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2015 Estuarios, Marismas, Manguezais PB

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Ecossistemas Marinhos - Estuários 
Definição (Perillo, 1995): os estuários são corpos de água semi-fechados com uma 
ou mais conexões livres com os oceanos, onde a intrusão de água salina pode 
efetivamente se estender além do limite de influência da maré, e que pode ser 
diluída pela água doce da drenagem continental, sustentando comunidades 
eurihalinas em pelo menos algum estágio de sua vida. 
De maneira simplificada, os estuários são regiões costeiras parcialmente fechadas 
onde a água doce dos rios encontra e se mistura com a água do mar. 
Os estuários podem ser classificados quanto a sua geomorfologia/origem, e quanto 
ao gradiente de salinidade, e resultam em um ambiente estressante para os 
organismos devido à intensa variação de suas propriedades físico-químicas. 
 
Os estuários são extremamente produtivos e abrigam um grande número de 
espécies, muitas delas de importância comercial. Representam locais vitais para 
alimentação e reprodução para muitas espécies, incluindo peixes e camarões. 
Classificação dos estuários quanto à geomorfologia/origem 
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13. Estuaries (Karleskint Chapter 14, Nybakken Chapter 8 & 9) 
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13.1. Introduction 
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13.2. Physical characteristics of estuaries 
 
13.2.1. Types of Estuaries 
 
>9,!'5?,!27!,&'()*5!72*-,3!3,?,/3&!2/!'9,!<,212<5!27!'9,!*,<+2/=!
 
1) Coastal Plain or Drowned River Valley Estuaries!
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13. Estuaries (Karleskint Chapter 14, Nybakken Chapter 8 & 9) 
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13.1. Introduction 
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13.2. Physical characteristics of estuaries 
 
13.2.1. Types of Estuaries 
 
>9,!'5?,!27!,&'()*5!72*-,3!3,?,/3&!2/!'9,!<,212<5!27!'9,!*,<+2/=!
 
1) Coastal Plain or Drowned River Valley Estuaries!
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ESTUÁRIO ORIGEM (mecanismo de formação) 
 
1) 
de planície costeira* 
(vales de rios afogados) 
 
quando o nível do mar subiu no final da última 
era glacial, em função do derretimento do gelo; 
nesse processo o mar invadiu as terras baixas 
e desembocaduras de rios 
Ex: baía de Chesapeake, EUA 
 
2) 
 
tectônicos 
 
 
tipo geomorfológico semelhante à planície 
costeira, porém difere pela nova invasão do 
mar devido à subsidência do solo e não devido 
ao aumento do nível do mar 
Ex: baía de São Francisco, Califórnia 
 
 
3) 
 
baías semi-fechadas 
 ou lagunas 
 
bancos de areia se formam paralelamente à 
costa, formando uma barreira às águas 
marinhas, o que gera uma laguna rasa 
Ex: Lagoa dos Patos, Brasil 
 
4) 
 
fiordes 
 
vales que sofreram aumento de sua barreira 
devido a ação glacial e depois foram invadidos 
pelo mar. Ambientes de circulação restrita 
Ex: SE do Alasca, Noruega 
1) 
2) 
3) 
4) 
* estuários amplos e bem desenvolvidos são particularmente comuns 
em regiões de planícies costeiras planas e de plataforma continental 
larga, características típicas de margens passivas (costa atlântica da 
América do Norte) 
Classificação dos estuários quanto à geomorfologia/origem 
1)  de planície costeira 
 baía de Chesapeake 
2) Tectônico 
 baía de São Francisco 
3) baías semi-fechadas ou lagunas 
 
2) fiordes 
Classificação dos estuários quanto ao gradiente de salinidade/circulação 
ESTUÁRIO ORIGEM 
 
1 
 
Positivo 
Dominado por rios 
Estratificados 
 
aporte substancial de água doce se move pela superfície, provocando uma mistura 
com água salgada. Em qualquer parte do estuário, uma coluna vertical é formada, 
sendo as águas de superfície mais doces e as águas mais profundas mais 
salgadas. Ocorrência de cunha salina. Formação Isoalinas. 
TIPO MAIS COMUM 
 
2 
 
Neutro 
Dominado pelo mar 
Homogêneo 
 
há uma mistura completa de água doce e salgada, ou ocorre uma taxa de 
evaporação similar ao fluxo de água doce que entra no sistema. A salinidade é 
similar na superfície e no fundo. 
TIPO MAIS RARO 
 
3 
 
Negativo 
 
aporte deficiente de água doce e alta taxa de evaporação resulta em um estuário de 
alta salinidade. 
A água salgada entra pela superfície e mistura-se com a água doce. No entanto, 
a alta taxa de evaporação leva a superfície da água e se torna hipersalina. A água 
hipersalina (mais densa) afunda e se move do estuário por corrente de fundo. 
OCORRE EM AMBIENTES HIPERSALINOS 
 
4 Sazonal Formado em áreas onde as épocas seca e chuvosa são bem marcadas. Na época 
de chuvas, há o aporte de água doce e o estuário se abre para o oceano. Na época 
de seca, sem aporte de água doce, o estuário pode secar, sendo invadido por 
bancos de areia. A variaçãoda salinidade neste caso não é espacial, e sim sazonal. 
 
Classificação dos estuários quanto à circulação 
Como a água salgada é mais densa, 
ela flui ao longo do fundo, sendo 
designada de “cunha salina”. 
Variabilidade ambiental nos estuários - Oscilações de salinidade 
A principal característica dos estuários é a oscilação/variação da salinidade. Ela oscila tanto 
espacial como temporalmente. A mistura da água do mar (35 ups) com a água doce (0 ups) 
resulta em valor intermediário. Quanto mais próximo da montante (nascente do rio), menor a 
salinidade. Outros fatores que interferem nas variações de salinidade: época do ano (regime de 
ventos, chuva, evaporação), topografia, marés, quantidade de água doce. 
 
