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Versão final Quiropraxia na Fisioterapia Traumato Ortopédica

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Prévia do material em texto

Marcelo Renato Massahud Junior — Graduado em Fisioterapia pela Universidade Vale do 
Rio Verde (Unincor). Especialista em Quiropraxia pela Associação Nacional de Fisioterapia em 
Quiropraxia Reconhecida pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Anafiq–
Coffito). Especialista em Osteopatia pelo Coffito. Especialista em Fisioterapia Osteopática pelo 
Grupo Educacional CBES. Especialista em Saúde do Idoso e Gerontologia pela Universidade 
Cândido Mendes (Ucam). Mestre em Ciências Aplicadas à Saúde pela Universidade do Vale do 
Sapucaí (Univás). Professor dos Cursos de Fisioterapia e Farmácia da Univás. Diretor e Professor 
do Colégio Brasileiro de Quiropraxia e Terapias Manuais (CBQ).
Bruno Mendes — Graduado em Fisioterapia pela Universidade Vale do Rio Verde (Unincor). 
Especialista em Fisioterapia Traumato-ortopédica pela Associação Brasileira de Fisioterapia 
Traumato-ortopédica Reconhecida pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional 
(Abrafito–Coffito). Especialista em Fisioterapia Neurofuncional pela Unincor. Especializando em 
Fisioterapia Quiropráxica no Colégio Brasileiro de Quiropraxia e Terapias Manuais (CBQ). Mestre 
em Ciências Aplicadas à Saúde pela Universidade do Vale do Sapucaí (Univás). Professor do Curso 
de Fisioterapia da Univás.
Gustavo Abreu Líbero — Graduado em Fisioterapia pela Universidade Presidente Antônio Carlos 
(Unipac). Especialista em Fisioterapia Traumato-ortopédica pela Universidade Veiga de Almeida 
(UVA). Especializando em Fisioterapia Quiropráxica no Colégio Brasileiro de Quiropraxia e Terapias 
Manuais (CBQ). Professor do Curso de Fisioterapia da Unipac.
MARCELO RENATO MASSAHUD JUNIOR
BRUNO MENDES
GUSTAVO ABREU LÍBERO
SIDNEY BENEDITO SILVA
QUIROPRAXIA NA FISIOTERAPIA 
TRAUMATO-ORTOPÉDICA
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Sidney Benedito Silva — Graduado em Fisioterapia pela Universidade do Vale do Paraíba 
(Univap). Especialista em Fisioterapia Osteopática pelo Grupo Educacional CBES. Especialista 
em Fisioterapia Neurofuncional pela Fundação de Ensino e Pesquisa de Itajubá (Fepi). Mestre em 
Ciências Biológicas pela Univap. Doutor em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina do 
ABC (FMABC). Professor e Vice-coordenador do Curso de Fisioterapia da Universidade do Vale do 
Sapucaí (Univás). Coordenador das Pós-graduações na Área de Fisioterapia da Univás. Diretor e 
Professor do Colégio Brasileiro de Quiropraxia e Terapias Manuais (CBQ). Diretor e Professor do 
Instituto Brasileiro de Reabilitação e Aprimoramento (Ibraesp).
 ■ INTRODUÇÃO
A quiropraxia originou-se nos Estados Unidos da América (EUA) na década de 1890, durante um 
período de mudanças significativas na formação médica local e no seu exercício profissional. À 
época havia grande variedade de opções para tratamento, tanto dentro da medicina tradicional 
quanto entre outras variadas abordagens alternativas no cuidado da saúde.1 No entanto, nas últimas 
décadas, estudos criteriosos têm evidenciado a eficácia clínica do tratamento com quiropraxia para 
tratar diversas afecções musculoesqueléticas. A satisfação dos pacientes e a redução com custos 
também estão associadas a esse tratamento.2,3
A quiropraxia no Brasil é uma especialidade da fisioterapia que se preocupa com o diagnóstico, o 
tratamento e a prevenção das desordens neuromusculoesqueléticas e seus efeitos nas disfunções 
da saúde em geral. Sua ênfase está nas técnicas manuais, incluindo o ajuste articular e/ou a 
manipulação com foco particular nas subluxações. Para Palmer, considerado o pai da quiropraxia, 
ela deriva de duas palavras gregas: keirós (mãos) e práxis (prática), que têm o significado de feito 
pelas mãos ou praticado manualmente.4
 ■ OBJETIVOS 
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
 ■ explicar a origem e a história da quiropraxia e seus princípios filosóficos;
 ■ identificar os mecanismos do ajuste articular;
 ■ reconhecer a neurofisiologia quiropráxica;
 ■ analisar as evidências científicas da quiropraxia;
 ■ descrever a quiropraxia aplicada à fisioterapia traumato-ortopédica.
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 ■ ESQUEMA CONCEITUAL
Conclusão
Caso clínico
Ajuste quiropráxico
Neurofi siologia quiropráxica
Quiropraxia baseada 
em evidência
Quiropraxia na fi sioterapia 
traumato-ortopédica
Abordagem biopsicossocial
Quiropraxia no Brasil
Breve histórico da quiropraxia
Princípios fi losófi cos 
da quiropraxia
Inteligência inata
Globalidade
Equilíbrio entre estrutura 
e função
Complexo da subluxação Complexo subluxação vertebral
 ■ BREVE HISTÓRICO DA QUIROPRAXIA
Embora a manipulação da coluna apresente fatos históricos relacionados desde os tempos de 
Hipócrates e de médicos da Grécia Antiga, a descoberta da quiropraxia está ligada a Daniel David 
Palmer (Figura 1), em 1895, e sua primeira escola de formação de profissionais quiropraxistas em 
Davenport, Iowa, nos EUA.5
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Figura 1 — Dr. Palmer, criador da quiropraxia.
