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2015 1 CORAIS PB

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RECIFES = estruturas sólidas ou consolidadas que aumentam a complexidade 
tridimensional no ambiente marinho. 
Recifes biológicos ou biogênicos = estruturas 
de organismos vivos (corais, algas calcárias e 
moluscos vermetídeos) 
Recifes não-biológicos = recifes rochosos 
(costões rochosos) ou areníticos. Incluem-se aqui 
também os recifes artificiais, aqueles criados 
pelo homem, seja acidentalmente (naufrágios) ou 
intencionalmente (piers, molhes, etc.) 
Os ambientes recifais apresentam a maior biodiversidade dentre os ecossistemas marinhos 
(= número de espécies em uma dada área). 
Embora a área recifal no Brasil represente apenas 0,4% da área recifal global e 
5% da área recifal do Atlântico, os ambientes recifais brasileiros 
caracteristicamente apresentam um grande número de espécies endêmicas de: 
- Corais = 40% (Castro, 2003) 
- Esponjas = 36% (Hadju, com.pes.) 
- Peixes = 15-20% (Floeter & Gasparini, 2000, 2001) 
Proporção entre nível 
de endemismo e área 
Brasil Caribe 
Corais 6,5 1,5 
Peixes 0,9 0,26 
Recifes brasileiros 
representam áreas 
prioritárias para a 
conservação!!!!! 
Setor da costa 
brasileira 
Faixa Latitudinal Tipo de ambiente recifal 
Norte-Nordeste 0o 52’N - 19oS Recifes biológicos/ biogênicos 
Sul-Sudeste 20o S- 28oS Recifes rochosos 
Ambientes recifais ocorrem ao longo de pelo menos 1/3 da costa 
brasileira, na qual distribuem-se de acordo com a tabela abaixo: 
Recifes de coral (recifes rasos, recifes de águas quentes) 
Constituem o ecossistema marinho mais 
estruturalmente complexo e diversificado 
taxonomicamente, fornecendo habitat para uma 
infinidade de peixes e invertebrados. Embora 
ocupem menos que 0,1% do ambiente marinho, 
nesses ecossistemas estão representadas 
quase 1/3 das espécies de peixes marinhos. 
Representam um ambiente particularmente 
importante para a manutenção da 
biodiversidade. Mais de 100 países possuem 
recifes de coral em suas costas e estima-se 
que 500 milhões de pessoas (8% da população 
mundial) habitam áreas próximas (100 km) a 
esses ecossistemas. 
Figuram entre os ambientes mais produtivos do 
ambiente marinho, e embora corais existam em 
todas as latitudes, os recifes de coral rasos 
desenvolvem-se apenas nos trópicos, que 
corresponde à área de distribuição dos corais 
formadores de recifes (corais hermatípicos). 
Corais ahermatípicos (que não formam recifes 
distribuem-se mundialmente). 
Semelhanças: 
- beleza, riqueza, complexidade; 
-  estrutura física básica da comunidade é produzida pelos próprios organismos; 
-  criam ambiente tridimensional (habitat biogênico) que abriga uma diversidade 
incrível de espécies. 
Recifes de coral Florestas tropicais 
Recifes de coral são estruturas tão 
massivas, que além de considerados 
comunidades biológicas, são também 
considerados estruturas geológicas. a maior construída por organismos !!!! 
Definição geomorfológica = estrutura rochosa, rígida, resistente à ação 
das ondas e correntes e construída por organismos marinhos portadores 
de esqueleto calcário (Leão, 1994). 
Definição biológica = formações criadas pela 
ação de comunidades de organismos 
denominados genericamente de “corais”. Embora 
a estrutura básica seja em geral formada pelo 
acúmulo dos esqueletos desses animais, para a 
sua formação é necessária a atuação conjunta de 
uma infinidade de seres, formando uma 
complexa teia de associações e de eventos em 
sucessão. 
Recifes de coral 
Importância 
- estruturas massivas, ilhas, arquipélagos, com comunidades 
fósseis bastante antigas e bem preservadas; 
- sistema marinho de mais alta diversidade, com muitos filos 
representados, e organismos tanto com distribuição ampla como 
localizada (endêmicos); 
- protegem as regiões costeiras da ação do mar; 
- beleza natural, representando áreas de grande interesse 
turístico (fonte de $$$); 
- funcionam como verdadeiros criadouros de peixes; 
- importância farmacológica. 
Explicada por: regime de ToC, transparência da água; salinidade; base geológica. 
Indo-Pacífico: mais desenvolvidos ao redor de ilhas oceânicas ou costas continentais (leste África, leste 
Austrália) – reduzido aporte continental. Mar Vermelho = condições ótimas: clima árido (pouco silte e água 
doce) + forma da bacia. Atlântico: restritos ao oeste. Condições desfavoráveis na costa oeste da África 
(águas frias: influxo sazonal da C. Guiné, ressurgência, gde. volume de silte depositado por rios) No lado 
