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Quadrivium - John Martineau-207-208

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Livro EV - 203
O PÊNDULO
Mantendo o tempo
A lei fundamental da física afirma (em uma formulação) que qualquer sistema 
fechado, se abandonado a si mesmo, sempre passará a um estado de equilíbrio a 
partir do qual nenhuma outra mudança é possível.
Um pêndulo é um bom exemplo disso. Quando puxado do centro para co­
meçar a oscilar, encontra-se em estado de extremo desequilíbrio. Uma vez sol­
to, a força cinética de seu movimento carrega-o até quase o mesmo ponto do 
lado oposto. Mas, enquanto balança, o pêndulo vai perdendo energia, em forma 
de calor, devido ao atrito em seu ponto de articulação, e por atravessar o ar. Em 
consequência disso, seu movimento enfraquece até que, finalmente, ele descan­
sa em estado de equilíbrio na posição central.
Retomando 500 anos, temos Galileu, que, ao observar uma lamparina osci­
lando na catedral de Pisa, percebe que a frequência de oscilação de um pêndulo 
depende de seu comprimento: quanto mais longo o braço do pêndulo, menor 
a frequência. Assim, a frequência pode variar à vontade, fixando-se o peso em 
diferentes alturas. Mais importante ainda, enquanto o pêndulo não parar, a fre­
quência de oscilação permanecerá a mesma.
Por consequência, temos aqui uma maneira perfeita para representar um tom 
musical, desacelerado cerca de mil vezes até o nível de percepção visual humana. 
Para um harmonógrafo simples, são usados dois pêndulos para representar uma 
harmonia, um deles com o peso mantido em seu ponto mais baixo, enquanto, 
no outro, o peso é movido para onde quer que se produza a relação necessária.
Como veremos, o harmonógrafo combina essas duas vibrações em um único 
desenho, assim como dois tons musicais, quando tocados juntos, produzem um 
único som complexo.
204 • Quaãrinuni

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