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FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 1 FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR GENERALIDADES - Função primordial: garantir a circulação e distribuição do fluxo sanguíneo para os tecidos - O sangue realiza o transporte de materiais para e de todas as partes do corpo, como nutrientes, água, gases, resíduos, etc., ou seja, há uma troca constante de materiais: • entre célula e interstício • entre interstício e plasma - O sistema circulatório é constituído por coração, vasos sanguíneos, células e plasma sanguíneos - Quando dois leitos capilares são conectados em série chamamos de sistema porta (Ex: fígado) - As artérias SAEM do coração e as veias LEVAM sangue ao coração PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS FLUXO SANGUÍNEO - A movimentação dos fluidos se dá devido ao gradiente de pressão, ou seja, os fluidos vão para regiões de ALTA pressão para de BAIXA pressão - Conforme o sangue se move pelo sistema, a pressão diminui devido ao atrito entre o sangue e a parede dos vasos sanguíneos - A pressão mais alta nos vasos do sistema circulatório é encontrada na AORTA e nas artérias SISTÊMICAS - A pressão mais baixa ocorre nas VEIAS CAVAS - A pressão criada dentro do ventrículo é chamada de pressão propulsora - O que vai garantir que o fluxo seja UNIDIRECIONAL é a existência das valvas cardíacas (elas fecham devido ao gradiente de pressão), ou seja, elas funcionam de forma mecânica - O fluxo sanguíneo vai ser diretamente proporcional à diferença de pressão e inversamente proporcional à resistência DÉBITO CARDÍACO - Quantidade de sangue que o ventrículo bombeia em um minuto; - Depende do volume de sangue que o ventrículo ejeta (volume sistólico) e da quantidade de batimentos por minuto (frequência cardíaca) - DC do VD = DC do VE (já que o fluxo da circulação pulmonar é igual ao fluxo da circulação sistêmica) FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 2 - O volume sistólico está relacionado com o DESEMPENHO DO MIOCÁRDIO e a frequência cardíaca com a ATIVIDADE MARCAPASSO PRESSÃO ARTERIAL (PA) - É a força que o sangue exerce contra as paredes do segmento arterial em que se encontra - Principal parâmetro “observado” pelo organismo para atender as necessidades metabólicas dos tecidos - Três características determinam essa força: • a capacidade que o segmento arterial tem de acomodar o volume de sangue que chega nele (tem a ver com a estrutura histológica) • o volume de sangue que chega no segmento a cada batimento (= volume sistólico) • a dificuldade ou não que o sangue vai encontrar de ser escoado desse segmento (= resistência periférica total) OBS: A elasticidade é diferente de ser distensível, ou seja, a artéria precisa acumular energia potencial elástica para voltar ao tamanho original. Ou seja, durante a diástole, o que vai garantir que a pressão arterial se mantenha elevada é essa ENERGIA POTENCIAL ELÁSTICA acumulada na parede da artéria (Ex: se acumulou muita energia a pressão durante a diástole cai menos) - PA sistólica > PA diastólica - A resistência periférica total é a soma de todas as resistências e ela é ajustada de acordo com a necessidade do tecido de receber determinada quantidade de sangue - A intensidade da resistência vai ser determinada pelo tecido: → quando o tecido está metabolicamente MENOS ativo, vai CONTRAIR a parede da arteríola, fazendo com que a resistência da arteríola AUMENTE, redistribuindo o sangue para os tecidos mais metabolicamente ativos → quando o tecido está metabolicamente MAIS ativo, vai RELAXAR a parede da arteríola, fazendo com que a resistência DIMINUA e o sangue escoa mais facilmente por essa arteríola - As veias são menos elásticas, então elas não acumulam energia potencial elástica em suas paredes, por isso são capazes de acomodar uma grande quantidade de sangue sem que a pressão interior aumente (alta capacitância) - Os dois pulmões recebem a mesma quantidade de sangue que o somatório de todos os capilares do corpo – estão em série (fluxo da circulação sistêmica = fluxo da circulação pulmonar) - Cada lado do coração funciona como uma bomba independente dentro dos seus limites O CICLO CARDÍACO Sístole = contração do miocárdio Diástole = relaxamento do miocárdio O ciclo cardíaco é a alternância desses estados de forma ininterrupta. DIÁSTOLE FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 3 Ocorre sístole e diástole no átrio e no ventrículo, mas quando nos referimos a somente diástole quer dizer sempre ventricular, pois é a mais importante (já que essa câmara cardíaca que é a responsável pelo débito cardíaco); 1) Primeira fase: RELAXAMENTO ISOVOLUMÉTRICO (ou seja, volume ventricular não está variando) com queda na pressão (já que a parede está relaxando) - A pressão no átrio continua aumentando (pouco) porque o átrio continua recebendo sangue das veias pulmonares - A pressão na aorta aumenta um pouco (chamada incisura - que se deve ao fechamento da valva aórtica. Caso a valva não fechasse adequadamente e permitisse o refluxo de sangue para o ventrículo, o “dente” no gráfico não seria formado, haveria uma queda contínua) 2) Segunda fase - A pressão atrial continua aumentando, o que desencadeia a abertura da valva mitral - Consequentemente, há o escoamento do sangue que estava acumulado no átrio para o ventrículo - ENCHIMENTO RÁPIDO VENTRICULAR - A pressão ventricular se mantém igual porque o sangue que chegou ainda não é suficiente para aumentar a pressão em sua parede - A pressão na aorta continua caindo, uma vez que o sangue não é resposto (a pressão não é tão variada por conta da capacidade elástica de retração do vaso) 3) Terceira fase - ENCHIMENTO LENTO (o sangue que estava acumulado no átrio já escoou totalmente e o que o ventrículo continua enchendo está dependendo do retorno venoso que escoa direto) - Variação de pressão no átrio e na aorta se mantém 4) Quarta fase - Eleva-se a pressão do átrio por conta da sístole atrial, e essa pressão empurra um volume extra de sangue ao ventrículo - ENCHIMENTO POR CONTA DA CONTRAÇÃO ATRIAL - A pressão na aorta continua baixando, já que o sangue continua sendo escoado sem que haja reposição SÍSTOLE 1) Primeira fase - Contração da parede ventricular vai fechar a valva mitral - CONTRAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA (o volume não está variando, mas a pressão do ventrículo aumenta MUITO) - Pequeno aumento da pressão do átrio, já que o sangue está empurrando a valva FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 4 - A pressão na aorta ainda está abaixando, uma vez que ela não está recebendo nenhum volume de sangue 2) Segunda fase - Quando a pressão dentro do ventrículo fica maior que a pressão na aorta, abre-se a valva aórtica e há a ejeção do sangue - QUEDA DO VOLUME VENTRICULAR - A pressão aórtica acompanha a pressão ventricular - No ECG, se expressa como a onda C 3) Terceira fase: - O ventrículo começa a estar próximo ao seu volume sistólico final - A pressão aórtica começa a cair BULHAS CARDÍACAS Sons cardíacos causados por vibração de estruturas cardíacas devido ao impacto do sangue; B1) Primeira bulha: início da SÍSTOLE = contração isovolumétrica = aumento da pressão = fechamento das valvas atrioventriculares (causa o primeiro som = impacto de uma cúspide na outra) TUM B2) Segunda bulha: início da DIÁSTOLE = pressão abaixa = fechamento das valvas semilunares (causa o segundo som = impacto de uma cúspide na outra) TA FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 5 CONTRATILIDADE GERAL CÉLULAS MÚSCULARES: ESQUELÉTICAS X CARDÍACAS As células musculares são capazes de transformar energia química em mecânica a partir de estímulos elétricos (PA). Características célulasesqueléticas: - Núcleos na periferia da célula - Células alongadas (multinucleadas) - Controle voluntário - Os músculos são ligados a tendões/ossos/esfíncteres - Possuem estriações Características células cardíacas: - 1 ou 2 núcleos centrais - Apresentam bifurcações - Sincício - Controle involuntário - Exclusivas do coração - Possuem estriações CONTRAÇÃO MUSCULAR GERAL: Deslizamento dos filamentos finos (actina) sob os filamentos grossos (miosina) mediado pela chegada do íon cálcio – se liga à troponina C. A tropomiosina cobre os sítios ativos da miosina e quando o cálcio se liga à troponina C acarreta uma mudança na tropomiosina, fazendo com que ela exponha os sítios ativos da actina e permita sua interação com a miosina. A cabeça da miosina precisa ser “ativada” antes dessa interação acontecer e isso acontece mediante à hidrólise de ATP (ADP + Pi). Com a ligação (LIGAÇÃO FRACA) da cabeça da miosina no sítio da actina, o fosfato inorgânico vai ser liberado, fortificando a ligação (LIGAÇÃO FORTE). Ao liberar o ADP, ocorre a tração – a cabeça da miosina puxa o filamento de actina em direção ao centro do sarcômero. Um novo ATP será necessário para desfazer a ligação da cabeça da miosina com a actina; Assim, 4 passos definem a contração: PASSO 1: formação da ponte cruzada (mediante hidrólise de ATP) PASSO 2: tração PASSO 3: ponte cruzada é desfeita (mediante ligação da miosina com ATP) PASSO 4: reativação