ocidental a deposição de silte (Orinoco e Amazonas) limita ao sul do Caribe, enquanto ao norte do sul da 
Flórida as baixas ToC de inverno limitam. Golfo do México = turbidez, ausência de bases rochosas 
Distribuição mundial dos recifes de coral 
Fatores físicos que limitam o desenvolvimento dos recifes de corais: 
Temperatura: 
- tipicamente entre 20-30oC (ótimo 23-25oC) 
-embora corais hermatípicos possam se manter 
por curtos períodos de tempo em ToC < 20oC, não 
se desenvolvem em locais onde a média anual 
mínima < 18oC 
Exposição ao ar/Amplitude de maré: 
- geralmente o período máximo de exposição ao ar 
sem sofrer desidratação é de 1-2h (proteção pelo 
muco) 
–distribuição restrita ao nível da maré mais baixa 
-em situação de grande amplitude de maré as 
algas calcárias geralmente dominam as áreas mais 
rasas 
Ação moderada das ondas: 
- “Relação custo-benefício” 
-Custo: perda física de biomassa em situação de 
alto hidrodinamismo 
-Benefícios: representa uma fonte constante de 
água com alto teor de O2, impede a sedimentação 
da colônia, renova o zooplâncton circundante, que 
é fonte de alimento para a colônia 
Profundidade/Luz: 
- não se desenvolvem em profundidades > 50-70m, 
e a grande maioria cresce em águas mais rasas 
(<25m) 
–os limites batimétricos relacionam-se às 
limitações de penetração de luz, essencial às algas 
simbiontes (zooxantelas) dos corais hermatípicos 
Turbidez/Sedimentação: 
- partículas podem interferir com a respiração e 
alimentação dos corais. Altas taxas de sedimentação 
geralmente estão associadas à descarga de rios. 
Embora alguns corais possam livrar-se de 
quantidades limitadas de sedimento através da 
apreensão em muco e retirando-o por movimento 
ciliar, essa capacidade é limitada. 
Salinidade: 
- intolerantes a salinidades fora da amplitude 32-35 
–consequentemente, não de desenvolvem em áreas 
sob influência da descarga de grandes rios 
Condições ótimas: águas rasas, 
claras e quentes... 
Tipo básicos de formações recifais: 
1. Franja: formações quase horizontais, que acompanham a linha de costa. 
1. Franja 
2. Barreira 
3. Atol 
4. Chapeirão (Brasil) 
- Mais simples e mais comum; 
- Desenvolvem-se próximos à 
costa sempre que houver 
substrato duro disponível para 
que as larvas se fixem 
(assentamento); 
-  Embora mais frequentes em 
litorais rochosos, podem se 
estabelecer em fundos 
inconsolidados quando existem 
manchas de substrato duro; 
-  Pela proximidade da costa, são 
os mais vulneráveis (descarga de 
sedimentos, aporte de água doce, 
perturbação antrópica); 
-  Principal exemplo: recife em 
franja no Mar Vermelho (4000 
km) = Recife mais extenso do 
mundo (! área com cobertura de 
coral). 
Plataforma recifal (reef flat) = parte + larga e rasa, com 
inclinação muito suave, e que ocasionalmente fica exposta 
durante a maré baixa. 
Vertente (reef slope) = parte íngreme, que apresenta a maior 
cobertura de coral e a maior diversidade de spp (por estar mais 
afastado da fonte de sedimentos e aporte fluvial, pela > 
circulação = > nutrientes, > zooplâncton, < sedimento fino). 
Crista (reef crest)= extremidade rasa na região do declive, 
com desenvolvimento extremo dos corais 
Tipo básicos de formações recifais: 
1. Franja: formações quase horizontais, que acompanham a linha de costa. 
1. Franja 
2. Barreira 
3. Atol 
4. Chapeirão (Brasil) 
- Mais simples e mais comum; 
- Desenvolvem-se próximos à 
costa sempre que houver 
substrato duro disponível para 
que as larvas se fixem 
(assentamento); 
-  Embora mais frequentes em 
litorais rochosos, podem se 
estabelecer em fundos 
inconsolidados quando existem 
manchas de substrato duro; 
-  Pela proximidade da costa, são 
os mais vulneráveis (descarga de 
sedimentos, aporte de água doce, 
perturbação antrópica); 
-  Principal exemplo: recife em 
franja no Mar Vermelho (4000 
km) = Recife mais extenso do 
mundo (! área com cobertura de 
coral). 
“Reef flat” (Plataforma recifal) = parte + larga e rasa, com 
inclinação muito suave, e que ocasionalmente fica exposta 
durante a maré baixa. 
“Reef slope” (Vertente) = parte íngreme, que apresenta a 
maior cobertura de coral e a maior diversidade de spp (por 
estar mais afastado da fonte de sedimentos e aporte fluvial, 
pela > circulação = > nutrientes, > zooplâncton, < sedimento fino). 
“Reef crest” (Crista)= extremidade rasa na região do declive, 
com desenvolvimento extremo dos corais 
Recifes em franja no Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Porto de Galinhas Tamandaré 
 
