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RESUMO Aula 1- Início do Desenvolvimento Fetal

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Aula 1- Início do Desenvolvimento Fetal
Fecundação
É a fusão do material genético do gameta feminino (óvulo) e do gameta masculino (espermatozoide) e, tal processo, que é dividido em 4 etapas, é responsável por muitos problemas fetais.
Etapas da fecundação: Ligação do espermatozoide à zona pelúcida; Reação acrossomal; Ligação e fusão com ovolema; Fusão do material genético do espermatozoide e do óvulo
1) Ligação do espermatozoide à zona pelúcida: ocorre de forma espécie-específica. A zona pelúcida do óvulo é formada por longos filamentos interligados compostos por 3 glicoproteínas, a ZP2 e a ZP3 que são ligadas entre si pela ZP1 logo, essa conformação da zona pelúcida faz com que diversos segmentos de ZP3 fiquem na superfície. 
Já em relação ao espermatozoide, ele ao entrar em contato com o trato reprodutivo feminino pela presença de enzimas hidrolíticas, sofre o processo de capacitação que tem como objetivo possibilitar que esse espermatozoide tenha habilidade de fertilizar o óvulo. A capacitação é realizada através de alterações na distribuição dos carboidratos e glicoproteínas na superfície espermática fazendo com que haja a exposição das substâncias (serina, receptor de galactose, SP56, receptor de tirosina quinase, proteases..) capazes de reconhecer as moléculas específicas na zona pelúcida (ZP1, ZP2, ZP3). Tais proteínas de membrana espermática definem a afinidadeespécie-específica.
Após a capacitação, o espermatozoide agora hábil para fecundação, reconhece a ZP3 na zona pelúcida através de sua superfície já modificada, iniciando a 2° etapa. 
 
