Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Prof. Bruno César
UNIDADE I
Prática de Ensino:
Integração Escola
x Comunidade
 Identificar e compreender aspectos importantes relacionados à escola e à comunidade que a 
cerca, no intuito de possibilitar o desenvolvimento de projetos que envolvam a escola e sua 
comunidade circundante. Merece destaque que a comunidade em torno da escola não se 
limita às pessoas que lá estudam e a seus familiares, mas se estende a todos aqueles que 
moram nos bairros próximos à escola.
 Infelizmente, nem sempre a comunidade participa dos assuntos pertinentes à escola e nem 
sempre a escola se preocupa em conhecer e envolver a comunidade ao seu redor. Dessa 
forma, espera-se que você seja capaz de refletir criticamente sobre a realidade encontrada e 
de propor projetos inovadores, aperfeiçoando a articulação entre a escola e a comunidade.
 O processo de construção da sua identidade profissional será 
desenvolvido a partir da vivência e da familiarização com 
relação aos contextos inerentes às escolas de educação 
básica e à sua comunidade.
Apresentação da disciplina
 O objetivo geral da disciplina é compreender como transcorre a relação entre escola e 
comunidade e identificar suas principais características que são passíveis de serem 
trabalhadas de forma integrada, visando uma educação cidadã.
Objetivos
Já os objetivos específicos são:
 identificar características de instituições escolares no contexto da realidade socioeconômica 
e cultural;
 caracterizar a instituição escolar nos aspectos relativos à infraestrutura física, humana
e pedagógica;
 caracterizar a comunidade ao redor da escola, sob o aspecto 
socioeconômico e cultural, visando conhecer a realidade em 
que vivem os estudantes;
 compreender as características de projetos que articulam a 
escola e a comunidade que a envolve e que buscam 
integrá-las ao contexto sociocultural.
Objetivos
 Inicialmente, é importante relembrar o contexto em que se 
insere a prática de ensino, integrando, assim, a dimensão 
prática do curso. A prática de ensino será desenvolvida em 
oito semestres, com atividades distribuídas por cada um deles. 
Naturalmente, deve haver uma articulação entre elas, 
perpassando todo o curso.
Introdução
Prática de ensino
Introdução
à Docência
Observação
e Projeto
Integração
Escola versus
Comunidade
Vivência no
Ambiente
Educativo
Princípios
Pedagógicos
em Sala
de Aula
O uso dos
Recursos
Didáticos em
Sala de Aula
Trajetória
da Práxis
Reflexões
 Na condição de uma instituição social responsável pela educação formal das novas 
gerações, a escola é constantemente questionada sobre seus fins, sobre o papel que exerce 
diante das transformações históricas e culturais pelas quais o mundo vem passando.
 Essas transformações históricas e culturais encontram-se entre os mais relevantes efeitos da 
globalização e se refletem na busca de respostas rápidas e objetivas que atendam às 
necessidades do mundo do trabalho, bem como da maneira como a produção se organiza. 
Regra geral, esse processo é permeado de subjetividades e afeta tanto a vida em 
comunidade quanto as relações estabelecidas nos diferentes espaços sociais.
 O sistema produtivo exige trabalhadores “flexíveis, decididos, 
versáteis”, capazes de construir, ampliar e aperfeiçoar suas 
próprias competências pessoais, coletivas e profissionais bem 
como acompanhar e operar os novos instrumentos 
tecnológicos que se renovam continuamente,
em estrondosa velocidade.
A instituição escolar
 Em razão das novas exigências sobre a escola, seus objetivos e prioridades vêm se 
transformando, de maneira que ela se vê constantemente desafiada a alterar suas práticas e 
seus valores. A escola formal contemporânea vive, portanto, uma crise, um conjunto de 
tensões que faz com que ela seja constantemente desafiada e que conviva com outros 
espaços de uma educação que se dá em ambientes não escolares. 
 Nesse sentido, cabe perguntar: A escola formal estaria com seus dias contados? Seria ela 
incapaz de “concorrer” com novas formas, tempos e espaços de aprendizagem que se 
constroem fora da escola e sem a intervenção do professor?
