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Recalcamento →Mecanismo de defesa que expulsa da consciência o representante ideativo de uma pulsão. → Manter Fora da consciência representantes e afetos inaceitáveis. Originário 1° Fase ● Fixação no representante ideativo; inscrição inconsciente ● Não é genético ● Origina pela clivagem ● Cena primeira do homem nos lobos Secundário 2° Fase ● Recalcamento propriamente dito; ● Recalque originário é o seu polo de atração ● atividade; ● Pressupõe a clivagem ● incide sobre o representante psíquico da pulsão; ● O retorno do recalcado 1. Inscrição 2. fixação 3. primeiro movimento que funda a clivagem do psiquismo ICS P/CS CS →experiências sem significado geram uma “fixação da pulsão” ( se fixa em detalhes não compreensíveis) que se tornam marcas chamadas de traços de linguagem. Traços de linguagem não tem significado consciente, por isso ela é a inscrição que funda o ICS. → As inscrições funcionam como pontos de atração, por não possuir significado o psiquismo tende a retornar a elas para buscar significado. →O recalque originário é uma inscrição de um traço, esse traço é uma lembrança não compreensível , elemento da linguagem que busca compreensão o tempo todo. → Ao longo da vida e suas novas experiências serão ligadas a esse traço originário. Recalcamento secundário Recalcamento propriamente dito É quando a mente esconde pensamentos desconfortáveis para evitar lidar com eles. Na mente se mantém escondido mas continuam atraindo sua atenção. são ligados a experiências antigas que causaram angústia é efeito de uma cisão já existente no psiquismo Sua função é impedir que certas representações do ICS tenham acesso ao P/CS E CS. O CS irá expulsar ideias que não combinam com suas exigências. Quando sua mente tenta se livrar de pensamentos indesejáveis, esses pensamentos continuam atraindo sua atenção devido a algo chamado "traços originários", que os mantém conectados como um polo de atração. 2° tópica ● ID ● EGO ● SUPErEGO ID - Princípio originário das pulsões - O inconsciente não coincide com o recalcado; - Mais além do princípio do prazer - dominado pela pulsão de morte - Freud: somático+psiquismo - Onde ocorre o recalque originário - Pulsão: fronteira entre o psíquico e o somático - quantidade de libído disponível - repetição, desejos inconscientes. - Conflito com o ego EGO - é o prolongamento do inconsciente (ID) - organizador da personalidade - está a serviço do ID e superego - o que representa sobre si - Narcisismo: autoerotismo e relação de objeto - Eu ideal: imaginário, o que acho que gostaria de ser - Ideal de eu: o que quero ser, falo, objeto desejo do outro, organizador do desejo. - Função de articular os afetos: linguagem, impulsos motores, auto-conservação; - depósito de identificações; - Neurose: proteção do eu - Repetição é do viés do inonsciente SUPEREGO - Produto do complexo de édipo - Incorporação da lei do imago parental; - cadeia geracional de desejo; - funções: observar. julgar, punir - na neurose é tirânico, quanto mais se obedece,mais exige. Narcisismo - Cultura grega - O amor do indivíduo por si mesmo - No final do século XIX, o termo narcisismo começou a ser usado na ciência, especialmente na sexologia, para descrever uma perversão sexual em que o indivíduo tem um amor excessivo por si mesmo. - 1914: entra para o discurso psicanalítico. - Elemento constitutivo do amor-próprio e da autoestima, destinado à autopreservação do sujeito e formação dos laços sociais. - Investimentos libidinais são direcionados para para si mesmo (ego) ou para coisas e pessoas fora de si (objetos). - Libido investida no ego: libido do ego ou libido narcísica; - Libido investida nos objetos: libido do objeto; - A fase da infância que antecede a formação do ego é caracterizada pela ausência de relações objetais. Fase anobjetal: investimento libidinal do bebê é feito em seu próprio corpo, satisfazendo pulsões parciais por meio das áreas erógenas. Narcisismo primário: Satisfação em si mesmo. Sustentado pela potencialização do amor dos pais, através da onipotência que se cria entre o encontro do narcisismo nascente do bebê e o narcisismo renascente dos pais. Dependendo do desejo dos pais, a criança não experimentaria perdas e nem sofrimentos. NARCISISMO: - Estado paradisíaco de perfeição e completude - Fadado a ser interrompido para o pleno desenvolvimento de sua identidade. - Desde cedo a criança será exposta ao ambiente assim como os pais - A criança irá se dar conta de que não é tudo para sua mãe e de que esta tem outros interesses. Segundo estágio do narcisismo: - Narcisismo do ego ou narcisismo secundário - Processos de identificação com as figuras parentais ou seus representantes. - - É a partir do olhar libidinizado da mãe que a criança se reconhece e se sente amada. - É essa fase que dará base para suas