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Estudo para a prova de ginecologia e obstetrícia Aula 01 – Fecundação e clivagem -Estágios dos folículos ovarianos: 1) Folículos primordiais: são abundantes e já formados na vida embrionária, localizado no córtex do ovário, composto por um ovócito primário desenvolvido por uma única camada de células foliculares achatadas (camada de células da pré -granulosa), sendo considerados o reservatório de gametas durante toda a vida reprodutiva da fêmea mamífera. 2) Folículos primários: é constituído por um ovócito em crescimento (primário), circundado por uma camada de células da granulosa em formato cuboide com zona pelúcida em formação ainda. 3) Folículos secundários: caracterizado por um ovócito inteiramente circundado por uma zona pelúcida e a presença de pelo menos duas camadas de células da granulosa com formato cúbico. 4) Folículos terciários ou antrais: constituído por um ovócito circundado pela zona pelúcida, os espaços em branco das células foliculares da foto anterior se juntam, formando agora o antro folicular 5) Folículo de Graaf ou pré ovulatório: O oócito se encontra rodeado por uma camada de células granulosas (ou foliculares) que formam a corona radiata, o restante das células foliculares forma agora a parede do antro. É possível ver também as células da teca. ↪Células da teca: Durante as modificações que ocorrem nos folículos, o estroma situado em sua volta se modifica formando as tecas. • Teca interna: Secretam esteroides (testosterona) que é transportada para a zona granulosa e as células da granulosa sob a influência do FSH sintetizam a testosterona a transformando em estrogênio. • Teca externa: São semelhantes ao estroma ovariano, porém se arranjam de forma organizada e concêntrica ao redor do folículo ↪Células da granulosa: também chamadas de células foliculares, rodeiam o oócito. São responsáveis pela secreção de progesterona • Mesmo após a formação da pelúcida, o oócito permanece conectado à zona granulosa através de junções “gap” ou comunicantes, isso favorece sub stratos para o oócito se desenvolver. • Junções gap são destruídas com o pico de LH, transformando o oócito primário em secundário ↪Folículo atrésico: folículos que iniciam seu desenvolvimento, porém não chegam a evolução, sofrendo morte celular. Pode ocorrer em qualquer estágio em processo de degeneração ↪Ovulação: Consiste na liberação do oócito rompendo a parede do folículo. É estimulada por um pico LH como resposta aos altos níveis de estrógeno liberados pelos folículos ovarianos em crescimento ↪Corpo hemorrágico: É um “coágulo” formado pela ruptura da parede do folículo. Não está presente em ovinos e aves e dura pouco, se transformando em seguida no corpo lúteo ↪Corpo lúteo: Estrutura “amarelada” que secreta progesterona (ajuda a manter a gravidez e regular ciclo), formado pelas células da granulosa e da teca. Quando não há gestação, ele sofre regressão, restando em seu lugar uma cicatriz de tecido conjuntivo (corpo albicans) ↪Corpo albicans: Cicatriz de tecido conjuntivo (“branco”) - As células da teca têm receptor para o hormônio LH e quando o LH atua nelas, elas produzem o hormônio testosterona, e se difundem para dentro das células da granulosa, e rapidamente convertem a testosterona em estrógeno. Somente nessa fase antral que o folículo responde ao hormônio LH e FSH, ele responde por conta dos receptores. O pico de LH faz o folículo voltar a meiose e ovular. A fêmeas geralmente ovulam o ovócito secundário, exceto cadela e água que ovulam ovócito primário e então demora para sair do estágio e com isso pode demorar uns 3-5 dias do ovócito maturando na tuba uterina para ser fertilizada. As células da teca produzem testosterona e as células da granulosa se transformam em estrógeno. Com o pico de LH o folículo estoura e libera o gameta e as células da granulosa e da teca se transformam (luteinizam) e viram um corpo lúteo, que produz progesterona, mas se não emprenhar, ele morre e vira o corpo albicans. Teca produz testosterona, granulosa transforma a testosterona em estrógeno. ↪Zona pelúcida - A zona pelúcida é uma película que envolve o óvulo e é composta por duas camadas, uma externa, mais espessa, e outra interna, mais fina e com característica elástica. Ela protege o óvulo, sendo formada por três glicoproteínas (ZP1, ZP2 e ZP3) a partir de secreções do próprio óvulo e por células foliculares do ovário. Entre elas tem poros (junções gaps) com projeções citoplasmáticas. As células da granulosa que produzem substâncias e bloqueiam o ovócito na