 Veementemente, não. A filósofa Hannah Arendt, nascida na 
Alemanha no século XX, afirmava que educar implica 
questionar se amamos o mundo o suficiente a ponto de 
assumirmos a responsabilidade por ele.
A instituição escolar
 Poderíamos dizer que à escola caberia a formação de sujeitos com condições de refletir e 
pensar criticamente sobre si mesmos, sobre o mundo, sobre o contexto social e histórico do 
qual fazem parte, bem como, por meio dos conhecimentos construídos, a formação de 
sujeitos capazes de compreender o avanço das tecnologias, das cadeias produtivas, das 
relações e das condições de trabalho e emprego e de participar do seu aprimoramento.
 À instituição escolar caberia, ainda, a função de construir as bases para que as pessoas 
sejam capazes de desenvolver atitudes que as permitam conviver umas com as outras, 
pacificamente, pensando, repensando e transformando as relações sociais e de convivência 
mútua, de construção da crítica e da autonomia que permita o exercício pleno da cidadania. 
Tudo isso pautado pela ética e pela solidariedade. A grande 
questão que surge é: seria a escola a grande transformadora 
das realidades sociais?
A instituição escolar
Educar implica questionar se amamos o mundo o suficiente a ponto de assumirmos a 
responsabilidade por ele. Essa frase foi dita por:
a) Paulo Freire.
b) Sigmund Freud.
c) Jean Piaget.
d) John Dewey.
e) Hannah Arendt.
Interatividade
Educar implica questionar se amamos o mundo o suficiente a ponto de assumirmos a 
responsabilidade por ele. Essa frase foi dita por:
a) Paulo Freire.
b) Sigmund Freud.
c) Jean Piaget.
d) John Dewey.
e) Hannah Arendt.
 A filósofa Hannah Arendt, nascida na Alemanha no século XX, 
afirmava que educar implica questionar se amamos o mundo o 
suficiente a ponto de assumirmos a responsabilidade por ele.
Resposta
 Quando pensamos no conceito de escola, imediatamente pensamos na forma escolar, ou 
seja, em um prédio, com uma arquitetura mais ou menos uniforme, com salas, cadeiras, 
carteiras, pátios, quadras. Há quem diga que “em qualquer lugar do mundo reconhece-se 
facilmente uma escola”. 
 Precisamos ficar atentos para que o uso dessa frase não desqualifique a escola, denotando 
o quanto ela estaria “atrasada”, “ultrapassada” em seus métodos, como um lugar de 
“obrigações” e “conteúdos sem sentido”.
 É preciso que pensemos criticamente sobre isso. A forma 
escolar, sua arquitetura, suas paredes, seus materiais são 
vestígios da importância histórica que ela teve e tem para que 
todo o conhecimento que a humanidade acumulou ao longo 
dos tempos não se perdesse.
Uma escola para, por e com pessoas
 A escola é espaço de formação das novas gerações, é espaço de desenvolvimento 
profissional docente, é espaço de convivência entre todos os que nela trabalham para que 
ela abra suas portas todos os dias e desenvolva seu trabalho.
 Isso tem a ver com a maneira que ela escolhe o que vai ensinar, como organiza o trabalho 
pedagógico, como as pessoas se relacionam em seu interior, como os alunos são recebidos 
diariamente, como a comunidade participa (ou não) de suas atividades, como é atendida 
pelo guichê da secretaria, como é acolhida nas reuniões de pais e mestres, nas festividades 
e em outros momentos menos formais. 
 A escola, portanto, se faz com pessoas, e disso derivam 
muitas complexidades. Uma escola que não se abre para sua 
comunidade, que não leva suas características em 
consideração, corre grande risco de não ter sucesso
em seu trabalho.
Uma escola para, por e com pessoas
 A escola é um espaço muito importante porque é uma das instituições sociais mais 
democráticas, que atinge as localidades mais remotas, geograficamente falando. Se 
tomarmos as regiões periféricas dos territórios geográficos, sejameles urbanos ou rurais, 
sempre haverá, mais distante ou mais perto, uma escola. Ela é, portanto, a instituição 
(pública, sobretudo) que chega antes de qualquer outro serviço de atenção primária
aos cidadãos.
