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3 1 - Poder Executivo

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DIREITO 
CONSTITUCIONAL
Poder Executivo
Livro Eletrônico
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Luciano Dutra
Poder Executivo
DIREITO CONSTITUCIONAL
Poder Executivo .............................................................................................................3
1. Considerações Iniciais .................................................................................................3
2. Atribuições do Presidente da República ......................................................................9
3. Imunidades do Presidente da República .....................................................................17
4. Responsabilidades do Presidente da República ........................................................ 20
5. Ministros de Estado ..................................................................................................29
6. Conselho da República e Conselho de Defesa Nacional ............................................ 30
Súmulas e Jurisprudência Aplicáveis ............................................................................32
Resumo ........................................................................................................................42
Questões de Concurso ..................................................................................................46
Gabarito .......................................................................................................................73
Gabarito Comentado .....................................................................................................75
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Poder Executivo
DIREITO CONSTITUCIONAL
PODER EXECUTIVO
1. Considerações iniCiais
Olá, meu(minha) aluno(a), tudo bem? Espero que este texto o encontre feliz e saudável.
Vamos estudar agora um tema importantíssimo: o Poder Executivo.
Comecemos lembrando como se dá o exercício do Poder Executivo no âmbito da nossa 
federação brasileira. Na União, o Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, 
auxiliado por seu Vice-Presidente da República e seus Ministros de Estado (art. 76). Já nos Es-
tados-membros e no Distrito Federal, exercem o Poder Executivo os Governadores, auxiliados 
pelos Vice-Governadores e seus Secretários Estaduais. Nos Municípios, o exercício do Poder 
Executivo é realizado pelos Prefeitos, auxiliados pelos Vice-Prefeitos e seus Secretários Muni-
cipais.
EXERCÍCIO NO
ÂMBITO DA
FEDERAÇÃO
UNIÃO
ESTADOS/DF
MUNICÍPIOS
Presidente da República, 
Vice-Presidente da República 
e Ministros de Estado (art. 76)
Governadores,
Vice-Governadores
e Secretários Estaduais
Prefeitos, 
Vice-Prefeitos
e Secretários Municipais
Agora vamos rememorar as funções típicas e atípicas do Poder Executivo. Como função 
típica, compete ao Poder Executivo administrar a coisa pública, realizando políticas públicas. 
Atipicamente, legisla, editando medidas provisórias, leis delegadas e decretos autônomos e 
julga processos administrativos, como os processos administrativos disciplinares, em que a 
autoridade competente decidirá qual pena administrativa será aplicada.
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Poder Executivo
DIREITO CONSTITUCIONAL
FUNÇÕES
TÍPICA
ATÍPICAS
 
administrar
legislar e julgar
DE OLHO NA DIVERGÊNCIA
Quando tratamos dos Princípios Fundamentais, já falei dessa divergência, mas não nos custa 
relembrar. Tem uma corrente minoritária que defende a impossibilidade de o Poder Executivo 
julgar, amparada na falta de definitividade do julgamento administrativo. Entretanto, a corrente 
majoritária afirma que o Poder Executivo exerce, sim, a função atípica de julgar. OK?
Dito isso, vamos tratar das eleições para Presidente e Vice-Presidente da República.
De acordo com o art. 77, a eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República rea-
lizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último 
domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato 
presidencial vigente.
A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado, 
porque adotamos a sistemática de chapa única.
Será considerado eleito Presidente da República o candidato que, registrado por partido 
político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos, ou seja, 
maioria absoluta dos votos válidos.
Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição 
em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais vo-
tados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.
Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de 
candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
E se remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qua-
lificar-se-á o mais idoso. Em verdade, a Constituição Federal está adotando para critérios de 
desempate o caráter etário, isto é, em qualquer caso de empate terá preferência o mais idoso.
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Poder Executivo
DIREITO CONSTITUCIONAL
Estas regras acima aplicam-se também aos Governadores e Vice-Governadores (arts. 28 e 
32, § 2º) e, ainda, aos Prefeitos e Vice-Prefeitos de Municípios com mais de 200 mil eleitores 
(art. 29, II). Agora, se o Município possui menos de 200 mil eleitores, a eleição para Prefeito e 
Vice-Prefeito será em turno único.
ELEIÇÕES DO
PRESIDENTE E DO
VICE-PRESIDENTE
(ART. 77)
simultaneamente, no 1° domingo de outubro (1º turno) e 
no último domingo de outubro (2º turno, se houver), do 
ano anterior ao do término do mandato
eleito Presidente o candidato que obtiver maioria absoluta 
dos votos válidos (não computados os em branco e os nulos)
caso nenhum candidato alcance a maioria absoluta em 1° 
turno, haverá 2° turno, concorrendo os dois mais votados
em 2° turno, será eleito aquele que obtiver a 
maioria dos votos válidos
se antes do 2° turno algum candidato não puder 
participar, convoca-se o próximo mais votado
em caso de empate, qualificar-se-á o mais idoso
Aplica-se para Governadores (arts. 28 e 32, § 2°) e 
Prefeitos de Municípios com mais de 200 mil eleitores 
(art. 29, II)
Após as eleições, teremos a posse. O Presidente da República e o seu Vice-Presidente to-
mam posse em sessão conjunta do Congresso Nacional (art. 57, § 3°, III), comprometendo-se 
a manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo 
brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil (art. 78). Essa posse 
ocorrerá no dia 5 de janeiro do ano seguinte ao das eleições para um mandato de 4 anos (art. 
82, com redação dada pela EC n. 111, de 2021). No dia 6 de janeiro tomam posse os Governa-
dores e Vice-Governadores (art. 28) e no dia 1º de janeiro os Prefeitos e Vice-Prefeitos (art. 29, 
III).
Se, decorridos 10 dias da data fixada para a posse (5 de janeirodo ano seguinte ao da 
eleição), o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o 
cargo, este será declarado vago (art. 78, parágrafo único).
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Poder Executivo
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POSSE (ART. 78)
sessão conjunta (art. 57, § 3°, III) do Congresso Nacional, 
prestando o compromisso
se decorridos 10 dias da data da posse o Presidente ou o 
Vice-Presidente não assumir o cargo este será declarado vago 
(salvo motivo de força maior)
DATA DA POSSE
MANDATO
5 de janeiro (art. 82)
4 anos (art. 82)
Cuidado com o que eu vou dizer agora! Quem substitui e sucede o Presidente da República 
em caso de afastamento temporário (impedimento) e afastamento definitivo (vacância)? O Vi-
ce-Presidente da República. Segundo a Constituição Federal, poderá o Vice-Presidente subs-
tituir (no caso de impedimento) ou suceder (no caso de vacância) o Presidente da República 
(art. 79). Importante dizer que, no caso de afastamento definitivo (vacância) do Presidente da 
República, o Vice-Presidente sucede e cumpre o remanescente do mandato.
O impedimento é o afastamento temporário do Presidente da República (exemplo: licença 
para tratamento de saúde). Já a vacância é o afastamento definitivo do exercício do cargo 
(exemplo: condenação por crime de responsabilidade).
Substituição Sucessão
Afastamento temporário Afastamento definitivo
Impedimento Vacância
Ex.: tratamento de saúde Ex.: condenação por crime de responsabilidade
É importante lembrar que o Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que 
lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convoca-
do para missões especiais (art. 79, parágrafo único).