da cabeça da miosina (mediante hidrólise de ATP) FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 6 OBS: Contração isométrica x Contração isotônica - Contação isométrica: quando a contração ocorre sem encurtamento do sarcômero, significando que foi gerada uma tensão não suficiente para promover o encurtamento (provavelmente por conta de alguma oposição ao encurtamento) = produz-se força sem mudança no comprimento do músculo - Contração isotônica: quando a contração leva ao encurtamento do sarcômero = produz-se força com mudança no comprimento do músculo A contração só irá parar de acontecer quando a concentração de cálcio diminuir no meio, retornando ao retículo sarcoplasmático (por transporte ativo), levando ao relaxamento da musculatura; DIFERENÇAS NA CONTRAÇÃO MUSCULAR Nos cardiomiócitos, há a presença de túbulos T com maior calibre do que nos músculos esqueléticos e isso é importante uma vez que o cardiomiócito depende da internalização de cálcio do meio extracelular pra iniciar sua contração (o cálcio fica no meio extracelular e no interior desses túbulos); A contração muscular, à nível microscópico, depende da presença de uma proteína acoplada à membrana do retículo que interage mecanicamente com outra proteína que está acoplada à membrana do túbulo T (as 2 estão bem próximas); NO MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO As duas proteínas são canais de cálcio. A primeira é o receptor de rianodina e a sua abertura permite a liberação de cálcio do interior do retículo para o citoplasma do cardiomiócito. Ele é aberto (na fibra muscular esquelética) por conta da interação mecânica com o segundo canal de cálcio - DHP (receptor de diihidropiridina). A chegada do potencial de ação nesse segundo canal irá acarretar em sua despolarização (mudança conformacional) e, com isso, estimular o outro canal a abrir. Assim, no músculo esquelético esse segundo canal de cálcio praticamente não atua como canal e sim como um “estimulador” do primeiro canal (que irá realizar essa função de fato). NO CORAÇÃO O potencial de ação chega no túbulo T provocando a abertura do segundo canal de cálcio (isso possibilita a internalização do cálcio presente nesse túbulo T). O primeiro canal de cálcio DEPENDE desse aumento de cálcio no meio intermembranar para abrir. Assim, ele irá abrir por meio desse aumento. CONTRATILIDADE CARDÍACA Os cardiomiócitos estão organizados de forma a constituir os sincícios (ou malha) atrial e ventricular. Eles são conectados por discos intercalares (formados por junções comunicantes) faz com que o estímulo chegue às outras células pois elas vão contrair de forma síncrona. COMO OCORRE A CONTRAÇÃO MUSCULAR NO CARDIOMIÓCITO Inicialmente, na membrana do túbulo T, existem os canais de cálcio (receptores de diidropiridina) que permitem a entrada do cálcio do meio extracelular para o intracelular. Com a chegada do PA, vai ocorrer a abertura desses canais que leva ao aumento do cálcio no espaço intermembranar (entre a membrana plasmática do cardiomiócito – sarcolema - e a membrana do FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 7 retículo sarcoplasmático), o que vai acarretar a ativação de outro canal de cálcio (receptor de rianodina). Esse último, ao ser aberto, vai permitir a saída de cálcio para o citoplasma da célula, aumentando sua concentração. O cálcio vai interagir com a troponina C e permitir a contração muscular. Além disso, o cálcio do meio extracelular pode entrar direito para o meio intracelular (por meio do primeiro canal). Assim: 1) Potencial de ação 2) Aumento da concentração de cálcio intracelular 3) Ativação da maquinaria contrátil (regulação pela tropomiosina) Para que ocorra o relaxamento muscular, a concentração de cálcio intracelular precisa diminuir. A principal via de remoção do cálcio é a recaptura para dentro do retículo sarcoplasmático e isso ocorre através de um transportador, chamado de SERCA. A ativação desse transportador ocorre da seguinte forma: ao lado desse transportador, existe uma proteína chamada de fosfolambano (PLB) e ela inativa/diminui a atividade da SERCA quando não está fosforilada. Quando a PLB é fosforilada, ela DEIXA DE INIBIR A SERCA, permitindo sua maior atuação em internalizar o cálcio para o retículo. Além dessa via, o cálcio pode ser externalizado da célula, que ocorre por meio da ação mediada por ATP de uma proteína cálcio – ATPase de membrana plasmática (PMCA) e por meio da ação de uma proteína chamada NCX (trocador de cálcio por sódio) que vai externalizar o cálcio em troca da internalização de 3 íons sódio. Pode acontecer, também, do cálcio ser internalizado para a mitocôndria (pouquíssima quantidade). OBS¹ : Esse trocador pode atuar de maneira reversa, internalizando cálcio e externalizando sódio. A forma como essa proteína atua depende da concentração desses íons dentro da célula. Durante o disparo do potencial de ação, ocorre um aumento de sódio dentro da célula, fazendo com que esse trocador atue externalizando o sódio e internalizando, de tabela, o cálcio – o que acaba ajudando a aumentar a sua concentração intracelular para dar início à contração. Dessa forma, essa proteína atua de forma SINÉRGICA (ajudando a internalizar cálcio quando precisa e a externalizar quando precisa). -Setas vermelhas: vias de entrada do cálcio da célula -Setas verdes: vias de remoção do cálcio da célula DESTACANDO 3 PONTOS: - A liberação de cálcio do retículo é induzida pela internalização do cálcio do meio extracelular (hipocalcemia pode alterar a função cardíaca) - O aumento do cálcio no espaço intermembranar causa a inativação do canal de cálcio (DHRP) – se já está com muito cálcio e os RYR estão acionados, não preciso que entre mais - O aumento do cálcio no retículo sarcoplasmático aumenta a sensibilidade dos receptores de rianodina (mais facilmente esses receptores são acionados) POTENCIAL DE AÇÃO NO MÚSCULO ESQUELÉTICO X CARDÍACO No músculo esquelético, os potenciais de ação “se somam”, produzindo maior intensidade de FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 8 contração, ou seja, antes que o cálcio seja todo removido chega outro potencial de ação impedindo isso. Se a frequência da chegada dos potenciais de ação é muito elevada, acontece a força tetânica(força máxima que um músculo consegue produzir). No coração, como há uma eletrofisiologia diferente, o platô do potencial de ação IMPEDE o efeito de somação dos potenciais de ação. Isso é importante porque o coração precisa controlar o ciclo cardíaco e, por isso, precisa entrar em diástole (relaxamento muscular), para permitir que o ventrículo se encha de sangue novamente. Então, como músculo cardíaco é capaz de variar sua força de contração? MODULAÇÃO DA FORÇA DE CONTRAÇÃO DO MÚSCULO CARDÍACO LEI DO CORAÇÃO DE STARLING: É a capacidade do cardiomiócito desenvolver diferentes níveis de tensão de acordo com o comprimento do sarcômero. Em comprimentos pequenos de sarcômero, há uma baixa capacidade de desenvolver tensão pelos cardiomiócitos. Isso acontece por dois motivos: 1. A sobreposição dos filamentos de actina acaba cobrindo alguns dos sítios ativos desses filamentos e impedindo a interação da cabeça da miosina com eles. 2. Quanto mais próxima uma linha Z da outra, maior seria o espaço entre o filamento de miosina e de actina e isso dificultaria a interação. Conforme o comprimento vai aumentando, pouco a pouco, chega-se a um espaçamento ótimo entre os filamentos, acarretando em um aumento da tensão desenvolvida. No espaçamento ÓTIMO (entre B e C), chega-se à capacidade máxima (100%) de desenvolvimento de tensão. Com um espaçamento muito maior, ou seja, uma GRANDE distensão, os filamentos ficam distantes a ponto de impedir a contração (situação D), produzindo quase 0% de tensão. Quanto mais sangue chega no ventrículo, mais vai distender a parede ventricular e tem-se o aumento do tamanho do sarcômero (distensão). O coração funciona normalmente abaixo do comprimento ótimo e, conforme o retorno venoso aumenta, o desempenho cardíaco é melhorado porque aumenta um pouco o comprimento do sarcômero. FATORES QUE AFETAM A CONTRATILIDADE Estado inotrópico: grau de contratilidade cardíaca, podendo ser MAIOR (inotropia +) ou MENOR (inotropia -). Os fatores podem influenciar, então, positivamente ou negativamente esse estado. *Inotropia: capacidade de desenvolvimento de tensão FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 9 ATIVAÇÃO DA INOTROPIA POSITIVA (+): - Ativação simpática - Catecolaminas (adrenalina, noradrenalina) - Efeito Bowditch: quanto maior a frequência cardíaca, há uma tendencia de acúmulo de cálcio entre as proteínas contráteis (remoção de cálcio não acompanha a elevação acelerada – velocidade de remoção de cálcio < frequência cardíaca) = proteínas contrateis não relaxam completamente - Efeito Anrep: aumento da pós-carga (dificuldade que o coração vai encontrar para ejetar seu volume sistólico – tudo que seria o impedimento, exemplo: pressão arterial elevada) ATIVAÇÃO DA INOTROPIA NEGATIVA (-): - Ativação parassimpática: vias opostas à ativação simpática - Insuficiência sistólica (Ex: uma pessoa sofreu um infarto e uma parte do miocárdio não está