 O trabalho escolar exige dos seus gestores, dos professores, dos trabalhadores do apoio 
escolar, atenção sobre si mesmos, sobre os outros e sobre a realidade da
comunidade escolar.
 É necessário, ainda, olhar para a comunidade, especialmente 
para suas diferenças. Olhar para as diferenças é fundamental 
para romper com modelos educativos que encontram na 
exclusão e no preconceito perversos mecanismos de negação 
do direito à educação.
Uma escola para, por e com pessoas
 Mantoan (2006): a inclusão é, ao mesmo tempo, fim, meio e produto de uma educação de 
qualidade que leva em conta as diferenças. Para ela, a escola das diferenças rompe com o 
estabelecido na instituição escolar e caminha pelas trilhas das identidades móveis, pelos 
estudos culturais, adotando propostas sugeridas por um ensino não disciplinar, transversal, e 
que configura uma rede complexa de relações entre os conhecimentos e os sentidos 
atribuídos pelo sujeito a um dado objeto.
 A inclusão é processo de diálogo e aprendizagem para todos, fazendo parte de um 
movimento que amplia a relação de participação e incorporação das diferenças sociais, 
culturais, afetivas, étnicas, de gênero e físicas de todos. 
 A inclusão é um movimento que exige a reconstituição do 
olhar para os diversos possíveis (e impossíveis no momento), 
além da interpretação de novas experiências.
Uma escola para, por e com pessoas
Por isso, algumas questões se colocam quando pensamos nas relações que a escola pode, 
quer e deve estabelecer com a comunidade:
Como compreendemos a escola? Qual é a concepção de educação que fundamenta nossas 
ações no interior dela? Qual é a nossa concepção de currículo? O que esperamos dos nossos 
alunos? Qual é o nosso papel como educadores? Como estamos avaliando nosso trabalho e o 
dos nossos alunos? Como entendemos a participação dos pais e da comunidade na escola? 
Qual é a nossa concepção de gestão escolar? Qual é o papel atribuído ao planejamento das 
atividades pedagógicas?
 A educação, entendida como o processo permanente de 
desenvolvimento do ser humano em direção à conquista da 
autonomia, possui momentos sistemáticos e assistemáticos. 
Nos contextos sistemáticos, como na escola, o ensino e a 
aprendizagem são previamente planejados, constituindo-se 
passos inseparáveis, dialéticos e complementares.
Uma escola para, por e com pessoas
A educação envolve o ser humano como um todo, englobando as diversas dimensões da sua 
relação com o mundo. Mas como trabalhar nas unidades escolares nessa perspectiva? Ou 
seja, a da concepção de inclusão educacional, tornando a escola um espaço de troca e 
interpretação de vivências e experiências. Assim, os caminhos necessários para que essa 
interpretação seja possível e significativa seriam:
 a organização de grupos e suas vivências; 
 as análises das situações com base no saber acumulado pela 
humanidade através de diversos modos de aprendizagem; 
 a sistematização do conhecimento para que seja possível a 
elaboração das experiências e a compreensão da realidade.
Uma escola para, por e com pessoas
O que as crianças, os adolescentes, os jovens e adultos devem aprender na escola? Que 
conhecimentos são importantes para formar os seres humanos que desejamos ter nas 
sociedades atuais? Que cidadã e que cidadão queremos formar? Qual é o currículo necessário 
para alcançar os objetivos educacionais com os quais sonhamos? Como nos implicamos em 
seu processo formativo? Os alunos são postos para preencher páginas e páginas de apostilas 
e livros didáticos, eletronicamente ou não? Ou realizam atividades e projetos propostos pela 
escola, a partir de temas ou parâmetros curriculares gerais, contextualizados com a realidade 
do entorno escolar?
