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UNIRIO
Depto. de Ecologia e Recursos Marinhos
Ecossistemas Marinhos
Profa. Adriana – 2015/1
Estudo Dirigido (Recifes de coral costeiros)
Nome: Derek Godoy…………………………………………………… Data: 12/05/15
Com base na leitura do artigo abaixo, responda as questões a seguir:
Leão, Z.M.A.N., KIKUCHI, R.K.P., OLIVEIRA, M.D.M. 2008. Branqueamento de corais nos recifes da Bahia e sua relação com eventos de anomalias térmicas nas águas superficiais do oceano. Biota Neotropical, 8(3): 69-82.
1. Defina (a) sinergia/ação sinérgica; (b) prístino.
R: (a) A sinergia é o efeito de uma atividade organizada de vários sistemas para a realização de uma função complexa.
(b) prístino: um “ser” que ocupa um local e se reproduz ali, primeiramente.
2. Comente a simbiose coral-algas.
R: As zooxantelas, além de darem a cor ao coral, produzem componentes orgânicos que lhes servem de alimento e, em contrapartida, o coral provê abrigo para as algas e lhes fornece elementos químicos necessários à sua sobrevivência. Distúrbios ambientais podem interromper esta delicada simbiose, causando dissociação entre as algas e os corais. Neste caso o coral perde a sua cor, exibindo o esqueleto calcário branco, o que originou o nome branqueamento.
3. No que consiste o branqueamento dos corais e qual o seu principal desencadeador?
R: Um aumento relativamente pequeno da temperatura das águas superficiais pode provocar a ocorrência do branqueamento, que é um processo relacionado à perda, pelos corais, das algas fotossintetizantes - as zooxantelas, que estão presentes no tecido dos corais e que participam de uma cooperação vital que beneficia ambos os organismos, e/ou a perda dos pigmentos por estas algas zooxantelas.
4. Construa uma tabela que apresente cronologicamente os eventos de branqueamento de coral registrados para a costa brasileira anteriormente a este estudo, incluindo a localidade, as espécies afetadas (quando possível) e a referência.
R:
5. Qual a importância de existir disponibilidade de dados históricos da temperatura das águas superficiais para a área estudada?
R: Para poder se comparar os mesmos corais em épocas diferentes, avaliando a progressão do branqueamento. Ou se houve ou não branqueamento na área estudada ao longo do tempo.
6. O que é “anomalia térmica” e qual a definição de Goreau & Hayes (1994) para “hot spot”?
R: Um hot spot ocorre quando, em uma determinada área, a temperatura das águas superficiais excede o máximo anual alcançado num período de 10 anos.
7. Quais as regiões estudadas e qual critério foi utilizado para o início dos trabalhos de campo?
R: Os recifes de coral investigados durante este trabalho estão localizados em seis regiões ao longo da costa do Estado da Bahia:
Litoral Norte, Baía de Todos os Santos, Ilhas de Tinharé e Boipeba e Baía de Camamu, Cabrália, Recifes dos Itacolomis e Abrolhos.
Os trabalhos de campo foram realizados sempre após algumas semanas do início da ocorrência da anomalia, para que se pudesse registrar a presença de corais já branqueados, considerando que o branqueamento comumente surge algumas semanas após o início da anomalia térmica. No recife das Caramuanas, contudo, isto não ocorreu, pois o registro foi realizado seis meses após a ocorrência da anomalia térmica.
8. Quais dados foram registrados para avaliar as condições dos corais na área estudada utilizando-se a técnica do censo visual?
R:
9. Quais categorias de branqueamento foram observadas na área estudada e como elas se diferenciam? Em quantas categorias os recifes foram classificados com relação a sua distância da costa?
R: A categoria denominada Fraca diz respeito a uma ‘palidez’ no coral, enquanto que a Forte se refere a um coral completamente esbranquiçado ou quase isso. 
 Das 10511 colônias investigadas, 1273 apresentavam branqueamento. Entre essas, 10 espécies apresentavam branqueamento “Forte” e 13 “Fraco”. Espécies costeiras são as mais afetadas, pela proximidade com a atividade humana que causa degradação.
10. Qual a espécie de coral mais abundante nas investigações realizadas na área e como foi a distribuição do branqueamento nesta espécie?
R: Mussismilia braziliensis. Apresentou baixa frequência de colônias branqueadas nos recifes da região de Abrolhos (<3%), enquanto que nos recifes das ilhas de Tinharé e Boipeba o percentual de colônias branqueadas desta espécie alcançou 24%.
11. Houve alguma relação entre a magnitude da anomalia térmica e o nível de branqueamento dos recifes? Qual?
R: Sim. Em anomalias de 0,25°C, houve branqueamento acima de 10% nos recifes próximos à costa. Durante anomalias de 0,50°C, os recifes tiveram branqueamento acima de 30%. Em Abrolhos, os recifes se localizam distantes da costa e branqueamentos acima de 10% só ocorrem durante eventos de anomalias térmicas acima de 0,50°C,
12. Houve diferença de resposta dos recifes aos eventos de anomalia térmica de acordo com seu estado de conservação? Qual? Quais parâmetros foram utilizados como indicadores das condições vitais dos recifes?
R: Recifes costeiros se encontram mais esbranquiçados do que recifes mais distantes da costa, evidenciados pelos levantamentos dos parâmetros indicadores das condições vitais dos recifes da Bahia – a taxa de cobertura de corais vivos, densidade das colônias maiores que 20cm, densidade dos recrutas de corais construtores – e os recifes costeiros, nestas condições, se tornam mais estressados que os mais distantes, estando mais susceptíveis ao branqueamento. Em longo prazo, a recuperação destes recifes expostos a vários tipos de estressores ambientais vai depender tanto do grau de aclimatação e/ou adaptação dos corais às novas temperaturas como, também, à frequência dos distúrbios.
13. Qual estratégia é sugerida como opção para minimizar os efeitos sinérgicos de eventos de branqueamento e atividade humana?
R: É preciso melhorar a proteção dos recifes, principalmente daqueles que são naturalmente mais resistentes ou tolerantes ao branqueamento, reduzindo as pressões locais nos próprios recifes e nos ecossistemas correlatos, para favorecer sua recuperação e/ou resiliência. Para isto é preciso evitar a destruição de manguezais, assim como controlar o desenvolvimento urbano das regiões costeiras. É necessário, também, que o branqueamento de coral esteja integrado nos esforços do manejo
dos recifes e que os gestores conheçam como diferentes recifes irão responder ao aumento continuado da temperatura da água, nos próximos anos.

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