A cunha salina se move acompanhando o ritmo diário das marés. Como resultado, os 
organismos estão sujeitos a oscilações drásticas de salinidade. Manter o equilíbrio de sal e água 
das células e dos fluidos corporais é um dos maiores desafios dos organismos estuarinos. 
Variabilidade ambiental nos estuários– Oscilações de salinidade 
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Comparação das flutuações de salinidade na coluna d’água e na água intersticial do sedimento 
lamoso. 
Variabilidade ambiental nos estuários - Substrato 
Os rios carregam grande quantidade de sedimentos e outros materiais para os estuários. A areia 
e outras granulometrias grosseiras depositam-se na parte superior do estuário quando a corrente 
do rio diminui. As partículas de granulometria mais fina e lamosa são carreadas. 
Dessa forma, o substrato, ou tipo de fundo, na maioria dos estuários, é principalmente lamoso. A 
lama, que é uma combinação de silte e argila, é rica em material orgânico. A respiração de 
bactérias decompositoras presentes no sedimento utiliza todo o oxigênio da água intersticial. 
Como a água próxima ao fundo não consegue fluir facilmente através dos sedimentos finos e 
reabastecer o fornecimento de oxigênio, os sedimentos em estuários são geralmente anóxicos 
abaixo dos primeiros centímetros. Tipicamente apresentam cor preta e cheiro característico 
(sulfeto de hidrogênio, H2S). Sob tais condições, prosperam as bactérias anaeróbias. 
Escala de Wentworth 
Diâmetro 
 (mm) 
Denominação 
> 256 matacão 
64 - 256 calhau 
4 - 64 seixo 
2 - 4 grânulo 
2 – 0,062 areia 
0,062 – 0,004 silte 
< 0,004 argila 
Variabilidade ambiental nos estuários – Temperatura, Turbidez, Oxigênio Dissolvido 
TEMPERATURA: 
 
A temperatura da água nos estuários varia consideravelmente em razão da pequena 
profundidade e da grande área de superfície. Apresenta maior variabilidade do que áreas 
adjacentes. 
Os organismos que ficam expostos na maré baixa podem ter de enfrentar oscilações de 
temperatura diárias e sazonais ainda mais drásticas. 
TURBIDEZ: 
 
Grandes quantidades de sedimentos em suspensão são típicas de estuários, reduzindo a 
transparência da água. Assim, pouca luz penetra na coluna d’água. As águas tendem a ser mais 
claras mais próximo do mar. A diminuição na penetração de luz devido à turbidez ocasiona 
diminuição na fotossíntese do fitoplâncton e das algas bentônicas. 
OXIGÊNIO DISSOLVIDO: 
 
Amplo suprimento na coluna d’água: fluxo regular de água doce e salgada, áreas rasas, 
turbulência e mistura por vento. 
Anoxia pode ocorrer em estuários profundos e com presença de termoclina (fiordes) devido à 
alta produção na superfície e consumo no fundo. 
Variabilidade ambiental nos estuários – Ação de ondas e correntes 
AÇÃO DE ONDAS E CORRENTES: 
 
-  A ação de ondas é reduzida devido à estreita passagem (boca do estuário) e baixa 
profundidade, o que impede a entrada de ondas de grande tamanho; 
-  As correntes em estuários são primariamente causadas pela ação das marés e fluxo dos rios, 
e estão geralmente confinadas a canais, onde podem atingir altas velocidades; 
-  A deposição de sedimentos supera a erosão. 
“Desafios da vida no estuário” e organismos estuarinos 
Embora outros ambientes marinhos possam ser mais extremos, nenhum muda tão rapidamente 
ou de tantas maneiras como um estuário. O acúmulo de sedimentos ou o aumento da conexão 
com o mar (como resultado de tempestades), pode ocasionar mudanças ainda mais rápidas. 
Nos estuários podem ser encontrados organismos: 
 
 
 
- marinhos, são os mais numerosos em 
termos de espécies: 
ESTENOALINOS = tipicamente marinhos, 
não toleram mudanças de salinidade e 
restringem-se à boca do estuário. 
 
EURIALINOS = toleram mudanças de 
salinidade e são capazes de se deslocar 
para o interior do estuário. 
 
- estuarinos (de águas salobras), 
organismos residentes do estuário, que 
toleram ampla variação de salinidade 
(ex: ostra, siri, poliqueta Nereis). 
 
- dulceaquícolas, derivados da água 
doce. 
 
 Os organismos estuarinos na maioria são espécies eurialinas. As poucas espécies estenoalinas (que podem 
ser de origem marinha ou de água doce) limitam-se às extremidades superior e inferior do estuário e 
raramente penetramno estuário propriamente dito. 
 
 
 
Fluidos corporais x salinidade do meio 
A salinidade dos fluidos corporais dos 
animais estuarinos responde de 
diferentes maneiras à salinidade da 
água ao redor: 
 
- quando a salinidade dos fluidos 
corporais (sangue ou hemolinfa) 
corresponde exatamente à da água, 
o organismo é chamado de 
OSMOCONFORMADOR PERFEITO; 
 
- quando a salinidade dos fluidos 
corporais permanece a mesma, 
independente da salinidade da água, 
o organismo é chamado de 
OSMORREGULADOR PERFEITO. 
 
Alguns organismos só podem 
osmorregular dentro de uma faixa. 
Se esta for ultrapassada, eles 
passam a ser osmoconformadores 
(ex: caranguejo no diagrama). 
Os organismos que têm uma concentração interna de sal > que a da água ao seu redor tendem a ingerir água por osmose. 
Quando a salinidade da água é < que a do sangue, os organismos se livram do excesso de água por meio de transporte ativo, absorvem alguns solutos 
da água no entorno para compensar os perdidos na eliminação da água (brânquias, rins, etc). 
 
 
 
Composição da fauna estuarina 
COMPOSIÇÃO DA FAUNA 
 
O zooplâncton estuarino apresenta um número reduzido de espécies. 
 