Fonte: Darby Chiropractic Centre (2019).6
Daniel David Palmer (1845–1913) nasceu em território canadense e se mudou para os EUA em 
1865, após a Guerra Civil, período de forte empobrecimento da nação e de precariedade na área 
da medicina, o que favoreceu o estabelecimento de práticas não convencionais, como as terapias 
tonsonianas e magnéticas, além da medicina homeopática. Durante esse período, Dr. Palmer 
conheceu um terapeuta magnético chamado Paul Caster (1827–1881), que tratava enfermos 
sem uso de medicamentos, apenas com manipulação, fato que o fascinou, fazendo com que ele 
trabalhasse por 9 anos como discípulo de Caster.7 
Finalmente, em 1895, Dr. Palmer apresentou seu próprio método, a quiropraxia, que mantinha 
o tratamento sem uso de medicamento, porém passava a creditar a causa das enfermidades ao 
desalinhamento vertebral, que pinçaria os nervos e interferiria no fluxo nervoso vital.8 O início da 
profissão é relatado no livro The Chiropractic Ajduster, compilação escrita por seu filho B.J. Palmer, 
que conta a história do primeiro ajuste quiropráxico ocorrido no dia 18 de setembro de 1895:9
No ano de 1895 o Dr. D.D. Palmer entrou em contato com Harley Lillard, um zelador 
do prédio onde tinha seu consultório, cujo homem era surdo há dezessete anos. 
A audição deste homem foi restaurada pelo ajuste da vértebra que estava fora de 
posição. Este evento forneceu ao Dr. Palmer a teoria de que os ossos deslocados 
causavam doenças devido ao pinçamento dos nervos.
Dr. Palmer acreditava que o corpo humano tinha um fino feixe de nervos sensitivos que passavam 
pelos ossos, músculos e ligamentos, que, quando esticados, poderiam ser deslocados e/ou pinçados 
por causa de desalinhamento ósseo, o que causaria a doença, e que a quiropraxia poderia reverter 
tal quadro. 
Dessa forma, Dr. Palmer definiu a quiropraxia como a ciência, a arte e a filosofia dos seres naturais 
(Figura 2), como sendo um sistema de ajustamento manual da coluna espinhal, e que o objetivo 
das manipulações seria tratar a causa da doença.10
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QUIROPRAXIA
CiênciaFilosofi a
Arte
Figura 2 — Representação do tripé arte, ciência e filosofia.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Os primeiros quiropraxistas formados pelo Dr. Palmer concluíram sua formação em Portland, em 
1910, no então Palmer Chiro College.
Com o crescimento da técnica, surgiram associações nacionais nos países em que a quiropraxia 
estava inserida. A World Federation of Chiropractic (WFC)13 foi fundada em 1988, como representante 
das associações nacionais e suprindo a necessidade de investigar e acompanhar o desenvolvimento 
mundial da profissão. A Federación Latino Americana de Quiropráctica (FLAQ), fundada em 23 
de março de 1988, representa a profissãona América Latina e tem como objetivo unificar as 
associações locais e promover o desenvolvimento da profissão nos países das Américas do Norte, 
Central e do Sul.14
 ■ QUIROPRAXIA NO BRASIL
No Brasil, não existem referências organizadas sobre o início da quiropraxia. Alguns relatos 
evidenciam que as primeiras práticas se originaram a partir de 1922. Durante a primeira metade 
do século XX, vários quiropraxistas vieram ao País como missionários religiosos, e é possível que 
tenham ensinado rudimentos da profissão para brasileiros.15
A quiropraxia no País tem por base o uso do processo fisioterapêutico, que inclui avaliação, 
diagnóstico, promoção, prevenção e reabilitação, por meio da modulação da força e do ritmo dos 
movimentos manuais.16
Atualmente, por uma descabida decisão do Ministério da Educação do Brasil em autorizar alguns 
poucos cursos de graduação em quiropraxia, há um conflito gerado entre profissionais e uma 
confusão entre pacientes, uma vez que se tem ambos, fisioterapeutas e os ditos “quiropraxistas 
graduados” atuando com a técnica. Essa confusão se dá pela falsa imagem de que a quiropraxia 
não é regulamentada no País. Em verdade, trata-se de uma prática regulamentada no Brasil desde 
1969, pelo Decreto-Lei nº 938, de 13 de outubro de 1969, que, em seu art. 3°, regulamenta: “É 
atividade privativa do fisioterapeuta executar métodos e técnicas fisioterápicos com a finalidade de 
restaurar, desenvolver e conservar a capacidade física do cliente”.15
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Como interpretação, a expressão utilizada não é “ato privativo”, e sim “atividade privativa”, que 
significa campo de atuação, determina área do conhecimento, ou seja, executar atividade é muito 
mais amplo que executar ato.14 
Executar métodos significa definir um conjunto metodológico para atuar, planejar para 
fazer, programar, estabelecer metas, dizer como, dizer por que, para quê, justificar. 