Já em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respec-
tivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da 
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Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal (art. 80). Deve-
-se respeitar a exata ordem sucessória apresentada. Se houver a dupla vacância do Presidente 
da República e do Vice-Presidente, o próximo na linha sucessória assume e convoca eleição. 
Falaremos desta eleição com mais profundidade um pouco a frente.
Questão 1 (ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-MT/2010) O substituto e sucessor natural do Pre-
sidente da República é o vice-presidente, e, na falta desse, serão sucessivamente chamados 
para ocupar, temporariamente, a Presidência da República, os presidentes da Câmara dos De-
putados, do Senado Federal e do STF.
Certo. 
Exatamente!
SUBSTITUIÇÃO E 
SUCESSÃO (ARTS. 79 E 80)
afastamento temporário
exemplo: tratamento de saúde
afastamento definitivo
vacância
exemplo: condenação por crime
de responsabilidade
substitui e sucede o Presidente
NO CASO DE SUCESSÃO:
assume e convoca eleição
NO CASO DE SUCESSÃO: cumpre o 
restante do mandato
SUCESSIVAMENTE: Presidente
da Câmara, Presidente do Senado
e Presidente do STF
impedimento
SUBSTITUIÇÃO
SUCESSÃO
VICE-PRESIDENTE
DUPLO AFASTAMENTO
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No caso de dupla vacância, estabelece o art. 81 que, se os cargos de Presidente e Vice-
-Presidente forem declarados vagos nos 2 primeiros anos de governo, assume o Presidente da 
Câmara dos Deputados (ou o próximo na linha sucessória), que convocará eleições DIRETAS 
em 90 dias.
Entretanto, se os cargos forem declarados vagos nos 2 últimos anos do mandato presi-
dencial, assume o Presidente da Câmara dos Deputados (ou o próximo na linha sucessória), 
que convoca eleições INDIRETAS em 30 dias (única hipótese de eleição indireta no Brasil). 
Os sucessores do Presidente e do Vice-Presidente apenas completam o mandato dos an-
tecessores, aquilo que a doutrina denomina de “mandato tampão” (art. 81, § 2º). Lembrando 
que o mandato é de quatro anos (art. 82).
DUPLA VACÂNCIA
(ART. 81)
2 PRIMEIROS ANOS
2 ÚLTIMOS ANOS
os eleitos completam o mandato
assume o próximo
na linha sucessória
assume o próximo
na linha sucessória
convoca eleições 
DIRETAS em 90 dias
convoca eleições 
INDIRETAS em 30 dias
O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso 
Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo 
(art. 83).
AUSÊNCIA DO PAÍS 
(ART . 83)
PRESIDENTE E 
VICE-PRESIDENTE
não podem se ausentar do País sem li-
cença do Congresso Nacional por perí-
odo superior a 15 dias
sob pena de perda do cargo
Dito isso, vejamos as atribuições do Presidente da República. 
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2. atribuições do Presidente da rePúbliCa
Com relação ao art. 84, que trata das competências privativas do Presidente da República, 
o nosso papel é memorizar esse rol exemplificativo. Para facilitar nossa vida, vou transcrever a 
Constituição Federal, intercalando questões para a leitura não ficar tão entendiante. Vamos lá!
Segundo o art. 84, compete privativamente ao Presidente da República:
I – nomear e exonerar os Ministros de Estado;
II – exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração 
federal;
III – iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regula-
mentos para sua fiel execução;
Esse inciso IV trata do chamado decreto regulamentar, que possui natureza de ato norma-
tivo secundário, pois se fundamenta diretamente na lei regulamentada e apenas de maneira 
indireta na Constituição Federal.
V – vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
VI – dispor, mediante decreto sobre;
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento 
de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
Esse decreto citado no inciso VI é chamado de decreto autônomo, uma vez que busca seu 
fundamento de validade direto da Constituição Federal.
Questão 2 (ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCU/2004) Segundo a Constituição Fe-
deral, o Presidente da República pode, por meio de decreto, promover todos os atos necessá-
rios à organização e ao funcionamento da administração federal, salvo quando o ato implicar 
aumento de despesa ou criação ou extinção de órgãos públicos.
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Certo. 
De acordo com o art. 84, VI, a, compete privativamente ao Presidente da República dispor, 
mediante decreto, sobre organização e funcionamento da Administração federal, quando não 
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos.
Questão 3 (TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 9/2007) O Presidente da República tem compe-
tência para, por meio de decreto, extinguir cargos públicos que eventualmente estejam sendo 
ocupados por servidores não estáveis.
Errado. 
De acordo com o art. 84, VI, a, compete privativamente ao Presidente da República dispor, me-
diante decreto, sobre extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
Questão 4 (NÍVEL SUPERIOR/TRT 17/2013) O Presidente da República pode dispor sobre 
a organização da administração pública por decreto autônomo, dispensado o exame pelo Con-
gresso Nacional, quando não ocorrer aumento de despesa ou criação ou extinção de órgão 
público.
Certo. 
De acordo com o art. 84, VI, compete privativamente ao Presidente da República dispor, me-
diante decreto, sobre a organização e funcionamento da Administração federal, quando não 
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos e, também, sobre a 
extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
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Questão 5 (MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL/2018) Mediante medida provisória, o presi-
dente da República poderá dispor sobre a organização e o funcionamento da administração 
pública federal, desde que a proposta não implique aumento de despesa nem a criação ou 
extinção de órgãos públicos.
Errado.
Na verdade, é mediante decreto autônomo e não medida provisória.
Questão 6 (EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO I/2018) Quando um cargo público federal esti-
ver vago, o presidente da República poderá extingui-lo por decreto, sem a necessidade de lei.
Certo.
Art. 84, VI.
VII – manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomá-
ticos;
VIII – celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congres-
so Nacional;
IX – decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
X – decretar e executar a intervenção federal;
XI – remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da aber-
tura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar 
necessárias;
XII – conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituí-
dos em lei;
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Questão 7 (POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/DPRF/2013) Compete privativamente ao 
Presidente da República conceder indulto e comutar penas, ouvidos, se necessário, os órgãos 
instituídos em lei.
Certo.
Art. 84, XII.
XIII – exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Mari-
nha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos 
que lhes são privativos; 
XIV  – nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal 
Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da Re-
pública, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado 
em lei;
XV – nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União;
XVI – nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral 
da União;
XVII – nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;
XVIII – convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; 
XIX – declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacio-
nal ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mes-
mas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;
XX – celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
XXI – conferir condecorações e distinções honoríficas;
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XXII – permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transi-
tem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
XXIII – enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orça-
mentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;
XXIV – prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a aber-
tura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; 
XXV – prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; 
XXVI – editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62; 
XXVII – exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas 
nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da Re-
pública ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas 
delegações.
Ler com atenção todos os incisos do art. 84 é muito importante para a prova. 
Tenha especial cuidado com relação aos incisos delegáveis citados no parágrafo único 
deste art. 84. Estes incisos VI, XII e XXV, primeira parte, podem ser delegados para os Ministros 
de Estado, para o Procurador-Geral da República e para o Advogado-Geral da União.
DICAS DO LD
1) quando o parágrafo único do art. 84 menciona o inciso XXV, 
primeira parte, entende-se que é delegável a competência para 
prover os cargos públicos federais. 