funcionando) MECANISMOS DE REGULAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE CÁLCIO INTRACELULAR - EFEITO INOTRÓPICO POSITIVO: Regulação do AUMENTO do cálcio intracelular -> maior força de contração Como? Por meio da fosforilação dos canais de cálcio (DHPR e RYR) que faz com que esses transportadores aumentem sua função EFEITO LUSITRÓPICO POSITIVO: Maior velocidade de remoção do cálcio intracelular -> RELAXAMENTO muscular Como? Por meio de 2 fatores: - Fosforilação do fosfolambano que faz com que a SERCA funcione mais - Fosforilação da troponina i (uma das subunidades da troponina) – quando ela está fosforilada ela DIMINUI a atração da troponina c com o cálcio, fazendo com que ela o libere mais facilmente Importante destacar que isso não aumenta o tempo de diástole, só acelera o relaxamento da musculatura e aumenta a quantidade de cálcio estocado no retículo; EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO SIMPÁTICA NO CARDIOMIÓCITO Maior ativação simpática leva a liberação de noradrenalina, que atua sobre o receptor beta adrenérgico levando à estimulação da proteína Gs, que ativa a adenilato ciclase que leva a uma maior ativação de AMP cíclico, ATIVANDO a pKA. A pKA atua em 3 locais: - Fosforila o canal de cálcio (DHPR) - Fosforila o canal de cálcio (RYR) e o fosfolambano - Fosforila a troponina-I Assim, a estimulação simpática produz tanto um efeito inotrópico positivo quanto um efeito lusotrópico positivo. FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 10 Na imagem é possível observar também a modulação parassimpática, com a acetilcolina se ligando ao seu receptor e levando a ativação da proteína Gi (inibitória). Assim, há uma menor ativação da adenilato ciclase e menor formação de AMPc, DIMINUINDO a ação da pKA e acarretando todo o OPOSTO da ativação simpática. TENSÃO MUSCULAR CARDÍACA Conceitos: - Tensão no repouso: produzida somente por conta do tamanho desse músculo, ou seja, o quanto ele está distendido ou encurtado; em suma, é a pressão que o sangue exerce sobre a parede – ainda não há interação entre as proteínas contrateis - Tensão ativa: capacidade do musculo de produzir tensão a partir da união entre as proteínas contráteis - Pico de tensão isométrica: máximo de tensão que vai ser produzido para cada comprimento de músculo (já que dentro do mesmo comprimento podem ser produzidas diferentes tensões) = gerado pela soma da tensão ativa + tensão no repouso - Lmáx: comprimento ÓTIMO, ou seja, onde o músculo seria capaz de desenvolver o MÁXIMO DE TENSÃO ISOMÉTRICA; Assim, para cada comprimento de músculo em repouso existe uma tensão muscular. Para cada comprimento ele é capaz de produzir uma tensão ativa e o somatório da tensão ativa com a tensão de repouso irá levar ao pico de tensão isométrica; Quanto mais sangue chega ao coração, ele se contrai com mais força e ejeta mais sangue. (o coração ejetaria todo o sangue que chega até ele). PRÉ CARGA É o grau de estiramento do miocárdio antes do início da contração, pois esse estiramento representa a carga colocada sobre o músculo cardíaco antes que ele contraia. Assim, é a tensão do miocárdio no REPOUSO . O que produz tensão muscular enquanto ele está no repouso é o enchimento de sangue na parede do ventrículo; Esse “peso” que o sangue faz na parede do ventrículo distendendo-o (de 1 g, por exemplo), é a única força que o músculo precisa superar para realizar sua contração. Por isso, ele não precisa produzir o MÁXIMO de força; FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 11 Para cada comprimento que ele vai diminuindo (por conta da contração), vai havendo uma queda no pico de tensão; Ele só vai ejetar o sangue que está dentro dele até esse ponto, quando a capacidade de produção de força se iguala à força que está mantendo esse músculo distendido (1g) – ponto 3 do gráfico PÓS CARGA Para ejetar sangue do ventrículo, o coração deve gerar força para deslocar o sangue para a aorta, empurrando-o ainda mais adiante. A carga combinada do sangue no ventrículo (o VDF) e da resistência durante a contração ventricular é chamada de PÓS-CARGA. Assim, é a tensão do miocárdio DURANTE a contração. Quando o músculo começa a contrair ele tem que superar não somente o 1 g (que é do enchimento do sangue) mas também a carga externa de 2g* = 3g que precisam ser superadas. Quando ele supera esses 3g, ele começa a contrair. Primeiro ele aumenta a tensão ativa para igualar a tensão muscular produzida pela resistência e quando isso é superado ele começa a encurtar. *Essa PÓS CARGA é gerada por tudo que impõe uma dificuldade a saída do sangue do ventrículo. Exemplo: pressão arterial elevada. ESTRESSE DE PAREDE Se a tensão tiver uma grande intensidade pode ocasionar lesões (romper o tecido). Esse estresse de parede é produzidoa todo momento, mas quando ele é excessivo cronicamente pode ocorrer 2 tipos de situação: - CARDIOMIOPATIA DILATADA: adaptação ao aumento crônico da pré-carga excessiva – ventrículo não tem uma força contrátil suficiente para expulsar seu volume diastólico final - CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA : adaptação do aumento crônico da pós carga. O aumento da pós-carga é visto em várias situações patológicas, incluindo a pressão sanguínea arterial elevada e a perda da distensibilidade (complacência) da aorta. Para manter constante o volume sistólico quando a pós-carga aumenta, o ventrículo deve aumentar sua força de contração. Isso, então, aumenta a FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 12 necessidade de oxigênio e de produção de ATP para o músculo cardíaco. Se o aumento da pós- carga se torna uma situação crônica, as células miocárdicas hipertrofiam, resultando em um aumento da espessura da parede ventricular. ELETROFISIOLOGIA CARDÍACA Antes de entender a fundo o potencial de ação cardíaco, é necessário lembrar o potencial de repouso celular. O que determina o potencial de membrana celular? Três fatores: a diferença da concentração de íons entre o meio intra e extracelular, a permeabilidade da célula a cada um desses íons (exemplo: mais permeável para o potássio) e a atividade de transportadores ativos na membrana celular (bomba de sódio e potássio). Potássio: + no meio intra; - no meio extra Sódio: - no meio intra; + no meio extra Cálcio: - no meio intra; + no meio extra Cloreto: - no meio intra, + no meio extra O somatório de cátions e ânions no meio extracelular e intracelular é o mesmo. OBS: Ocorre a contribuição de diferentes sistemas do organismo para a manutenção dessas concentrações! Assim, alterações de condutância dos íons gera variação de potencial de membrana e vice versa. Exemplo de alteração na condutância gerando variação de potencial: Em -90 mV, a permeabilidade de potássio é muito maior que a permeabilidade de sódio na membrana. Existem dois principais tipos de potencial de ação cardíacos: a resposta rápida (onde a despolarização – fase 0 - ocorre bem rapidamente) e a resposta lenta (onde a despolarização não é tão imediata) RESPOSTA RÁPIDA FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 13 - Contém 5 fases EXPLICANDO O GRÁFICO FASE 4 O que mantém o potencial de membrana da célula na fase 4 é a sódio/potássio ATPase. Há potássio vazando para o meio extracelular (perda de cargas positivas) já que os canais de potássio K1 estão abertos. FASE 0 Quando o PA chega, abrem-se os canais de sódio (canais rápidos de sódio) prontamente, gerando a entrada desse íon e gerando a despolarização. Esse estímulo também vai ativar a abertura dos canais de cálcio, porém, como eles são mais lentos, na fase 0 eles foram estimulados mas ainda não abriram. OBS: Importante lembrar o mecanismo de funcionamento DOS CANAIS DE SÓDIO . Ele tem 3 estados de atuação: - Em repouso ele está fechado - Quando a célula despolariza, o canal é ativado rapidamente (ABRE) - Ele tem uma janela temporal em que fica aberto e depois passa para um estado de inativação (período refratário absoluto = período em que a célula não consegue responder a um novo estímulo) Atentar para a diferença entre o estado FECHADO e o estado INATIVADO. Quando está em repouso, ele está disponível para receber estímulos. Já no estado inativado não. Além disso, uma despolarização lenta da membrana celular inativa os canais de sódio; FASE 1 FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 14 Depois que o cardiomiócito despolarizou bastante ele sofre uma repolarização rápida causando um pico no potencial de ação. Na fase 1, é importante que os canais de sódio estejam inativados e que os canais de potássio (são os responsáveis pela corrente Ito1 = diferentes dos da fase 4) estejam abertos. Os canais de cálcio ainda estão no processo de abertura. FASE 2 É a fase de platô, uma fase de retorno lento ao potencial de repouso. O que se tem de corrente são correntes de cálcio e de potássio, sendo os canais de cálcio abertos (permitem a ENTRADA do cálcio na célula). Existem 2 tipos de canais de cálcio: tipo L (lento) e tipo T (um pouco mais rápido) – apesar de os dois serem lentos em comparação com os canais de sódio. A saída de potássio está sendo equilibrada com a entrada de cálcio. Também ocorre a atuação do trocador NCX (troca 3NA+ por 1 Ca+2). No início dessa fase, ele trabalha colocando cálcio para dentro e no final da fase colocando cálcio para fora. FASE 3 Não há mais corrente de cálcio (canais fecharam). O que predomina é a corrente repolarizante dos canais de potássio (Kr e Ks). O retorno à fase 4 se dá quando esses canais Kr e Ks se fecham e predomina-se os canais K1 de potássio abertos. RESUMINDO: Despolarização por conta da corrente de sódio => Repolarização rápida por conta da corrente transiente de potássio => Platô (entrada de cálcio e saída de potássio em equilíbrio) => Repolarização por canais de potássio As correntes do PA resposta rápida: Correntes DESPOLARIZANTES: curvas representadas para baixo Correntes REPOLARIZANTES: curvas representadas para cima Contrapondo a entrada de íons positivos (cálcio) na ICa,L, a Ito2 representa a corrente de entrada de íons cloreto (cargas negativas) e a Iks e Ikr representa a saída de potássio. PERÍODO REFRATÁRIO No cardiomiócito, o período refratário é muito maior do que em neurônios, por exemplo. O platô vai atrasar o retorno do potencial de membrana ao seu valor negativo (que é quando os canais de sódio voltam para a posição de fechados). Enquanto a fase de platô está acontecendo, os canais de sódio estão inativos, o que impede de as células de responderem a um novo potencial de ação. Período refratário ABSOLUTO : todos os canais de sódio inativos (célula cardíaca não responde a um FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 15 novo estímulo, o que permite o relaxamento da musculatura e, com isso, o enchimento ventricular) Período refratário RELATIVO: alguns canais de sódio já estão na fase de fechados e conseguem responder a novos potenciais de ação; * Período refratário EFETIVO: é a soma dos períodos absoluto e relativo *Apesar de alguns dos canais de sódio já conseguirem responder ao potencial de ação por estarem fechados, essa resposta não gera uma sístole eficiente, ou seja, essas despolarizações precoces geram um potencial fraco, insuficiente para gerar o quadro de potencial de ação rápido eficiente. IMPORTÂNCIA DA CONCENTRAÇÃO DE SÓDIO EXTRACELULAR Para que ocorra um potencial de ação normal é importante observar a concentração de sódio extracelular. A amplitude do PA depende do gradiente químico de Na+ através da membrana, o que vai influenciar a abertura dos demais canais. IMPORTÂNCIA DA CONCENTRAÇÃO DO POTÁSSIO EXTRACELULAR Se a concentração extracelular de potássio aumenta (passar de 4 mM), isso irá diminuir a força motriz (responsável pela atração do potássio do meio extracelular). Se diminui essa diferença, isso reduz a corrente de potássio de dentro pra fora da célula. Se mais cargas positivas ficam no interior da célula, isso vai despolarizando a membrana. Assim, o aumento da concentração de potássio extracelular vai DESPOLARIZAR a membrana do cardiomiócito, o que pode gerar complicações. Por outro lado, se a concentração extracelular cai demais, há uma hiperpolarização da membrana (fica muito negativa). Seguindo essa linha, com uma queda da concentração BRUSCA, essa baixa concentração leva a inativação de canais de potássio, mantem o potássio dentro da célula e ocorre uma despolarização. Exemplo: FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores– Turma XX 16 Alteração do potencial de ação por elevada concentração de potássio no meio extracelular. A fase rápida (fase 0) vai ficar um pouco mais lenta, já que alguns canais de sódio podem ser inativados (menos canais de sódio atuando nessa fase de despolarização); RESPOSTA LENTA : - Possui 3 fases (não tem a fase de platô) - Presente nas células marcapasso (nó sinoatrial e atrioventricular) FASE 4 A célula já parte de uma posição menos negativa e essa fase não é constante. A despolarização ocorre lentamente, já que existem correntes catiônicas. • Efluxo de K+ (Ik) • Influxo de Na+ (If) • Influxo de Ca2+ (Icat) DESPOLARIZAÇÃO LENTA FASE 0 Quando a despolarização atinge uma voltagem especifica, isso acarreta a abertura de canais de cálcio (canais tipo L e T) e o influxo desse íon => DESPOLARIZAÇÃO RÁPIDA . Importante atentar que essa despolarização rápida não ocorre por conta da entrada de sódio (como na resposta rápida) e sim por conta da entrada de cálcio. FASE 3 Fase de repolarização por conta da saída de potássio (correntes Ikr e Iks). - A condutância iônica durante o potencial de ação lento: a corrente If representa a entrada de sódio na célula por conta da abertura de seus canais; durante a fase 0, observa-se uma queda na permeabilidade do potássio na célula e grande permeabilidade do cálcio. FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 17 RESUMINDO: As correntes da PA de resposta lenta A corrente If pode funcionar tanto para despolarizar quando repolarizar – na fase 4 ela age despolarizando e na fase 0 repolarizando DIFERENÇAS ENTRE RESPOSTA LENTA E RÁPIDA - O número de fases (na rápida há 5 fases e na lenta 3) - A fase 0 acontece por estímulos diferentes (na rápida = abertura de canais de sódio e na lenta = abertura de canais de cálcio) POTENCIAL DE AÇÃO CARDÍACOS Em vários locais do coração, há diferentes potenciais de ação presentes; Comparação com o PA do nó sinoatrial (NSA) e do nó atrioventricular (NAV): ambos são de resposta lenta, mas o gráfico do NSA é mais “fechado”, por isso corre de uma forma mais rápida, o que indica que a frequência de ativação do NSA é maior que do NAV. Nas fibras de Purkinje – resposta rápida No átrio – resposta rápida No ventrículo – resposta rápida FREQUÊNCIA DE ATIVAÇÃO DAS ESTRUTURAS ELETROQUÍMICAS A frequência do NSA pode ser de 60 a 100 batimentos por minuto quando consideramos a ativação parassimpática. Essa frequência de ativação significa quantos batimentos irão ocorrer por ação desse nodo. Sem considerar a influencia parassimpática, a frequência de ativação intrínseca é de 120 bpm. A frequência do NAV é de 40 a 60 bpm. A frequência das fibras de Purkinje é de 15 a 40 bpm. VELOCIDADE DE CONDUÇÃO EM DIFERENTES TECIDOS CARDÍACOS Nas células marcapasso a condução do estímulo de uma célula para outra é mais lenta. Quando entra nas vias do sistema de condução (internodais) esse ritmo é acelerado e quando chega na fibra de Purkinje é BEM acelerado. Isso é importante porque o músculo ventricular é mais extenso, por isso a velocidade deve ser maior. ORDEM DE ATIVAÇÃO DA MUSCULATURA CARDÍACA O NSA é o que dita o ritmo, já que ele é o mais acelerado. Quando ele produz o PA ele transmite isso para suas vias intermodais em direção ao nodo atrioventricular (NAV), ocasionando a contração em toda musculatura atrial. Quando só o NSA despolarizou (quantidade de movimentação iônica muito pequena – não gera uma onda especifica no ECG). Quando todo o átrio despolarizou, há uma atividade elétrica mais significativa, marcada no ECG pela ONDA P. O atraso no NAV de passar o estímulo elétrico para FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 18 o feixe de His) é registrado entre a onda P e o complexo QRS. Em seguida, o estímulo vai passando pelo NAV e feixe de His, ramo esquerdo e ramo direito e enquanto esses ramos estão conduzindo o estimulo para suas ramificações e para as fibras de Purkinje, a musculatura em seu entorno vai sendo contraída – principalmente a musculatura do septo interventricular. Isso produz a primeira deflexão do complexo QRS. Em seguida, há a despolarização na ponta do ápice que vai em direção a ponta do coração. Toda essa despolarização ventricular será representada no ECG no complexo QRS. O ventrículo permanece um tempo contraído (representado no segmento ST do ECG) – fase do platô. Quando começa a repolarização ventricular, começa a onda T do ECG. DESPOLARIZAÇÃO OCORRE DO SEPTO EM DIREÇÃO AO ÁPICE E DO ÁPICE EM DIREÇÃO À BASE! • ONDA P = despolarização atrial • Segmento PQ = tempo que o sinal elétrico é atrasado no NAV • Complexo QRS = despolarização ventricular • Segmento ST = tempo que o ventrículo permanece contraído • ONDA T = repolarização ventricular CONTROLE AUTONÔMICO ATIVAÇÃO PARASSIMPÁTICA - Direcionada às células marcapasso - Gráfico azul demonstra esse controle: • A célula parte de um potencial de membrana mais negativo visto que os canais de cálcio são sensíveis à acetilcolina (liberada pela SN parassimpático); • Dessa forma, ela vai levar mais tempo para atingir o potencial que leva à ativação de mais canais de cálcio e essa ativação também é mais lenta; - A acetilcolina vai atuar nos receptores M2 levando à diminuição da frequência cardíaca EFEITOS • Aumento da duração da fase 4 devido a: - Abertura dos canais de potássio (Ik,Ach) gerando um efluxo de potássio; FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 19 → Lentifica a despolarização diastólica aumentando a corrente repolarizante → Aumenta a diferença de potencial diastólico máximo (valor mais negativo alcançado pelo potencial de repouso) • Redução da fosforilação de If (diminuição do AMPc): diminui a velocidade de despolarização diastólica do potencial marcapasso • Redução da Ica,i (diminuição do AMPc): diminui velocidade de despolarização ad fase 0 e diminui a amplitude do PA • Redução da Ik (diminuição do AMPc): aumento da