escolhas objetais e realizações → O Objeto de investimento não é o próprio objeto, mas o próprio eu; →Satisfação autoerótica →Os traços do narcisismo primário e secundário moldam a personalidade e permanecem com o indivíduo ao longo de toda a sua vida. o ser humano tem 3 objeto sexuais: - Eles próprios ( narcísico) - E a mulher que cuida dele (anaclítico) Postulando a existência de um narcisismo primário a todos, podem se manifestar de forma dominante em sua escolha objetal. →Narcisismo exerce grande atração sobre aqueles que renunciaram parte do seu próprio narcisismo →Os homens tendem a escolher parceiras que exibem características narcisistas destacadas. - Realizações pessoais são baseadas no ideal de ego, formado a partir de identificações com os pais, que permitiu o surgimento do narcisismo secundário. - O ego idealizado substitui o narcisismo primário, no qual a criança se concentra em seu próprio ideal. - Investimentos de libidinais passam a ser direcionados ao ego idealizado, fortalecendo seu desenvolvimento. - Quando alguém não consegue se realizar, ela pode se concentrar em algo ou alguém que tenha as qualidades que lhe faltam (ego= torná-lo ideal) - Em casos de neurose, a busca pela felicidade pode envolver encontrar algo ou alguém com essas qualidades que ela não tem. → A autoestima depende de 3 aspectos: 1. Resíduo do narcisismo infantil 2. Realizações do ideal do ego ( onipotência infantil) 3. Satisfação da libido objetal ou relações amorosas satisfatórias. Mecanismos de defesa 1.recalque (1915) - Opera na neurose; - mecanismos inconscientes; - Visa manter no inconsciente todas as ideias ligadas às pulsões que se realizados perturbaram o equilíbrio psicológico do indivíduos. - - busca evitar desprazer 2.Projeção (1895) - Define o mecanismo da paranoia; - Que passa a ser denominado um modo de defesa primário comum a psicose , a neurose, a perversão. - O sujeito coloca em outra pessoa ou objeto desejos que vêm dele mesmo, mas ele não percebe essa origem e acredita que esses desejos vêm de fora. 3.Sublimação (1905) - Termo derivado das artes (estética), da química (passagem para o estado gasoso), da psicologia (mais além da consciência); - Tipo particular de atividade humana (criação literária, artística,intelectuaL); - não tem nenhuma relação aparente com a sexualidade, mas , extrai sua força da pulsão sexual na medida que se desloca para um alvo não sexual; - Envolve canalizar impulsos sexuais para atividades socialmente aceitáveis. 4.Formação reativa (1894) - Processo que substitui comportamentos e sentimentos que são opostos ao desejo real. - Defesa frente aos impulsos inaceitáveis ao ego; - Forma de reagir aos impulsos que foram recalcados: - Sintoma 5. Renegação. - Recusa em aceitar a realidade ou uma percepção negativa; - Recusa da realidade; - Desmentido da castração; - Perversão. 6. Negação. - O sujeito expressa negativamenteum desejo que ele mesmo está tentando reprimir. (ele recalca) 7- Deslocamento/Condensa ção - Transforma elementos primordiais de um conteúdo latente em detalhes secundários de um conteúdo manifesto.(claro) - Junta vários elementos primordiais do conteúdo latente em um conteúdo manifesto. 8- Repressão - Designa a inibição voluntária e consciente de um comportamento ; - Supressão de um conteúdo indesejável; - Não deve ser confundido com o Recalque 9.intelectualização - É um mecanismo de defesa onde a pessoa utiliza o pensamento lógico e racional para evitar lidar diretamente com desejos ou emoções inconscientes, mantendo uma distância emocional. 10. racionalização - É uma defesa onde as pessoas usam explicações lógicas para amenizar os impactos de desejos ou ações inconscientes perturbadores. Mal-estar na civilização Sintoma Contexto - Movimentos sociais, crises políticas e econômicas desde a Primeira Grande Guerra, - Derrota da Alemanha, grande frustração de Adolf Hitler e seus colegas ex-combatentes, - Fundação do partido nazista em 1923 e a ascensão do III Reich em 1933, avançando tiranicamente até o inicio propriamente dito da Segunda Guerra Mundial em 1939, tendo, anos antes, já iniciado o assassinato de judeus. Mal-estar na cultura - Pulsão de morte; - Severidade de um supereu arcaico; - Fantasias ilusórias; - Ideal do Eu encoberto pelo Eu Ideal (narcísico); - Sentimento inconsciente de culpa. - Agressividade como efeito da culpa; - Ilusão da religião e do amor ao próximo; - Impossibilidade do mandamento: “Amar ao próximo como a ti mesmo”; - Compartilhamento do amor: nem tanto narcisismo, nem tanto altruísmo, mas sim ética do desejo, de amar e de ser amado. Mal-estar na cultura - Realidade da incompletude humana, - Juízo crítico e a ética como os únicos caminhos de soluções possíveis para os problemas humanos, - Sublimação das exigências pulsionais, não só pelos efeitos do tratamento analítico, mas também