Baixo número de espécies estuarinas: 
-  não tolerância de espécies de água doce e marinhas a variação de salinidade = poucas 
espécies desenvolveram capacidade fisiológica para este ambiente; 
-  estuários são ambientes geologicamente recentes, e não houve tempo evolutivo necessário 
para o surgimento de espécies estuarinas; 
-  baixa diversidade topográfica = poucos nichos, poucas espécies. 
 
A maior parte do estuário é ocupado por espécies de origem marinha: 
 - espécies estuarinas evoluíram de espécies marinhas; 
 - animais marinhos toleram melhor redução de salinidade do que animais de água doce 
toleram aumentos de salinidade. 
 
A fauna de peixes inclui espécies estuarino residentes e espécies estuarino dependentes. 
 
 
 
 
Peixes estuarinos residentes 
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PEIXE CACHIMBO 
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Peixes estuarinos dependentes 
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CICLO DE VIDA DA TAINHA 
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São peixes marinhos ou de água doce que utilizam o estuário em algum período de sua vida, 
como zona de criação e alimentação para seus juvenis, tendo como local de desova áreas 
próximas ao estuário. 
 
Composição da flora estuarina 
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Spartina 
Salicornia 
FLORA ESTUARINA 
É composta por fitoplâncton (diatomáceas), macroalgas, macrófitas, angiospermas. 
O número de espécies da macroflora estuarina é limitado: 
-  pobreza de substrato, maior parte é lama; 
-  turbidez das águas restringe a penetração de luz à superfície. 
 Ocorrem: 
-  bancos de gramíneas (Ruppia, Zoostera); 
-  número limitado de espécies de algas nos 
baixios de lama (Enteromorpha, Ulva); 
-  baixios de lama geralmente possuem 
abundância de diatomáceas bentônicas, 
que podem ser mais abundantes que as 
planctônicas; 
-  presença de cianofíceas filamentosas; 
-  extensos bancos de plantas nos marismas 
(Spartina, Salicornia). 
 
Planícies de maré e Marismas 
Os fundos dos estuários que se tornam expostos na maré baixa comumente formam planícies 
de maré, que podem ser bastante extensas em estuários onde há uma grande amplitude de 
maré e um fundo ligeiramente inclinado. 
 
Os estuários de regiões de clima temperado e subártico ao redor do mundo são normalmente 
margeados por extensas áreas de gramíneas que se estendem para o interior das planícies de 
maré. Essas áreas, conhecidas como marismas ou pântanos salgados (salt marsh), são 
parcialmente inundadas na maré alta. Nos trópicos, ao longo das costas abrigadas, os marismas 
são substituídos pelos manguezais. 
 
 
 
Habitantes típicos das planícies de maré em estuários temperados 
Os animais dominantes nas planícies de maré 
enterram-se no sedimento (infauna). Embora 
representados por um número pequeno de 
espécies, ocorrem em altas densidades. Poucos 
animais das planícies de maré pertencem à 
epifauna. 
Os predadores mais importantes nas planícies de 
maré são os peixes e as aves. Enquanto os peixes 
invadem essas áreas na maré alta, as aves 
aproveitam a maré baixa para aí se alimentar. 
 
 
Diferenças no comprimento dos bicos das aves marinhas 
permitem a alimentação diferenciada. 
 
Distribuição mundial dos marismas 
 
Marismas (pântanos salgados, salt marsh) = extensas áreas de gramíneas parcialmente inundadas na maré alta que margeiam 
os estuários em regiões de clima temperado e subártico. Nos trópicos, ao longo das costas abrigadas, os marismas são 
substituídos pelos manguezais. 
 
 
 
Zonação no marisma 
As comunidades dos marismas 
são dominadas por poucas 
gramíneas resistentes e outras 
plantas terrestres tolerantes ao 
sal, obedecendo a uma clara 
zonação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Spartina alterniflora (na costa 
do Atlântico) ocupa a margem 
acima do nível médio da maré 
baixa, seguida por S. patens e 
salicórnia. A zonação é 
determinada não somente 
pelos efeitos das inundações 
das marés, mas também pelo 
efeito combinado de outros 
fatores: 
- competição por espaço, 
- aumento da salinidade, 
- efeito de animais escavadores. 
Vegetação típica do marisma 
Ecologia dos estuários: produtividade, matéria orgânica e fontes de alimento 
FONTE AUTÓCTONE: fitoplâncton, diatomáceas bentônicas, gramíneas, algas 
 
FONTE ALÓCTONE: carreado como detrito oriundo de rios e marisma adjacente 
 
CADEIAS ALIMENTARES: a baixa produtividade primária na coluna d’água, o pequeno número de 
herbívoros e a presença de grande quantidade de detritos sugere que a base da cadeia trófica nos 
estuários sejam os detritos. 
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Importância das áreas de estuários 
-  Desenvolvimento urbano 
 
-  Portos 
-  Área de criação para muitos organismos de importância comercial (ex: camarões, siri-azul) 
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Callinectes sapidus, siri azul: ocorre na costa 
leste do Atlântico, desde Massachusetts até o 
Uruguai. 
Impactos humanos 
-  Principais cidades do mundo estão em estuários, logo, representam um ecossistema marinho bastante 
impactado; 
-  Em alguns países, as áreas de marisma vêm sendo utilizadas para habitação, indústria, aeroportos; 
-  Bancos de algas e de lama são degradados para a construção de portos e marinas; 
-  Poluentes são facilmente retidos no sistema (sub-produtos de petróleo, esgotos, metais pesados, 
fertilizantes, pesticidas, ...); 
-  Influência no plâncton – eutrofização indesejada – propaga na cadeia trófica até o homem; 
-  Casos extremos: anoxia e apenas vida bacteriana. 
Cadeia alimentar em um marisma 
 
Nos trópicos, ao longo das costas abrigadas, os marismas são substituídos pelos manguezais. 
 