Executar técnica é a simples aplicação de uma técnica que foi planejada por processos 
de diagnose do estado atual para intervenção.14 
O termo “fisioterápico” vem de terapia física, ou do uso de recursos físicos, em que, como exemplo, 
tem-se o uso da força, do movimento e do ponto (bases da física clássica) como recursos terapêuticos.14 
O termo “fisioterápico” inclui qualquer terapia física, incluindo as que têm por base 
a força, o movimento e o ponto, com o uso das mãos, ou seja, a terapia manual ou 
a quiropraxia.14
LEMBRAR
Vale ressaltar que, apesar do conflito mencionado, atualmente, no Brasil, a única forma reconhecida 
pela legislação das profissões regulamentadas vigente de atuação e de aplicação clínica da 
quiropraxia é como especialidade fisioterapêutica, com base no estabelecimento da Resolução nº 
220, de 23 de maio de 2001, do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), 
Autarquia Federal fiscalizadora do exercício profissional de fisioterapia e terapia ocupacional.16
A fisioterapia continua sendo a única profissão reconhecida que utiliza a quiropraxia 
como especialidade. A especialidade foi alvo de algumas ações judiciais por parte 
de graduados; porém todas as ações tiveram resultado favorável à fisioterapia (TRF 
1ª Região, Processo nº 0083830-87.2014.4.01.3400; TRF 2ª Região, Processo nº 
0203185-97.2017.4.02.5101 — ainda cabem recurso das decisões). Em ambos os 
processos, o Coffito não poupou esforços em defender a especialidade como prática 
do profissional fisioterapeuta.
LEMBRAR
 ■ PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DA QUIROPRAXIA 
A quiropraxia segue alguns princípios filosóficos, dentre os quais citam-se os fundamentais, que 
são descritos nas subseções a seguir.
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INTELIGÊNCIA INATA
A inteligência inata é aquela na qual se acredita que existe uma inteligência própria que governa 
e orienta todo o universo, em que cada célula de corpo humano apresenta uma inteligência inata, 
própria, capaz de promover a autocura.
EQUILÍBRIO ENTRE ESTRUTURA E FUNÇÃO
O equilíbrio entre estrutura e função é aquele no qual uma disfunção estrutural pode gerar um 
fato de alteração biomecânica, que, por sua vez, levará a consequências disfuncionais no sistema 
neurovascular. 
É importante que, para a manutenção geral da saúde, haja o equilíbrio entre a 
estrutura e a função.
LEMBRAR
GLOBALIDADE
A globalidade é a condição que mostra que, no corpo humano, tudo está conectado; dessa forma, 
os profissionais devem ter uma visão global do paciente.
COMPLEXO DA SUBLUXAÇÃO
O complexo da subluxação é quando se tem um segmento articular disfuncional, ele é chamado 
clinicamente de subluxação, que envolve dois fatores — posicionamento e dinamicidade.17 
Segundo esse princípio, sempre que se tem um segmento articular cuja posição está alterada na 
sua dinâmica, estará modificada também, gerando hipermobilidade, termo usado para designar 
um modelo teórico com sintomas neurológicos, mudanças patológicas, que afeta nervos, músculos, 
ligamentos, vasos, tecidos conjuntivos, bem como pode interferir no funcionamento de órgãos e 
de vísceras.17
Complexo subluxação vertebral
O complexo subluxação vertebral (CSV) refere-se a uma condição na qual existe uma 
alteração da funcionalidade de um segmento da coluna vertebral. 
Os componentes do CSV são listados no Quadro 1.
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Quadro 1
COMPONENTES DO COMPLEXO SUBLUXAÇÃO VERTEBRAL
Componente Definição
Cinesiopatológico Perda de posicionamento vertebral normal e do movimento em relação 
às vértebras vizinhas, gerando compensações e perda do jogo articular.
Miopatológico Alterações patológicas que ocorrem na musculatura espinhal, que incluem 
hipertonicidade, espasmos, fibrose, fraqueza e impróprio ou inadequado 
funcionamento.
Neuropatológico Irritação ou lesão de raízes nervosas espinhais por compressão, estiramento 
ou, mais comumente, irritação química perto das estruturas espinhais, 
gerando redução do fluxo axoplasmático.
Histopatológico Alterações patológicas que ocorrem nos tecidos como medula óssea, 
crescimentos anormais fora dos corpos vertebrais e das articulações, fibrose 
e aderências dos músculos da coluna vertebral e dos ligamentos, assim 
como desidratação e degeneração dos discos intervertebrais.
Biopatológico Mudanças bioquímicas que ocorrem na região da coluna vertebral, que 
incluem bioquímicos inflamatórios dos tecidos lesionados e resíduos de 
produtos bioquímicos.18
Os componentes do CSV fazem parte de uma teoria e, à medida que as pesquisas 
foram sendo realizadas, foi-se descobrindo que os mecanismos envolvidos no 
complexo subluxação não são tão diretos quanto se pensava e que não há nada 
científico que dê o suporte de que o aparecimento de qualquer doença esteja ligado à 
subluxação.19,20Alguns autores consideram, ainda, que a subluxação seja um dogma, 
baseados e sustentados por testes empíricos que dificultam o desenvolvimento científico 
da especialidade.21 Aliás, grande parte dos testes palpatórios e da avaliação clínica 
do movimento não é confiável.22–24
LEMBRAR
Ainda que a teoria concebida originalmente não seja suportada pelas evidências mais atuais e 
que o alvo do ajuste não seja essa “disfunção” (CSV), em nada muda os resultados obtidos pela 
utilização das técnicas ao longo dos anos, pois diversas pesquisas comprovam os benefícios das 
técnicas manipulativas.25,26 Daí, surge a pergunta: O que se deve ajustar?
Segundo Vernon,26 a escolha do recurso terapêutico deve ser fundamentada após a definição de 
uma categoria clínica com base nos sintomas apresentados pelo paciente, e não no modelo de 
subluxação.