duração do potencial de ação ATIVAÇÃO SIMPÁTICA - A noradrenalina/adrenalina atua nos receptores beta1 EFEITOS: • Encurtamento da fase de despolarização diastólica -> aumento da frequência cardíaca (principal causa: fosforilação de If, contribuição de Icat) • Aumento da velocidade do PA: fosforilação de Icat • Possível aumento de amplitude: fosforilação de Icat • Repolarização mais rápida: Ik VASOS SANGUÍNEOS Se os vasos fossem tubos rígidos por onde o sangue fluísse sem nenhuma adaptação, o trabalho cardíaco seria muito maior. PRINCIPAIS FUNÇÕES ATRIBUÍDAS AOS LEITOS VASCULARES: - Artérias: transporte sob alta pressão para os tecidos. Distensibilidade que reduz pulsatilidade do fluxo e alta elasticidade • Se não fossem distensíveis, o sangue teria que passar pelo sistema arterial muito mais rápido. A distensibilidade acomoda o volume de sangue ejetado para dentro desse compartimento. • A elasticidade faz com que o fluxo sanguíneo não seja intermitente, ou seja, continue sendo direcionado e a pressão na diástole continue alta - Arteríolas: condutos de controle para os capilares. Resistência altera fluxo e também atenua pulsatilidade - Capilares: troca entre sangue e tecidos (há apenas a camada endotelial) - Vênulas: coleta de sangue dos capilares (a pressão precisa menor que nos capilares para que haja fluxo) - Veias: transporte de volta ao coração, reservatório de sangue modulável (alta capacitância = capacidade de expandir a parede sem acumular pressão) • Apresentam distensibilidade, mas baixa elasticidade FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 20 • Apresentam as valvas venosas A proporção de tecido nesses leitos que os difere. As veias nãosão elásticas como as artérias (já que possuem uma proporção menor de tecido elástico), mas também são distensíveis. COMPARTIMENTO ARTERIAL - Entre o ventrículo esquerdo e a parte das arteríolas - Pressão arterial média = pressão dentro desse compartimento - O volume sistólico provém do volume diastólico final, o que significa que o retorno venoso influencia também a pressão arterial média ARTÉRIAS - Tubos complacentes e elásticos = faz com que aumente a pressão durante a sístole; - A maior pressão registrada é durante a sístole (quando há um maior volume de sangue sendo inserido no compartimento arterial, ou seja, recebendo mais do que deixando fluir para os capilares) - Parede da artéria está no seu ponto de distensão máximo - A aorta passa a acompanhar a pressão do ventrículo uma vez que o ultimo está contraindo justamente para superar a pressão da aorta; - Durante a diástole, o sangue continua fluindo para os capilares uma vez que durante a sístole a parede foi distendida e acumulou a energia elástica; durante a diástole, então, ela vai dissipando essa energia elástica, pressionando o sangue fazendo com que ele continue fluindo em direção aos capilares ARTERIOESCLEROSE Parede das artérias vão perdendo a capacidade elástica ao longo do tempo já que as fibras de elastina vão sendo substituídas por tecido fibroso; Maior rigidez das artérias, principalmente da aorta; Perde-se a elasticidade e a complacência; Efeitos: 1. Aumento do trabalho cardíaco durante a sístole - ventrículo tem que desenvolver uma pressão maior, uma vez que a parede FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 21 da aorta não vai conseguir acumular um grande volume sistólico de uma vez só – ele terá que contrair contra uma pressão muito mais elevada da aorta 2. Durante a sístole a pressão AUMENTA muito, e a pressão diastólica DIMINUI - sangue vai fluir numa velocidade maior por esse segmento arterial, então o fluxo sanguíneo aumenta muito durante a sístole. Durante a diástole tem menos sangue para fluir para os capilares; 3. Menor suprimento para o miocárdio Esses efeitos aumentam a probabilidade de um acidente vascular cardíaco; VARIAÇÃO DE INFLUXO E EFLUXO NA AORTA DURANTE O CICLO CARDÍACO Influxo de sangue no compartimento arterial: só há influxo durante o período de ejeção da sístole (período que o ventrículo consegue desenvolver maior pressão e mandar o sangue para a aorta) Efluxo de sangue do compartimento arterial para os capilares: o tempo inteiro acontece; mas durante a diástole esse efluxo tende a cair um pouco e durante a sístole aumenta um pouco Assim, o fluxo sanguíneo para os tecidos é ininterrupto, o que se modifica é a pulsatilidade! PRESSÃO SANGUÍNEA AO LONGO DA CIRCULAÇÃO SISTEMICA PULSO: diferença entre os picos de pressão naquele compartimento • Pressão máxima: pressão sistólica • Pressão mínima: pressão diastólica Pulso grande no ventrículo esquerdo: durante a sístole pode ir (nesse caso) até a 120 mmHg e durante a diástole pode cair até 0; Nas artérias o pulso chega a 120 mmHg, mas não cai tanto durante a diástole e conforme vamos para segmentos arteriais menores esse pulso vai caindo – o compartimento arterial vai reduzindo a pulsatilidade do fluxo sanguíneo uma vez que as paredes (com capacidade de distensão) vão amortecendo esse pulso! Podemos calcular a pressão arterial média: NÃO é a soma das duas dividido por 2 uma vez que o período de DIÁSTOLE é MAIOR que o período de sístole! Então, precisa-se registrar isso na pressão média, conferindo um peso maior na pressão diastólica. Média ponderada: PAM = PAS + (2.PAD) /3 PRESSÃO DE PULSO X PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA A PAM está diretamente relacionada à pressão que determinado volume de sangue faz contra a parede do compartimento (débito cardíaco) e a resistência periférica total (o que vai dificultar a saída do sangue desse compartimento); Dessa forma, a PAM irá refletir a pressão de PROPULSÃO do sangue; FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 22 Para que o sangue flua do compartimento arterial para o sistema nervoso, é necessário que a PAM seja sempre MAIOR que a pressão dentro do tecido neural. Já a pressão de pulso vai refletir a variação do volume arterial (diretamente relacionada ao pulso) e a complacência arterial. Vai representar um RISCO para algum evento cardiovascular, está diretamente associada à saúde cardiovascular. DISTRIBUIÇÃO DO VOLUME DE SANGUE Ela não é homogênea entre os diferentes leitos vasculares. Arterial x venoso: há uma grande diferença do volume de sangue. Isso se deve por conta dessa menor luz do compartimento arterial em relação ao compartimento venoso e também, principalmente, por conta da pressão que essas camadas da parede arterial geram sobre o sangue, fazendo com que ele tenda sempre a sair. Como o compartimento venoso não desenvolve essa pressão elevada, ele funciona como um reservatório do volume sanguíneo. OBS: VOLUME DE SANGUE (quantidade de sangue que está dentro do compartimento) ≠ FLUXO CARDÍACO (o fluxo arterial é igual ao fluxo que percorre todos os capilares somados; é um volume de sangue que percorre cada um desses compartimentos por unidade de tempo, uma vez que esses leitos estão organizados em série) MICROCIRCULAÇÃO Formada pelas seguintes estruturas: - Arteríolas - Capilares - Vênulas É importante que cada tecido tenha capacidade de regular seu próprio fluxo sanguíneo, uma vez que a necessidade metabólica pode variar de acordo com a situação. Isso só é possível uma vez que os tecidos estão em arranjo em paralelo. NO REPOUSO X NO EXERCÍCIO INTENSO 1. Capacidade dos tecidos metabolicamente ativos diminuírem a resistência e com isso aumentar o percentual do fluxo 2. Tecidos que não tem sua atividade metabólica aumentada, mas estando expostos a um fluxo sanguíneo mais intenso, têm como aumentar a resistência (diminuir o diâmetro das arteríolas) a fim de diminuir o fluxo sanguíneo OBS: O débito cardíaco não está sendo recebido de acordo com a massa tecidual envolvida, mas sim com o metabolismo do tecido. Exemplo para a musculatura esquelética: - No repouso: 0.75 L/min (100% corresponde à 5L) - No exercício intenso: 20 L/min (100% corresponde à 25L) FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 23 O que representa que não só o fluxo cardíaco aumentou, como a frequência cardíaca também. O miocárdio passa a aumentar a intensidade de contração. Por isso, no exercício, os 5% continuados do miocárdio significam mais sangue já que o 100% variou. AUTORREGULAÇÃO MIOGÊNICA DO FLUXO SANGUÍNEO A arteríola vai ajustar seu diâmetro frente a modificações da pressão arterial quando o metabolismo tecidual não sofreu nenhuma modificação. No exercício intenso, o TGI não vai ter um aumento no seu metabolismo (então não vai precisar aumentar o fluxo sanguíneo), mas como o exercício vai aumentar a pressão arterial, à princípio isso aumentaria o fluxo no TGI. No entanto, isso não ocorre porque o TGI consegue ajustar sua resistência para que não haja aumento do fluxo (via contração da arteríola). Também pode ocorrer o contrário, com queda na pressão arterial, há uma dilatação do diâmetro da arteríola, causando uma entrada maior de sangue no tecido metabolicamente ativo. REGULAÇÃO VIA INFLUENCIA METABÓLICA Depende da modificação do metabolismo. - TEORIA VASODILATADORA: o aumento do metabolismo tecidual levaria a célula a secretar substancias que levariam a vasodilatação ativa (Ex: lactato, fosfato, CO2 = resíduos