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2) o Brasil adota o sistema presidencialista de governo. Assim, 
o Presidente da República exerce, a um só tempo, a função de 
chefe de governo (como se percebe dos incisos I, III, IV, V, IX, 
X, XI e XIII, do art. 84) e de chefe de Estado (à luz dos incisos 
VII, VIII, XIX, XX e XXII, do mesmo art. 84).
Questão 8 (AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – AUDITORIA GOVERNAMEN-
TAL/TCU/2011) A competência do Presidente da República para conceder indulto pode ser 
delegada a alguns ministros de Estado.
Certo. 
Art. 84, XII, c/c art. 84, parágrafo único.
Questão 9 (ADVOGADO/ECT/2011) De acordo com a CF, o Presidente da República pode, 
em caráter excepcional, delegar aos ministros de Estado sua competênciapara editar medidas 
provisórias.
Errado. 
Somente são delegáveis os incisos VI, XII e XXV, primeira parte.
Questão 10 (PROCURADOR/TCE-AP/2010) A Constituição admite a delegação de compe-
tência do Presidente da República para conceder indulto e comutar penas.
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Certo. 
Art. 84, XII, c/c art. 84, parágrafo único.
Questão 11 (JUIZ/TRT 1/2010) A CF admite a possibilidade de o advogado-geral da União 
conceder indulto e comutar penas, com audiência dos órgãos instituídos em lei, se necessário.
Certo. 
Art. 84, XII, c/c art. 84, parágrafo único.
Questão 12 (AGENTE/PC-DF/2013) Compete ao Presidente da República, em caráter priva-
tivo, prover os cargos públicos federais, na forma da lei, podendo essa atribuição ser delegada 
aos ministros de Estado, ao procurador-geral da República ou ao advogado-geral da União, os 
quais deverão observar os limites traçados nas respectivas delegações.
Certo. 
Art. 84, XXV, primeira parte, c/c art. 84, parágrafo único.
Questão 13 (NÍVEL SUPERIOR/FUNASA/2013) A Constituição Federal atribui amplo rol de 
competências privativas ao Presidente da República, podendo algumas delas ser delegadas 
aos ministros de Estado.
Certo. 
Art. 84 e seu parágrafo único.
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Questão 14 (ANALISTA DE ORÇAMENTO/MPU/2010) A CF autoriza o Presidente da Repú-
blica a delegar ao Advogado-Geral da União o envio de mensagem e de plano de governo ao 
Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa.
Errado. 
Somente são delegáveis os incisos VI, XII e XXV, primeira parte.
Questão 15 (ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-AL/2012) A concessão de indulto e a comutação 
de penas competem privativamente ao Presidente da República, não podendo ser delegadas.
Errado. 
Art. 84, XII, c/c art. 84, parágrafo único.
Questão 16 (ANALISTA ADMINISTRATIVO/IBAMA/2013) O Presidente da República pode-
rá delegar ao Vice-Presidente a atribuição de vetar projetos de lei.
Errado. 
Somente são delegáveis os incisos VI, XII e XXV, primeira parte, e, mesmo assim, para os Minis-
tros de Estado, para o Procurador-Geral da República e para o Advogado-Geral da União.
Questão 17 (NÍVEL SUPERIOR/MPOG/2013) Os ministros de Estado poderão prover os car-
gos públicos de sua pasta, desde que o Presidente da República delegue a competência para 
tanto.
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Certo. 
Art. 84, XXV, primeira parte, c/c art. 84, parágrafo único.
Questão 18 (EMAP/ASSISTENTE PORTUÁRIO/2018) A concessão de indulto é competên-
cia indelegável do presidente da República.
Errado.
É uma competência delegável.
ATRIBUIÇÕES 
DO PRESIDENTE 
(ART. 84)
PRIVATIVAS
PRESIDENCIALISMO
admite delegação 
(parágrafo único)
incs. VI. XII e XXV,
primeira parte
para Ministros,
PGR e AGU
Chefe de Governo
Chefe de Estado
Dito isso, vamos para outro tema de suma importância no estudo do Poder Executivo: as 
imunidades do Presidente da República.
3. imunidades do Presidente da rePúbliCa
De início, importante fixar que o Presidente da República não possui imunidade material, 
apenas imunidades formais. 
De acordo com o art. 86, § 3º, o Presidente não poderá ser preso durante o mandato, sal-
vo em razão de uma sentença penal condenatória com trânsito em julgado, isto é, nenhum 
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tipo de prisão cautelar é aplicável ao Presidente da República. Mesmo que o Presidente seja 
flagrado cometendo um crime ligado às funções presidenciais, não poderá receber ordem de 
prisão em flagrante delito.
Questão 19 (ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 24/2011) Enquanto não sobrevier sentença con-
denatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito à prisão.
Certo. 
Art. 86, § 3º.
Questão 20 (ESCRIVÃO/PC-DF/2013) Caso cometa infrações comuns, o Presidente da Re-
pública não estará sujeito a prisão enquanto não sobrevier sentença condenatória.
Certo. 
Art. 86, § 3º.
Além disso, o Presidente, durante o mandato, não poderá ser processado criminalmente 
por atos estranhos ao exercício da função, vale dizer, só poderá ser processado pela prática 
de crimes cometidos em razão do exercício da função presidencial (art. 86, § 4º). Caso cometa 
um crime que não tenha relação com a atividade presidencial, não poderá ser responsabilizado 
na vigência do seu mandato, ocasião em que haverá a suspensão do prazo prescricional do 
crime cometido.
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Questão 21 (JUIZ/TRF-5/2006) O fato de que o Presidente da República, na vigência de seu 
mandato, não possa ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções 
revela hipótese de imunidade material.
Errado. 
Imunidade formal.
Questão 22 (BACEN/PROCURADOR/2009/ADAPTADA) As infrações penais praticadas 
pelo Presidente da República durante a vigência do mandato, sem qualquer relação com a fun-
ção presidencial, serão objeto de imediato processo penal.
Errado. 
As infrações penais praticadas pelo Presidente da República durante a vigência do mandato 
sem relação alguma com a função presidencial não serão objeto de imediato processo penal, 
somente após o término do mandato.
Questão 23 (TÉCNICO/TRE-ES/2011) O Poder Executivo, além de administrar a coisa públi-
ca, também legisla e julga, e o seu chefe, eleito pelo povo, possui várias prerrogativas e garan-
tias que lhe são outorgadas para o exercício, de forma independente e imparcial, da chefia da 
nação.
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Certo.
Como vimos, o Presidente da República possui algumas imunidades processuais (ou formais).
É importante salientar que, segundo entendimento do STF, essas imunidades formais não 
são extensíveis aos Governadores e Prefeitos, uma vez que são exclusivas do Presidenteda 
República, por se ligarem à condição de Chefe de Estado. 
IMUNIDADES DO 
PRESIDENTE (ART. 86)
SÓ FORMAL
só é preso por sentença judicial 
transitada em julgado (art. 86, § 30)
na vigência do mandato, não pode ser res-
ponsabilizado por atos estranhos ao exercí-
cios de suas funções (art. 86, § 40)
STF: não são extensíveis aos Governadores e 
Prefeitos (só do Presidente na qualidade de 
Chefe de Estado)
Vamos tratar agora das responsabilidades do Presidente da República. Venha comigo!
4. resPonsabilidades do Presidente da rePúbliCa
O Presidente da República poderá ser responsabilizado pela prática de crime de responsa-
bilidade ou pelo cometimento de uma infração penal comum. Mas o que é crime de responsa-
bilidade? O que é crime comum? Vamos às respostas.