Porto de Galinhas Tamandaré 
A APA Costa dos Corais (APACC) é a maior unidade de conservação 
federal marinha do Brasil, possuindo mais de 400 mil ha de área e 
cerca de 120 km de praias e mangues. Localiza-se no NE, entre o 
litoral sul de Pernambuco (Tamandaré) e o litoral norte de Alagoas 
(Maceió). A sede da UC fica em Tamandaré, no Centro de Gestão e 
Pesquisa de Recursos Pesqueiros do Nordeste (CEPENE). 
2. Barreira: estruturas que crescem paralelas à costa, da qual estão separadas por um 
canal. Formam um anteparo entre o mar aberto e a praia. Diversas passagens ligam o 
canal ao lado de fora do recife. 
Vertente interior (back reef slope) = pode apresentar declive 
suave ou acentuado; embora seja protegido da ação direta das 
ondas, recebe sedimento resultante da ação das ondas nas demais 
partes do recife (= limita o crescimento dos corais). 
Plataforma recifal (reef flat) = parte + larga e rasa, onde o 
acúmulo de areia resultante da ação das ondas e e marés forma 
ilhas, chamadas de “sand cays” ou “keys” (USA). 
(fore reef slope) = corresponde ao “reef slope” dos recifes 
em franja e possui um “reef crest” 
-  Também desenvolvem-se 
próximos à costa. 
- Principal exemplo: 
Grande Barreira de Coral 
> 2000 km na costa NE da 
Austrália; largura 15-350 km; 
área > 225.000km2). 
Embora não seja o recife + 
extenso do mundo, sua área 
enorme e sua complexidade 
fazem com que seja 
considerado a maior 
estrutura coralina. 
2. Barreira: estruturas que crescem paralelas à costa, da qual estão separadas por um 
canal. Formam um anteparo entre o mar aberto e a praia. Diversas passagens ligam o 
canal ao lado de fora do recife. 
“Vertente interior” = pode apresentar declive suave ou 
acentuado; embora seja protegido da ação direta das ondas, 
recebe sedimento resultante da ação das ondas nas demais 
partes do recife (= limita o crescimento dos corais). 
“Plataforma recifal” = parte + larga e rasa, onde o acúmulo de 
areia resultante da ação das ondas e e marés forma ilhas, 
chamadas de “sand cays” ou “keys” (USA). 
“Vertente frontal” = corresponde ao “reef slope” dos recifes 
em franja e possui uma crista "reef rest” 
-  Também desenvolvem-se 
próximos à costa. 
- Principal exemplo: 
Grande Barreira de Coral 
> 2000 km na costa NE da 
Austrália; largura 15-350 km; 
área > 225.000km2). 
Embora não seja o recife + 
extenso do mundo, sua área 
enorme e sua complexidade 
fazem com que seja 
considerado a maior 
estrutura coralina. 
Principal exemplo: 
Grande Barreira de Coral 
!  2000 km na costa NE da 
Austrália; 
!  largura 15-350 km; 
!  área > 225.000km2). 
!  Embora não seja o recife 
+ extenso do mundo, sua 
área enorme e sua 
complexidade fazem com 
que seja considerado a 
maior estrutura coralina. 
Grande Barreira de Coral, Austrália 
Na verdade, a Grande Barreira de Coral não é um recife único. Consiste 
em um sistema que reúne mais de 2500 recifes menores, lagoas, canais, 
ilhas. 
3. Atol: nestas formações, o coral cresce circundando uma ilha ou uma laguna (~anel). 
-  Grande maioria dos atóis 
localizam-se no Indo-Pacífico; 
- Podem ocorrer bem afastados 
da costa, elevando-se de grandes 
profundidades; 
- Por situarem-se a grande 
distância das fontes de 
sedimento (silte) e água doce, 
estão sob influência exclusiva de 
água oceânica = possibilita um 
crescimento espetacular de 
corais, em água transparente! 
- Principais exemplos (> 1200 km2): 
Suvadiva, Ilhas Maldivas (Índico) 
Kwajalein, Marshall Is., Pacífico 
“Fore reef slope” ~ outer slope 
“Back reef slope” ~ inner slope 
Crista = influenciada pela ação de ventos (alísios) e ondas Algas incrustantes = face + exposta 
Face + protegida = sem “algal ridge” 
Lagoa = geralmente rasa (~60m) 
“Plataforma ” = parte plana e rasa ( sempre < 1 km); 
3. Atol: nestas formações, o coral cresce circundando uma ilha ou uma laguna (~anel). 
-  Os atóis são recifes biológicos 
de formato circular ou semi-
circular, situados longe da costa 
e podendo elevar-se de grandes 
profundidades. 
-  A grande maioria dos atóis 
localizam-se no Indo-Pacífico; 
-  Estando sob influência 
exclusiva de água oceânica, 
possibilitam um crescimento 
espetacular de corais, em água 
transparente e também podem 
ser considerados verdadeiros 
oásis oceânicos; 
- Principais exemplos (> 1200 km2): 
Suvadiva, Ilhas Maldivas (Índico) 
Kwajalein, Marshall Is., Pacífico 
Vertente frontal ou externa [fore reef (outer)slope] 
Vertente interior do recife (back reef slope) ~ inner slope 
Formação de cumeada de algas = influência ação de ventos e ondas 
Lagoa = geralmente rasa (~60m) 
Plataforma do recife (reef flat) = parte plana e rasa ( sempre < 1 km); 
Atol Fulanga, Fiji (Pacífico Sul) 
Atol das Rocas, RN (Brasil) 
O Atol das Rocas 
é o único atol 
existente no 
Atlântico sul, fica 
a 267 km de Natal 
(RN) e é a 
primeira unidade 
de conservação 
marinha criada no 
Brasil, em 1979. O 
nível de 
preservação 
garantido à 
Reserva Biológica 
do Atol das Rocas 
pela proteção 
legal, assim como o 
isolamento 
geográfico 
contribuem para a 
continuidade 
deste 
ecossistema. 
Rebio de Atol das Rocas, RN (Brasil) 
Reserva Biológica é uma 
das categorias mais 
restritivas dentre as 
unidades de conservação, 
onde somente são 
permitidas a pesquisa 
científica e a visitação 
com objetivos 
educacionais, obedecendo 
a regulamento específico. 
Descoberta dos atóis = “quebra-cabeça” para os pesquisadores ... 
Corais = crescem em águas rasas x Atóis = ocorrem no meio dos oceanos 
Não poderiam ser o resultado, visto próximo à 
superfície, do crescimento de corais cujas 
bases partem do fundo... 
Se fossem resultantes do crescimento de corais 
em relevos mais rasos (ex: montes submarinos), 
qual teria sido o destino destes relevos? 
As ilhas que podem ocorrer nos atóis são o mero 
resultado do acúmulo de sedimento do próprio 
atol, e na ausência deste, não existiriam... (ou 
seja, elas são “produto” do atol e nunca poderiam 
representar o “substrato” para o crescimento) 
Recife em franja Recife em barreira Atol 
Crescimento 
vertical do coral Lagoa 
Sedimento 
Rocha calcária 
Tempo 
Subsidência crustal 
Cresc.vertical do coral 
Charles Darwin (metade séc. 19):Propôs que a ocorrência dos 
atóis poderia ser explicada como sendo o crescimento de coraisem uma ilha em processo de subsidência. 
1) Ponto de partida = ilha vulcânica surge da explosão de vulcão profundo 
2) Corais colonizam as águas rasas circundantes (= desenvolve-se um recife em franja) 
3) O crescimento coralino é maior na parte externa (outer edge) 
4) Os corais na parte externa são afetados por sedimentos e descarga de rios da ilha 
Sua teoria foi IGNORADA por mais de um século !!!!!!!!!! 
Crescimento 
vertical do coral 
Recife em franja Recife em barreira Atol 
Sedimento 
Rocha calcária 
Considerava que, abaixo da espessa cobertura de CaCO3 formada 
pelo recife, deveria existir rocha vulcânica (=origem da ilha). 
Charles Darwin (metade séc. 19): 
Década de 50: em perfurações do Serviço Geológico dos USA no 
Atol Enewetak foi identificada a presença de rocha vulcânica 
abaixo de cobertura calcária extremamente espessa (= 1400 m). 
Crescimento 
vertical do coral Crescimento 
vertical do coral Lagoa 
Tempo 
Subsidência 
crustal 
Cresc.vertical do 
coral Crescimento dos atóis 
4. Chapeirão: sua forma lembra um cogumelo ou um cérebro, com base estreita (que parte 
de profundidades ~16 m) e uma área junto à superfície bastante alargada. 
Trata-se de uma formação coralina única no 
mundo, típica e exclusiva do Arquipélago de 
Abrolhos. 
 