 Atualmente, o currículo é considerado um conjunto de 
experiências, vivências e atividades (na escola) convergentes 
para objetivos educacionais, que devem ser trabalhadas de 
forma inter e transdisciplinar, facilitando, assim, o processo de 
ensino-aprendizagem dos alunos.
A escola e o currículo (quantas perguntas)
 Outro ponto para se refletir diz respeito às avaliações de aprendizagem, como elas são 
realizadas. Os alunos são ouvidos a respeito? Dialoga-se com a comunidade sobre os 
resultados das avaliações? Que usos a escola faz desses resultados? Que espaços são 
criados para debater esses resultados? Como a comunidade participa desses debates? 
Essas são questões de grande importância para que a escola repense as relações que 
estabelece com a comunidade.
 Outras perguntas válidas são: O que acontece em nossa 
comunidade quando não tem aula? Outro exemplo: Houve um 
incêndio na comunidade de onde provém a maior parte dos 
alunos; como isso nos afeta e afeta aos alunos? Quais são as 
implicações disso para o trabalho pedagógico? Que espaços 
são constituídos para refletir sobre isso?
A escola e o currículo (mais perguntas)
A ______________ é o processo de diálogo e aprendizagem para todos, fazendo parte de um 
movimento que amplia a relação de participação e incorporação das diferenças sociais, 
culturais, afetivas, étnicas, de gênero e físicas de todos. 
a) inclusão
b) introspecção
c) invalidação
d) irrigação
e) internação
Interatividade
A ______________ é o processo de diálogo e aprendizagem para todos, fazendo parte de um 
movimento que amplia a relação de participação e incorporação das diferenças sociais, 
culturais, afetivas, étnicas, de gênero e físicas de todos. 
a) inclusão
b) introspecção
c) invalidação
d) irrigação
e) internação
 A inclusão é o processo de diálogo e aprendizagem para 
todos, fazendo parte de um movimento que amplia a relação 
de participação e incorporação das diferenças sociais, 
culturais, afetivas, étnicas, de gênero e físicas de todos. A 
inclusão é um movimento que exige a reconstituição do olhar 
para os diversos possíveis (e impossíveis no momento), além 
da interpretação de novas experiências.
Resposta
 Percebemos hoje que o conhecimento da realidade e a troca de ideias sobre a forma de 
transforma-la vêm se tornando um imperativo para a superação do individualismo e para a 
construção de uma nova cultura, de uma sociedade mais humana.
 Faz parte desse caminho repensar a dimensão do currículo, definindo-o como o conjunto de 
vivências a serem interpretadas e o saber acumulado pela humanidade, como um 
instrumento para essa interpretação. Está aí um processo que se inicia – com os alunos –
com a seleção das experiências grupais e/ou individuais, prossegue com sua 
problematização pelo grupo e sua análise com a coordenação do professor.
 Para tornar isso possível, é necessário assumir o cotidiano da 
escola como um canal para o desenvolvimento dos seres 
humanos. É preciso quebrar a rigidez “conteudista” –
informação pela informação – e a seletividade que impedem o 
aprender a ser e a vontade de aprender.
A escola e o currículo (mais perguntas e algumas reflexões)
Como é possível que esses diálogos ocorram? Será que as pessoas estão dispostas a 
participar? Como lidar com as queixas e as demandas das famílias e da comunidade? A escola 
está disposta a caracterizar as necessidades da comunidade e da escola? É possível articular 
as diretrizes das políticas educacionais e as necessidades da comunidade escolar? Diante de 
frases como: “a comunidade é ausente”, “a comunidade é violenta”, “a comunidade nunca 
comparece às reuniões”: o que fazer?
 Em primeiro lugar, é preciso que os profissionais da escola promovam uma boa discussão 
sobre a prática pedagógica, os processos de avaliação e os planejamentos escolares.
 Além disso, é necessário caracterizar os diversos segmentos 
que compõem a escola, bem como propor objetivos e metas 
claras paradirecionar o trabalho de todos, dependendo do seu 
processo de construção e utilização.