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Os crimes de responsabilidade são infrações político-administrativas previstas no art. 85 
e na Lei n. 1.079, de 1950. Segundo o mencionado art. 85, são crimes de responsabilidade os 
atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, 
contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos 
Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. 
Esse rol é meramente exemplificativo, uma vez que o parágrafo único deste art. 85 dispõe 
que “esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e 
julgamento”. A lei especial citada é a Lei n. 1.079, de 1950, que, apesar de antiga, foi recepcio-
nada e continua válida, de acordo com o entendimento do STF. 
Já as infrações penais comuns são os crimes tipificados no Código Penal ou nas leis pe-
nais extravagantes.
De acordo com o art. 86, caput, o Presidente da República será processado e julgado por 
crimes de responsabilidade perante o Senado Federal e, nas infrações penais comuns, peran-
te o STF, após admitida a acusação por dois terços da Câmara dos Deputados. 
Essa autorização prévia realizada pela Câmara dos Deputados é chamada de juízo de ad-
missibilidade. 
Questão 24 (IPHAN/AUXILIAR INSTITUCIONAL/2018) Compete à Câmara dos Deputados 
autorizar a instauração de processo contra o presidente da República, e ao Senado Federal 
compete o seu processamento e julgamento, nos casos de crimes de responsabilidade.
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Certo.
Art. 86, caput.
É importante dizer que o art. 52, parágrafo único, determina que, nos casos de julgamento 
do Presidente da República pelo Senado Federal por crime de responsabilidade, funcionará 
como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se à condenação, que somente 
será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabili-
tação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções 
judiciais cabíveis.
DE OLHO NA DOUTRINA
Conforme leciona Alexandre de Moraes, “a inabilitação, por oito anos, para o exercício de função 
pública, compreende todas as funções públicas, sejam derivadas de concursos públicos, sejam 
as de confiança, ou mesmo os mandatos eletivos. Desta forma, o Presidente da República con-
denado por crime de responsabilidade, além de perder o mandato, não poderá candidatar-se ou 
exercer nenhum outro cargo político eletivo nos oito anos seguintes”. (MORAES, Alexandre de. 
Direito Constitucional. 33. ed. rev. e atual. – São Paulo: Atlas, 2017. Página 513)
Questão 25 (ANALISTA/TRT 14/2011) Admitida a acusação, por dois quintos da Câmara 
dos Deputados, o Presidente da República será submetido a julgamento perante o Supremo 
Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de 
responsabilidade.
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Errado. 
Admitida a acusação, por 2/3 da Câmara dos Deputados, o Presidente da República será sub-
metido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou 
perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
Questão 26 (TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/MC/2013) Os atos do Presidente da República 
que atentem contra a probidade da administração serão considerados crimes de responsabili-
dade, definidos em lei especial, e serão julgados pelo Senado Federal, após admitida a acusa-
ção por dois terços da Câmara dos Deputados.
Certo.
Exatamente isso!!!
Questão 27 (ESCRIVÃO/PC-DF/2013) Compete privativamente ao Senado Federal autorizar, 
por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Pre-
sidente da República.
Errado. 
Compete privativamente à Câmara dos Deputados autorizar, por dois terços de seus membros, 
a instauração de processo contra o Presidente da República.
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Questão 28 (AGENTE/PC-DF/2013) O Presidente da República só pode ser submetido a jul-
gamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nas infrações penais comuns, ou pelo Senado 
Federal, nos crimes de responsabilidade, depois de admitida a acusação por dois terços dos 
membros da Câmara dos Deputados.
Certo.
De acordo com o art. 86, caput.
Questão 29 (ANALISTA ADMINISTRATIVO/STM/2011) Os crimes de responsabilidade rela-
tivos ao Presidente da República devem ser processados e julgados no Senado Federal, após 
autorização de pelo menos 2/3 da Câmara dos Deputados.
Certo.
À luz do art. 86, caput.
Questão 30 (ANALISTA ADMINISTRATIVO/CNJ/2013) As infrações penais comuns prati-
cadas pelo Presidente da República deverão ser julgadas pelo STF, depois de a acusação ser 
admitida por dois terços da Câmara dos Deputados.
Certo.
Art. 86, caput.
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Questão 31 (OFICIAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-RS/2013) Se o Presidente da Repúbli-
ca atentar contra decisões judiciais poderá ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal, exigida 
a prévia autorização de dois terços dos membrosda Câmara dos Deputados.
Errado. 
Se o Presidente da República atentar contra decisões judiciais (crime de responsabilidade), po-
derá ser julgado pelo Senado Federal, exigida a prévia autorização de dois terços dos membros 
da Câmara dos Deputados.
Segundo o art. 86, § 1º, I e II, o Presidente ficará suspenso por 180 dias de suas funções:
a) nos crimes de responsabilidade: após a instauração do processo pelo Senado Federal; 
b) nas infrações penais comuns: após o recebimento da denúncia ou da queixa-crime pelo 
STF.
Destaque-se que o STF entende que a autorização dada pela Câmara dos Deputados por 
2/3 dos seus membros não vincula o Senado Federal, que terá a liberdade para decidir se ins-
taura ou não o processo por crime de responsabilidade.
Questão 32 (MPE-PI/TÉCNICO MINISTERIAL/2018) O presidente da República ficará sus-
penso de suas funções nos crimes de responsabilidade, após instauração do processo pelo 
Senado Federal.
Certo.
Art. 86, § 1º, II.
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Questão 33 (ANALISTA/TRT 14/2011) O Presidente da República ficará suspenso de suas 
funções, nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Superior 
Tribunal de Justiça.
Errado. 
O Presidente da República ficará suspenso de suas funções, nas infrações penais comuns, se 
recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal.
Questão 34 (ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 24/2011) Nos casos de infrações penais comuns, 
se, decorrido o prazo de cento e vinte dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afas-
tamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
Errado. 
Nos casos de infrações penais comuns, se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julga-
mento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular 
prosseguimento do processo.
Questão 35 (PERITO/DPF/2013) Nos crimes de responsabilidade, o Presidente da República 
ficará suspenso de suas funções após a instauração do processo pelo Senado Federal.
Certo.
De acordo com o art. 86, § 1º, II.
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Questão 36 (MPE-PI/TÉCNICO MINISTERIAL/2018) O presidente da República ficará sus-
penso de suas funções nos crimes de responsabilidade, após instauração do processo pelo 
Senado Federal.
Certo.
Art. 86, § 1º, II.
Se, decorrido o prazo de 180 dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afasta-
mento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo (art. 86, § 2º).
Importante dizer que o Governador de Estado e do Distrito Federal submete-se à chamada 
tripla imputação. Responderá criminalmente perante o STJ, à luz do art. 105, I, a. Ademais, po-
derá ser responsabilizado politicamente por crime de responsabilidade (impeachment), desde 
que ainda titular do mandato, conforme o art. 78, § 3º, da Lei n. 1.079, de 1950. Nesse caso, 
o julgamento será proferido por um tribunal especial composto de cinco membros do Poder 
Legislativo local e de cinco Desembargadores, sob a presidência do Presidente do Tribunal de 
Justiça local, que terá direito de voto no caso de empate. Os Deputados serão escolhidos me-
diante eleição pela respectiva Casa Legislativa (Assembleia Legislativa do Estado ou Câmara 
Legislativa do Distrito Federal), e os Desembargadores serão definidos mediante sorteio. Por 
fim, poderá responder civilmente por improbidade administrativa (Lei n. 8.429, de 1992), cuja 
competência recairá no juízo de primeiro grau.
DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
O STF fixou que a licença prévia a ser dada pela Câmara dos Deputados para proces-
sar e julgar o Presidente da República não se aplica no âmbito dos Estados-membros e 
no Distrito Federal. Vale dizer, não há necessidade de prévia autorização da Assembleia 
Legislativa estadual (ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal) para o recebimento de 
denúncia ou queixa e instauração de ação penal contra o Governador perante o Superior 
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Tribunal de Justiça (STJ), por crime comum, cabendo, ademais, ao STJ, no ato de recebimento 
ou no curso do processo, dispor, fundamentadamente, sobre a aplicação de medidas cau-
telares penais, inclusive o afastamento do cargo do Governador.
RESPONSABILIDADES 
DO PRESIDENTE
 (ART. 85)
CRIME DE 
RESPONSABILIDADE
INFRAÇÃO PENAL 
COMUM
STF
crimes previstos no Código Penal e 
nas leis penais extravagantes
art. 85 e Lei nº 1.079, de 1950 
(STF: recepcionada) 
autorização da Câmara dos De-
putados por 2/3
presidido pelo Presidente 
do STF
Condenação por 2/3
Pena: perda do cargo com
inabilitação por 8 para o
exercícios de função pública
julgamento pelo Senado Federal 
(art. 52, parágrafo único)
suspenso das atribuições após a instauração do proces-
so no Senado Federal (decisão discricionária)
cessa a suspensão após 180 dias, sem pre-
juízo do andamento do processo
autorização da Câmara 
dos Deputados por 2/3
julgamento pelo STF
suspenso das atribuições após o recebimento da 
denúncia ou queixa-crime pelo STF
cessa a suspensão após 180 dias, sem prejuí-
zo do andamento do processo
a licença prévia do parlamento 
NÃO se aplica aos Governadores
durante julgamento perante o STJ
o afastamento do cargo não é automá-
tico – será decidido pelo STJ a aplicação 
desta medida cautelar
OK? Compreendeu? Vejamos, então, o que a Constituição Federal trata acerca dos Minis-
tros de Estado.
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5. ministros de estado
Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros (natos ou naturalizados, com 
exceção do Ministro de Estado da Defesa que obrigatoriamente será brasileiro nato) maiores 
de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos (art. 87, caput).
Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas na Constituição 
e na lei (art. 87, parágrafo único):
I – exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administra-
ção federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presi-
dente da República;
II – expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;
III – apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério;
IV – praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas 
pelo Presidente da República .
Por derradeiro, o art. 88 diz que a lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e 
órgãos da administração pública. Ou seja, trata-sede reserva legal.
MINISTROS DE 
ESTADOS (ART. 87)
brasileiros
maiores de 21 anos
no exercício dos 
direitos políticos
COMPETÊNCIAS (art. 87, 
parágrafo único)
CRIAÇÃO E EXTINÇÃO DE 
MINISTÉRIOS
natos ou naturalizados
exceto: Ministro de Estado da 
Defesa (nato)
art. 88
por lei (reserva legal)
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6. Conselho da rePúbliCa e Conselho de defesa naCional
Querido(a) aluno(a), aqui, mais do que nunca, o examinador quer de você o pleno conhe-
cimento da Constituição Federal e apenas isso. Não há aspectos doutrinários ou jurisprudenciais 
relevantes, basta ler com atenção a Constituição Federal. Para tanto, vou transcrever os artigos 
pertinentes, coroando com mapas mentais para facilitar a assimilação. Vamos lá!
Segundo o art. 89, o Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da 
República, e dele participam:
I - o Vice-Presidente da República;
II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
III - o Presidente do Senado Federal;
IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;
V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI - o Ministro da Justiça;
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois 
nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela 
Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.
A competência do Conselho da República nos é dada pelo art. 90, segundo o qual compete 
ao Conselho da República pronunciar-se sobre:
I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;
II - as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
Ademais, o Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado para participar da 
reunião do Conselho, quando constar da pauta questão relacionada com o respectivo Ministé-
rio. E a lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho da República. 
Já a organização do Conselho de Defesa Nacional é regulamentada pelo art. 91, que diz 
que este Conselho é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados 
com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele participam como membros 
natos:
I - o Vice-Presidente da República;
II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
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III - o Presidente do Senado Federal;
IV - o Ministro da Justiça;
V - o Ministro de Estado da Defesa; 
VI - o Ministro das Relações Exteriores;
VII - o Ministro do Planejamento.
VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. 
De acordo com o art. 91, § 1º, compete ao Conselho de Defesa Nacional:
I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta 
Constituição;
II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção fe-
deral;
III - propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do 
território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas re-
lacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;
IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir 
a independência nacional e a defesa do Estado democrático.
E, por fim, a lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional.
CONSELHO DA
REPÚBLICA (ARTS. 89 E 90)
órgão superior de consulta
do Presidente da República
COMPOSIÇÃO
pode ser covocado outros Min-
istros de Estados a depender do 
assunto (art. 90, § 10)
COMPETÊNCIA
Vice-Presidente da República
Presidente da Câmara dos Deputados
Presidente do Senado Federal
líderes da maioria e da minoria na 
Câmara dos Deputados
líderes da maioria e da minoria 
no Senado Federal
6 cidadãos brasileiros natos, com mais de 35 anos,
sendo 2 nomeados pelo Presidente da República, 2
eleitos pelo Senado Federal e 2 eleitos pela Câmara
dos Deputados, todos com mandato de 3 anos,
vedada a recondução
Ministro da Justiça
pronunciar-se sobre intervenção federal, estado de
defesa e estado de sítio
pronunciar-se sobre questões relevantes para a
estabilidade das instituições democráticas
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CONSELHO DE DEFESA 
NACIONAL (ART. 91)
órgão superior de consulta do Presidente da Repú-
blica nos assuntos relacionados com a soberania 
nacional e a defesa do Estado democrático 
COMPOSIÇÃO
COMPETÊNCIA 
(art. 91, § 10)
Vice-Presidente da República
Presidente da Câmara dos Deputados
Presidente do Senado Federal
Ministro da Justiça
Ministro da Defesa
Ministro do Planejamento
Comandantes da Marinha, do Exército e da 
Aeronáutica
Ministro das Relações Exteriores
opinar nas hipóteses de declaração de guerra e 
celebração da paz
opinar sobre a decretação do estado de defesa, 
do estado de sítio e da intervenção federal
propor os critérios e condições de utilização de 
áreas indispensáveis à segurança nacional
estudar, propor e encaminhar iniciativas para 
garantir a independência nacional e a defesa do 
Estado democrático
súmulas e JurisPrudênCia aPliCáveis
1) ADI 2.564: Os arts. 76 e 84, I, II e VI, a, todos da CF, atribuem ao presidente da República 
a posição de chefe supremo da administração pública federal, ao qual estão subordina-
dos os ministros de Estado. Ausência de ofensa ao princípio da reserva legal, diante da 
nova redação atribuída ao inciso VI do art. 84 pela EC 32/2001, que permite expressa-
mente ao presidente da República dispor, por decreto, sobre a organização e o funciona-
mento da administração federal, quando isso não implicar aumento de despesa ou cria-
ção de órgãos públicos, exceções que não se aplicam ao decreto atacado.