 
 
Ecossistemas Marinhos - Mangues/Manguezais 
Definição1: comunidades de árvores e arbustos tolerantes a altos níveis de 
salinidade (=halófitas) que crescem nas regiões intertidais das costas tropicais e 
subtropicais. Em locais onde há mistura entre água doce e água salina, e o 
sedimento é constituído de depósitos de lama, atingem seu maior desenvolvimento. 
malaio “manggi-manggi”= árvore de raiz 
inglês “grove”= pequeno bosque 
Definição2: ecossistema 
costeiro que ocorre em 
regiões tropicais e 
subtropicais, ocupando a 
região entremarés. É 
caracterizado por 
vegetação lenhosa típica, 
adaptada às condições 
limitantes de salinidade, 
substrato inconsolidado e 
pouco oxigenado e 
frequente submersão 
pelas marés (Soares, 1977). 
11
TABLE 3 (continued)
Most recent reliable mangrove area estimate by country/area
Country/area ha Year
Dominican Republic 21 215 1998
El Salvador 28 000 2004
Grenada 255 1992
Guadeloupe 2 950 1997
Guatemala 17 727 1999
Haiti 15 000 1988
Honduras 78 668 2000
Jamaica 9 731 1997
Martinique 1 840 1998
Mexico 882 032 2002
Montserrat5 1991
Netherlands Antilles 1 138 1980
Nicaragua 69 050 1998
Panama 174 435 2000
Puerto Rico 8 870 2000
Saint Kitts and Nevis 79 1991
Saint Lucia 200 2002
Country/area ha Year
Saint Vincent and the Grenadines 51 1991
Trinidad and Tobago 7 150 1991
Turks and Caicos Islands 23 600 1988
United States 197 648 2001
United States Virgin Islands 216 1999
Total North and Central America 2 358 105 2000
Brazil 1 012 376 1991
Colombia 371 250 1997
Ecuador 149 556 1999
French Guiana 55 000 1980
Guyana 80 432 1992
Peru 4 550 1995
Suriname 114 600 1998
Venezuela (Bolivarian Rep. of) 250 000 1986
Total South America 2 037 764 1992
FIGURE 2
Extent of mangrove area worldwide, 2005
Note: n.a. = not available.
Extent (ha)
0 1 001–10 000 500 001–1 000 000
1–100 10 001–100 000 1 000 001–2 000 000
101–1 000 100 001–500 000 2 000 001–3 000 000
Global overview
FAO = Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura 
35oN 
38oN 
FAO, 2007. The world’s mangrove: 1980-2005. A thematic study prepared 
in the framework of the Global Forest Resources Assessment. Food and 
Agriculture Organization of the United Nations. Rome. 77 p. 
Distribuição mundial das áreas de mangue (2005) e mudanças no período 1980-2005 
The world’s mangroves 1980–200512
although mangroves still face major threats, the rate of loss has recently been 
decreasing – from some 187 000 ha lost annually in the 1980s (–1.04 percent per year) 
to 102 000 ha annually (–0.66 percent per year) during the 2000–2005 period. The 
figures suggest that during the past 25 years about 3.6 million hectares have been lost, 
corresponding to some 20 percent of the global mangrove area in 1980. At the regional 
level, Asia suffered the largest net loss: more than 1.9 million hectares since 1980, 
mainly due to changes in land use from 1980 to 1990. North and Central America and 
Africa also contributed significantly to the decrease in mangrove area at the global 
level, with losses of about 690 000 and 510 000 ha respectively over the last 25 years. 
On a positive note, analysis of the trend in mangrove area changes in the last five years 
(2000–2005), shows a reduction of the rate of loss in all regions (Figure 4).
FIGURE 3
Percentage of world mangrove area by country, 2005
Indonesia 19%
Australia 10%
Brazil 7%
Nigeria 7%
Mexico 5%
Malaysia 4%
Cuba 4%
Myanmar 3%
Bangladesh 3%
India 3% 
Others 35% 
FIGURE 4
Changes in world mangrove area, 1980–2005
1980 1990 2000 2005
Africa
Asia
North and Central America
Oceania
South America
0 1 000 2 000 3 000 4 000 5 000 6 000 7 000 8 000
1 000 ha
The world’s mangroves 1980–200512
although mangroves still face major threats, the rate of loss has recently been 
decreasing – from some 187 000 ha lost annually in the 1980s (–1.04 percent per year) 
to 102 000 ha annually (–0.66 percent per year) during the 2000–2005 period. The 
figures suggest that during the past 25 years about 3.6 million hectares have been lost, 
corresponding to some 20 percent of the global mangrove area in 1980. At the regional 
level, Asia suffered the largest net loss: more than 1.9 million hectares since 1980, 
mainly due to changes in land use from 1980 to 1990. North and Central America and 
Africa also contributed significantly to the decrease in mangrove area at the global 
level, with losses of about 690 000 and 510 000 ha respectively over the last 25 years. 
On a positive note, analysis of the trend in mangrove area changes in the last five years 
(2000–2005), shows a reduction of the rate of loss in all regions (Figure 4).
FIGURE 3
Percentage of world mangrove area by country, 2005
Indonesia 19%
Australia 10%
Brazil 7%
Nigeria 7%
Mexico 5%
Malaysia 4%
Cuba 4%
Myanmar 3%
Bangladesh 3%
India 3% 
Others 35% 
FIGURE 4
Changes in world mangrove area, 1980–2005
1980 1990 2000 2005
Africa
Asia
North and Central America
Oceania
South America
0 1 000 2 000 3 000 4 000 5 000 6 000 7 000 8 000
1 000 ha
45
the importance of this coastal ecosystem is now slowly increasing and some efforts in 
reforestation and/or afforestation have been undertaken (2000) as a joint initiative by the 
Ministry of the Environment (Ministerio del Ambiente), the Corporación Nacional de 
Investigación y Fomento Forestal (CONIF), ITTO and local communities.
One success story comes from Ecuador, where the significant losses of the 1980s 
and 1990s (some 40 000 ha) are slowly being recovered and the mangrove area now 
seems to be stable. The main cause of loss of mangroves was the unsustainable 
development of shrimp ponds, which started in 1966 as a small-scale activity. However, 
high international demand converted shrimp into a major trade item, and Ecuador 
rapidly became one of the largest producers in South America. The industry brought 
significant gains to the country and to local populations, becoming one of the economic 
activities with the most growth nationally and in the region. The outbreak in Ecuador 
of the white-spot syndrome virus (WSSV) had a tremendous impact on the shrimp- 
FIGURE 13
Five countries with the largest mangrove area – South America (2005)
FIGURE 14
Mangrove area changes over time – South America (1980–2005)
Brazil 50%
Colombia 18%
Venezuela 11%
Ecuador 8%
Suriname 6% 
Others 7% 
0
500
1 000
1 500
2 000
2 500
1980 1990 2000 2005
1 
00
0 
ha
South America
FAO, 2007. The world’s mangrove: 1980-2005. A thematic study prepared 
in the framework of the Global Forest Resources Assessment. Food and 
Agriculture Organization of the United Nations. Rome. 77 p. 
A importância dos manguezais 
-  proteção da linha de costa 
-  retenção de sedimentos carreados pelos rios em função do baixo 
hidrodinamismo das áreas de manguezal 
-  ação depuradora: o ecossistema funciona como um filtro biológico, em que as 
bactérias trabalham a MO e a lama promove a inertização de partículas 
contaminantes, como os metais pesados 
-  ecossistemas de alta produtividade e diversidade biológica 
-  renovação da biomassa costeira: como áreas de águas calmas, rasas e ricas em 
alimento, apresentam condições ideais para a reprodução e o desenvolvimento 
de formas jovens de várias espécies, funcionando como um “berçario 
-  habitat de espécies residentes permanentes e de espécies temporárias; 
-  áreas de alimentação, abrigo, nidificação e repouso de aves 
 