prófase 1 e com o pico de LH, as junções gap se desfazem e o ovócito retoma a meiose. Formação do Gameta Masculino - Os gametas masculinos são produzidos nos testículos, mas especificamente nos túbulos seminíferos. As espermatogônias são transformadas em espermatócitos primários, as maiores células germinativas nos túbulos seminíferos dos testículos. Cada espermatócito primário sofre, em seguida, uma divisão reducional – a primeira divisão meiótica – para formar dois espermatócitos secundários haploides, que possuem aproximadamente metade do tamanho do espermatócito primário. Em seguida, os espermatócitos secundários sofrem a segunda divisão meiótica para formar quatro espermátides haploides, que são aproximadamente a metade do tamanho dos espermatócitos secundários. As espermátides (células em estágio avançado de desenvolvimento) são transformadas gradualmente em quatro espermatozoides maduros pelo processo conhecido como espermatogênese. Células de Sertoli – (piramidais – ficam mais interna em volta do gameta) servem como células de suporte para as demais células germinativas, se estendendo até a última linhagem (espermatozoides). Além disso, favorecem a espermatogênese com aporte nutricional e fagocitando células em degeneração formadas durante a espermiação; transformam a testosterona em estrógeno. Células de Leydg – (fica mais externamente) São células intersticiais, separadas das células de Sertoli por junções oclusivas. Secretam testosterona. As células se dispõem indo das mais indiferenciadas para as do gameta pronto, o espermatozoide. Entre elas se encontra as células de Sertoli Células mióides: Células contráteis, empurram os espermatozoides para fora do tubo seminífero. Temos junções ocludentes/oclusivas entre as células e é importante pois não deixam nada passar (linfócitos, neutrófilos) – eles podem reconhecer o espermatozoide como um corpo estranho Fecundação – É definido como o momento exato em que o espermatozoide penetra no óvulo formando um embrião. Contato e reconhecimento espécie-específico entre espermatozoide e óvulo, por meio de ligação do espermatozoide à zona pelúcida do óvulo (como se fosse um hormônio receptor; como se fosse o mecanismo chave-fechadura = quimiotaxia dos espermatozoides) – ele reconhece as proteínas da zona pelúcida; após esta ligação, o espermatozoide sofre uma reação acrossomal e penetra a zona pelúcida *É espécie específico, exceto nos casos de espécies próximas com homologia como a mula (jumento + equino). Assim que o espermatozoide se liga na zona pelúcida ele precisa furar ela com a liberação das enzimas acrossomais. O acrossomo só libera suas enzimas apenas quando se liga na zona pelúcida. Após passar pela zona pelúcida ele fica na parte chamada de espaço Perivitelínico e precisa reconhecer e se ligar a membrana vitelínica para conseguir ser internalizado para dentro do ovócito e após isso tem a ativação do ovócito e ele termina a meiose e começa a divisão do zigoto. 1. Após ligação, o espermatozoide deve sofrer reação acrossomal e penetrar a zona pelúcida 2. Ligação e fusão com a membrana vitelínica 3. Fusão do material genético dos pronúcleos masculino e feminino no interior do óvulo Ativação de metabolismos do óvulo que iniciam o desenvolvimento. → Ligação do espermatozoide com a zona pelúcida → Reação acrossomal Digestão pontual da Zona Pelúcida (acrosina) + motilidade = penetração Espermatozoide penetra e chega ao espaço Perivitelínico; ✓ Ligação com a membranado oócito; - Região pós acrossomal, reagido; - Internalização: “cone de fertilização” ✓ Ativação do bloqueio da polispermia - Rápida: alteração da membrana (polarização) - Lenta: liberação dos grânulos corticais -Reação acrossomal: Auxilia a penetração e fusão do espermatozoide no óvulo. Consiste na liberação de enzimas hidrolíticas presentes nas vesículas do acrossomo que o faz penetrar no óvulo, digerindo a zona pelúcida. Tudo começa com a fusão da membrana acrossoma interna e externa com a membrana plasmática do espermatozoide, deixando o conteúdo do acrossomo exposto (enzimas, núcleo). ➢ Quando o espermatozoide se liga com os receptores da zona pelúcida começa a ficar fuzogênico e a membrana acrossomal externa começam a se fundir/juntar e depois começa a formar vesículas hibridas (metade membrana acrossomal e metade membrana plasmática) e com isso as enzimas que estão dentro do acrossomo acabam saindo pelos espaços gerados pela fusão e atuam na zona pelúcida. As proteínas de fusão são importantes pois a membrana vitelínica do ovócito vai reconhecer e internalizar