Complexo recifal de Abrolhos 
= abrange a mais extensa 
área de recifes de coral do 
Brasil e de todo o Atlântico 
Sul, e representa a área 
melhor estudada no Brasil. 
 Os recifes do banco de Abrolhos, no litoral 
sul da Bahia, distribuem-se por cerca de 6 mil 
km2 e representam a formação coralina mais 
importante do Atlântico sul. 
 
Chapeirão: Os recifes de 
corais de Abrolhos crescem 
como colunas podendo atingir 
o nível do mar. Esses pináculos 
coralinos têm formas 
bastante irregulares e seus 
topos expandem-se como 
cogumelos de uma simples 
colônia do coral Mussismilia 
braziliensis. 
http://sigep.cprm.gov.br/sitio090/sitio090.htm 
O Parque Nacional Marinho de Abrolhos 
 
 
 
 
 
O Parque Nacional Marinho de Abrolhos 
 
 
 
 
 
Recifes de coral = reúnem diversas spp de corais 
 Corais = constituídos por vários pólipos 
 Pólipo = epiderme + gastroderme 
tentáculos 
Coralito com pólipo Coralito sem pólipo 
Coralito = parte do 
esqueleto depositada 
por um pólipo 
Septos = estruturas 
calcáreas que partem da 
parede do coralito para o 
centro 
Teca = parede esquelética 
ao redor de cada pólipo 
 ESTRUTURA DOS CORAIS 
epiderme 
gastroderme 
septos 
boca 
pólipo 
Biologia dos corais 
 