metabólicos) - TEORIA DA FALTA DE NUTRIENTES E O2 : com o aumento do metabolismo, o tecido vai consumir mais rápido o oxigênio e os nutrientes que estão chegando; quando há diminuição dessapressão parcial de oxigênio, a arteríola fica com menos o2 e nutrientes disponíveis para manter seu estado contrátil e, com isso, dilata! Exemplo prático: Injeção de adenosina no miocárdio provoca a dilatação das coronárias, quando o miocárdio está sendo pouco irrigado. Aumento do fluxo sanguíneo vai aumentar a taxa de remoção dessas substâncias vasodilatadoras e, uma vez removidas, a arteríola volta ao seu estado contrátil inicial; HIPEREMIA ATIVA E REATIVA Ativa: fluxo sanguíneo aumenta com aumento do metabolismo Reativa: situação em que o fluxo sanguíneo pro tecido é interrompido por algum motivo e, com isso, o tecido deixa de receber fluxo sanguíneo durante um período sendo que o tecido continua metabolicamente ativo. Durante esse período de interrupção, o tecido consome tudo e libera os subprodutos do seu próprio metabolismo. Quando a oclusão é removida, mesmo que a taxa FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 24 metabólica não aumente, o fluxo sanguíneo temporariamente vai aumentar bastante, pois é uma reação ao período de oclusão. OBS: Ação do endotélio: O próprio endotélio também produz fatores que modulam o fluxo sanguíneo do vaso. Ele não é uma camada de células inertes, e sim ativas. Existem receptores na membrana do endotélio que percebem alterações do fluxo. Um maior fluxo acaba causando um arraste da membrana dessas células e sensibiliza receptores dessa membrana (estresse de cisalhamento: maior por conta de um fluxo maior, ou menor por conta de um fluxo menor). Acarreta vias de sinalização: - Óxido nítrico: é produzido a partir da célula endotelial e provoca o relaxamento da musculatura lisa através de uma cascata de sinalização - COX: pode gerar vasoconstrição ou vasodilatação - Endotelina: produzida se liga à receptores da musculatura lisa causando constrição e proliferação da musculatura lisa O endotélio pode liberar o VEGF (fator de crescimento vascular) estimulando a angiogênese a longo prazo; CAPILARES Vias de troca transcapilar: - Difusão - Transcitose Se o soluto é permeável à membrana celular, como as substâncias lipossolúveis pequenas, há o atravessamento livre por difusão. Se o soluto for pequeno o suficiente e hidrossolúvel, ele passa por canais preenchidos com água ou por espaços onde a água circula. Já solutos maiores não vão conseguir passar por essas vias e vão depender da transcitose (por vesículas); FLUXO DE MASSA TRANSCAPILAR – FILTRAÇÃO E ABSORÇÃO: Pressão hidrostática: se refere à pressão que o próprio fluido faz contra a parede (no capilar: sangue) – no interstício ela é muito baixa Pressão osmótica: ocorre por conta da quantidade de solutos dissolvidos naquele fluido FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 25 A pressão hidrostática dentro do capilar vai favorecer a saída de fluidos de dentro do capilar para o interstício (favorece A FILTRAÇÃO) A pressão osmótica se opõe à essa saída de fluido de dentro do capilar. Filtração efetiva: normalmente, acontece mais no inicio do capilar, na porção arterial (pressão hidrostática do capilar é MAIOR) Reabsorção efetiva: normalmente, acontece mais no finalzinho do capilar, na porção venosa (pressão osmótica dentro do capilar é MAIOR) OBS: Média do capilar sistêmico – a resultante favorece a PERDA de fluido do capilar para o interstício (3L de volume plasmático para o interstício por dia, por isso a grande necessidade da atuação do sistema linfático!) CAPILARES LINFÁTICOS - Vasos de fundo cego - Possibilitam a remoção de solutos e fluido do espaço intersticial - Conforme o volume se acumula no interstício os filamentos de ancoramento favorecem as aberturas das extremidades e isso favorece a entrada de fluido para dentro do capilar linfático - O capilar linfático não apresenta musculatura lisa, depende apenas das diferenças de pressão e da ação das valvas para movimentação unidirecional do fluido; - A contração da musculatura esquelética em torno desses vasos também atua como uma bomba pressórica. EDEMA Acúmulo de líquido no interstício gerado por um desequilíbrio entre as pressões hidrostática e osmótica; Pode ser resultado do aumento da pressão hidrostática capilar (o que não é resultado da pressão arterial e sim venosa); - Por que não é o aumento da pressão arterial? Quando há um aumento da pressão arterial, a arteríola acaba contraindo e aumenta a resistência diminuindo o fluxo, ou seja, mantendo apenas o fluxo necessário do metabolismo do tecido. Assim, a pressão hidrostática no capilar fica menor que o normal e isso não favoreceria a saída de fluido do capilar. Quando a pressão arterial está mais baixa que o normal, a arteríola vasodilata e o sangue flui para os capilares, gerando um aumento da pressão hidrostática no capilar. Linha contínua: situação normal CONSTRIÇÃO ARTERIOLAR → reabsorção transcapilar VASODILATAÇÃO ARTERIOLAR → filtração transcapilar Outros motivos de edema: FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 26 - A diminuição da pressão osmótica do plasma (devido a uma menor síntese de proteínas plasmáticas no fígado) - Aumento da pressão osmótica no interstício (exemplos: um trauma levaria a ruptura das membranas do tecido que levou a pancada fazendo com que elas se acumulem no interstício; ou aumento da permeabilidade do capilar por infecção) MECANISMOS ESPECIAIS DE CONTROLE DO FLUXO SISTEMA NERVOSO CENTRAL: O SNC tem a capacidade de regular a pressão arterial sistêmica ao seu favor. Mesmo que todos os outros tecidos estejam recebendo um fluxo sanguíneo adequado ao seu metabolismo, se o SNC não estiver recebendo suficientemente, ele irá adequar a pressão arterial sistêmica ate que o sangue esteja suficiente. PELE: De acordo com a necessidade de liberar mais ou perder mais calor, podendo haver uma vasodilatação ou vasoconstrição das arteríolas maior; SISTEMA PULMONAR: Se o alvéolo estiver com pouco oxigênio, não seria eficiente irrigar ele com sangue (não tem o2 pra hematose). Os alvéolos que possuem uma elevada pressão parcial de oxigênio que irão receber mais fluxo sanguíneo. Assim, o aumento da pressão parcial de oxigênio favorece a vasodilatação e a chegada de maior sangue para que a hematose ocorra. RINS: Aumento da atividade metabólica devido ao aumento da chegada de sangue (contrário dos outros tecidos); HIDRODINÂMICA Conceitos fundamentais: - Fluxo - Velocidade - Resistência - Seção transversa RELAÇÃO VELOCIDADE E FLUXO Segmentos vasculares em série: V1 = Q1/A1 (fluxo/área de seção transversa) V2 = Q2/A2 Q1 = Q2, então: V2 > V1 O fluxo não se refere à distancia percorrida e sim ao volume que se deslocou naquele período de tempo. Assim, para que o mesmo volume percorra no mesmo período de tempo precisa-se de uma velocidade maior. Para que se mantenha um fluxo igual, o sangue tem que percorrer uma distância maior no mesmo tempo. Quando o fluxo é constante, é a área de secção que determina a velocidade. Segmentos vasculares em paralelo: FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 27 No caso de todos os vasos apresentarem o mesmo diâmetro: cada vaso vai receber uma porção IGUAL do fluxo total. No caso de os vasos variarem de diâmetro: o fluxo total não muda, o que muda é a porção que passa pelo vaso de acordo com seu calibre e, por isso, de sua resistência. RESISTÊNCIA X FLUXO X ÁREA TRANSVERSA 1 tubo = área total de seção transversal é de 4.5 cm2 160 tubos = área total de secção transversa é de 20 cm2 Os capilares são os segmentos que têm a maior área total de secção transversal apesar de ter o menor diâmetro interno! O fluxo vai ser igual em cada segmentos, mas a velocidade vai ser diferente! Na aorta a velocidade é maior,e nos capilares a velocidade é menor porque existem muitas unidades capilares. Enquanto o fluxo é constante, cada leito vascular apresenta diferentes valores para velocidade, pressão e resistência (além de diferentes valores de volume). A pressão é pulsátil a nível das artérias e essa pulsatilidade vai reduzindo a nível das arteríolas e nos capilares já não há mais esse pulso. VELOCIDADE E FLUXO - Velocidade em cada componente varia inversamente com a área de transecção total - Velocidade MAIS LENTA nos capilares - Permite tempo suficiente para uma troca adequada de solutos e líquidos entre os compartimentos intersticial e vascular FATORES QUE AFETAM A RESISTÊNCIA AO FLUXO FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 28 Lei de Pouiseuille A resistência do tubo é diretamente proporcional à viscosidade e ao comprimento do tubo e inversamente proporcional ao raio! Um pequeno aumento no raio do tubo diminui bastante a resistência! No sistema cardiovascular, a resistência, comparando os tubos individuais, vai aumentando, já que se começa em tubos largos (com grandes raios) e caminha-se para tubos menores. Dessa forma, o fluxo tenderia a diminuir, já que a resistência aumentaria. Porém, o que determina o fluxo é a área de secção transversal. Assim, ao longo das ramificações, a área de secção transversa começa a compensar esse aumento da