[ADI 2.564, rel. min. Ellen Gracie, j. 8-10-2003, P, DJ de 6-2-2004.]
2) ADI 1.057: Na realidade, e tal como precedentemente acentuado, os Estados-mem-
bros acham-se vinculados, em função de expressa determinação constitucional inscrita 
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no art. 28, caput, in fine, da Carta da República, ao modelo subordinante estabelecido pelo 
art. 77 da CF, que se aplica, no entanto, por força dessa cláusula de extensão, apenas às 
eleições ordinárias e populares realizadas para a seleção de governador e de vice-gover-
nador de Estado, inexistindo, no que concerne à hipótese de escolha suplementar pelo 
próprio Poder Legislativo, no caso excepcional da dupla vacância, qualquer regramento 
constitucional que,limitando a autonomia estadual, imponha a essa unidade da Federa-
ção a sua integral submissão aos padrões normativos federais.
[ADI 1.057 MC, voto do rel. min. Celso de Mello, j. 20-4-1994, P, DJ de 6-4-2001.]
3) ADI 3.647: A ausência do presidente da República do país ou a ausência do governador 
do Estado do território estadual ou do país é uma causa temporária que impossibilita o 
cumprimento, pelo chefe do Poder Executivo, dos deveres e responsabilidades inerentes 
ao cargo. Desse modo, para que não haja acefalia no âmbito do Poder Executivo, o pre-
sidente da República ou o governador do Estado deve ser devidamente substituído pelo 
vice-presidente ou vice-governador, respectivamente. (...) Em decorrência do princípio da 
simetria, a Constituição estadual deve estabelecer sanção para o afastamento do gover-
nador ou do vice-governador do Estado sem a devida licença da Assembleia Legislativa. 
(...) Repristinação da norma anterior que foi revogada pelo dispositivo declarado incons-
titucional.
[ADI 3.647, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 17-9-2007, P, DJE de 16-5-2008.]
4) ADPF 402: Os substitutos eventuais do Presidente da República – o Presidente da 
Câmara dos Deputados, o Presidente do Senado Federal e o Presidente do Supremo Tri-
bunal Federal (CF, art. 80) – ficarão unicamente impossibilitados de exercer, em caráter 
interino, a Chefia do Poder Executivo da União, caso ostentem a posição de réus criminais, 
condição que assumem somente após o recebimento judicial da denúncia ou da queixa-
-crime (CF, art. 86, § 1º, I). Essa interdição, contudo – por unicamente incidir na hipótese 
estrita de convocação para o exercício, por substituição, da Presidência da República (CF, 
art. 80) –, não os impede de desempenhar a chefia que titularizam no órgão de Poder que 
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dirigem, razão pela qual não se legitima qualquer decisão que importe em afastamento 
imediato de tal posição funcional em seu órgão de origem. A ratio subjacente a esse 
entendimento (exigência de preservação da respeitabilidade das instituições republica-
nas) apoia-se no fato de que não teria sentido que os substitutos eventuais a que alude 
o art. 80 da Carta Política, ostentando a condição formal de acusados em juízo penal, 
viessem a dispor, para efeito de desempenho transitório do ofício presidencial, de maior 
aptidão jurídica que o próprio chefe do Poder Executivo da União, titular do mandato, a 
quem a Constituição impõe, presente o mesmo contexto (CF, art. 86, § 1º), o necessário 
afastamento cautelar do cargo para o qual foi eleito.
[ADPF 402 MC-REF, rel. p/ o ac. min. Celso de Mello, j. 7-12-2016, P, DJE de 29-8-2018.]
5) RE 655.647: Art. 75 da Lei Orgânica do Município de Manaus/AM, que dispõe sobre os 
substitutos eventuais do prefeito e vice-prefeito no caso de dupla vacância. (...) A juris-
prudência da Corte fixou-se no sentido de que a disciplina acerca da sucessão e da subs-
tituição da chefia do Poder Executivo municipal põe-se no âmbito da autonomia política 
do Município, por tratar tão somente de assunto de interesse local, não havendo dever de 
observância do modelo federal (...).
[RE 655.647 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 11-11-2014, 1ª T, DJE de 19-12-2014.]
6) ADI 5.525: O legislador ordinário federal pode prever hipóteses de vacância de cargos 
eletivos fora das situações expressamente contempladas na Constituição, com vistas a 
assegurar a higidez do processo eleitoral e a preservar o princípio majoritário. Não pode, 
todavia, disciplinar o modo de eleição para o cargo vago diferentemente do que estabe-
lece a Constituição Federal. Inconstitucionalidade do § 4º do art. 224 do Código Eleito-
ral, na redação dada pela Lei 13.165/2015, na parte em que incide sobre a eleição para 
Presidente, Vice-Presidente e Senador da República, em caso de vacância, por estar em 
contraste com os arts. 81, § 1º e 56, § 2º do texto constitucional, respectivamente. É 
constitucional, por outro lado, o tratamento dado pela lei impugnada à hipótese de dupla 
vacância dos cargos de Governador e Prefeito. É que, para esses casos, a Constituição 
não prevê solução única. Assim, tratando-se de causas eleitorais de extinção do mandato, 
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a competência para legislar a respeito pertence à União, por força do disposto no art. 
22, I, da Constituição Federal, e não aos entes da Federação, aos quais compete dispor 
sobre a solução de vacância por causas não eleitorais de extinção de mandato, na linha 
da jurisprudência do STF. No tocante à exigência de trânsito em julgado da decisão que 
implica na vacância do cargo, prevista no art. 224, § 3º do Código Eleitoral, seus efeitos 
práticos conflitam com o princípio democrático e a soberania popular. Isto porque, pelas 
regras eleitorais que institui, pode ocorrer de a chefia do Poder Executivo ser exercida, por 
longo prazo, por alguém que sequer tenha concorrido ao cargo. Dessa forma, a decisão 
de última ou única instância da Justiça Eleitoral que importe o indeferimento do registro, 
a cassação do diploma ou a perda do mandato de candidato eleito em pleito majoritário, 
em regra, será executada imediatamente, independentemente do julgamento dos embar-
gos de declaração.
[ADI 5.525, rel. min. Roberto Barroso, j. 8-3-2019, P, DJE de 29-11-2019.]
7) RE 317.574: Afronta os princípios constitucionais da harmonia e independência entre 
os Poderes e da liberdade de locomoção norma estadual que exige prévia licença da 
assembleia legislativa para que o governador e o vice-governador possam ausentar-se do 
País por qualquer prazo. Espécie de autorização que, segundo o modelo federal, somente 
se justifica quando o afastamento exceder a quinze dias. Aplicação do princípio da sime-
tria.
[ADI 738, rel. min. Maurício Corrêa, j. 13-11-2002, P, DJ de 7-2-2003.]
= RE 317.574, rel. min. Cezar Peluso, j. 1º-12-2010, P, DJE de 1º-2-2011
8) ADI 4.218: É cediço na doutrina que “a finalidade da competência regulamentar é a 
de produzir normas requeridas para a execução de leis quando estas demandem uma 
atuação administrativa a ser desenvolvida dentro de um espaço de liberdade exigente de 
regulação ulterior, a bem de uma aplicação uniforme da lei, isto é, respeitosa do princípio 
da igualdade de todos os administrados” (MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de 
direito administrativo. 21. ed. São Paulo: Malheiros, 2006. p. 336).
