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22/05/2018 1 Profª Ediane Ribeiro CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO DISCIPLINA: NUTRIÇÃO EM SAÚDE COLETIVA Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) → popularmente conhecido como Merenda Escolar. É considerado um dos maiores programas na área de alimentação escolar no mundo e é o único com atendimento universalizado. O crescimento O desenvolvimento biopsicossocial A aprendizagem O rendimento escolar dos estudantes A formação de hábitos alimentares saudáveis Por meio da oferta da alimentação escolar e de ações de educação alimentar e nutricional. Atender as necessidades nutricionais dos alunos, durante sua permanência em sala de aula, contribuindo para: GARANTIR A SAN Gerenciado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE); Visa a transferência, em caráter suplementar, de recursos financeiros aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios → destinados a suprir, parcialmente, as necessidades nutricionais dos alunos. GOVERNO FEDERAL FNDE ENTIDADES EXECUTORAS: ESTADOS, DISTRITO FEDERAL e MUNICÍPIOS AQUISIÇÃO DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS Origem no início da década de 40 – recursos financeiros insuficientes; Década de 50 - elaborado um abrangente Plano Nacional de Alimentação e Nutrição, denominado Conjuntura Alimentar e o Problema da Nutrição no Brasil; 1955 - pelo Decreto n° 37.106 → instituiu a Campanha de Merenda Escolar, subordinada ao Ministério da Educação. 1ª vez que se estrutura um programa de merenda escolar em âmbito nacional, sob a responsabilidade pública 22/05/2018 2 1956: com o Decreto n° 39.007 → passou a se denominar Campanha Nacional de Merenda Escolar (CNME), com a intenção de promover o atendimento em âmbito nacional; 1965: o nome da CNME foi alterado para Campanha Nacional de Alimentação Escolar (CNAE); 1979: passou a denominar-se Programa Nacional de Alimentação Escolar. Com a Constituição Federal de 1988: ficou assegurado o direito à alimentação escolar a todos os alunos do ensino fundamental por meio de programa suplementar de alimentação escolar a ser oferecido pelos governos federal, estaduais e municipais. Desde sua criação até 1993, a execução do programa se deu de forma centralizada: • Ações centralizadas: – Planejamento dos cardápios – Aquisição dos gêneros por processo licitatório – Contratação de laboratórios especializados para efetuar o controle de qualidade – Distribuição dos alimentos em todo o território nacional 1994: Lei N°8.913 instituiu a descentralização dos recursos mediante celebração de convênios com os municípios e com o envolvimento das Secretarias Estaduais de Educação; – Nessa época, o valor diário per capita era de R$ 0,13, ou US$ 0,13 (o câmbio real/dólar nesse período era de 1/1) 2001: Medida Provisória → grandes avanços ao PNAE: – Obrigatoriedade de aplicação de 70% dos recursos transferidos pelo governo federal exclusivamente em produtos básicos. – Respeito aos hábitos alimentares regionais e à vocação agrícola do município, fomentando o desenvolvimento da economia local. Instituição do Conselho de Alimentação Escolar (CAE) como órgão deliberativo, fiscalizador e de assessoramento para a execução do programa; CAE: formado por membros da comunidade, professores, pais de alunos e representantes dos poderes Executivo e Legislativo. 2001: 2006: Exigência da presença do NUTRICIONISTA como Responsável Técnico pelo Programa 2009: Lei nº 11.947 – Extensão do programa para toda a rede pública de educação básica e de jovens e adultos. – Garantia de que 30% dos repasses do FNDE sejam investidos na aquisição de produtos da agricultura familiar 22/05/2018 3 QUANTO À aquisição de gêneros da Agricultura Familiar, diferenciação no valor do per capita repassado aos alunos matriculados em escolas localizadas em áreas indígenas e remanescentes de quilombos PROGRAMA PRIORIZA assentamentos da reforma agrária, comunidades tradicionais indígenas e comunidades quilombolas R e c u rs o s fi n a n c e ir o s : o PNAE transfere per capitas diferenciados para atender as diversidades étnicas e as necessidades nutricionais por faixa etária e condição de vulnerabilidade social. 