O CSV é considerado o maior “dogma” dentro da fisioterapia quiropáxica, e, apesar de 
inúmeros estudos demonstrarem que essa condição não é realista, o termo ainda é muito 
utilizado amparado por testes empíricos.16
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 ■ AJUSTE QUIROPRÁXICO
O ajuste, a manipulação, o thrust ou, ainda, a high-velocity, low-amplitude (HVLA) consiste 
em aplicar força rápida e de curta duração, que percorre uma pequena distância dentro 
de uma faixa anatômica de movimento articular. Esse movimento é aplicado sobre uma 
barreira que restringe um ou mais planos de movimento, visando restaurar o movimento 
livre da articulação.27
Segundo Bialosky e colaboradores,28 o ajuste quiropráxico ativa proprioceptores articulares 
e musculares que enviam informações sensitivas para o sistema nervoso central (SNC), o 
qual, por sua vez, envia informações eferentes moduladoras para a periferia, diminuindo 
o espasmo muscular e a dor, além de gerar um aumento da amplitude de movimento pela 
ação do fuso muscular, que, juntamente ao órgão tendinoso de Golgi, compõem estruturas 
sensoriais que sofrem diretamente o estímulo da manipulação vertebral, atenuando, assim, 
os reflexos musculares gerados pela disfunção, como é o caso do espasmo muscular.
O thrust provoca o estiramento das cápsulas articulares, o que causa uma estimulação de receptores 
articulares musculares, liberando aderências e aumentando a amplitude de movimento (efeito 
mecânico). Esse processo se dá, pois o thrust envia reflexo aferente para a medula espinhal, que, 
como resposta, inibe os motoneurônios alfa e gama, responsáveis pela manutenção da tensão, 
relaxando, assim, a musculatura e inibindo a dor.29
O número e a frequência dos atendimentos de thrust são determinados após uma avaliação 
minuciosa, na qual se leva em conta a condição do paciente. Nessa avaliação, são coletados dados 
sociodemográficos, queixa, história da disfunção, assim como são realizados testes especiais 
(ortopédicos e testes quiropráxicos), aplicadas escalas e, depois, estabelecido o diagnóstico 
fisioterapêutico quiropráxico, o prognóstico, os objetivos e a conduta. Municiado desses dados, 
o fisioterapeuta poderá, então, estimar o tempo e a frequência do tratamento, lembrando sempre 
que não é um número exato e a experiência do profissional faz muita diferença nessa estimativa.
A Figura 3 demonstra um ajuste quiropráxico.
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Figura 3 — Ajuste articular quiropráxico.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
O ajuste quiropráxico, ou thrust, é uma técnica de alta velocidade e baixa amplitude 
que provoca um estiramento brusco da cápsula e dos receptores articulares, assim 
como gera uma resposta mecânica e neurofisiológica.
Na maioria dos pacientes, as técnicas de HVLA não apresentam eventos adversos após o seu uso; 
porém, quando comparadas às técnicas tipo mobilização articular, algumas técnicas de HVLA são 
comumente percebidas como sendo potencialmente mais perigosas, em função da aplicação de 
um impulso rápido.30
Os efeitos colaterais transitórios resultantes de manipulações no tratamento com HVLA podem 
permanecer não relatados, mas alguns feedbacks dos pacientes mostram efeitos colaterais comuns 
na manipulação vertebral, como dores de cabeça, formigamento, náuseas, entre outros, podendo 
chegar entre 30 a 61% dos casos.31,32 
Os efeitos colaterais transitórios, em geral, começam após 4 horas do recebimento do tratamento 
com HVLA e, normalmente, são resolvidos dentro das próximas 24 horas.31 No caso de não haver 
nenhuma mudança na condição clínica, cabe ao profissional reavaliar e repensar sua conduta.32 
Para que qualquer procedimento terapêutico seja utilizado de forma ética, o benefício do 
paciente deve superar qualquer risco potencial associado à intervenção, o que pode ser 
visto por boas técnicas avaliativas, além do fato de o paciente ser previamente informado 
pelo fisioterapeuta sobre os benefícios e os possíveis riscos. Essa troca de informações 
constitui a base dos termos de consentimentos livres e esclarecidos.32 
18
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O termo de consentimento livre e esclarecido é o acordo revogável de um indivíduo 
competente em participar de um procedimento terapêutico ou de uma pesquisa, com 
base em uma compreensão adequada de sua natureza e suas implicações.32
Como qualquer técnica, a quiropraxia têm seus cuidados (que são o terapeuta ter conhecimento 
adequado da técnica, possuir uma formação robusta, realizar uma avaliação minuciosa, etc.) e 
suas contraindicações (que podem ser relativas ou absolutas) determinados normalmente por 
bandeiras, chamadas de red flags, para contraindicações absolutas, ou seja, aquelas em que 
as técnicas manipulativas não devem ser utilizadas, como neoplasias, fraturas, osteomielites; e 
de yellow flags, para contraindicações relativas, como grandes osteófitos e espondilolistese.31
ATIVIDADES
1. Quem é considerado o “pai da quiropraxia”?
A) Dr. Palmer.
B) A.T. Still.
C) B. Mulligam.
D) G. Maitland.
Resposta no final do capítulo
2. Dr. Palmer definiu a quiropraxia como:
A) uma especialidade que se preocupa unicamente com o tratamento das desordens 
neuromusculoesqueléticas.
B) um sistema de ajustamento manual da coluna espinhal.
C) um deslocamento dos ossos do corpo humano.
D) um pinçamento dos ossos do corpo humano.
Resposta no final do capítulo
3. Quanto à quiropraxia no Brasil, marque V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) Há alguns relatos que evidenciam que as primeiras práticas de quiropraxia ocorreram 
a partir de 1895 no País.
( ) A quiropraxia possivelmente foi ensinada por alguns médicos que vieram ao País 
em 1895.
( ) A quiropraxia tem por base o uso do processo fisioterapêutico, que inclui avaliação, 
diagnóstico, promoção, prevenção e reabilitação, por meio da modulação da força 
e do ritmo dos movimentos manuais.