Composição de espécies em manguezais da América do Sul 
The world’s mangroves 1980–200544
During the 1980s and 1990s, mangrove lands were often considered unproductive andunproductive and 
unhealthy. This attitude and the resultant activities caused a loss of some 250 000 ha of. This attitude and the resultant activities caused a loss of some 250 000 ha of000 ha of 
mangroves in the region (11 percent of the 1980 extent) (Figure 14). This loss is low inFigure 14). This loss is low in 
comparison with other regions, but can be significant at the national and local levels, whereat the national and local levels, where 
rural populations often depend on mangroves for subsistence and for commercial fishing.
In absolute terms, the countries that experienced the highest losses of mangroves 
were Colombia, Ecuador, Brazil and the Bolivarian Republic of Venezuela, all of themof them 
with more than 30 000 ha of mangroves lost since the 1980s. In Colombia the extent since the 1980s. In Colombia the extent. In Colombia the extent In Colombia the extenthe extent 
of mangroves has continued to decline over the past 25 years, even though the annualcontinued to decline over the past 25 years, even though the annualover the past 25 years, even though the annualthe annual 
change rate has decreased from –1.12 percent (1980–1990), to –0.86 percent (1990–2000)from –1.12 percent (1980–1990), to –0.86 percent (1990–2000)(1980–1990), to –0.86 percent (1990–2000)1980–1990), to –0.86 percent (1990–2000)), to –0.86 percent (1990–2000), to –0.86 percent (1990–2000)(1990–2000)1990–2000))
and finally to –0.58 percentin the last five years. Extensive conversion for shrimp ponds,finally to –0.58 percent in the last five years. Extensive conversion for shrimp ponds,–0.58 percent in the last five years. Extensive conversion for shrimp ponds,conversion for shrimp ponds,shrimp ponds, 
development of urban, industrial and tourist infrastructures and reclamation of land forand reclamation of land for 
agricultural crops and pasture led to the loss of 90 000 ha since the 1980s. Awareness ofled to the loss of 90 000 ha since the 1980s. Awareness of 
TABLE 13
Mangrove species composition in South American countries
Species
Br
az
il
Co
lo
m
bi
a
Ec
ua
do
r
Fr
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p.
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f)
Acrostichum aureum ! ! !
Avicennia bicolor ?a
Avicennia germinans ! ! ! ! ! ! ! !
Avicennia schaueriana ! ! !
Conocarpus erectus ! !b ! ! ! !
Laguncularia racemosa ! ! ! ! ! ! ! !
Pelliciera rhizophorae ! !
Rhizophora harrisonii ! !c ! ! !
Rhizophora mangle ! ! ! ! ! ! ! !
Rhizophora racemosa ! ?a ! !
Total no. of species 7 9 7 4 5 5 4 7
a Uncertain.
b Found on both coasts, but rare on the Pacific coast.
c Found only on the Pacific coast.
TABLE 14
Status and trends in mangrove area – South America (1980–2005)
Country/
area
Most recent 
reliable estimate
1980 1990 Annual change 
1980–1990
2000 Annual change 
1990–2000
2005 Annual change 
2000–2005
ha Ref. year ha ha ha % ha ha % ha ha %
Brazil 1 012 376 1991 1 050 000 1 015 000 –3 500 –0.3 1 000 000 –1 500 –0.1 1 000 000 0 0
Colombia 371 250 1997 440 000 393 000 –4 700 –1.1 360 300 –3 270 –0.9 350 000 –2 060 –0.6
Ecuador 149 556 1999 203 000 163 000 –4 000 –2.2 150 200 –1 280 –0.8 150 500 60 n.s.
French Guiana 55 000 1980 55 000 55 000 0 0 55 000 0 0 55 000 0 0
Guyana 80 432 1992 91 000 82 200 –880 –1 80 000 –220 –0.3 80 000 0 0
Peru 4 550 1995 8 300 5 800 –250 –3.5 4 500 –130 –2.5 4 500 0 0
Suriname 114 600 1998 115 000 114 800 –20 n.s. 114 600 –20 n.s. 114 400 –40 n.s.
Venezuela 
(Bolivarian Rep. of) 250 000 1986 260 000 244 500 –1 550 –0.6 231 000 –1 350 –0.6 223 500 –1 500 –0.7
South America 2 037 764 1992 2 222 300 2 073 300 –14 900 –0.69 1 995 600 –7 770 –0.38 1 977 900 –3 540 –0.18
Note: n.a. = not available; n.s. = not significant.
FAO, 2007. The world’s mangrove: 1980-2005. A thematic study prepared 
in the framework of the Global Forest Resources Assessment. Food and 
Agriculture Organization of the United Nations. Rome. 77 p. 
Compartimentos do manguezal e a espécie-símbolo, o caranguejo 
apicum = área de solo 
hipersalino adjacente ao 
bosque de mangue, 
situada em região entre 
marés superiores, e 
desprovida de 
vegetação vascular 
bosque de mangue = exposta a 
lavagens diárias pelas marés, 
exporta principalmente material 
particulado (folhas, galhos, 
propágulos) a ser decomposto 
nos corpos d’água adjacentes 
(rios, estuários, águas 
costeiras). A decomposição da 
MO também pode ocorrer in 
situ, quando o ecossistema 
exporta material dissolvido. 
lavado = área mais 
alagada do mangue 
Principais espécies de caranguejo do manguezal capturadas no Brasil 
Ucides cordatus (caranguejo-uçá) Cardisoma guanhumi (guaiamum) 
No Maranhão, o caranguejo-uçá representa um dos principais recursos 
pesqueiros estuarinos, em virtude de sua abundância e facilidade de captura. No 
NE a pesca essa espécie envolve um grande contingente de pessoas . 
O catador de caranguejo 
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Catador coletando o caranguejo pela técnica do braceamento 
Adaptações da vegetação: à salinidade e à movimentação de ondas e marés 
4 Adaptações à movimentação de ondas e 
marés
4.1 Rizóforos
4.2 Raízes adventícias
RIZÓFOROS (OU RAÍZES-ESCORA) E RAÍZES ADVENTÍCIAS 
Rizóforos = tipo de caule com crescimento vertical 
orientado para cima (geotropismo positivo), além do eixo 
caulinar “normal”. Um sistema de rizóforos pode auxiliar a 
sustentação ou estabilização da planta, ou aumentar a 
capacidade de exploração do solo adjacente. 
Particularmente o mangue-vermelho (Rhizophora mangle) 
forma rizóforos aéreos que crescem com geotropismo 
positivo, e em contato com o solo pantanoso do manguezal 
produzem raízes adventícias que constituem um eficiente 
sistema de sustentação em um ambiente instável, 
alagadiço. 
 