2) Reação acrossomal: a ZP3 ativa após o reconhecimento do espermatozoide, ativa o complexo de proteínas G que despolariza a membrana espermática ativando canais de Ca2+ o que, consequentemente, aumenta o pH e aumenta a concentração de Ca2+ intracelular, levando à fusão da membrana plasmática com a membrana acrossomal externa levando à liberação das enzimas acrossomais. Após a reação acrossomal, o espermatozoide fica aderido ao óvulo pela ZP2.
3) Ligação e fusão com o ovolema: a ligação pode ocorrer de forma apical (mediada pela proteína espermática ciristetina) ou pela forma lateral (medida pela proteína espermática Fertilina-beta). De qualquer forma, ao atravessar a zona pelúcida e o espermatozoide interagir com o óvulo por meio da Fertilina-Beta com o receptor integrina presente no óvulo, o óvulo passa a recobrir o espermatozoide formando o cone de fertilização. Nesse momento, o óvulo passa por diversas alterações que faz com o que ovolema perca a sua capacidade de fundir com outros espermatozoides, o fenômeno chamado bloqueio à poliespermia, que tem 2 fases, a fase rápida e a fase lenta:
· Fase rápida: ocorre por uma mudança na polarização da membrana do ovócito, aumentando o influxo de cálcio tornando sua membrana mais positiva, impossibilitando a ligação de demais espermatozoides (habitualmente são atraídos e ligados por membrana negativa).
· Fase lenta: ocorre uma modificação dos receptores da zona pelúcida, com a remoção de resíduos terminais de ZP3 que levam ao endurecimento da zona. 
4) Fusão do material genético do espermatozoide e do óvulo/singamia: quando o núcleo do espermatozoide é incorporado ao citoplasma do óvulo, o envelope do núcleo masculino sofre vesiculação, expondo sua cromatina já condensada, ao citoplasma do óvulo. Em seguida, ocorre a descondensação da cromatina do espermatozoide e o núcleo do ovócito completa sua 2° divisão meiótica. Por fim, ocorre a migração dos pronúcleos, feminino e masculino, e a cromatina de cada pronúcleo se mistura para formar um núcleo diploide do zigoto. O envelope nuclear se organiza em torno do núcleo e o desenvolvimento se inicia com a preparação para a primeira clivagem.
Início do desenvolvimento embrionário
O desenvolvimento embrionário se inicia com a clivagem, uma série de divisões mitóticas em que o zigoto é dividido em várias células pequenas, feita na tuba uterina, próxima dos ovários. 
A primeira clivagem constitui na divisão do zigoto em 2 blastômeros de tamanhos iguais, com 2 células. Na segunda clivagem um dos blastômeros se divide equatorialmente e o outro meridionalmente. Após as sucessivas clivagens, os blastômeros com 16 células, próximo dos 5 a 6 dias após fertilização, os blastômeros passam a se compactar (ação da ovomorulina) formando a mórula, que evolui para mórula compacta e, com 7 a 8 dias após fertilização, forma-se o blastocisto inicial que evolui para blastocisto e depois o blastocisto em expansão e, entre 9 e 11 dias após a fertilização, o blastocisto em eclosão/blastocisto eclodido que sai do óvulo, vai para o útero para sofrer a implantação. O blastocisto eclodido é alongado, sendo essa conformação importante para o reconhecimento materno da gestação e para o processo de nidação.
De maneira geral, a compactação ocorre por junções celulares modulados pela ovomorulina que modificam o citoesqueleto. Um epitélio de transporte é formado ao redor do embrião e início da formação do trofoblasto na cavitação.
	OBS1: após 5 a 8 dias da fertilização, é feita a coleta de embriões para coletar o blastocisto. 
Ativação do genoma embrionário
Existem 2 hipóteses para a ativação do genoma embrionário: 1° efeito ciclo-celular e 2° modificações pós translacionais que afetam a transcrição e a conformação da cromatina.
Particularidades de cada espécie
Equinos: vai para o útero apenas embriões viáveis; ele possui conformação arredondada e encapsulado. O reconhecimento materno dura 2 semanas e, até ele ser reconhecido, o embrião fica solto no endométrio.
Cadelas: não se sabe ao certo o momento da ovulação nessa espécie mas, o óvulo vai para o útero após 10 dias da ovulação na conformação de mórula compactada ou blastocisto inicial.
Bovinos: nos bovinos existem ondas foliculares em que 1 folículo dominante acaba ovulando e os menores ficam estagnados pelos níveis d eprogesterona e, quando ela caí, esses folículos menores voltam a se desenvolver. O ciclo estral dura em média 21 dias com intervalo entre 2 ovulações. Após a ovulação ocorre a formação do corpo lúteo e secreção de progesterona mas, se não houver fertilização, no dia 16 ocorre a luteólise e regressão do CL, diminuindo os níveis de progesterona; ocorre o crescimento final do folículo pré-ovulatório e a repetição do ciclo. Mas, se houver fertilização, a luteólise é bloqueada, garantindo um CL funcional com altos níveis de progesterona; o concepto envia sinais para assinalarem sua presença no endométrio.
Reconhecimento materno da gestação
Vaca: ocorre entre os 14 e 16 dias de gestação pelo interferon-tau, o hormônio fundamental para evitar a lise do corpo lúteo. É secretado pelo trofoderma do embrião e sua secreção aumenta conforme o crescimento do concepto. Embriões de PIV produzem esse hormônio já no estágio de blastocisto. Seu mecanismo de ação se dá na regulação positiva dos receptores de progesterona no endométrio e inibindo os receptores endometriais para estrógeno e/ou ocitocina. 
Porca: ocorre entre os 11 e os 15 dias de gestação e se dá pela ação da progesterona. Em animais não prenhes, a PGF2-alfa pe secretada no endométrio ao redor do dia 15 no lado voltado para o miométrio, ganhando a circulação local chegando até o CL. Já em animais prenhes, ao redor dos 15 dias de gestação, a PGF2-alfa é secretada primeiramente no lúmen uterino e depois ela é sequestrada, prevenindo a luteólise. 
Equinos: ocorre entre os 12 e 13 dias de gestação, sendo feito nesse período, o diagnóstico de gestação. O reconhecimento nos equinos ainda não é bem definido mas sabe-se que existe uma estreita relação com o estrógeno (impede a liberação de prostaglandina) e a uteroferrina (proteína secretada em grande concnetração após 12 e 13 dias de ovulação).

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