resistência – impedindo a diminuição do fluxo. TIPOS DE FLUXO Laminar: lâminas concêntricas de sangue dentro desse sangue percorrendo a trajetória dentro do tubo de forma retilínea Turbulento: quando o fluido não segue trajetórias retilíneas, mas sim trajetórias aleatórias; É necessário mais trabalho se ocorre turbulência, já que a resistência será maior do que a prevista pela equação de Pouiseuille (por conta do atrito com a parede do vaso); Existe uma fórmula para predizer se o fluxo vai ser laminar, turbulento ou transicional (entre esses 2 parâmetros): Fatores que favorecem a turbulência: • Altas densidade • Grandes diâmetros • Altas velocidades – estenoses • Baixa viscosidade – anemias • Irregularidades nas paredes – sopro carotídeo • Variações abruptas nas dimensões do tubo Nas grandes artérias o fluxo tende a ser TURBULENTO, uma vez que há grandes diâmetros e a velocidade do fluxo também é alta. Conforme vamos chegando nos segmentos das arteríolas, capilares o fluxo tende a ser LAMINAR. Essa identificação do fluxo é importante na ausculta. Quando se começa a tirar a pressão da artéria braquial e aos poucos o fluxo sanguíneo vai aumentando por esse vaso. Assim que ele começa a passar o fluxo é TURBULENTO, causando os sons de Karotkoff (indicam a pressão sistólica). Quando o vaso foi completamente desobstruído, ou seja, quando o fluxo é LAMINAR, não se escuta mais esses sons, que é quando se identifica a pressão diastólica. FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 29 VEIAS Dividem-se em dois compartimentos: - Compartimento venoso central (no tórax; determina o enchimento cardíaco) - Compartimento venoso periférico (drenam todos os tecidos do corpo) A diferença de pressão entre o compartimento periférico e o compartimento central é que vai ditar o retorno venoso; RETORNO VENOSO É o fluxo que parte do compartimento venoso periférico em direção ao compartimento venoso central. Isso vai se dar em função da diferença de pressão entre esses dois compartimentos e vai ser inversamente proporcional à resistência do vaso. Uma maior pressão venosa central favorece o debico cardíaco, mas desfavorece o retorno venoso. O que seria contraditório uma vez que se o retorno venoso cair, vai prejudicar o debito cardíaco depois. Assim, a pressão venosa central indica a relação do funcionamento cardíaco e do retorno venoso. Sabe-se que o compartimento venoso periférico tem pressão entorno de 7 mmHg e se a pressão venosa central tiver 7 não tem diferença de pressão e não vai haver retorno venoso. Conforme essa pressão venosa central for abaixo desse valor, a tendencia é que se estabelece esse retorno venoso cada vez maior. Quando a pressão venosa central for 0, há o máximo de retorno venoso. Menor do que 0 o vaso tenderia a colabar (já que a pressão intratorácica é 0), então não haveria recompensas no retorno venoso (linha se mantém). - As valvas impedem que o sangue retorne para o compartimento periférico o fazendo seguir para o compartimento central FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 30 - Diferentes fatores afetam a complacência e volume do compartimento venoso periférico e consequentemente sua pressão; FATORES QUE AUMENTAM A PRESSÃO VENOSA CENTRAL ALTERAÇÕES NA CURVA DE FUNÇÃO VENOSA: Pode ser deslocada para direita ou para esquerda e vai depender da pressão de enchimento desse compartimento venoso. Lembrar que a pressão venosa central = pressão arterial direita (sangue chegando ao ventrículo) Se a pessoa tem um aumento no volume de sangue (via transfusão sanguínea, por exemplo), vai haver um deslocamento para direita no gráfico da pressão venosa central, já que haveria um aumento da pressão de enchimento. É importante destacar também a influência da resistência. Com o aumento do volume de sangue, há uma dilatação do vaso e isso faria com que a resistência diminuísse (uma vez que teria uma menor quantidade de sangue em contato com o vaso), o que mudaria o gráfico em relação à angulação. CURVA DE EFICIENCIA CARDÍACA Pressão arterial direita x Débito cardíaco A curva em verde representa o tônus cardíaco normal (ou seja, a musculatura está atuando de uma forma intermediária, nem ao seu máximo nem ao seu mínimo). O coração pode ser hiper estimulado (acima do tônus) ou menos estimulado (abaixo do tônus) ANÁLISE DO ESTADO CIRCULATÓRIO ATRAVÉS DA PRESSÃO VENOSA CENTRAL Pressão arterial direita x Débito cardíaco e Retorno venoso FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 31 Ponto de interseção A (entre curva de eficiência cardíaca e a de retorno venoso): representa a pressão venosa central No caso de uma transfusão de sangue, esse volume sanguíneo vai se acumular no compartimento venoso aumentando a pressão em seu compartimento. A curva de função venosa é deslocada para direita assumindo uma pressão de enchimento mais elevada e diminuindo a resistência do vaso. Haverá um novo ponto de interseção (B). Além da transfusão sanguínea, outros fatores podem influenciar a mudança desse gráfico, como indica o gráfico abaixo: Cada situação gera um novo ponto de interseção e, com isso, uma nova pressão venosa central. OBS: Apesar da pressão venosa central poder ser usada como um indicador do estado circulatório, é preciso ter cuidado uma vez que diferentes situações podem apresentar uma mesma pressão venosa central já que o sistema cardiovascular é capaz de se ajustar frente a uma situação adversa. REGULAÇÃO NEUROHUMORAL PARTE NEURAL REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL À CURTO PRAZO Tanto a atividade cardíaca quanto a contratilidade dos vasos têm como serem regulados. Na maior parte do tempo, o coração está trabalhando numa faixa intermediária (linha azul); No caso dos vasos tem-se o mesmo efeito. Nesse gráfico, mostra-se que a anestesia espinhal promove um relaxamento com queda de pressão e a injeção de noradrenalina promove a vasoconstrição. CENTRO VASOMOTOR Situado no tronco encefálico; FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 32 Modulação autonômica do sistema cardiovascular, com a presença de 3 núcleos: - Vasoconstritor - Cardioinibitório - Vasodilatador Resultado das eferências do SNA: - Modulação do tônus venoso (redistribuição do volume sanguíneo – aumento da complacência faz com que o sanguecorra para as artérias e aumente a pressão) - Modulação da atividade de bombeamento do coração (modular a frequência cardíaca e a contratilidade) - Modulação do tônus arteriolar (RVP) INTERCONEXÕES VAGAIS E SIMPÁTICAS NO TRONCO ENCEFÁLICO ATIVAÇÃO PARASSIMPÁTICA (vagal): Diminui a frequência cardíaca ATIVAÇÃO SIMPÁTICA: Aumenta a frequência cardíaca A cada sístole (aumento da pressão arterial) há um aumento da frequência de disparo dos potencias de ação dos vasoreceptores enquanto que durante a diástole há uma diminuição dessa frequência; As informações vindas dos neurônios receptores chegam por neurônios aferentes na região chamada NÚCLEO TRATO SOLITÁRIO (NTS). Se esse vasoreceptor informa ao NTS que a pressão está aumentando, ele faz com que o NTS excite o tônus vagal e diminua o tônus simpático. Porque a partir disso, uma maior atividade parassimpática, ou seja, do nervo vagal vai sinalizar a diminuição da frequência cardíaca. O NTS sinaliza uma diminuição da atividade simpática, que deixa de ativar os nodos sinoatrial e atrioventricular, contribuindo para diminuição da frequência cardíaca e diminui também a excitação do miocárdio. RESULTADO: Diminuição do débito cardíaco (diminuição da frequência cardíaca e da contratilidade cardíaca) Além disso, a diminuição do tônus simpático vai diminuir a vasoconstrição => vasos acabam dilatando REGULAÇÃO CARDIOVASCULAR POR NEUROTRANSMISSORES PARTE PARASSIMPÁTICA: Nervo parassimpático libera a acetilcolina que se liga aos seus receptores muscarínicos e, no coração, a ativação desse receptor leva a: - AUMENTO da cronotropia FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 33 - DIMINUIÇÃO da inotropia (força de contração cardíaca) e dromotropia (velocidade de impulso nervoso) Isso porque, a informação chega mais focalizada nos nós sinoatrial e atrioventricular e não tanto no miocárdio. Já nos poucos vasos sanguíneos que os neurônios parassimpáticos inervam, essa ligação dos receptores muscarínicos irá estimular a vasodilatação. PARTE SIMPÁTICA: Liberação da noradrenalina que possui pelo menos 4 receptores: alfa1, alfa2, beta 1 e beta2. Tem maior afinidade com os receptores do tipo 1 (beta 1 no coração e alfa 1 nos vasos); Ligação com o receptor alfa 2 promove um efeito de feedback negativo, ou seja, inibição a longo prazo. No vaso e no coração: favorece o aumento da pressão arterial uma vez que estimula a função cardíaca provocando um maior debito cardíaco e nos vasos favorece à vasoconstrição; No corpo, vamos ter uma distribuição diferenciada desses receptores. Em determinado tecido vai ter receptor M2 em vasos (exemplo: tecido erétil) e determinados vai ter mais alfa. Nos vasos: maior numero de alfa 1 No coração: maior número de beta1 ESTIMULAÇÃO CARDIOVASCULAR POR NORADRENALINA - Maior afinidade pelo receptor do tipo 1 Efeito predominante: aumento da pressão arterial e vasoconstrição dos vasos Vasoconstrição