( ) A quiropraxia é uma atividade privativa do fisioterapeuta que tem como finalidade 
restaurar, desenvolver e conservar a capacidade física do cliente.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
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A) V — V — F — V
B) V — F — V — F
C) F — V — F — V
D) F — F — V — V
Resposta no final do capítulo
4. Sobre as definições dos componentes do complexo subluxação vertebral (CSV), 
correlacione a primeira e a segunda colunas.
(1) Cinesiopatológico
(2) Miopatológico
(3) Neuropatológico
(4) Histopatológico
(5) Biopatológico
( ) Perda de posicionamento vertebral 
normal e do movimento em relação 
às vértebras vizinhas, gerando 
compensações e perda do jogo articular.
( ) Mudanças bioquímicas que ocorrem na 
região da coluna vertebral, que incluem 
bioquímicos inflamatórios dos tecidos 
lesionados e resíduos de produtos 
bioquímicos.
( ) Alterações patológicas que ocorrem 
na musculatura espinhal, que incluem 
hipertonicidade, espasmos, fibrose, 
fraqueza e impróprio ou inadequado 
funcionamento.
( ) Alterações patológicas que ocorrem 
nos tecidos, como medula óssea, 
crescimentos anormais fora dos corpos 
vertebrais e das articulações, fibrose 
e aderências dos músculos da coluna 
vertebral e os ligamentos, assim como 
desidratação e degeneração dos discos 
intervertebrais.
( ) Irritação ou lesão de raízes nervosas 
espinhais por compressão, estiramento 
ou, mais comumente, irritação química 
perto das estruturas espinhais, gerando 
redução do fluxo axoplasmático.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) 1 — 5 — 2 — 4 — 3
B) 2 — 4 — 3 — 1 — 5
C) 3 — 1 — 5 — 2 — 4
D) 5 — 2 — 4 — 3 — 1
Resposta no final do capítulo
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5. A quiropraxia é fundamentada sobre o tripé arte–ciência–filosofia e, apesar de todos 
os avanços científicos, alguns conceitos filosóficos são fortemente enraizados entre 
os fisioterapeutas quiropráxicos. Esses conceitos filosóficos são considerados por 
praticantes da quiropraxia moderna como“dogmas” e acabam por impedir o avanço 
científico e o reconhecimento da especialidade por órgãos governamentais. Qual é 
o maior dogma da quiropraxia?
A) Os testes palpatórios sem confiabilidade.
B) O CSV.
C) As técnicas ajustivas específicas.
D) As técnicas de tecidos moles.
Resposta no final do capítulo
6. As manipulações vertebrais são amplamente utilizadas na quiropraxia com o objetivo de 
restabelecer a função do segmento. Segundo a pesquisa de Bialosky e colaboradores 
(2009), os efeitos dessas técnicas são por causa de uma série de fatores que podem 
ser explicados por qual dos mecanismos neurofisiológicos a seguir?
A) Ativação dos proprioceptores articulares e musculares.
B) Realinhamento articular. 
C) Liberação do meniscoide articular.
D) Desativação dos proprioceptores articulares.
Resposta no final do capítulo
7. As contraindicações absolutas para as técnicas ajustivas são conhecidas como:
A) yellow flags.
B) blue flags.
C) black flags.
D) red flags.
Resposta no final do capítulo
 ■ NEUROFISIOLOGIA QUIROPRÁXICA
Se o conceito do CSV não é amparado pela ciência, quais são os benefícios das técnicas manipulativas 
quiropráxicas?
Apesar de os resultados serem amplamente conhecidos, ainda se discute muito os mecanismos 
envolvidos por trás de um ajuste articular.
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As primeiras teorias explicavam que as manobras de ajuste articular “colocavam os ossos no 
lugar”, talvez uma herança dos bonesetters (ajustadores de ossos), práticos que eram conhecidos 
por “estalar” e “colocar os ossos no lugar”. Tais teorias justificavam, ainda, que os sons produzidos 
seriam das articulações retornando ao alinhamento. Hoje, sabe-se que isso não acontece, que os 
sons produzidos são decorrentes de gases presente no líquido sinovial e, quando submetido a 
alterações de pressão das técnicas manipulativas, cavitam, gerando os sons clássicos descritos 
ao longo dos anos.
As técnicas manipulativas são utilizadas há muitos anos com os seguintes objetivos:33,34
 ■ diminuir a dor;
 ■ restaurar a ADM;
 ■ induzir o relaxamento;
 ■ diminuir a rigidez;
 ■ reduzir a inflamação e o edema.
As primeiras teorias sobre os mecanismos da manipulação tratavam apenas dos efeitos mecânicos, 
que, a princípio, era o reposicionamento articular (que não é suportado pelas pesquisas) e, depois, 
por correção de possíveis pequenas falhas de posicionamento articular, alongamento dos tecidos, 
ruptura das ligações cruzadas de colágeno, alongamento da cápsula articular, liberação do meniscoide 
articular, e, mais recentemente, com o estudo da neurociência da dor, as teorias abrangem efeitos 
neurofisiológicos mais amplos. Essa teoria é reforçada por diversos estudos demonstrarem que as 
técnicas produzem efeitos distantes dos locais em que foram aplicadas.35–37 
Um modelo compreensivo dos efeitos das técnicas manuais no alívio da dor foi descrito por Biasloky 
e colaboradores,28 no qual são relatadas, entre outras:28,38–42
 ■ ativação de mecanoceptores; 
 ■ ativação da substância cinzenta periaquedutal (PAG, do inglês, periaqueductal gray); 
 ■ atuação no sistema de modulação descendente; 
 ■ atuação no corno posterior da medula (comportas); 
 ■ inibição do motoneurônio (redução do tônus eferente); 
 ■ alterações em mediadores inflamatórios; 
 ■ liberação de opioides endógenos.