pelo prazer em praticar as artes, todas elas: literatura, poesia, dramaturgia, pintura, canto. - Embate entre as pulsões e a civilização; - A civilização reprime as pulsões, abdica de certa liberdade, de certa agressividade; - Substituição do poder do indivíduo pelo da comunidade; - A vida social se funda numa espécie de renúncia, ou, no impedimento da satisfação pulsional; - O mal-estar decorre da renúncia - Na atualidade se mostra presente; - Sentimento oceânico; - A felicidade, construção ideativa valorizada pelo humano como objetivo da vida passa a ser buscada através de uma negativa: evitar o desprazer; - Não há nada preparado para que ela seja alcançada; - Tristeza não tem fim, felicidade sim - O princípio do prazer visa à diminuição da tensão, a satisfação é possível devido a uma insatisfação anterior; - A satisfação obtida logo deixa de satisfazer, pois sua permanência a faz perder o efeito de contraste; - A vida é árdua demais, proporciona muitos sofrimentos, decepções e tarefas impossíveis; - A fim de suportá-la, não podemos dispensar as medidas paliativas; - Busca de formas de satisfação adequadas ao projeto de cultura. O sofrimento ameaça a partir de três direções: 1. Próprio corpo, condenado à decadência e à dissolução, sem poder dispensar o sofrimento e a ansiedade como sinais de advertência; - 2- Mundo externo, que pode voltar-se contra nós com forças de destruição esmagadoras e impiedosas; - 3- Relacionamentos com os outros homens - O princípio da realidade vem em auxílio ao princípio do prazer para lidar com essas adversidades. - A dificuldade no relacionamento é fonte de infelicidade, - Fracasso de nosso projeto social, uma vez que esse visaria regular de forma cada vez mais harmônica a vida conjunta. - Progressos da civilização, trazem consequências positivas e negativas, - O princípio de realidade modera a insatisfação, mas também a satisfação, buscando chegar a uma ação possível; - A ação nunca é completamente satisfatória. Trata-se de um círculo inquietante, que exige constante movimentação das energias psíquicas; - O programa de tornar-se feliz que o princípio de prazer impõe não pode ser realizado; contudo não se deve abandonar os esforços de aproximá-los. - A cultura, enquanto mediação simbólica é convocada a apresentar respostas; - As respostas, sempre insuficientes e provisórias, variam ao longo do tempo e espaço, embora a condição de mal-estar permaneça; - O sofrimento psíquico é um efeito do impasse entre a exigência de renúncia imposta pela sociedade e o impulso para a satisfação; - O sintoma neurótico é efeito das dificuldades dessa negociação. - Desde os primórdios da humanidade, quando adquirimos a linguagem e começamos a falar, a realidade nos mostra privações, frustrações sentidas e sofridas; - As frustrações apontam para a demanda de amor, prazer e felicidade. A falta de completude e de perfeição aponta para a castração simbólica e o desejo. - Freud indica como o processo civilizatório criou as neuroses; - Os seres humanos desejam e buscam, constantemente, poder, dinheiro e sucesso; - As ideias de Freud continuam vivas, muito vivas, não só na psicanálise, mas também nas diversas culturas em nossa contemporaneidade; - A psicanálise revolucionou as crenças científicas do século XX ao estabelecer um entendimento singular da subjetividade. - Na atualidade, as manifestações clínicas do sofrimento psíquico são bem diferentes das paralisias e nevralgias com que se deparou Freud no tratamento das histéricas. - As apresentações clínicas mais comuns na queixa dos pacientes englobam: 1- Distúrbios alimentares (anorexia e bulimia), 2- Dependência química e de álcool; 3- As manifestações psicossomáticas e o consumo excessivo de medicamentos, dentre outros. - Primeiro a angústia, depois o recalque; - Sintoma como o inconsciente é estruturado como uma linguagem; - Conflito psíquico entre o inconsciente e a satisfação pulsional - Significado X Significante; - Sentido inconsciente; - Non sense; - Caminhos tortuosos. Sintoma - É algo que desafia a visão tradicional, pois evoca um significado real quando se acreditava que só havia falsidade. - Tem um sentido que se estabelece de acordo com a vida dos indivíduos; - O sintoma é um produto tresloucado da satisfação libidinal; - A partir de 1920 o conceito de sintoma passa a ter duas faces: o sintoma como efeito lacunar, como mensagem, passível de interpretação, e o sintoma como satisfação pulsional, que é o que resiste à análise - No texto "Inibições, Sintomas e Ansiedade" de Freud, o sintoma é descrito como um substituto do impulso recalcado. - O sintoma renova constantemente suas demandas por satisfação, levando o ego a sinalizar desconforto e adotar uma postura defensiva. - Lacan: sintoma se apresenta como metáfora/metomínia
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