Raízes adventícias = raízes que se originam na parte aérea 
das plantas. 
Mantêm grande parte da planta fora do alcance do substrato 
e das marés. 
Adaptações da vegetação: à salinidade 
GLÂNDULAS EXCRETORAS DE SAL 
Estruturas especializadas em eliminar o sal 
absorvido pela planta (Avicennia, Laguncularia). 
As folhas destes gêneros ficam constantemente 
cobertas por uma pequena crosta de sal. O 
excesso de sal é eliminado pelo simples 
descarte de folhas, que amarelam na medida em 
que ficam mais concentradas de sal, morrem e 
simplesmente caem. 
MECANISMO DE ULTRAFILTRAÇÃO 
Mecanismo que permite que a planta absorva 
água sem que entre uma quantidade grande 
de sal. 
Adaptações da vegetação: às condições de anoxia 
5 Adaptações às condições de anoxia
5.1 Lenticelas
5.2 - Aerênquima
5 Adaptações às condições de anoxia
5.1 Lenticelas
5.2 - Aerênquima
LENTICELAS 
Tomlinson, 1986.
4.3 Pneumatóforos
4.4 Sistema radial
PNEUMATÓFOROS 
Raízes de plantas que se desenvolvem em locais 
alagadiços onde o solo é pobre em oxigênio. 
Essas raízes partem de outras existentes no solo 
e crescem verticalmente, emergindo da água; 
possuem poros que permitem a absorção do 
oxigênio atmosférico. 
Pequenas fendas no tecido suberificado 
encontrados nos caules de espécies que se 
desenvolvem em solos alagados. Sob essas 
fendas há também células suberificadas e 
células de preenchimento (parênquima) com 
grandes espaços entre elas, o que garante a 
troca de gases. 
Adaptações da vegetação: reprodutivas 
6 Adaptações reprodutivas
6.1 Propágulos
Condições que as sementes encontrariam... 
água salina, solo salino 
solo não consolidado, com pouco ou nenhum oxigênio 
Contornam apresentando viviparidade (= propágulos) 
A semente permanece presa à planta-mãe até germinar. 
Em seguida, desprende-se e flutua na água, sendo 
carreado pelas correntes até que encontre local propício 
para enraizar. 
Rhizophora mangle (mangue vermelho ou sapateiro) 
 Árvore de 5-20 m de altura, com raízes aéreas e de 
ancoragem de 2-4,5 m de altura. As raízes aéreas, além 
de fornecer ar para as raízes inferiores, garantem 
estabilidade. Desenvolve-se em água marinha (33 a 37 
ups) e constitui a parte mais externa do litoral com 
manguezal. 
 
 
 Folhas elípticas, sem nervuras visíveis, espessas com a 
consistência de couro, de 6-12 cm de comprimento por 
2,5-6 cm de largura, verde-escuras na face superior e 
verde-amareladas na face inferior. 
 
 
 
 Flores amarelo-claras, de 2 cm de diâmtero, com a forma 
de sino. 
Avicennia schaueriana (mangue preto ou negro, siriba ou siribeira) 
 Árvore de 3-20 m de altura, dotada de raízes modificadas 
conhecidas por pneumatóforos, que crescem 
verticalmente, emergindo do e expondo-se ao ar. 
 Ocorre atrás do mangue vermelho, sendo inundado 
somente durante as marés mais altas. 
 
 
 Folhas simples, elípticas, de 5-11 cm de comprimento, por 
2-4 cm de largura, sustentadas por uma haste de 3-15 mm 
de comprimento, dotadas de pelos microscópicos que 
embranquecem a folha e de glândulas que excretam sal. 
 