2012: ↑ o valor repassado aos alunos matriculados em creches e pré-escolas; 2013: – Inclui a Educação Alimentar e Nutricional (EAN) como um eixo do PNAE; – Favorecendo a Promoção da Alimentação Adequada e Saudável (PAAS) de acordo com as políticas públicas mais atuais, como a PNAN e PNSAN. 2015: Resolução CD/FNDE nº 4 → alterou a redação que tratava da aquisição de gêneros alimentícios oriundos da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou suas organizações. Atualmente, o valor repassado pela União a Estados e Municípios por dia letivo para cada aluno é definido de acordo com a etapa de ensino: Creches – R$ 1,07 Pré-escola – R$ 0,53 Escolas indígenas e quilombolas – R$ 0,64 Ens. Fundamental e médio – R$ 0,36 Educação de jovens e adultos – R$ 0,32 Ensino integral– R$ 1,07 Programa de Fomento Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral - R$ 2,00 Alunos que frequentam o Atendimento Educacional Especializado no contraturno - R$ 0,53 Alimentação Saudável e Adequada •Orienta para o uso de alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos alimentares saudáveis Educação Alimentar e Nutricional •Fomenta a inclusão da EAN no processo de ensino e aprendizagem, que perpassa pelo currículo escolar, abordando o tema AeN e o desenvolvimento de práticas saudáveis de vida, na perspectiva da SAN Universalização •Atende a todos os alunos matriculados na rede pública de educação básica Participação social •Favorece o acompanhamento e ao controle da execução por meio da participação da comunidade no controle social, por meio dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAE) Desenvolvimento Sustentável • Incentiva a aquisição de gêneros alimentícios diversificados, produzidos em âmbito local e preferencialmente pela AF, priorizando as comunidades tradicionais indígenas de remanescentes de quilombos Direito à Alimentação escolar •Garante a SAN dos alunos, com acesso de forma igualitária, respeitando as diferenças biológicas entre idades e condições de saúde dos alunos que necessitem de atenção específica e aqueles que se encontram em vulnerabilidade social Por meio do fomento a participação da população no controle social do Programa Por meio da introdução no currículo escolar Por meio de ações de desenvolvimento de projetos de Hortas Escolares que integrem a educação, meio ambiente, saúde, desenvolvimento sustentável e mobilização comunitária Por meio de ações de educação alimentar e nutricional Por meio da oferta de refeições que supram às suas necessidades nutricionais 22/05/2018 4 A transferência é feita em dez parcelas mensais: • FEVEREIRO - 20 dias de aula • MARÇO - 20 dias de aula • ABRIL - 20 dias de aula • MAIO - 20 dias de aula • JUNHO - 20 dias de aula • JULHO - 20 dias de aula • AGOSTO - 20 dias de aula • SETEMBRO - 20 dias de aula • OUTUBRO - 20 dias de aula • NOVEMBRO - 20 dias de aula 200 dias letivos O valor a ser repassado para a entidade executora é calculado da seguinte forma: TR = Número de alunos x Número de dias x Valor per capita TR é o total de recursos a serem recebidos Cálculo para Creche Municipal Sossego da Mamãe (com 54 alunos) TR = Número de alunos X Número de dias X valor per capita Creches – R$ 1,07 Pré-escola – R$ 0,53 Escolas indígenas e quilombolas – R$ 0,64 Ens. Fundamental e médio – R$ 0,36 Educação de jovens e adultos – R$ 0,32 Ensino integral– R$ 1,07 Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral - R$ 2,00 Alunos que frequentam o Atendimento Educacional Especializadono contraturno - R$ 0,53 Cálculo para Creche Municipal Sossego da Mamãe (com 54 alunos) TR = Número de