 ■ QUIROPRAXIA BASEADA EM EVIDÊNCIA
David Sackett, médico canadense considerado o pai da medicina baseada em evidências, já dizia que 
bons clínicos usam tanto a expertise clínica individual quanto a melhor evidência externa disponível, 
pois nenhuma sozinha se mostra autossuficiente. Para ele, sem a expertise clínica, os riscos da 
prática se tornam “tiranizados” pela evidência, pois, mesmo diante de uma excelente evidência 
externa, ela pode ser inaplicável ou inapropriada para um paciente sob uma ótica individual. Por 
outro lado, sem a melhor evidência atual, os riscos da prática se tornam rapidamente desatualizados 
para o detrimento dos pacientes.43
Ao se falar de quiropraxia, não há evidências conclusivas, por exemplo, de que o princípio da 
subluxação em análises quiropráxicas esteja associado a um dos processos de doença ou às 
infecções de tecidos moles que requerem intervenção de fato.20 
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Independentemente da vulnerabilidade disfuncional, a subluxação deve ser considerada 
como uma aplicação clínica inválida.20 
LEMBRAR
O dogma da subluxação é, talvez, o maior obstáculo para o desenvolvimento profissional da 
quiropraxia. As construções hipotéticas envolvem afirmações, tentativas sobre a realidade física e 
servem como ferramentas essenciais no desenvolvimento da ciência, além de permitirem o teste 
empírico do então óbvio. No entanto, quando a natureza especulativa de uma hipótese ou uma 
construção hipotética não é tornada óbvia, uma proposição de outra forma aceitável se torna uma 
reivindicação dogmática.20
A tarefa de reorientar a profissão para uma ciência e uma arte credíveis pertence a todos os que 
compreendem o flagelo do dogma e que procuram um melhor desempenho para a quiropraxia e 
para seus pacientes.21
Como nas profissões em geral, a quiropraxia tem — e sempre teve — subdivisões profissionais, 
sendo algumas voltadas para o clássico ou o filosófico, enquanto outras são mais inclinadas à 
inovação científica. Vale ressaltar que, em países nos quais os quiropráticos adotaram princípios 
modernos baseados em evidências científicas, partes interessadas, sejam elas governamentais ou 
de nichos populacionais, determinaram, por reconhecimento e/ou credibilidade, que a prática de 
quiropraxia dessa forma estaria de acordo com princípios modernos de saúde, devendo, portanto, 
ser incluída entre elas, o que contribuiu e contribui para fortalecer a profissão, sem a menor sombra 
de dúvidas, nessas localidades.44
Uma busca rápida em bancos de dados pode fornecer uma infinidade de pesquisas testando e, 
principalmente, comprovando a eficácia da quiropraxia e das técnicas manipulativas nas queixas do 
aparelho locomotor, sobretudo da coluna vertebral. Apesar de as teorias do CSV não puderem ser 
comprovadas, as intervenções quiropráxicas surtem efeitos rápidos para alívio da dor e incapacidade. 
Aos clínicos que não estejam familiarizados às pesquisas, recomenda-se que, ao buscar 
estudos que testam a eficácia de determinado método ou determinada técnica, procurem 
por ensaios clínicos e por revisões sistemáticas com ou sem metanálise de ensaios 
clínicos, pois esses estudos testam e comparam se determinada intervenção é superior 
a outras intervenções ou mesmo ao placebo.
A árdua tarefa dos fisioterapeutas é de pautar a sua atuação amparada na ciência sem, 
contudo, esquecer-se da sua origem arte–ciência–filosofia. Esquecer o passado pode 
fazer com que falhas se repitam. A ciência sem arte e filosofia os faz sem identidade 
profissional, a arte e a filosofia sem amparo da ciência os coloca perigosamente 
próximo de charlatões.
LEMBRAR
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 ■ QUIROPRAXIA NA FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA
A quiropraxia contribui em várias especialidades da fisioterapia de crianças a idosos. O conceito de 
reestabelecer a função de um determinado segmento pelas diversas técnicas manipulativas oferece 
benefícios muito além do alívio da dor, principal fator que traz o paciente aos consultórios de saúde.
As técnicas manipulativas fazem parte do arsenal terapêutico de todo bom fisioterapeuta, 
independentemente de sua especialidade profissional, não sendo diferente na traumato-ortopédica, 
tanto que a Associação Brasileira de Fisioterapia Traumato-ortopédica (Abrafito) possui um Grupo 
Especial de Fisioterapia Manipulativa Ortopédica.45
As desordens musculoesqueléticas aumentaram significativamente do ano 2000 para o ano 2015, 
sendoa segunda causa de anos vividos com incapacidade,46 e grande parte dessas desordens 
é tratada com grande eficácia pela quiropraxia. Já a maior parte dessas desordens trata-se de 
problemas e disfunções da coluna vertebral, área na qual a quiropraxia se consagrou pelos bons 
resultados obtidos.
Uma pesquisa objetivou dar visão global, resumindo a literatura atual sobre utilização de serviços de 
quiropraxia, razões para procurar atendimento, perfis de pacientes, além da avaliação e de tratamento 
fornecido. As razões mais comuns relatadas para pessoas que frequentam a quiropraxia foram:47 
 ■ dor lombar; 
 ■ cervicalgia; 
 ■ problemas nas extremidades.