 
 Flores brancas, perfumadas e tubulares, de 6 mm de 
comprimento por 10 mm de diâmtero, revestidas por pelos 
e densamente incrustadas em pequenas espigas, 
dispostas na ponta dos ramos. 
Laguncularia racemosa (mangue branco ou mangue manso) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Árvore de grande porte, podendo atingir 
até 2o m de altura. Dotada de raízes 
pneumatóforos, que crescem 
verticalmente, emergindo do e expondo-
se ao ar. 
 
 
 Folhas simples, com filotaxia oposta, 
pecioladas, espessa e coriáceas. 
Pecíolo vermelho com duas glândulas 
na parte superior. 
 
Zonação nos manguezais 
! mar região entre-marés continente 
! 
Laguncularia Avicennia Rhizophora A) Américas 
Sucessão ecológica 
!  Acreditava-se que Rhizophora era a espécie pioneira... 
!  a sucessão é uma resposta a fatores ambientais, competição inter-específica, 
dispersão do propágulo e aleatorização – as plantas são capazes de crescer em 
todas as zonas. 
!  A sucessão não é provocada pelas plantas e sim por fenômenos naturais – enchentes, 
tufões, predação por isópodes, ações antrópicas – lançamento de esgotos , lixo, 
retirada de plantas, poluição de rios, poluição por óleo... conseqüências: 
Assoreamento, erosão, mortandade 
Ciclo de vida de uma árvore típica de mangue 
22-3-2013
Research funded by a Ph. D. grant of the Flemish Interuniversity Council (VLIR)
THE ROLE OF WIND IN HYDROCHOROUS
MANGROVE PROPAGULE DISPERSAL
T. Van der Stocken, D. De Ryck , T. Balke, T. J. Bouma, 
F. Dahdouh-Guebas & N. Koedam
Equal contribution
1
Ciclo de vida de uma ávores de mangue (vivípara) 
Pag.22-3-2013
Abscission
STRANDING
Hydrochorous 
dispersal 
Root growth
& self-erection
Establishment and growthGrowth on the parent tree Planting/Dispersal
PS
J. Oste (2010)
PLANTING
Self-planting Root growth
Life cycle of a viviparous mangrove tree
1. INTRODUCTION
2
2. HYPOTHESIS
CRESCIMENTO NA ÁRVORE 
 PARENTAL 
 
ESTABELECIMENTO E 
 CRESCIMENTO 
 
Pag.22-3-2013
Abscission
STRANDING
Hydrochorous 
dispersal 
Root growth
& self-erection
Establishment and growthGrowth on the parent tree Planting/Dispersal
PS
J. Oste (2010)
PLANTING
Self-planting Root growth
Life cycle of a viviparous mangrove tree
1. INTRODUCTION
Hydrochorous 
dispersal 
3
1. Wind is an important vector in the dispersal of hydrochorous mangrove propagules
2. The effect of wind is species-specific 
3. The effect of wind largely depends on the propagule’s density and floating 
orientation 
2. HYPOTHESIS
DISPERSÃO 
 
Dispersão hidrocórica (hydrochorous dispersal) = significa que os principais vetores da dispersão dos propágulos são os 
ventos e as correntes. A dinâmica da dispersão resulta das características dos propágulos, como flutuabilidade, 
longevidade, morfologia. 
 
Há registros de dispersão por longas distâncias: Avicennia marina, 50 km 
Processo de formação dos manguezais 
Fixação de manguezais ! substrato acumulado nas superfícies inundadas pelas marés: 
•  a partir do transporte de sedimentos oriundos dos rios e oceanos; 
•  contato água doce/salgada no estuário ! sedimentos < velocidade ! união (grumos) por processos 
físico-químicos; 
•  grumos ! > peso das partículas, que afundam ! silte, argila, MO ! instalação dos vegetais; 
•  vegetais ! emitem raízes ! barreira física aos sedimentos ! favorece a deposição destes ao redor e 
cria novas áreas de sedimentos disponíveis para colonização de novas plantas. 
Matéria orgânica ! queda de folhas: 
•  absorvida pelo aumento do substrato retido pelas raízes e troncos; 
•  exportada pela maré vazante, que drena para as gamboas um grande volume de folhas e 
material particulado ! contribui para o aumento das áreas de manguezal. 
Marés ! transportam sedimentos e sementes (propágulos) 
Caracterização ! depende dos tipos de solos litorâneos e da dinâmica das águas que age sobre cada 
ambiente costeiro. 
Formação ! variação do nível médio do mar (processo lento e gradual). 
Comunidade típica do manguezal 
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13.6.4. Mangroves as Habitat 
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Algas, esponjas, ostras, anêmonas, 
cracas, ascídias e muitos outros 
organismos vivem aderidos às raízes do 
mangue. 
Distribuição vertical da macrofauna 
Cadeia alimentar em um manguezal 
 
Benefícios dos manguezais 
 
 Comunidades costeiras utilizam o manguezal como proteção. 
 
Benefícios dos manguezais 
 
Extrativismo: coleta de moluscos, captura de caranguejo, pesca, etc. 
 
 Benefícios dos manguezais 
 
 As raízes promovem o acúmulo do sedimento e impedem a erosão 
 
Benefícios dos manguezais 
 
Peixes, moluscos, caranguejos e outras espécies dependem do manguezal 
para a sua sobrevivência. 
Ecologia dos manguezais: aspectos estruturais e funcionais 
Estudos estruturais: 
-  composição de espécies 
-  diversidade 
-  altura 
-  diâmetro 
-  área basal 
-  densidade 
-  distribuição por classe etária 
-  distribuição espacial das espécies 
Estudos funcionais: 
-  ciclagem de matéria orgânica e nutrientes 
-  fluxos de energia 
 