alunos X Número de dias X valor per capita TR = 54 X 200 X 1,07 TR = R$11.556,00/ano TR = R$11.556,00/10 parcelas TR = R$1.155,60/mês TR = R$1.155,60/20 dias TR = R$57,78/dia Ano Recursos financeiros (em bilhões de R$) 2017 3,14 2016 3,42 2015 3,76 2014 3,69 Lei de 2009 30% desse valor R$ 1,13 bilhão Investidos na compra direta de produtos da agricultura familiar Medida que estimula o desenvolvimento econômico das comunidades 22/05/2018 5 Do total, 70% dos recursos são destinados à compra de produtos alimentícios básicos, ou seja, semielaborados e in natura. O cardápio escolar deve ser elaborado por nutricionista e ser programado de modo a suprir, no mínimo: – 30% das necessidades nutricionais diárias dos alunos das creches e escolas indígenas e das localizadas em áreas remanescentes de quilombos – 15% dos demais alunos matriculados em creches, pré- escolas e escolas do ensino fundamental – Sempre respeitando os hábitos alimentares e a vocação agrícola da comunidade. A aquisição dos gêneros alimentícios é de responsabilidade dos estados e municípios, que tratam de licitações e contratos na administração pública. Para a compra dos produtos da AF o processo licitatório pode ser dispensado. Os estados podem transferir a seus municípios a responsabilidade pelo atendimento aos alunos matriculados nos estabelecimentos estaduais de ensino. A aquisição dos gêneros alimentícios deverá obedecer ao cardápio planejado pelo nutricionista: – Ser adquiridos, sempre que possível, no mesmo ente federativo em que se localizam as escolas. Coordenar, supervisionar e executar ações de educação em AeN para a comunidade escolar Realizar ações de Educação Alimentar e Nutricional Elaborar manual de boas práticas para o serviço e controle nas UAN’s Supervisionar o armazenamento e transporte de alimentos Orientar e supervisionar atividades de higienização de ambientes, equipamentos e utensílios Planejar, coordenar e aplicar o teste de aceitabilidade Realizar o diagnóstico e o acompanhamento do estado nutricional dos escolares da educação pública • Estimular a identificação de escolares com necessidades nutricionais específicas • Elaborar fichas técnicas das preparações que compõem o cardápio • Planejar, orientar e supervisionar as atividades de seleção, compra, armazenamento, produção e distribuição dos alimentos O programa é acompanhado e fiscalizado diretamente pela sociedade, por meio do: Conselhos de Alimentação Escolar (CAE) Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) Tribunal de Contas da União (TCU) Secretaria Federal de Controle Interno (SFCI) Ministério Público Criado para acompanhar a execução do Programa → controle social Órgão colegiado de caráter fiscalizador, permanente, deliberativo e de assessoramento. Deve ser instituído nos estados, o Distrito Federal e os municípios. 22/05/2018 6 CONSTITUIÇÃO DO CAE Nº de alunos Nº Nutricionistas Carga horária TÉCNICA mínima semanal recomendada Até 500 1 RT 30 horas 501 a 1.000 1 RT + 1 QT* 30 horas 1001 a 2500 1 RT + 2 QT 30 horas 2.501 a 5.000 1 RT + 3 QT 30 horas Acima de 5.000 1 RT + 3 QT e + 01 QT a cada fração de 2.500 alunos 30 horas *Quadro Técnico Art. 10. Consideram-se, para fins desta Resolução, os seguintes parâmetros numéricos mínimos de referência, por entidade executora, para a educação básica: Parágrafo Único. Na modalidade de educação infantil (creche e pré- escola), a Unidade da Entidade Executora deverá ter, sem prejuízo do caput deste artigo, um nutricionista para cada 500 alunos ou fração, com carga horária técnica mínima semanal recomendada de 30 horas. Premiado em 2012 e 2013: Olho D´Água do Borges (RN) é destaque no PNAE Viçosa/RN GOVERNO DO ESTADO REALIZA OFICINAS SOBRE O PNAE DIOGO LOPES/RN http://velocimetro.co/ http://velocimetro.co/ http://velocimetro.co/ 22/05/2018 7 http://velocimetro.co/ http://velocimetro.co/
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