Os custos com os tratamentos das desordens da coluna vertebral no Brasil ultrapassam os 71 milhões 
de dólares, e mais da metade desse montante foi gasto com o cuidado hospitalar. Os exames de 
imagem e as cirurgias são procedimentos ainda muito realizados,48 contrariando a maioria dos 
guidelines mais atuais, que, dentre outros recursos, recomenda a utilização das técnicas manuais 
associadas, principalmente ao exercício físico e à educação em dor.49–52
Entre os estudos que corroboram com a escolha dos recursos manuais no tratamento dos problemas 
da coluna vertebral, com destaque à coluna lombar53–58 e coluna cervical,59,60 deve-se dar uma 
atenção especial aos ensaios clínicos e às revisões sistematizadas que demonstram benefícios em 
redução da dor e melhora da incapacidade, baixo custo do tratamento, baixo risco aos pacientes, 
etc. Há, ainda, pesquisas demonstrando que as técnicas manipulativas quiropráxicas apresentam 
benefícios para cefaleias e migrâneas61–63 e no tratamento de extremidades, como síndrome do 
túnel do carpo.64
 ■ ABORDAGEM BIOPSICOSSOCIAL
Nos últimos anos, tem-se acompanhado o crescimento dos profissionais que atuam seguindo o 
modelo biopsicossocial. Esse modelo, criado por Engel,65 propõe levar em consideração a influência 
dos fatores psicológicos e sociais nas variáveis biológicas no tratamento de um indivíduo. 
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Essa abordagem, mais ampla e multidimensional, tem como objetivo substituir o modelo reducionista 
biomédico, no qual atribuía como causas de dor apenas os aspectos físicos (causas patoanatômicas 
ou patomecânicas). Com essa visão ampliada, as dimensões da dor deixam de ser apenas 
discriminativo-espaciais e passam a integrar as dimensões afetivo-emocionais e cognitivo-avaliativas.66
A compreensão da dor antes dos exames de imagem (não invasivos) no cérebro era muito limitada. 
Os mais recentes estudos de neuroimagem trouxeram a compreensão do processamento da dor a 
outro patamar.67 Essa compreensão permitiu visualizar as diferentes áreas cerebrais ativas durante o 
processo doloroso. As áreas ligadas à emoção e à cognição são ativadas em processos dolorosos, 
e não apenas as áreas de localização.68 
As áreas ligadas à cognição e à emoção possuem um papel determinante no controle 
da modulação descendente, que, por sua vez, pode reduzir (inibição) ou aumentar 
(facilitação) a percepção de dor.68
Com o crescente interesse de muitos fisioterapeutas com a dor, alguns termos começaram a se 
popularizar, como cinesiofobia (aversão ao movimento), catastrofização (fato de acreditar que 
sua condição é pior do que realmente é), e a compreensão desse modelo de abordagem eleva a 
qualidade do atendimento, tornando-o mais humanizado, centrado no paciente, e não na doença/
disfunção.
ATIVIDADES
8. O som ouvido durante o ajuste articular se deve
A) ao atrito das superfícies articulares.
B) ao realinhamento articular.
C) à cavitação.
D) ao atrito dos tecidos moles periarticulares.
Resposta no final do capítulo
9. As pesquisas têm demonstrado que os problemas da coluna vertebral representam as 
maiores queixas de dores crônicas e ocupam o primeiro lugar no ranking das doenças 
responsáveis por faltas ao trabalho e anos vividos com incapacidade. Pesquisas 
que estudam as melhores intervenções e propõem as diretrizes (guidelines) para o 
tratamento dessas desordens recomendam:
I — Exercícios físicos.
II — Manipulação vertebral.
III — Cirurgia como padrão-ouro.
IV — Educação em dor.
Quais estão corretas?
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A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I, a II e a III.
C) Apenas a I, a II e a IV.
D) Apenas a II, a III e a IV.
Resposta no final do capítulo
 ■ CASO CLÍNICO
J.C.A., sexo masculino, 32 anos de idade, com queixa de dor lombar irradiando para 
membro inferior esquerdo até a altura do tornozelo, Escala Visual Analógica (EVA) igual a 
9, postura antálgica, inclinação lateral do tronco para o lado contralateral da dor. Relatou 
outros episódios anteriores de dor lombar, com eventual irradiação para o membro inferior; 
porém, em menores intensidades e que melhoravam sem nenhum tratamento após alguns 
dias. Sem nenhum histórico de outras doenças ou disfunções. 
O exame de imagem e a anamnese de J.C.A. não apresentaram nenhuma red flag. Os 
exames clínicos, além da postura antálgica, assim como os Testes de Lasègue, foram 
positivos (40º), com hipomobilidade lombar e Milgram positivo.
ATIVIDADES
10. Qual é o provável diagnóstico clínico para o paciente do caso clínico? 
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 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
Resposta no final do capítulo
11. Quais são os outros testes físicos que poderiam ser realizados no paciente do caso 
clínico? 
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Resposta no final do capítulo
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12. Levando em consideração o caso clínico, existem contraindicações para ajustes 
articulares (manipulações)? 
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Resposta no final do capítulo
 ■ CONCLUSÃO
A quiropraxia e suas técnicas manipulativas são ferramentas importantíssimas para os fisioterapeutas 
que atuam no tratamento das desordens do sistema neuromusculoesquelético, em função de sua 
resolutividade e de seus resultados rápidos no reestabelecimento das funções teciduais.
É importante lembrar que apenas o conhecimento aprofundado de anatomia e de biomecânica 
não é mais suficiente para os fisioterapeutas modernos e atualizados. O conhecimento sobre 
a neurociência da dor e da abordagem biopsicossocial é fundamental para se obter melhores 
resultados, principalmente no tratamento de pacientescom dores crônicas.