A escola e o currículo (mais perguntas e algumas reflexões)
 Nesse contexto, ao pensar a construção do currículo como um projeto de educação que 
abarca o conhecimento visando uma ampla formação capaz de incluir discussões sobre o 
processo de aprendizagem, pode-se depreender que sua relevância está na seleção, 
organização e transformação do conhecimento capaz de estabelecer uma mediação entre 
estruturas sociais e estruturas educativas, como acontece nas escolas (PACHECO, 2016).
A escola e o currículo (mais perguntas e algumas reflexões)
 A “população que reside no entorno escolar, no bairro onde se localiza a escola e em 
localidades circunvizinhas que a escola procura servir” (SUNG, 2003, p. 5). Assim, são 
fatores de vital importância as populações usuárias da escola (efetivas e potenciais), bem 
como o espaço físico que ela ocupa.
 Portanto, a comunidade em torno da escola não se limita às pessoas que lá estudam e a 
seus familiares, mas se estende a todos aqueles que moram nos bairros próximos à escola 
(SILVA; MENIN, 2012). 
 Assim, essa comunidade não deve ser confundida com a 
comunidade escolar, cujo conceito engloba o conjunto de 
docentes e especialistas, o pessoal técnico-administrativo e de 
serviços, lotados e em exercício na instituição escolar, bem 
como os pais ou responsáveis pelos educandos e os próprios 
alunos matriculados na instituição e com frequência regular na 
instituição (BRASIL, 1998).
Comunidade
 Freire (1996) ainda aponta a importância de o professor estar atento e abrir-se à realidade 
dos seus alunos, com quem partilha a atividade pedagógica, ou seja, entender as condições 
materiais nas quais vivem seus educandos. 
 Precisa, portanto, tornar-se, se não absolutamente íntimo de sua forma de ser, no mínimo, 
menos estranho e alheio a ela, a fim de diminuir a sua distância da realidade (às vezes hostil) 
em que vivem seus alunos. 
 Melo (2012) também afirma que o papel do educador é 
conhecer o aluno, sua vida, sua prática social, as contradições 
da vida que levam em comunidade, suas necessidades etc.
Comunidade
 A relação da escola com a comunidade é atravessada pelas representações que a escola 
tem da comunidade e das famílias. Entende-se por representações, aqui, o conjunto de 
ideias, crenças e explicações consensuais, fortemente reificadas no imaginário. Atualmente, 
é muito comum observar um conflito na relação que a escola estabelece com as famílias.
 Frequentemente os profissionais da escola relatam que as famílias são “desestruturadas”, 
que “não se importam” e que “não educam as crianças”. Com isso, a expressão “a família 
ensina e a escola educa” tornou-se muito popular. Ocorre que esse é um sofisma – um 
raciocínio incorreto – e cabe aos educadores desconstruí-lo e superá-lo.
 Szymanski (2001) diz que existem duas representações de 
família que permeiam o imaginário das pessoas: a pensada e 
a vivida. A primeira está baseada na tradição, correspondendo 
a uma noção que é trazida pelo grupo social, pelas instituições 
ou pela mídia. A segunda refere-se aos modos habituais de 
agir dos membros que aparecem no cotidiano.
A comunidade e suas famílias
Quando a escola fica presa ao modelo de família com figuras parentais e com papéis 
predefinidos, ela, imediatamente, não reconhece a multiplicidade de arranjos familiares 
possíveis. Vejamos alguns exemplos:
 Famílias monoparentais: as que são formadas em torno de um cuidador principal, seja 
esse quem for – mãe, pai, avô, avó, um irmão mais velho, um parente próximo ou distante, 
um amigo.
 Famílias homoparentais: famílias formadas em torno de casais homoafetivos.
 Casas-abrigo: espaços de acolhimento e convivência de 
pessoas que são vítimas de violência ou que não têm
família nuclear.
A comunidade e suas famílias
 A integração entre a escola e a comunidade depende, portanto, do reconhecimento e da 
aceitação plena e incondicional dos estudantes e de seus grupos familiares, 
independentemente de como sejam. Quanto à queixa recorrente, por parte da escola, de que 
os pais participam pouco das atividades previstas na instituição escolar, há muitos fatores 
que precisam ser levados em consideração. 