O pólipo de coral tem uma estrutura sacular 
protegida por um exoesqueleto rígido de 
carbonato de cálcio. Isso é chamado de 
coralito. A parte inferior da coralito é dividida em 
segmentos verticais ou septos. Na parte superior, 
o pólipo tem uma abertura que é uma boca 
combinada e ânus. Isto conduz ao intestino. A 
abertura está rodeada por tentáculos com células 
secretoras de muco para a captura de presas. 
Zooxantelas (dinoflagelados) são incorporados 
na camada exterior do coral (epiderme), dando 
cor ao coral. As células são abundantes e podem 
representar até 75% do peso do tecido. As 
zooxantelas necessitam de luz solar para realizar 
a fotossíntese. Nessa simbiose, elas fornecem 
nutrientes para os pólipos, acelerando a formação 
dos esqueletos carbonáticos. Por sua vez, as 
zooxantelas conseguem um habitat protegido. As 
espécies de corais que abrigam as zooxantelas 
são chamados hermatípicos (zooxantelados). 
ZOOXANTELAS = algas unicelulares que vivem simbioticamente nos corais formadores de 
recifes (inicialmente = dinoflagelado Symbiodinium microadriaticum; hoje = pelo menos 10 
diferentes táxons) . 
Os corais fornecem às zooxantelas um local 
seguro para crescer e acesso à luz. Sem as 
zooxantelas, os corais tornam-se pálidos. 
As zooxantelas fornecem aos corais O2 e 
nutrientes (produtos fotossíntéticos) que 
permitem que os corais cresçam e 
reproduzam-se rápido o suficiente para 
formar recifes (aceleram a deposição de 
CaCO3). 
Para que a relação simbiótica 
alga-cnidário produza CaCO3 em 
quantidades ótimas, são 
necessárias luz e temperatura 
em níveis adequados durante 
todo o ano. 
 
Característica 
Hermatípicos 
(hard coral = esqueleto 
formado por CaCO3) 
Zooxantelado 
Ahermatípicos 
 
 
Azooxantelado 
Presença de algas simbiontes nos tecidos Sim Não 
Formam recifes Sim Não 
Área de distribuição Tropical Polar, temperada 
Profundidade de ocorrência < 25 m (50-70 m) até 6000 m 
Temperatura de ocorrência 20o-30ºC 
(23-25oC=ótimo) 
1o-28oC 
Ordem representativa 
 
 
 
 
 
 
Scleractinia 
 
 
 
 
 
