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11 Umberto Mannarino | (*1 ) (*4 ) ( 5 ) ( 6 ) (*7 ) ( 8 ) (*9 ) ( 10 ) ( 11 ) ( 12 ) ( 2 ) ( 3 ) Conclusão Assim, medidas exequíveis são necessárias para conter o avanço da manipulação do com- portamento do usuário pelo controle de dados na internet brasileira ( 1 , 2 ). Primeiramente, cabe ao poder legislativo ( 3 ), por meio de debates entre congressistas e senadores, que é ( 4 ) a melhor maneira de garantir-se o bem estar ( 5 ) democrático do país ( 6 ), discutir modos de fiscalização e ampliação do Marco Civil da Internet, para que o uso de dados pessoais para a indução ao consumo por meio do marketing se mitigue ( 7 ). Além disso, cabe ao poder executivo ( 8 ), junto ao TSE, propor um projeto de emenda constitucional, que é ( 9 ) importantíssimo para avanços da legislação, que criminalize o uso de informa- ções individuais dos cidadãos para a propagação de notícias falsas na internet. Dessa for- ma, o Brasil tornar-se-á ( 10 ) mais justo e coeso, aproximando-se do bem estar social pro- posto por Rousseau ( 11 ) e de um legado que Brás Cubas se orgulharia em repassar ( 12 ). Para economizar espaço, poderia substituir toda a expressão “manipulação (...) na internet brasileira” por “problemática”. Interessantíssimo o uso do termo “brasileira”. Como no tema da redação de 2018 não ficou claro se a problemática era referente ao Brasil ou não, foi vital que na conclusão o estudante se referisse ao Brasil para orientar as propostas de intervenção. “Poder Legislativo”, com iniciais maiúsculas. Desnecessário o uso de “que é”. As pessoas usam muito “que” porque facilita a construção das frases, mas o uso excessivo de “que” empobrece o texto (alguns chamam isso de “queísmo”... procure na internet formas de superá-lo). Quanto mais você pratica, mais percebe que é pos- sível ir retirando os “que”s sem prejudicar a compreensão da frase. Leia de novo o parágrafo e repare que, sem os “que é”, as frases ficam mais fluidas. Hífen no “bem-estar”. Detalhamento da pergunta “como” da conclusão. Dizer que debates são a melhor maneira de garantir o bem-estar democrático é detalhar o “como” da proposta de intervenção, o que contribui para a competência 5. Evite a voz passiva. A voz ativa sempre será mais forte e impactante que a voz passiva. Ao invés de “para que o uso de dados pessoais se mitigue”, sugiro substituir por “para mitigar o uso de dados pessoais”. “Poder Executivo”, com iniciais maiúsculas. Mais uma vez o “que é”. Cortá-lo do texto mantém o sentido e torna a frase mais fluida. Evite o uso de mesóclise (“tornar-se-á”). Na minha redação do ENEM 2016, eu perdi ponto na competência 1 sem ter cometido nenhum erro de português. Uma das prováveis causas de terem tirado ponto foi o uso de mesóclise, considerada “formal demais” para uma redação. Retomando a ideia do bem-estar de Rousseau (que, repito, não foi devidamente explicado na introdução). Excelente forma de fechar a conclusão de maneira circular. Mencionou Brás Cubas na introdu- ção e o trouxe de volta no fim do texto para reforçar a ideia de que toda a dissertação seguiu um plano (um projeto de texto). Isso contribui para a competência 3. Existem diversas formas de escrever uma conclusão nota 200. A única coisa com que você precisa se preocupar é responder as 4 perguntas: “quem”, “o quê”, “como” e “para quê”, e detalhar alguma das 4. No caso, o estudante respondeu as 4 perguntas mais de uma vez: Comentário sobre a Conclusão 12 | Onde Já Se 1000 Comentários Gerais: na primeira, propôs que o Poder Legislativo (quem) discutisse modos de fiscalização e ampliação do Marco Civil (o quê), por meio de debates (como), a melhor maneira de ga- rantir o bem-estar democrático (detalhamento do “como”) para mitigar o uso de dados pessoais para a indução do consumo (para quê). Não satisfeito, ele ainda propôs que o Poder Executivo (quem) fizesse uma PEC (o quê), importantíssima para avanços na legis- lação (detalhamento do “o quê”), que criminalizasse o uso de informações individuais (...) (continuação do “o quê”). Não teve um “como” muito concreto na segunda proposta, mas não foi problema. Desde o ENEM 2018, já não são mais necessários dois agentes, então só a primeira proposta já teria sido suficiente para alcançar os 200 pontos. Excelente redação! Poucos erros de português, mas que infelizmente acabaram tirando 40 pontos na competência 1 na visão de um corretor (lembrando que são dois corretores por redação, e não existe a nota 180... logo, um deu 160 e o outro deu 200). O uso do repertório sociocultural foi suficiente para alcançar nota máxima na competência 2, apesar de eu ainda sugerir que você não se arrisque a colocar as referências no final do parágrafo. Quanto à competência 3, a boa organização dos argumentos, orientados por uma tese forte, contri- buiu para um projeto de texto impecável que garantiu mais 200 pontos (o uso de termos com posicionamento claro também foi importante para não deixar a redação apenas expo- sitiva). O uso correto de conectivos e elementos de retomada contribuiu para a coesão e fez a competência 4 atingir nota máxima. Responder todas as perguntas (“quem”, “o quê”, “como” e “para quê”), com um bom detalhamento, fez a nota da competência 5 ser máxima. Transaction: HP15615591375004 e-mail: victormiranda13v@gmail.com