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RELEVO E SOLO6
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tUlo
1. Segundo o autor, qual é a relação entre as formas do relevo e a sociedade? Cite exemplos. 
2. Quais formas do relevo ocorrem no bairro em que você vive? Identifique como se apresentam a ocupação 
do espaço e as atividades humanas no local.
Rela•›es entre relevo e sociedade
“As formas do relevo devem ser vistas e entendi-
das como mais um dos vários componentes da natu-
reza e, na perspectiva humana, como um recurso 
natural, pois as variações de tipos de formas favore-
cem ou dificultam os usos que as sociedades huma-
nas fazem do relevo. É mais ou menos evidente que 
as populações preferem os terrenos mais planos, 
ou pouco inclinados, para desenvolver atividades 
econômicas como a agricultura ou para construir 
cidades, aos relevos montanhosos ou, ainda que 
planos, pantanosos. Há, evidentemente, exceções, 
pois nas montanhas existem áreas restritas que per-
mitem ocupações, do mesmo modo que nos relevos 
planos há locais que, em decorrência de problemas 
de solos ou de excesso d’água, dificultam as práticas 
das atividades humanas.
Entre os extremos, relevos montanhosos e pla-
nos, há uma diversidade infinita de tipologias de 
formas de relevos que facilitam ou dificultam os 
processos de ocupação humana. Não são apenas 
as condições de solos e climas os fatores indutores 
únicos no processo de produção dos espaços pelas 
sociedades humanas. Na verdade, é um conjunto de 
fatores que podem ser distinguidos em duas grandes 
ordens: os fatores naturais e os cultural-econômicos.
Isso significa dizer que, em uma determinada 
condição natural do relevo, solo e clima, socie-
dades humanas de hábitos tradicionais e mais 
simples organizam e produzem um determinado 
arranjo espacial e sobrevivem em condições de 
vida modestas. Nesse mesmo ambiente natural, 
uma outra sociedade, com hábitos mais sofistica-
dos, com maior desenvolvimento tecnológico e 
com mais disponibilidade de recursos financeiros, 
desenvolve suas atividades econômicas de modo 
mais intenso e, consequentemente, define arranjos 
espaciais em território completamente diferente do 
primeiro grupo social.
As formas do relevo [...] são importantes para 
a definição dos traçados das rodovias, ferrovias, 
implantação de cidades, construção de aeroportos, 
de barragens para usinas hidrelétricas, distritos 
industriais, bem como para definir os tipos de ativi-
dades agropecuárias mais adequados em função dos 
sistemas de produção e transporte disponíveis para 
cada lugar e indicar as áreas de maior interesse para 
a preservação e conservação dos bens ambientais 
de valor ecológico.”
ROSS, Jurandyr L. S. Ecogeografia do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2006. p. 62, 63.
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90 Unidade 2 | terra: estrutura, formas, dinâmica e ação humana
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1    O RELEVO EM NOSSO COTIDIANO  
E NA ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
Ao sairmos de nossa casa para irmos a qualquer 
lugar ou quando andamos pelos lugares onde nos rela-
cionamos com as pessoas, nos deparamos com irregu-
laridades no terreno. Em algum momento teremos que 
subir ou descer uma rua ou caminhar por um trecho 
totalmente plano. 
As diferentes formas da superfície terrestre que 
observamos compõem o conjunto das formas do relevo 
que, ao longo da história, constituíram-se num elemento 
importante no processo de ocupação e do desenvolvi-
mento das atividades humanas. Entre essas atividades, 
a agricultura, por exemplo, está condicionada, em certa 
medida, às formas do relevo e às características do solo.
O planejamento e a construção de infraestruturas, 
como rodovias, ferrovias, instalação de barragens e usinas 
hidrelétricas, são processos de modificação do espaço 
geográfico que devem levar em conta as características 
topográficas e a estrutura geológica dos lugares (figura 1). 
É preciso considerar, no entanto, que as interven-
ções humanas nas formas de relevo e a utilização do 
solo podem gerar problemas ambientais, como você 
verá no decorrer deste capítulo.
2   FORMAÇÃO DO RELEVO
Para compreender as diferentes formas do relevo continental que aparecem na 
superfície terrestre, precisamos estudar os processos que lhes deram origem, sua 
evolução e transformação ao longo do tempo. 
As formas do relevo são resultado da ação de duas forças ou agentes que atuam 
na estrutura e na modelagem do relevo. São os agentes externos ou exógenos e os 
agentes internos ou endógenos. 
Os agentes responsáveis pela estrutura interna do relevo (estudados no Capítulo 4 
e no Capítulo 5) são o tectonismo, o vulcanismo e os terremotos (abalos sísmicos). Os 
agentes externos, como rios, chuvas, geleiras, mares, ventos, variação de temperaturas 
e seres vivos, atuam no desgaste da superfície terrestre e atribuem formas ao relevo. 
Esses dois agentes atuam de formas opostas: enquanto os agentes internos provo-
cam, por exemplo, a elevação de determinadas áreas do relevo e o rebaixamento de 
outras, os externos são responsáveis pela erosão, nas áreas elevadas, e consequente 
acúmulo de sedimentos, nas áreas rebaixadas.
Agentes externos modificAdores do relevo
Os agentes externos correspondem ao conjunto dos processos erosivos e de 
intemperismo que atuam externamente, esculpindo as formas do relevo. 
• intemperismo
O intemperismo é o conjunto de processos que geram a desagregação física e a 
decomposição química dos minerais das rochas. É importante para a formação dos solos 
e para a esculturação do relevo. Há dois tipos de intemperismo: o mecânico e o químico.
Topográfica
Relativo à topografia, que 
é a descrição das formas 
do terreno, suas configurações 
e associações, sem considerar 
os elementos ligados à gênese, 
ou seja, aos processos que 
atuaram na estruturação das 
formas de relevo.
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Figura 1. Pontes na Rodovia 
dos imigrantes transpõem 
relevo acidentado na Serra do 
mar, em Cubatão (SP), 2012. 
91Capítulo 6 – Relevo e solo
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