Obs: soft coral = formato arborescente. Geralmente incluem várias spp pertencentes à ordem Octocorallia 
Classificação dos corais (ecologia) 
Alimentação 
- Corais hermatípicos: obtêm nutrientes pela simbiose com as zooxantelas. 
- Suspensívoros. Dois métodos para captura de presas (zooplâncton): 
 Adesão nos nematocitos 
 Aprisionamento em muco 
- Ritmo alimentar: a maioria dos corais alimenta-se durante a noite, provavelmente 
em resposta ao ritmo do zooplâncton (que durante a noite migra na coluna d’água 
para alimentar-se na superfície). 
DIA: tentáculos retraídos NOITE: tentáculos distendidos 
12-5 Reprodução 
Assexuada Sexuada 
Tipo comum = fragmentação 
Ex: coral ramificado Acropora cervicornis 
(relação + entre o tamanho do fragmento e 
a sobrevivência) 
Desova massiva = processo frequente 
em que durante um curto espaço de 
tempo todos os corais de uma mesma 
espécie (ou mesmo gênero) liberam, 
simultaneamente, ovos e esperma. 
Dispersão 
- Animal sedentário: a dispersão ocorre, tipicamente, através de larvas 
planctônicas (plânulas) produzidas em enorme quantidade para compensar o risco 
de transporte passivo nas correntes; 
-  Após uma breve existência planctônica, a plânula assenta-se e sofre 
metamorfose (pólipo); 
-  Após atingir determinado tamanho, o pólipo divide-se, expandindo a colônia; 
-  Quando a colônia clonal torna-se sexualmente madura (~10 cm), formam-se 
gônadas nos mesentérios (há espécies hermafroditas simultâneas, hermafroditas 
sequenciais ou com sexos separados). 
Classificação dos corais (forma e tipo de crescimento) 
1.Incrustante 2.Solitário 
3.Tabular 
4.Foliáceo 
5.Colunar 
6.Massivo 
7.Ramificado 
Crescimento do recife 
a) Estabelecimento de corais formadores de 
recife em substrato rígido, seguido de 
crescimento. 
b) Preenchimento parcial dos espaços por 
sedimento carbonático. 
c) Quando o sedimento carbonático é mantido 
coeso pela ação de organismos incrustantes, 
considera-se que houve a formação de nova 
“rocha recifal” e que houve o crescimento do 
recife. 
No recife “real”, os 3 passos são simultâneos. O recife é poroso, com substrato 
abundante... 
Os recifes de coral são muito produtivos apesar de localizarem-se em áreas 
tropicais (águas oligotróficas) porque ocorre uma alta reciclagem de nutrientes: o 
nitrogênio é fixado no próprio recife e o zooplâncton e nutrientes que ocorrem nas 
águas circundantes são utilizados de forma eficiente. 
Várias espécies alimentam-se diretamente dos corais e outras utilizam o 
muco produzido pelos corais. A produção primária das zooxantelas é passada 
assim para os comedores de coral e, depois, para seus predadores. 
(Balistidae) (Scaridae) 
(Chaetodontidae) 
Cadeia alimentar no recife de coral 
Herbívoros 
Comedores de 
detritos 
Comedores 
de coral e 
de muco 
Comedores de 
plâncton 
PEIXES RECIFAIS = peixes que utilizam ou se aproximam de substratos consolidados e/
ou sistemas adjacentes para suas atividades (ex: alimentação, descanso, abrigo contra 
predadores, reprodução e atividades de limpeza). 
Considerando os grupos tróficos de peixes nos recifes, 3 possuem grande importância na 
função dentro dos sistemas recifais, bem como são bons indicadores de impacto: 
Peixes Herbívoros: têm grande importância na distribuição, abundância e evolução 
dasalgas. Em recifes rasos podem consumir até 100.000 mordidas/m2/dia, consumindo 
quase toda a produção derivada de algas. Efetuam importante relação de 
transferência de energia da base para os níveis tróficos superiores da cadeia trófica. 
A retirada de herbívoros pela pesca (principalmente família Scaridae, peixe-papagaio) 
é parcialmente responsável pela mudança de fase em alguns recifes (dominância por 
corais para dominância por algas). 
Predadores (carnívoros) de topo: representados nos recifes principalmente 
pelas garoupas e badejos (família Serranidae), esse grupo de peixes possuem muito 
mais ligações tróficas do que sua abundância numérica pode predizer, o que indica sua 
importância em toda a estrutura da comunidade. 
Peixes Limpadores: de pequeno tamanho e com coloração conspícua, as associações 
mutualísticas desenvolvidas entre os limpadores e seus “clientes” podem afetar a 
saúde da comunidade de peixes e até mesmo influenciar a diversidade local. Muito 
visadas pelo comércio de peixes ornamentais, as 2 espécies mais bem estudadas no 
Brasil são o neon (Elacatinus figaro) e o juvenil do peixe-frade (Pomacanthus paru). 
RESILIÊNCIA 
FATORES CRÍTICOS PARA A MANUTENÇÃO DA RESILIÊNCIA DOS RECIFES DE CORAL 
Relacionam-se ao recrutamento e à sobrevivência dos corais: 
Nyström, 2000 = capacidade de um ecossistema absorver choques, resistir a 
mudanças de fase e regenerar após distúrbios, tanto naturais como antrópicos. 
“Dicionário Aurélio” = propriedade pela qual a energia armazenada em um corpo 
deformado é devolvida quando cessa a tensão causadora da deformação elástica. 
Fatores que afetam + (facilitam) Fatores que afetam – (dificultam) 
- Disponibilidade de larvas de corais 
- Água de boa qualidade 
- Substrato estável, consolidado 
- Pouca cobertura de macroalgas 
- Carência de larvas de corais 
- Água com pouca qualidade 
- Substrato instável, inconsolidado 
- Cobertura densa de macroalgas 
EFEITOS 
Crescem sobre as colônias 
de corais, prejudicando o 
recrutamento através de: 
- < fecundidade dos corais 
- < taxa de assentamento 
- < sobrevivência pós-
assentamento 
“Mudanças de fase” nos recifes de coral são caracterizadas pela passagem de um estágio 
de dominância para estágios alternativos de depauperação de corais e aumento da cobertura 
de algas. Independente das causas e magnitude, essas mudanças são mediadas pela 
competição entre estes organismos, que pode ser estabilizada pela herbivoria. 
Dominância de espécies 
de coral formadoras de 
recifes. 
Dominância de espécies 
de macroalgas. 
FATORES QUE MANTENHAM A COMUNIDADE DE MACROALGAS SOB NÍVEIS ÓTIMOS 
SÃO DECISIVOS PARA A MANUTENÇÃO DA RESILIÊNCIA DOS CORAIS!!! 
 CONTROLEM A COMUNIDADE DE MACROALGAS 
-Herbivoria; 
-Nutrientes; 
- Perturbações físicas; 
- Tipo de substrato; 
- Espaço disponível; 
- Dinâmica do recrutamento algal 
Particularmente 
importante, e em 
muitos casos é o 
principal regulador 
da comunidade algal. 
Principais herbívoros: 
Indo-Pacífico = peixes 
Caribe = equinodermas 
Cadeia alimentar no recife de coral 
Herbívoros 
Comedores 
detritos 
Comedores 
de coral e 
de muco 
Comedores de 
plâncton 
International Union for the 
Conservation of Nature 
Áreas Marinhas Protegidas (AMP‘ s = Marine Protected Areas, MPA’s) : 
Áreas costeiras ou oceânicas com um determinado nível de proteção e objetivos de 
conservação de espécies e habitats vulneráveis ou ameaçados e de gestão dos 
recursos (Agaedy, 1997). 
Representam uma forma de gerenciamento espacial dos recursos que regula as 
atividades humanas em diferentes níveis, passando por áreas de usos múltiplos 
(onde ocorre pesca e outros tipos de explotação) até áreas com proibição total de 
uso (proibido qualquer tipo de exploração; sem pesca). O estabelecimento de 
AMP’s é reconhecido como importante ferramenta para a conservação e manejo 
da pesca. 
 