[ADI 4.218 AgR, rel. min. Luiz Fux, j. 13-12-2012, P, DJE de 19-2-2013.]
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9) RE 577.025: A Constituição da República não oferece guarida à possibilidade de o 
governador do Distrito Federal criar cargos e reestruturar órgãos públicos por meio de 
simples decreto. 
[RE 577.025, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 11-12-2008, P, DJE de 6-3-2009, Tema 48.]
10) RE 582.487: (...)o STF assentou que é vedado ao chefe do Poder Executivo expedir 
decreto a fim de suspender a eficácia de ato normativo hierarquicamente superior.
[RE 582.487 AgR, voto da rel. min. Cármen Lúcia, j. 25-9-2012, 2ª T, DJE de 25-9-2012.]
11) ADI 6.121: Competência normativa. Administração pública. Órgãos colegiados. Pre-
visão legal. Extinção. Chancela parlamentar. Considerado o princípio da separação dos 
poderes, conflita com a Constituição Federal a extinção, por ato unilateralmente editado 
pelo Chefe do Executivo, de órgãos colegiados que, contando com menção em lei em 
sentido formal, viabilizem a participação popular na condução das políticas públicas – 
mesmo quando ausente expressa ‘indicação de suas competências ou dos membros que 
o compõem’.
[ADI 6.121 MC, rel. min. Marco Aurélio, j. 13-6-2019, P, DJE de 28-11-2019.]
12) ADI 5.874: Em conclusão de julgamento, o Plenário, por maioria, não referendou 
medida cautelar concedida em ação direta de inconstitucionalidade e julgou improce-
dente o pedido nesta formulado contra os arts. 1º, I; 2º, § 1º, I; 8º; 10 e 11 do Decreto 
9.246/2017. A norma impugnada dispõe sobre a concessão de indulto natalino e a comu-
tação de penas (Informativos 924 e 925). Prevaleceu o voto do ministro Alexandre de 
Moraes, que sublinhou existir complexo mecanismo de freios e contrapesos, de contro-
les recíprocos, ao lado das funções preponderantes de cada um dos Poderes. Dentro 
desse mecanismo, a Constituição Federal (CF) estabelece a possibilidade da outorga, por 
parte do Presidente da República, de graça, indulto ou comutação de penas [art. 84, XII]. 
Segundo o ministro, o indulto não faz parte da doutrina penal, não é instrumento consen-
tâneo à política criminal. É legítimo mecanismo de freios e contrapesos para coibir exces-
sos e permitir maior equilíbrio na Justiça criminal. O exercício do poder de indultar não 
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fere a separação de Poderes por, supostamente, esvaziar a política criminal definida pelo 
legislador e aplicada pelo Judiciário. Está contido na cláusula de separação de Poderes. 
O ato de clemência privativo do presidente pode ser total, independentemente de parâ-
metros. Asseverou que, ainda que não se concorde com esse instituto, ele existe e é ato 
discricionário, trata-se de prerrogativa presidencial, portanto. O ministro relembrou que o 
decreto genérico de indulto é tradição no Brasil. Citou, no ponto, o Decreto 20.082/1945, 
que previu a possibilidade da concessão antecipada de indulto. A expressão ‘tenham 
sido ou não julgados e condenados’, contida no seu art. 1º, revela não ser algo novo a 
desnecessidade de se a aguardar o trânsito em julgado. Além disso, o ato estabeleceu a 
possibilidade de comutação total ou parcial. Assinalou, quanto a esse decreto, editado 
pelo então ministro presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) no exercício da Pre-
sidência da República, a legitimidade constitucional daquele que ocupa este cargo para 
a edição do decreto, tenha ele sido eleito diretamente ou não. Em seguida, assegurou 
não ser novidade, de igual modo, a possibilidade de o indulto abranger as penas pecu-
niárias. Reportou-se ao art. 1º, parágrafo único, do Decreto 48.136/1960. Acrescentou 
que, após a promulgação da CF de 1988, o Decreto 97.164/1988, em seu art. 4º, permitiu 
expressamente a aplicabilidade do indulto antes do trânsito em julgado. Para o ministro 
Alexandre de Moraes, o decreto, no entanto, não é imune ao controle jurisdicional e está 
sob o império da Constituição. O art. 5º, XLIII, da CF fixa limitação expressa ao instituto. 
O indulto e a comutação da pena configuram típicos atos de governo, caracterizados 
pela discricionariedade do presidente da República, respeitados os limites manifestos 
na Constituição. Como limite implícito, o STF já reconheceu a impossibilidade de eventu-
almente ser outorgada a clemência soberana ao extraditando, uma vez que o objeto de 
indulgência principis se restringe exclusivamente ao plano dos ilícitos penais sujeitos à 
competência jurisdicional do Estado brasileiro. Por outro lado, o ato de indulto não é pas-
sível de restrição fora dos parâmetros constitucionais. É admissível a revisão judicial de 
todas as espécies dessa clemência para se verificar o cumprimento dos requisitos da CF. 
Entretanto, não cabe a análise de seu mérito, do juízo de conveniência e oportunidade, ou 
seja, adentrar o mérito das escolhas do Presidente da República feitas dentre as opções 
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constitucionalmente lícitas. Não é possível trocar o subjetivismo do Chefe do Executivo 
pelo subjetivismo de outro Poder. Não compete ao Poder Judiciário reescrever o decreto 
de indulto. Ou o STF entende que o Presidente extrapolou o exercício de sua competên-
cia e declara a inconstitucionalidade do ato, ou, mesmo que não esteja de acordo com a 
opção, compreende que ele cumpriu as exigências constitucionais. O Tribunal não pode 
fixar requisitos, haja vista que, ao Poder Judiciário, também se impõe o império da Cons-
tituição da República. Se o STF fixar condições para o decreto analisado, estará fixando, 
também, para todos os subsequentes, e, portanto, estará legislando. O ministro asseve-
rou que, se fosse admitida, por via judicial, a exclusão de certos crimes, como os de cor-
rupção e os contra a Administração Pública, o Poder Judiciário atuaria como legislador 
positivo. No ponto, reputou não haver comprovação, mas apenas insinuação, de desvio 
de finalidade no decreto. Se houvesse desvio, pela teoria dos motivos determinantes, o 
Judiciário poderia anulá-lo. (...) Asseverou a constitucionalidade dos preceitos impugna-
dos, restabelecido na íntegra o decreto de indulto. Em suma, quanto ao art. 8º, salientou 
que o indulto não se direciona somente às penas privativas de liberdade, mas também 
ao afastamento de sanções impostas por condenação judicial. Não haveria lógica em 
perdoar delitos mais graves e não os criminosos leves. Em relação ao art. 10, considerou 
ser tradicional no ordenamento jurídico pátrio que a concessão de indulto ou comutação 
da pena possa alcançar a sanção de multa, aplicada isolada ou cumulativamente. A pena 
de multa é uma das sanções impostas e o indulto não abrange o ressarcimento ao erário. 
Em relação aos arts. 1º e 2º, afirmou não ser possível excluir de sua abrangência crimes 
que a Constituição não autoriza excluir.
[ADI 5.874, rel. p/ o ac. min. Alexandre de Moraes, j. 9-5-2019, P, Informativo 939.]