esse espermatozoide. - Acredita-se que os locais de ligação do espermatozoide na zona pelúcida estejam localizados na ZP3. O espermatozoide entra inteiro através do cone de fertilização. Os grânulos do córtex do ovócito são jogados para fora e dentro deles tem enzimas proteolíticas que digerem proteínas como as ep3 da zona pelúcida e com isso nenhum outro espermatozoide irá entrar (bloqueio de polispermia –é lento). Temos outro bloqueio pela alteração de polaridade da célula (rápido). Depois que o espermatozoide entra temos a ativação da última etapa da meiose para expulsão o último corpúsculo polar. -Formação dos pronúcleos: Após a fusão da membrana do oócito com o espermatozoide, o núcleo dele se “condensa”, aumentando de tamanho e formando assim o pró núcleo masculino. A cauda do espermatozoide se degenera. Enquanto isso, o ovócito completa a sua segunda meiose, formando o segundo corpúsculo polar. Os cromossomos ficam presentes no pró núcleo feminino após a meiose. Os prós núcleos são responsáveis por armazenar as informações genéticas que logo menos se fundirão dando origem ao zigoto. Ativação oocitária; ✓ Ruptura da membrana nuclear do espermatozoide ✓ Substituição de protamina por histona ✓ Término da meiose II do pronúcleo feminino ✓ Replicação do DNA dos pró núcleos ✓ Migração para o centro do óvulo para singamia; - Depois dele entrar temos que romper a membrana nuclear e a protamina é substituída pela histona e temos dois pronúcleos e enquanto isso o dna já está sendo duplicado e migram para o centro do ovulo e fazem a primeira mitose formando o embrião. O embrião precisa se dividir em células menores. Clivagem = mitose sem fase g1 (crescimento) divide em porções menores. Ootide = dois corpúsculos polar com os prós núcleos separados Zigoto = tem dois corpúsculos polar com os pronúcleos junto Sequência da fertilização nos mamíferos: A. Ovócito secundário pronto para a fertilização. B. Ligação do espermatozoide à zona pelúcida. C. Penetração da zona pelúcida e ligação do espermatozoide à membrana vitelínica do óvulo. D. Penetração do espermatozoide no citoplasma do óvulo. E. Finalização da 2a divisão meiótica do óvulo F. Liberação do 2o corpúsculo polar e início da descondensação do núcleo espermático. G. Formação dos pronúcleos masculino e feminino. H. Migração dos pronúcleos para a região central da célula feminina. I. União dos pronúcleos (singamia) para restabelecimento do número diploide de cromossomos característico da espécie. J. Condensação dos cromossomos e formação do fuso da 1a divisão mitótica. Clivagem = A clivagem é processo que ocorre no início do desenvolvimento embrionário, no qual o zigoto sofre diversas divisões mitóticas sem ocorrer o crescimento prévio dele, ou seja, sem aumentar de tamanho. - A primeira divisão gera um embrião de duas células, chamadas blastômeros, cada blastômero sofre outras divisões dando origem a 4, 8 e 16 células filha. Pronúcleos → Zigoto → Blastômeros → 4 células → 8 células → Mórula (16 cels) → Blastócito inicial *As células internas da mórula – o embrioblasto ou massa celular interna– estão circundadas por uma camada de blastômeros achatados que formam o trofoblasto. *Trofoblasto = vira a parte do córium da placenta, ele secreta sódio e cria o espaço puxando água Desenvolvimento embrionário ✓ Tamanho do ovo dos mamíferos (0,1mm) ✓ Número de zigotos; Desenvolvimento interno; Ativação do genoma embrionário ✓ Dominância materna inicial em híbridos interespecíficos; ✓ Início da clivagem na ausência de um núcleo funcional; ✓ Desenvolvimento até o estágio de blástula (exceto em mamíferos) quando a transcrição nuclear é bloqueada; Expressão fenotípica de genes mutantes maternos; Eclosão ✓ Bombeamento de Na; ✓ Expansão; ✓ Síntese de proteases (estripsina – trofoblasto); Colagenase, estromalisina e ativador de plasminogênio; Equinos: ✓ Ampola do oviduto; ✓ Clivagem 24 hpf; ✓ Compactação 8-16 células ✓ Útero: sexto dia (mo-bi); ✓ Retenção de óvulos no oviduto (PGE2); ✓ Deutoplasmólise (extrusão – vai sumindo até 16 células, reabsorção); ✓ Após entrada no útero formação de capsula acelular entre ZP (até 20 dias) Embrião in vitro não forma; Cães: ✓ Sincronia entre ovulações; ✓ Ovócito primário; ✓ Maturação oviduto 2-5 dias; ✓ Ovulação 48h após pico de LH ✓ Pico de LH 2-4 ng/ml de P4; ✓ Ovulação 7ng/ml de P4; ✓ Fertilização 2-3 pós ovulação (4-5 pLH); ✓ Entra no útero 10 dias (mo-bi) ✓ ZL adelgaçada ou cápsula? ✓ Eclosão 16 dias; Implantação 18 dias image7.png image8.png image1.png image2.png image3.png image4.png image5.png image6.png