Importância das AMP’s: 
- preservação da biodiversidade e integridade dos ecossistemas marinhos; 
-  proteção de habitats e espécies em risco; 
-  uso sustentável dos recursos; 
-  proteção da costa contra erosão marítima; 
-  promoção do turismo e atividades recreativas; 
-  manutenção de locais não perturbados e investigação científica aplicada. 
Agregações reprodutivas = agregações temporárias de peixes que migram com o 
objetivo específico de reprodução. Frequentemente podem ser identificados como 
um grupo extremamente numeroso de determinada espécie encontrado próximo 
aos recifes. 
IMPORTÂNCIA ADICIONAL DO ESTABELECIMENTO DE AMP’s 
EM ÁREAS DE RECIFES DE CORAIS 
BENEFÍCIOS DAS AMP’s 
BENEFÍCIOS DAS AMP’s 
-  Recifes de corais ocorrem na costa leste brasileira, ao longo de 2500 km; 
-  Essa porção leste da costa não sofre a influência de grandes rios e os recifes de corais 
crescem principalmente paralelos à costa; 
-  O alargamento da plataforma continental ao sul do Banco de Abrolhos marca o limite sul 
de ocorrência de recifes de corais no Atlântico Sul; 
-  O afloramento da Cadeia de Fernando de Noronha forma o único atol do Atlântico Sul; 
-  A diversidade de espécies de coral é baixa (18 espécies), porém há um grande número de 
espécies endêmicas (8); 
-  Existem 6 principais áreas de ocorrência de recifes de corais: (1) Cadeia de Fernando de 
Noronha, ilhas e Atol das Rocas, (2) Touros-Natal, (3) Pirangi-Maceió, (4) Baía de Todos os 
Santos e de Camamu, (5) Cabrália/Porto Seguro, (6) Itacolomis e Abrolhos. 
http://www.gcrmn.org 
Tabela 1. Corais escleractíneos e hidrocorais encontrados no Brasil, com sua distribuição geográfica 
(modificado e atualizado de Maida e Ferreira, 1997). 
 
ESPÉCIES Distribuição Geográfica 
Corais escleractíneos 
 
Agaricia humilis Caribe - Brasil 
Agaricia fragilis Caribe - Brasil 
Favia gravida Brasil - África 
Favia leptophylla Endêmico do Brasil 
Madracis decactis Caribe - Brasil - África 
Meandrina braziliensis Caribe - Brasil 
Montastrea cavernosa Caribe - Brasil 
Mussismilia braziliensis Endêmico do Brasil 
Mussismilia hartii Endêmico do Brasil 
Mussismilia hispida Endêmico do Brasil 
Porites astreoides Caribe - Brasil - África 
Porites branneri Caribe - Brasil 
Scolymia wellsi Caribe - Brasil 
Siderastrea stellata Endêmico do Brasil 
Stephanocoenia michelini Caribe - Brasil 
 
Hidrocorais 
 
Millepora alcicornis Caribe - Brasil - África 
Millepora braziliensis Endêmico do Brasil 
Millepora nitida Endêmico do Brasil 
Millepora sp. Endêmico do Brasil* 
Stylaster roseus Caribe - Brasil 
 
 
* = espécie não descrita (Amaral, 1997). 
** = informação compilada de Leão, Z. M. A. N.; Kikuchi, R. K. P. & Engelberg, E. F. “Guia Internet dos 
Corais e Hidrocorais do Brasil” http://www.cpgg.ufba.br/~pgeol/guia-corais/index.htm 
 
1
2
3
4
5
6
7
8 
1 2
3 4
5 6
7
Até o presente as ações para 
a conservação dos recifes 
brasileiros restringiram-se a 
ações indiretas, por meio da 
criação de Unidades de 
Conservação (UC’s). Uma 
pequena parte dos recifes 
brasileiros está protegida por 
UC’s, que são áreas 
protegidas por lei, que se 
dividem em 2 grandes grupos 
de categorias: 
- Proteção Integral: como as 
Reservas Biológicas e os 
Parques Nacionais, onde é 
admitido apenas o uso indireto 
dos recursos naturais; 
-  Uso Sustentável: como as 
Áreas de Proteção Ambiental 
e as Reservas Extrativistas, 
que permitem o uso 
sustentável de parte dos seus 
recursos naturais. 
As possibilidades de uso de 
cada unidade são geridas pela 
Lei no.9.985 (18/07/2000), 
que institui o Sistema 
Nacional das Unidades de 
Conservação, o SNUC. 
 
No caso das unidades existentes nas áreas de ocorrência dos recifes de coral no Brasil, 
temos as seguintes categorias: 
- Reserva Biológica: é uma das categorias mais restritivas, onde somente são permitidas a 
pesquisa científica e a visitação com objetivos educacionais, obedecendo a regulamento 
específico. (Ex: Reserva Biológica do Atol dasRocas) 
 
-  Parque Nacional: além da pesquisa e visitação educacional também é permitida a visitação 
pública, desde que obedecendo às normas e restrições estabelecidas pelo órgão 
competente. (Ex: Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, Parque Nacional 
Marinho dos Abrolhos) 
-  Áreas de Proteção Ambiental: essas já são áreas onde o uso sustentável dos recursos 
naturais é permitido, obedecendo às normas ambientais em vigor. (Ex: Área de Proteção 
Ambiental Costa dos Corais, Área de Proteção Ambiental de Piaçabuçu, Área de Proteção 
Ambiental Estadual dos Recifes de Corais, Área de Proteção Ambiental Estadual Ponta da 
Baleia/Abrolhos) 
 