13) Súmula 627, do STF: No mandado de segurança contra a nomeação de magistrado 
da competência do presidente da República, este é considerado autoridade coatora, 
ainda que o fundamento da impetração seja nulidade ocorrida em fase anterior ao proce-
dimento.
14) RE 608.848: Esta Corte firmou orientação no sentido da legitimidade de delegação 
a ministro de Estado da competência do chefe do Executivo Federal para, nos termos do 
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art. 84, XXV, e parágrafo único, da CF, aplicar pena de demissão a servidores públicos federais. 
(...) Legitimidade da delegação a secretários estaduais da competência do governador do 
Estado de Goiás para (...) aplicar penalidade de demissão aos servidores do Executivo, 
tendo em vista o princípio da simetria.
[RE 633.009 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 13-9-2011, 2ª T, DJE de 27-9-2011.]
= RE 608.848 AgR, rel. min. Teori Zavascki, j. 17-12-2013, 2ª T, DJE de 11-2-2014
15) Súmula Vinculante 46: A definição dos crimes de responsabilidade e o estabeleci-
mento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa 
privativa da União.
16) ADPF 378: A aplicação subsidiária do Regimento Interno da Câmara dos Deputados 
e do Senado ao processamento e julgamento do impeachment não viola a reserva de lei 
especial imposta pelo art. 85, parágrafo único, da Constituição, desde que as normas 
regimentais sejam compatíveis com os preceitos legais e constitucionais pertinentes, 
limitando-se a disciplinar questões interna corporis.
[ADPF 378 MC, rel. p/ o ac. min. Roberto Barroso, j. 16-12-2015, P, DJE de 8-3-2016.]
17) Inq. 4.483: A imunidade formal prevista nos arts. 86, caput e 51, I, da Constituição 
Federal tem por finalidade tutelar o regular exercício dos cargos de Presidente da Repú-
blica e de Ministro de Estado, razão pela qual não é extensível a codenunciados que não 
se encontram investidos em tais funções. Incidência da Súmula 245 do Supremo Tribunal 
Federal.
[Inq 4.483 AgR e Inq 4.327 AgR-segundo, rel. min. Edson Fachin, j. 19-12-2017, P, DJE de 
9-8-2018.]
18) AP 595: O art. 86, caput, da CF, na sua exegese, impõe não seja exigida a admissão, 
pelo Legislativo, da acusação criminal contra o chefe do Executivo, quando já encerrado 
o mandato do acusado.
[AP 595, rel. min. Luiz Fux, j. 25-11-2014, 1ª T, DJE de 10-2-2015.]
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19) ADPF 402: Os substitutos eventuais do presidente da República – o presidente da 
Câmara dos Deputados, o presidente do Senado Federal e o presidente do STF (CF, art. 80) 
– ficarão unicamente impossibilitados de exercer, em caráter interino, a chefia do Poder 
Executivo da União, caso ostentem a posição de réus criminais, condição que assumem 
somente após o recebimento judicial da denúncia ou da queixa-crime (CF, art. 86, § 1º, I). 
Essa interdição, contudo – por unicamente incidir na hipótese estrita de convocação para 
o exercício, por substituição, da Presidência da República (CF, art. 80) –, não os impede 
de desempenhar a chefia que titularizam no órgão de Poder que dirigem, razão pela qual 
não se legitima qualquer decisão que importe em afastamento imediato de tal posição 
funcional em seu órgão de origem. A ratio subjacente a esse entendimento (exigência de 
preservação da respeitabilidade das instituições republicanas) apoia-se no fato de que 
não teria sentido que os substitutos eventuais a que alude o art. 80 da Carta Política, 
ostentando a condição formal de acusados em juízo penal, viessem a dispor, para efeito 
de desempenho transitório do ofício presidencial, de maior aptidão jurídica que o próprio 
chefe do Poder Executivo da União, titular do mandato, a quem a Constituição impõe, pre-
sente o mesmo contexto (CF, art. 86, § 1º), o necessário afastamento cautelar do cargo 
para o qual foi eleito.
[ADPF 402 MC-REF, rel. p/ o ac. min. Celso de Mello, j. 7-12-2016, P, DJE de 29-8-2018.]
20) Inq. 4.483: O juízo político de admissibilidade por dois terços da Câmara dos Deputa-
dos em face de acusação contra o Presidente da República, nos termos da norma consti-
tucional aplicável (CRFB, art. 86, caput), precede a análise jurídica pelo Supremo Tribunal 
Federal, se assim autorizado for a examinar o recebimento da denúncia, para conhecer e 
julgar qualquer questão ou matéria defensiva suscitada pelo denunciado.
[Inq 4.483 QO, rel. min. Edson Fachin, j. 21-9-2017, P, DJE de 13-6-2018.]
21) Inq. 3.983: A previsão constitucional do art. 86, § 4º, da Constituição da República se 
destina expressamente ao chefe do Poder Executivo da União, não autorizando, por sua 
natureza restritiva, qualquer interpretação que amplie sua incidência a outras autorida-
des, nomeadamente do Poder Legislativo.
[Inq 3.983, rel. min. Teori Zavascki, j. 3-3-2016, P, DJE de 12-5-2016.]
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É isso! Espero que você tenha assimilado todos os conhecimentos necessários sobre o Po-
der Executivo. Havendo dúvidas, não deixe de me procurar no fórum de dúvidas. Aguardo você 
lá. Gostaria de receber sua avaliação acerca da nossa aula. Isso é muito importante para nós.
Fique com Deus, fortíssimo abraço e bons estudos.
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RESUMO
Exercício no Âmbito da Federação: na União, o Poder Executivo é exercido pelo Presidente 
da República, auxiliado por seu Vice-Presidente da República e seus Ministros de Estado. Já 
nos Estados-membros e no Distrito Federal, exercem o Poder Executivo os Governadores, au-
xiliados pelos Vice-Governadores e seus Secretários Estaduais. Já nos Municípios, o exercício 
do Poder Executivo é realizado pelos Prefeitos, auxiliados pelos Vice-Prefeitos e seus Secretá-
rios Municipais.
Funções: como função típica, compete ao Poder Executivo administrar a coisa pública, 
realizando políticas públicas pela aplicação das verbas orçamentárias. Atipicamente, legisla, 
editando medidas provisórias, leis delegadas e decretos autônomos e julga processos admi-
nistrativos, como os processos administrativos disciplinares, em que a autoridade competente 
decidirá qual pena administrativa será aplicada.
Eleições do Presidente e do Vice-Presidente: no 1º domingo de outubro (1º turno) e no 
último domingo de outubro (2º turno, se houver) do ano anterior ao do término do mandato. A 
eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente da República. Será eleito 
Presidente da República o candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos válidos (não 
computados os brancos e os nulos). Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta, haverá 
nova eleição, concorrendo os 2 mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a 
maioria dos votos válidos. Se antes do 2º turno ocorrer morte, desistência ou impedimento 
legal de candidato, convocar-se-á o de maior votação. Se houver empate no segundo lugar, 
qualificar-se-á o mais idoso.
Governadores e Prefeitos: estas regras acima aplicam-se aos Governadores e Vice-Gover-
nadores e, ainda, aos Prefeitos e Vice-Prefeitos de Municípios com mais de 200 mil eleitores.
Posse: o Presidente da República e o seu Vice-Presidente tomam posse em sessão con-
junta do Congresso Nacional,

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