vai dificultar a saída de sangue para os capilares mantendo-o mais tempo no segmento arterial. No lado venoso, a vasoconstrição vai diminuir a complacência das veias, favorecendo o retorno venoso e com isso, o enchimento cardíaco; - Aumento da pressão sistólica e da pressão diastólica → aumento da pressão arterial média; - A pressão de pulso não varia tanto; - Aumento da frequência cardíaca, mas em seguida há uma diminuição. Por quê? Porque junto com esse aumento da frequência cardíaca temos um aumento do débito cardíaco e da pressão arterial, o que vai sensibilizar os receptores que vão disparar um PA numa frequência mais elevada e estimular o NST → induz o tônus vagal → diminui a frequência cardíaca; CONTROLE RÁPIDO DA PRESSÃO ARTERIAL Aumento da pressão arterial → Estiramento dos mecanorreceptores presentes no arco da aorta e na bifurcação da carótida → Aumentam a frequência de disparo do potencial de ação → ativação do NTS - Resposta de 5 a 10 segundos! FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 34 - Diferença de sensibilização dos receptores aórticos e carotídeos: cada um atua em uma diferente faixa de pressão. • Aórticos: trabalham numa faixa de pressão arterial MAIS ELEVADA • Carotídeos: trabalham numa faixa de pressão MENOR A sensibilidade dos barorreceptores se dá pela VARIAÇÃO na pressão de pulso e pressão arterial; OUTROS SISTEMAS DE CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL Quimiorreceptores: carotídeos e aórticos (detectam variação no pH, Pco2 E pO2) Receptores de baixa pressão: atriais e da artéria pulmonar (detectam variação no volume sanguíneo) e estão situados em locais de baixa pressão → modulação do centro vasomotor, inibição da liberação de ADH e variação na excreção renal Receptores de estiramento atrioventriculares: reforçam ou não reflexo barorreceptor Resposta à pressão e isquemia do SNC (Reflexo de Cushing): detectam variação na pCO2 e ph – sistema de emergência, mais POTENTE de todos Reflexo de compressão abdominal: contração da musculatura abdominal (perda da complacência das veias gera aumento do volume sistólico) Reflexo de Bainbridge: por meio de receptores de volume → detectam uma chegada maior de volume sanguíneo no átrio e, assim, estimulam o aumento da FC por estimulação simpática (para garantir todo sangue que chega à câmara cardíaca seja ejetado) ARRITMIA SINUSAL RESPIRATÓRIA Aumento da frequência cardíaca durante inspiração e diminuição durante a expiração; Leva a uma variação cíclica da PA de 4 a 6 mmHg durante o ciclo respiratório! Inspiração → expansão da caixa torácica → diminuição da pressão intratorácica Expiração → compressão da caixa torácica → aumento da pressão intratorácica 3 possíveis explicações: 1. A diminuição da pressão intratorácica favoreceria um maior enchimento cardíaco e ele ativaria o reflexo de Bainbridge (aumentando a frequência cardíaca para que todo sangue seja ejetado) 2. Os receptores pulmonares de estiramento seriam sensibilizados durante a inspiração, o que sinalizaria para o centro vasomotor a necessidade de chegar mais fluxo sanguíneo no pulmão, aumentando a frequência cardíaca 3. Interação entre os centros respiratórios e cardíacos no bulbo Pequena contribuição de cada uma! PARTE HUMORAL ESTIMULAÇÃO CARDIOVASCULAR POR ADRENALINA - Maior afinidade pelo receptor BETA Efeito predominante: aumento da frequência cardíaca e vasodilatação Ao mesmo tempo que estimula a função cardíaca, ela diminui a resistência (pela vasodilatação) e com isso aumenta a irrigação da musculatura esquelética → EFEITO IMPORTANTE NA LUTA OU FUGA • Estimulação do receptor beta 1 (no coração) = Aumenta a frequência cardíaca • Estimulação do receptor beta 2 (no vaso) = Estimula a vasodilatação FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 35 - Aumento da pressão sistólica e Diminuição da pressão diastólica (enquanto o coração não está ejetando sangue para o lado arterial, acaba que a menor resistência periférica faz com que o compartimento arterial seja esvaziado mais rapidamente) → pressão arterial média não muda - Efeito na pressão arterial média não é muito pronunciável, porque o aumento da pressão sistólica é compensado pela diminuição da pressão diastólica Proporção entre adrenalina e noradrenalina liberadas pela adrenal: 80% de adrenalina e 20% de noradrenalina SISTEMA RENINA ANGIOTENSINA (SRAA) Balanço de fluidos no organismo; Esse sistema vai alterar o volume de plasma no organismo e consequentemente a pressão arterial e, por isso, requer mais tempo para atuação. VIAS DE GANHO E PERDA DE ÁGUA Ganho de água: - Ingestão de líquidos - Água dos alimentos -Sintetizada pela oxidação de carboidratos Perda de água: - Perda não percebida (difusão da pele; pela respiração) - Suor- Fezes - Urina (será regulada!) OBS: Volume circulatório efetivo Ao citarmos esse balanço de fluido no organismo, é importante lembrar que se trata do volume PLASMÁTICO, ou seja, a porção de volume extracelular que está contida dentro dos vasos, a qual sensibiliza os barorreceptores; SISTEMA RENINA – ANGIOTENSINA II – ALDOSTERONA - Sistema lento (envolve cascata de sinalização) - Regula a pressão arterial por regular o volume sanguíneo - Ativado devido à baixa pressão arterial: • ativação dos mecanorreceptores nas arteríolas aferentes renais • produção da enzima renina a partir de pró renina nas células justaglomerulares (estimulação de nervos simpáticos também podem estimular essa produção) Arteríola aferente: chega com o sangue para o rim Arteríola eferente: sai com o sangue + o que não foi resgatado Arteríolas aferentes detectam a baixa pressão no sangue que chega nelas → Estimulam as células a produzirem renina → Renina vai para o sangue e vai atuar sobre o angiotensinogênio produzido pelo fígado → O cliva e gera a angiotensina I → A angiotensina I vai ser alvo da ECA (enzima conversora de angiotensina) → Produz a angiotensina II que vai atuar: • nos rins: estimulando a absorção de sódio • na glândula adrenal: estimulando a liberação da ALDOSTERONA (estimula também a absorção de sódio!) FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 36 Essa maior reabsorção de soluto vai aumentar sua concentração de soluto no interstício favorecendo a reabsorção de água! - Porção proximal do túbulo: é permeável à água - Porção distal do túbulo: apresenta permeabilidade seletiva de água (na presença do ADH esse segmento será permeável) OUTROS EFEITOS DA ANGIOTENSINA II: - Promove a vasoconstrição arteriolar - Intensifica a reabsorção de NaCl no túbulo proximal - Estimula sede e secreção de ADH ALDOSTERONA É um hormônio mineralocorticoide; Produzido na zona glomerulosa da glândula adrenal; Ações na função renal: • Aumento da síntese de Na+, K+-ATPase nos túbulos conectores e ductos coletores • Aumento da reabsorção de Na+ • Aumento da secreção de K+ HORMONIO ANTI DIURÉTICO - ADH É sintetizado nos núcleos supra-óptico e paraventricular hipotalâmicos → transportado nos axônios até a neurohipófise → secretado na circulação sanguínea nas terminações dos axônios na neurohipófise MECANISMO DE AÇÃO: Através da circulação sanguínea o ADH chega até essa porção posterior do túbulo renal e vai se ligar ao seu receptor V2 presente na membrana vasolateral. Essa estimulação ativa a adenilatociclase → aumento do AMPc → ativação da PKA → ativação de vesicular que contem aquaporinas tipo 2 (poros que permitem a passagem de água) → aquaporinas expostas na membrana apical → torna a membrana permeável à água (já que as aquaporinas permitem a passagem de água da luz do túbulo para o interior da célula) FATORES QUE MODULAM A SENSAÇÃO DE SEDE A sensação de sede tem um mecanismo independente da secreção de ADH! Baixa volemia e baixa pressão arterial → Estimula a produção de renina → Produção de angiotensina II → Produção de aldosterona e de ADH → Reabsorção de sódio → DIMINUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE URINA Hipervolemia e alta pressão arterial → Renina não é produzida → Angiotensina II não é produzida → Não tem reabsorção de sódio A hipervolemia pode aumentar a pressão atrial estirando a parede do átrio e fazendo a secreção de ANP (peptídeo atrial natriurético): FISIOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX 37 • Fator secretado pelos átrios em resposta aos aumentos no volume do LEC (Líquido extracelular) e da pressão arterial • Ação: relaxamento do músculo liso vascular = vasodilatação • No rim: aumento na excreção de Na+ e água → Diminui o conteúdo corpóreo de Na+, diminui LEC, diminui volume sanguíneo → AUMENTA A PRODUÇÃO DE URINA REGULAÇÃO DOS SISTEMAS DE PRESSÃO ARTERIAL Barorreceptores: têm efeito rápido, imediato, mas limitado comparado aos outros sistemas, como a resposta isquêmica do SNC; Quimiorreceptores: também atuam de forma rápida, mas já não tem a mesma eficiência que o sistema barorreceptor; Sistema renina-angiotensina: atua de forma lenta, levando horas a dias, porém tem eficiência INFINITA Reabsorção de água do plasma para o capilar (fluid shift): translocação de água do interstício para o sangue, porém é limitado em termos de intensidade como de ação (demora)
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