 O primeiro deles é que a escola, muitas vezes, “se fecha” em si mesma (às vezes, a própria 
arquitetura contribui para isso), de modo que a comunidade pode não reconhecê-la como 
parte integrante do seu contexto.
 E as relações de “pertença”, tanto por parte da comunidade 
como da escola, são fundamentais para que as parcerias entre 
uma e outra possam se estabelecer. Portanto, a escola precisa 
se questionar quanto à maneira como convida a comunidade 
para participar de suas atividades.
A comunidade e suas famílias
Cabe perguntar, principalmente em contextos nos quais as famílias dos alunos são da classe 
trabalhadora (assim como os educadores também o são): com relação aos horários em que as 
reuniões de pais e mestres são agendadas, levam-se em consideração as reais possibilidades 
de participação das famílias? Como elas são convidadas para participar de atividades, 
festividades, reuniões, conselhos escolares?
 Para isso, basta pensar na forma como a escola faz esses convites à participação. Ninguém 
vai a qualquer lugar ou evento sem que perceba que se faça questão de sua presença e que 
haja uma real importância para os outros.
 Isso implica, ainda, pensar na forma como a escola recebe a 
comunidade em seus espaços, tempos, eventos, festividades. 
Nesse sentido, ao abrir-se à comunidade, a escola terá a 
possibilidade de desempenhar sua função social com sucesso.
A comunidade e suas famílias
Das afirmações a seguir, está(ão) correta(s) a(s) seguinte(s) afirmação(ões):
I. Famílias monoparentais: as que são formadas em torno de um cuidador principal, seja 
esse quem for – mãe, pai, avô, avó, um irmão mais velho, um parente próximo ou distante, 
um amigo.
II. Famílias homoparentais: famílias formadas em torno de casais homoafetivos.
III. Casas-abrigo: espaços de acolhimento e convivência de pessoas que são vítimas de 
violência ou que não têm família nuclear.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Todas estão corretas.
e) Todas estão erradas.
Interatividade
Das afirmações a seguir, está(ão) correta(s) a(s) seguinte(s) afirmação(ões):
I. Famílias monoparentais: as que são formadas em torno de um cuidador principal, seja 
esse quem for – mãe, pai, avô, avó, um irmão mais velho, um parente próximo ou distante, 
um amigo.
II. Famílias homoparentais: famílias formadas em torno de casais homoafetivos.
III. Casas-abrigo: espaços de acolhimento e convivência de pessoas que são vítimas de 
violência ou que não têm família nuclear.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Todas estão corretas.
e) Todas estão erradas.
Resposta
 Muitas vezes, a escola é um dos únicos e poucos espaços públicos existentes em certas 
localidades. É um dos espaços educadores que pode estabelecer parcerias com lideranças 
comunitárias, contribuindo como um espaço de todos para todos.
 Desde o início dos anos 2000, no Brasil, há programas, políticas e projetos de incentivo à 
abertura da escola, aproximando-a da comunidade, diminuindo a violência em cenários de 
vulnerabilidade social (ROSA; AVILA; PROFICE, 2021). Assim, é possível:
 Abrir a escola aos fins de semana, oferecendo minicursos, 
cedendo as quadras de esporte para uso da comunidade, 
exposições, palestras, eventos (superando, assim, as 
festividades que se apoiam somente em datas comemorativas 
e em reuniões de “prestação de contas” e “cobranças” pelo 
desempenho escolar dos estudantes); tornar a biblioteca 
circulante, a partir do empréstimo dos títulos; realizar projetos 
que contem com a participação de membros da comunidade.
Por uma escola aberta e para todos
 A LDBEN n. 9394/1996, em seu artigo 13, inciso VI, defineo papel do professor nessa 
integração declarando que os “docentes incumbir-se-ão de colaborar com as atividades de 
articulação da escola com a família e a comunidade” (BRASIL, 1996). 
