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FÁRMACOS ANTI- HISTAMÍNICOS Histamina ■ É encontrada em tecidos animais e em plantas, importante mediador do processo inflamatório, da secreção ácida do estômago, das reações alérgicas imediatas e da anafilaxia, entretanto, nessa última o seu papel é somente razoável. ■ Atua como neurotransmissor e neuromodulador, atuando em muitas funções diferentes do sistema nervoso central (KATZUNG; TREVOR, 2017). Histamina ■ Quando ligada aos mastócitos ou basófilos no tecido, a histamina se encontra inativada, porém frente a diversos estímulos é liberada dos mastócitos, como em: ✓ certas neoplasias como mastocitose sistêmica ✓ urticária pigmentosa ✓ carcinoide gástrico ✓ leucemia mielogênica. No cérebro, atua como neurotransmissor, estando envolvida em diversas funções, como no controle neuroendócrino e na regulação do sistema cardiovascular, da temperatura corporal, do peso corporal, do sono e vigília A histamina atua em quatro tipos de receptores (H1-4) acoplados à proteína G no cérebro Fármacos antagonistas de receptores histamínicos ou anti- histamínicos ■ Incluem: ✓ Clorfeniramina ✓ Cimetidina ✓ Tioperamida Os antagonistas competitivos dos receptores H1 são os anti- histamínicos principais utilizados no tratamento de alergias, urticária e reações anafiláticas Os antagonistas do receptor H2 são eficazes para reduzir a secreção ácida do estômago ■ Os antagonistas do receptor H1 são agonistas inversos, ou seja, competem com a histamina pela ligação ao receptor e diminuindo a atividade constitutiva do mesmo. ■ Utilizados especialmente para tratar reações de hipersensibilidade imediata. ANTAGONISTAS DO RECEPTOR H1 ANTAGONISTAS DO RECEPTOR H1 ■ Alguns desses fármacos também apresentam ação central como: ✓ Dimenidrinato ✓ Difenidramina ✓ Ciclizina ✓ Meclizina ➢ Sendo úteis como supressores da cinetose (“enjoo de movimento”) ou sedativos. ➢ No tratamento da rinite alérgica, os antagonistas do receptor H1 são os fármacos de segunda linha depois dos glicocorticoides nasais CLASSIFICAÇÃO DOS ANTAGONISTAS DO RECEPTOR H1 ■ Os H1-antagonistas são divididos em agentes de: 1. Primeira 2. Segunda geração. ➢ Esses grupos se distinguem pelos efeitos sedativos relativamente fortes da maioria dos fármacos de primeira geração. ➢ Os agentes de primeira geração também têm maior tendência a bloquear os receptores autônomos. ➢ Os bloqueadores H1 de segunda geração são menos sedativos, devido, em parte, à sua distribuição reduzida no SNC ■ Os anti-histamínicos H1 de primeira geração incluem: 1. etanolaminas (carbinoxamina, dimenidrinato, difenidramina) 2. derivados da piperazina (hidroxizina, ciclizina, meclizina) 3. alquilaminas (bronfeniramina, clorfeniramina) 4. derivado da fenotiazina (prometazina). CLASSIFICAÇÃO DOS ANTAGONISTAS DO RECEPTOR H1 ■ Os anti-histamínicos H1 de segunda geração incluem: 1. piperidínicas (fexofenadina) 2. outros (loratadina, desloratadina, cetirizina) CLASSIFICAÇÃO DOS ANTAGONISTAS DO RECEPTOR H1 ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H2 ■ Os antagonistas dos receptores H2 ■ Esses fármacos (cimetidina, ranitidina, famotidina e nizatidina) agem bloqueando a secreção de ácido e não apresentam efeito sobre os receptores H1 e H3. ■ Esses agentes não são os mais eficazes disponíveis, a sua capacidade de reduzir a secreção gástrica de ácido com toxicidade muito baixa fez com que se tornassem extremamente populares como preparações de venda livre. ■ Até o momento não há disponível na terapia nenhum ligante seletivo de receptores H3 ou H4 para uso clínico geral ■ Há um grande interesse no desenvolvimento dos mesmos devido o seu potencial terapêutico. ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H3, H4 Alguns fármacos antipsicóticos atípicos apresentam uma afinidade significativa pelos receptores H3, e essa interação provoca ganho de peso. Com isso, estudos demonstraram que os agonistas inversos H3 diminuíram a ingestão de alimentos em camundongos obesos. ■ Os ligantes seletivos dos receptores H3 podem ser valiosos em: ✓ distúrbios do sono ✓ Narcolepsia (distúrbio do sono caracterizado por sonolência excessiva durante o dia) ✓ Obesidade ✓ Transtornos cognitivos e psiquiátricos. ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H3, H4 O tiprolisante, um agonista inverso do receptor H3, mostrou-se eficaz na redução dos ciclos de sono em camundongos mutantes e em seres humanos com narcolepsia.