 ■ RESPOSTAS ÀS ATIVIDADES E COMENTÁRIOS
Atividade 1
Resposta: A
Comentário: Dr. Palmer foi o criador da quiropraxia no ano de 1895, nos EUA.
Atividade 2
Resposta: B
Comentário: A quiropraxia no Brasil é uma especialidade da fisioterapia que se preocupa com o 
diagnóstico, o tratamento e a prevenção das desordens neuromusculoesqueléticas e seus efeitos 
nas disfunções da saúde em geral. Dr. Palmer acreditava que o corpo humano tinha um fino feixe 
de nervos sensitivos que passavam pelos ossos, pelos músculos e pelos ligamentos, que, quando 
esticados, poderiam ser deslocados, e/ou pinçados por causa de desalinhamento ósseo, o que 
causaria a doença, e que a quiropraxia poderia reverter tal quadro. Dr. Palmer definiu a quiropraxia 
como a ciência, a arte e a filosofia dos seres naturais, como sendo um sistema de ajustamento 
manual da coluna espinhal, e que o objetivo das manipulações seria tratar a causa da doença.
Atividade 3
Resposta: D
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Comentário: Em 1895, Dr. Palmer apresentou seu próprio método, a quiropraxia, que mantinha 
o tratamento sem uso de medicamento, porém passava a creditar a causa das enfermidades ao 
desalinhamento vertebral, que pinçaria os nervos e interferiria no fluxo nervoso vital. O início da 
profissão é relatado no livro The Chiropractic Ajduster, compilação escrita por seu filho B.J. No 
Brasil, não existem referências organizadas sobre o início da quiropraxia. Alguns relatos evidenciam 
que as primeiras práticas se originaram a partir de 1922. Durante a primeira metade do século XX, 
vários quiropraxistas vieram ao País como missionários religiosos e é possível que tenham ensinado 
rudimentos da profissão para brasileiros.
Atividade 4
Resposta: A
Comentário: Segundo a filosofia quiropráxica, o CSV é caracterizado pelos componentes cinesio-
patológico — perda de posicionamento vertebral normal e do movimento em relação às vértebras 
vizinhas, gerando compensações e perda do jogo articular; miopatológico — alterações patológicas 
que ocorrem na musculatura espinhal, que incluem hipertonicidade, espasmos, fibrose, fraqueza e 
impróprio ou inadequado funcionamento; neuropatológico — irritação ou lesão de raízes nervosas 
espinhais por compressão, estiramento ou, mais comumente, irritação química perto das estruturas 
espinhais, gerando redução do fluxo axoplasmático; histopatológico — alterações patológicas que 
ocorrem nos tecidos como medula óssea, crescimentos anormais fora dos corpos vertebrais e das 
articulações, fibrose e aderências dos músculos da coluna vertebral e os ligamentos, assim como 
desidratação e degeneração dos discos intervertebrais; biopatológico — mudanças bioquímicas 
que ocorrem na região da coluna vertebral, que incluem bioquímicos inflamatórios dos tecidos 
lesionados e resíduos de produtos bioquímicos.
Atividade 5
Resposta: B
Comentário: Apesar de ainda ser defendido por muitos especialistas, o CSV não é amparado pela 
ciência, tão pouco é responsável pelo aparecimento de diversas doenças, mesmo que faça parte 
dos princípios filosóficos da quiropraxia.
Atividade 6
Resposta: A
Comentário: Apesar de historicamente e filosoficamente os resultados do ajuste articular serem 
atribuídos ao reposicionamento articular, as mais recentes pesquisas, dentre elas o estudo de 
Bialosky, afirmam que eles se devem à ativação dos receptores articulares e musculares.
Atividade 7
Resposta: D
Comentário: As bandeiras vermelhas, ou red flags, são contraindicações absolutas a técnicas 
ajustivas (manipulativas); assim, devem ser encaminhadas ao médico.
Atividade 8
Resposta: C
Comentário: O pop sound, ou estalido, escutado durante o ajuste articular se deve à cavitação, 
ou seja, à presença de gases dentro do líquido articular que cavitam com a mudança de pressão 
causada pela manobra.
Atividade 9
Resposta: C
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Comentário: As mais recentes pesquisas que tangem sobre os problemas de coluna desaconselham 
a cirurgia como opção de tratamento, exceto em pouquíssimos casos. A longo prazo, os estudos 
demonstram que a cirurgia não é superior ao tratamento conservador.
Atividade 10
Resposta: O provável diagnóstico clínico para o paciente do caso é hérnia de disco (lombociatalgia 
discogênica). Os testes citados e a postura antálgica com shift lateral são indicativos de uma condição 
de compressão de raiz nervosa por uma discopatia.
Atividade 11
Resposta: Os outros testes físicos que poderiam ser realizados no paciente do caso são Bragard, 
Straight Leg Raise (SLR), valsalva e Slump Test. Os testes irritativos da raiz nervosa e de aumento da 
pressão são amplamente utilizados para confirmação ou para diagnóstico diferencial dessa condição.
Atividade 12
Resposta: Não apresenta nenhuma contraindicação absoluta para o tratamento manipulativo. Na 
descrição do caso clínico, nenhuma red flag foi citada, assim como nenhuma outra contraindicação 
para a realização de técnicas ajustivas.
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Como citar este documento
Massahud Junior MR, Mendes B, Líbero GA, Silva SB. Quiropraxia na fisioterapia traumato-
ortopédica. In: Associação Brasileira de Fisioterapia Traumato-Ortopédica; Silva MF, Barbosa 
RI, organizadores. PROFISIO Programa de Atualização em Fisioterapia Traumato-Ortopédica: 
Ciclo 3. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2020. p. 10–68. (Sistema de Educação Continuada 
a Distância, v. 2).
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