 A integração com a comunidade fortalece a escola, rompe com o isolamento dos professores 
em sua luta pela melhoria da aprendizagem, aperfeiçoa a qualidade do ensino e dá aos 
alunos um exemplo de prática de cidadania. 
 Freire (1996): ensinar exige reflexão crítica sobre a prática e 
compreender que a educação é uma forma de intervenção no 
mundo. Assim, o professor deve vincular a sua relação com o 
aluno à prática social, ou seja, ter como parâmetros a própria 
prática cotidiana, possibilitando aos alunos o contato com a 
sua realidade social por meio da participação e do convívio 
com a comunidade ao redor da escola (MELO, 2012).
A importância do professor na integração entre a escola e a comunidade
 Almeida (2005) diz que alguns professores acham que inovar é apenas passar o mesmo 
conteúdo de um modo diferente, envolvendo as mesmas práticas já ultrapassadas. 
Esquecem-se de que a grande inovação se dá de dentro para fora, começando 
primeiramente pela postura diante dos alunos, passando pela sensibilidade para saber 
quais são as necessidades daquele grupo.
 Libâneo (2009) recomenda aos professores e equipe de dirigentes ter conhecimento e 
sensibilidade em relação às necessidades sociais e às demandas da comunidade local e do 
próprio funcionamento da escola, de modo a se ter clareza sobre as mudanças a serem 
esperadas nos alunos em relação ao seu desenvolvimento e aprendizagem.
A importância do professor na integração entre a escola e a comunidade
Com relação ao desenvolvimento de projetos que possam promover a integração entre a 
escola e a comunidade, é importante realizar uma pesquisa não apenas nas dependências da 
escola, mas também na comunidade que a envolve. Com uma pesquisa bem-feita, é possível 
conhecer a realidade e identificar as principais carências a serem contempladas. Mas de que 
forma é possível conhecer a realidade da escola e da comunidade que a envolve? Como 
identificar as principais expectativas e necessidades nesse contexto? Como planejar a ação 
educativa envolvendo, de forma mútua, a escola e a comunidade?
Conhecendo para planejar
 O termo diagnóstico é utilizado por profissionais de várias áreas e se refere ao conhecimento 
prévio necessário para a tomada de decisão. Ele deve buscar não só a identificação dos 
problemas, como também das potencialidades da escola e da comunidade, permitindo, 
assim, o desenvolvimento de propostas de ação que visem à resolução dos problemas e/ou 
aperfeiçoamento das potencialidades.
 Para retratar a realidade, é importante realizar uma pesquisa apurada visando identificar as 
principais características da escola e de sua comunidade com relação a diversos aspectos: 
físicos, humanos, sociais, culturais, ambientais, econômicos etc. 
 Nesse caso, podemos dizer que será feita uma caracterização 
da escola e da comunidade. A caracterização da comunidade 
deve englobar aspectos como a localização geográfica, as 
instituições sociais de prestação de serviços públicos, a 
densidade demográfica, o perfil econômico da população, o 
uso predominante do solo etc.
Caracterização e diagnóstico da realidade
Para realizar a caracterização, é importante identificar alguns aspectos, como os citados
a seguir:
 Perfil discente, como as condições socioeconômicas, faixas etárias, posição social, 
necessidades e valores dos alunos.
 Em quais condições se dá o processo de ensino-aprendizagem, como a metodologia de 
ensino, relação do número dos alunos por séries/ciclos e de idade/série, como é feito o 
processo avaliativo, a recuperação dos alunos.
 Quais são as condições da infraestrutura da escola quanto aos 
recursos materiais, humanos e didático-pedagógicos.
 Quais são as condições de trabalho bem como das políticas 
de valorização dos profissionais da educação.
Caracterização e diagnóstico da realidade
Para realizar a caracterização, é importante identificar alguns aspectos, como os citados
a seguir:
 Como se estabelecem as relações interpessoais e a organização do trabalho coletivo, a 
composição das equipes, qual é a qualificação dos professores.