Os manguezais com melhor desenvolvimento estrutural são encontrados próximo ao equador, onde a 
temperatura, a precipitação e a amplitude das marés são elevadas, a razão precipitação/evaporação é baixa e 
a variação sazonal do clima é reduzida. Os fatores ambientais (ex: luminosidade, vento, chuva, nutrientes, 
marés) correspondem às fontes de energia subsidiárias ao sistema. Apesar do melhor desenvolvimento 
estrutural ocorrer nos locais onde as fontes de energia sejam adequadamente disponíveis, o manguezal 
também pode se desenvolver em ambientes onde alguns desses fatores sejam limitantes. Nestes ambientes 
mais rigorosos a estrutura da floresta é reduzida, embora as mesmas espécies possam estar presentes. 
Dentro desse contexto, o desenvolvimento estrutural alcançado por uma floresta é função dos níveis e 
periodicidade das energias subsidiárias e da natureza e intensidade dos tensores presentes, que 
correspondem à assinatura energética do lugar. 
Distribuição na costa brasileira ( ): do Cabo Orange, AP (04o20’N) até Laguna, SC (28o30’S) 
Manguezais da costa amazônica (AP, PA, MA): ocupam 9000 km2 e correspondem a 70% do total 
brasileiro. Os 679 km de linha de costa entre AP e MA formam o maior cinturão contínuo de 
manguezais do mundo. Formam verdadeiras florestas, com árvores de até 30 m de altura e 1 m de 
diâmetro (condições ideais = To C tropicais , grande amplitude de marés, costa muito recortada, ondas 
suaves). 
Segmento Limite norte Latitude Limite sul 
 
Latitude 
I Cabo Orange 04°30'N Cabo Norte 01°40'N 
II Cabo Norte 01°40’N Ponta Curuçá 00º36'S 
III Ponta Curuçá 00º36’S P. Mangues Secos 02º15´S 
IV P. Mangues Secos 02º15´S Cabo Calcanhar 05°08'S 
V Cabo Calcanhar 05°08’S Recôncavo Baiano 13°00’S 
VI Recôncavo Baiano 13°00’S Cabo Frio 23°00'S 
VII Cabo Frio 23°00’S Torres 29°20'S 
VIII Torres 29°20’S Chuí 33°35'S No segmento VII, os manguezais ocorrem até 
Laguna (28º30’S) 
Schaeffer-Novelli et al. (1990): agrupou áreas com comportamentos climáticos, fisiográficos e 
geológicos semelhantes e descreveu as ocorrências de manguezais e suas diferenças estruturais 
sem ocorrência de manguezais 
No litoral SE-S a Serra do Mar delimita uma estreita faixa de planície costeira e os manguezais ocorrem 
associados às desembocaduras dos principais rios, em ambientes estuarinos de lagunas. As condições 
climáticas ao sul de Laguna (SC) não favorecem o desenvolvimento de manguezais, quando as margens das 
lagunas passam a ser colonizadas por gramíneas e plantas herbáceas tolerantes às temperaturas mais frias, 
como a Spartina alterniflora. 
PA 
MA 
BA 
AP 
Variação na estrutura da vegetação em diferentes manguezais do Brasil 
Local DAP médio* 
 (cm) 
Altura 
média (m) 
Área basal 
(m2.ha-1) 
Referência 
São Luís, MA 21,2 19,8 19,4 Santos, 1986 
Caravelas, BA 5,90-17,8 4,60-9,80 4,00-38,6 Schaeffer-Novelli et al., 1994 
Conceição da Barra, ES 8,12-29,6 5,50-14,8 7,20-30,9 Silva et al., 2005 
Vitória, ES 4,23-18,9 5,30-17,3 5,40-29,8 Carmo et al., 1995 
Rio Paraíba do Sul, RJ 6,29-16,7 6,91-11,8 15,1-51,7 Bernini e Rezende, 2004 
Lagoa da Tijuca, RJ 1,49-16,1 3,40-16,7 14,3-41,4 Soares, 1999 
Baía de Sepetiba, RJ 7,8 6,10 21,6 Silva et al., 1991 
Ilha do Cardoso, SP 6,90-12,0 5,70-9,80 16,2-35,6 Peria et al., 1990 
Paranaguá, PR - 3,20-8,60 2,20-62,2 Couto, 1996 
* DAP = diâmetro na altura do peito = diâmetro a 1,3 m do substrato 
Local DAP médio* 
 (cm) 
Altura 
média (m) 
Suruí 5,9 5,8 
Nova Orleans 5,3 5,3 
Duque de Caxias 4,6 4,3 
Piedade4,7 4,8 
São Gonçalo 4,9 4,7 
Soares et al., 2003. Baía de Guanabara 
A baía de Guanabara e os manguezais 
No passado os manguezais ocupavam a desembocadura 
dos rios e quase toda a orla da baía. Hoje estão reduzidos a 
poucas áreas. Uma exceção a esse estado de degradação 
é a APA de Guapimirim, criada em 1984, que abrange os 
municípios de Magé, Guapimirim, Itaboraí e São Gonçalo. 
Com mais de 14 mil ha, ainda preserva a sua vegetação 
natural. 
Vista aérea da área de proteção ambiental de Guapimirim, com vegetação de mangue preservada. 
 
No estado do Rio de Janeiro 
aproximadamente 16.000 km2 
são ocupados por manguezais, 
sendo as ÁREAS MAIS EXTENSAS 
de manguezal a foz do rio 
Paraíba do Sul e as baías de 
Guanabara, Sepetiba e Angra 
dos Reis. 
O novo código florestal e os manguezais 
O futuro dos manguezais: uma escolha do homem! 
The world’s mangroves 1980–200556
FIGURE 17
Future of mangroves – a human choice
Mangrove stand killed by pollutants Healthy and protected forest
Mangrove area converted to other land use Multiple use of the ecosystem
Degraded mangroves Mangrove rehabilitation
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Future of mangroves – a human choice
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Future of mangroves – a human choice
Mangrove stand killed by pollutants Healthy and protected forest
Mangrove area converted to other land use Multiple use of the ecosystem
Degraded mangroves Mangrove rehabilitation
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Morte por poluentes 
 
Áreas de manguezal convertidas para outros usos Manguezais degradados 
Manguezais sadios e protegidos 
 
Uso múltiplo do ecossistema Recuperação de manguezais degradados

Outros materiais