fundamental importância o papel das 
secretarias de educação, dos formadores e das equipes técnicas responsáveis 
para conduzir e coordenar as atividades de ensino. 
O processo de formação docente acontece em dois momentos, na 
formação inicial e na formação continuada, esta surge de a necessidade inerente 
dos profissionais da educação estarem sempre se atualizando. a formação 
continuada tem, entre outros objetivos, propor novas metodologias e colocar os 
profissionais a par das discussões teóricas atuais, com a intenção de contribuir 
para as mudanças que se fazem necessárias para a melhoria da ação 
pedagógica na escola e, consequentemente, da educação. Porém, em muitos 
casos, a proposta de formação continuada é assistemática, pontual, limitada no 
tempo, na transmissão de teorias não correlacionadas com a prática e, quase 
sempre, não integra um sistema de formação permanente.

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