 Quais são as formas de constituição e atuação dos órgãos colegiados, em especial, o 
conselho de escola, o conselho de série/ciclo, as unidades executoras (APMs e/ou caixa 
escolar) e o grêmio estudantil.
 Do ponto de vista sociocultural, é necessário identificar as 
questões mais importantes que emergem das proximidades da 
escola e que têm interferência direta no fazer-pedagógico.
Caracterização e diagnóstico da realidade
Para realizar a caracterização, é importante identificar alguns aspectos, como os citados
a seguir:
 Do ponto de vista do aspecto econômico-financeiro, faz-se importante o conhecimento de 
como a gestão financeira é feita, tendo em vista a necessidade de dar suporte aos aspectos 
pedagógico-organizacionais e as prioridades do processo ensino-aprendizagem; para tanto, 
deve-se conhecer os recursos disponíveis da escola, suas carências e necessidades e como 
a verba é utilizada (resumindo, como a escola capta e utiliza os recursos financeiros e como 
isso reflete no desempenho dos alunos).
Caracterização e diagnóstico da realidade
A LDBEN n. _____/_____, em seu artigo 13, inciso VI, define o papel do professor nessa 
integração declarando que os “docentes incumbir-se-ão de colaborar com as atividades de 
articulação da escola com a família e a comunidade”. 
a) 9654/1986
b) 9394/1996
c) 9823/1978
d) 1002/2002
e) 7564/1998
Interatividade
A LDBEN n. _____/_____, em seu artigo 13, inciso VI, define o papel do professor nessa 
integração declarando que os “docentes incumbir-se-ão de colaborar com as atividades de 
articulação da escola com a família e a comunidade”. 
a) 9654/1986
b) 9394/1996
c) 9823/1978
d) 1002/2002
e) 7564/1998
 A LDBEN n. 9394/1996, em seu artigo 13, inciso VI, define o 
papel do professor nessa integração declarando que os 
“docentes incumbir-se-ão de colaborar com as atividades de 
articulação da escola com a família e a comunidade”.
Resposta
 BRASIL. Lei Federal n. 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Brasília, 1996. Disponível em: 
https://bit.ly/3ACuIaq. Acesso em: 21 nov. 2022.
 BRASIL. Lei Complementar n. 170, de 7 de agosto de 1998. Florianópolis, 1998b. Disponível 
em: https://bit.ly/3XsrgJB. Acesso em: 21 nov. 2022.
 DORE, R. Educação e trabalho. Cadernos Cedes, Campinas, v. 34, n. 94, 2014.
 FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: 
Paz e Terra, 1996.
 MANTOAN, M. T. E. O desafio das diferenças na escola. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.
Referências
 MELO, A. de. Relações entre escola e comunidade. Curitiba: InterSaberes, 2012.
 PACHECO, J. A. Para a noção de transformação curricular. Cadernos de Pesquisa, São 
Paulo, v. 46, n. 159, 2016. Disponível em: https://bit.ly/3UeOTm9. Acesso em: 21 nov. 2022.
 ROSA, C. D.; AVILA, M. A.; PROFICE, C. C. Programa escola aberta, desde o início uma 
relação escola-comunidade: revisão de literatura. Atos de Pesquisa em Educação, v. 16, p. 
e8315, mar. 2021. Disponível em: https://bit.ly/3gSJnrp. Acesso em: 24 nov. 2022.
 SILVA, C. C. M.; MENIN, M. S. de S. Análise das relações entre escola, comunidade e 
educação moral. São Paulo: Fapesp, 2012.
Referências
 SUNG, C. L. Participação da comunidade na escola pública: os modelos colegiado e 
voluntariado e seus campos de significação. 2003. 308 p. Dissertação (Mestrado em 
Pedagogia) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2003.
 SZYMANSKI, H. Práticas educativas familiares: a família como foco de atenção 
psicoeducacional. Estudos de Psicologia, Campinas, v. 21, n. 2, 2004, p. 5-16. Disponível 
em: https://bit.ly/3hUFPVT. Acesso em: 21 nov. 2022.
Referências
ATÉ A PRÓXIMA!

Mais conteúdos dessa disciplina