-  Reservas Extrativistas: também são áreas onde o uso sustentável é permitido, porém com 
seu uso concedido às populações extrativistas tradicionais ali estabelecidas. (Ex: Reserva 
Extrativista Marinha do Corumbau) 
 
Estudos recentes, porém, mostraram 
que as taxas de recrutamento de 
corais em áreas degradadas são muito 
menores que a de recifes não 
impactados, indicando que esta 
recuperação será muito difícil ou 
lenta sem iniciativas diretas de 
recuperação dessas populações. 
Projeto Coral Vivo 
2004 – Iniciado o Projeto Coral Vivo 
Baseou-se em estudos prévios iniciados por 
pesquisadores do Museu Nacional-RJ em 
1996 sobre a reprodução de 3 espécies de 
coral cérebro (Mussismilia) endêmicas do 
litoral brasileiro coletadas no sul da Bahia. 
 
Objetivos: aplicar estudos recentes sobre 
reprodução, recrutamento e distribuição de 
corais recifais brasileiros no estabelecimento 
de práticas de recuperação das populações de 
corais de recifes degradados. 
 
Prevê a obtenção de recrutas por meio da 
implantação de placas de recrutamento e pela 
reprodução em cativeiro, os quais serão 
mantidos em tanques com água do mar 
correte por cerca de um ano – período de 
maior mortalidade na natureza. Após passada 
a fase inicial em tanques, os “juvenis” 
resultantes serão implantados nos recifes, 
seguindo metodologias já testadas no Brasil. 
AMEAÇAS AOS RECIFES DE CORAL 
Perturbações naturais Ameaças antrópicas 
Os recifes de coral apresentam alto grau de 
variabilidade natural devido à perturbações de 
grande escala (tempestades, furacões, tufões, 
ciclones). Embora tais eventos possam resultar 
em flutuações significativas na comunidade dos 
recifes, são parte do regime de perturbações 
naturais sob o qual esse tipo de ambiente evoluiu. 
Sob tais circunstâncias, e na ausência de ameaça 
antrópica, os recifes geralmente são capazes de 
se recuperar em alguns anos ou décadas. 
Os recifes de coral são seriamente afetados por 
uma variedade de ameaças antrópicas diretas e 
indiretas, que incluem: sobre-exploração de 
recursos marinhos, pescarias destrutivas, 
descarga de sedimentos e nutrientes advindos de 
práticas agrícolas condenáveis, especulação 
imobiliária em zonas costeiras, turismo sem 
controle. 
As mudanças climáticas ultimamente observadas 
representam uma ameaça nova e crescente para 
esses ecossistemas, associada a eventos de 
branqueamento (>ToC da água) e aumento da 
incidência de doenças em corais. 
Quatro condições dos corais foram identificadas como “doenças”. Todas 
elas relacionam-se ao stress, e o stress causado pelo homem pode aumentar 
a susceptibilidade dos corais a essas doenças: 
-  “white band disease” (WBD) 
-  “black band disease” (BBD) 
-  infecção bacteriana 
-  branqueamento 
doenças causadas por cianófita, que avança em “banda” 
e mata o tecido vivo do coral. Sugere-se que seja um 
regulador da manutenção da diversidade, pois ataca 
preferencialmente as espécies de coral que formam 
colônias massivas 
Branqueamento de corais: 
Branqueamento da colônia de coral devido à perda das zooxantelas 
simbióticas presentes nos tecidos dos pólipos (expõe a coloração branca 
típica do CaCO3). Também ocorre perda natural das zooxantelas, porém em 
pequeno grau (0.1%). Entretanto, mudanças adversas no ambiente podem 
gerar stress* e aumentar o grau de perda das zooxantelas. 
* = doenças, sombreamento excessivo, alto nível de radiação ultravioleta, 
sedimentação, poluição, mudanças na salinidade, altas temperaturas da água. 
coral saudável com 
zooxantelas coral sem 
zooxantelas 
Sea Surface Temperature (SST) 
Temperatura da Superfície do Mar (TSM) 
Stress térmico 
- Geralmente os corais vivem próximo ao seu limite 
térmico máximo; 
-  Se a água permanece 1º ou 2º C mais quente do que 
a média do verão, os corais sofrem stress e 
branqueiam. 
Os satélites da NOAA 
medem a ToC global dos 
oceanos e o stress térmico 
É possível a recuperação dos corais após o branqueamento? 
- Em casos de stress muito severo, não. 
(Ex: Porto Rico, 2005: colônia de 800 anos morreu); 
- Depende da espécie (algumas são mais tolerantes 
e têm > capacidade de recuperação); 
-  Depende do período de duração do stress; 
-  Depende da extensão do branqueamento na 
colônia; 
-  Alguns corais ingerem mais zooplâncton para 
suprir a falta de zooxantelas; 
-  Depende da “reposição” (repopulação) das 
zooxantelas. - Oriundas da coluna d’água 
- Resultantes da reprodução de células 
que tenham permanecido nos corais 
M. braziliensis, “black-band” 
M. braziliensis, “white-plague like disease” Plexaurella grandiflora, necrose do tecido 
Phyllogorgia dilatata, necrose do tecido

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