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Relatório merenda

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
KARINA CRISTINA CÂMARA
RELATÓRIO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR: ESTÁGIO SUPERVISIONADO
ARARAQUARA 2021
KARINA CRISTINA CÂMARA
RELATÓRIO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR: ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Projeto apresentado como requisito para a obtenção do título de graduação em Nutrição apresentado à Universidade Paulista – UNIP.
Orientadora: Profa. Dra. Paula Sígoli
ARARAQUARA 2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
Histórico sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)	4
Descentralização e Municipalização do Programa	5
Meta de Cobertura Nutricional	8
Cálculo do Repasse e Recursos;	9
Objetivos do PNAE	10
Beneficiados e Participantes	11
Funcionamento	12
Atribuições do nutricionista no programa	12
DESENVOLVIMENTO	13
Descrição do Município e Período de Estágio	13
Atividades Realizas	14
CONCLUSÃO	34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	35
ANEXOS	36
1 INTRODUÇÃO
1.1 Histórico sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), conhecido como merenda escolar, é gerenciado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e visa à transferência, em caráter suplementar, de recursos financeiros aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios destinados a suprir, parcialmente, as necessidades nutricionais dos alunos. É considerado um dos maiores programas na área de alimentação escolar no mundo e é o único com atendimento universalizado.
O Programa tem sua origem no início da década de 40, quando o então Instituto de Nutrição defendia a proposta de o Governo Federal oferecer alimentação ao escolar. Entretanto, não foi possível concretizá-la, por indisponibilidade de recursos financeiros.
Na década de 50, foi elaborado um abrangente Plano Nacional de Alimentação e Nutrição, denominado Conjuntura Alimentar e o Problema da Nutrição no Brasil. É nele que, pela primeira vez, se estrutura um programa de merenda escolar em âmbito nacional, sob a responsabilidade pública.
Desse plano original, apenas o Programa de Alimentação Escolar sobreviveu, contando com o financiamento do Fundo Internacional de Socorro à Infância (Fisi), atualmente Unicef, que permitiu a distribuição do excedente de leite em pó destinado, inicialmente, à campanha de nutrição materno-infantil.
Em 31 de março de 1955, foi assinado o Decreto n° 37.106, que instituiu a Campanha de Merenda Escolar (CME), subordinada ao Ministério da Educação. Na ocasião, foram celebrados convênios diretamente com o Fisi e outros organismos internacionais. Em1956, com a edição Decreto n° 39.007, de 11 de abril de 1956, ela passou a se denominar Campanha Nacional de Merenda Escolar (CNME), com a intenção de promover o atendimento em âmbito nacional.
10
No ano de1965, o nome da CNME foi alterado para Campanha Nacional de Alimentação Escolar (CNAE) pelo Decreto n° 56.886/65 e surgiu um elenco de programas de ajuda americana, entre os quais destacavam-se o Alimentos para a Paz, financiado pela Agência dos Estados Unidos para o
Desenvolvimento Internacional (Usaid); o Programa de Alimentos para o Desenvolvimento, voltado ao atendimento das populações carentes e à alimentação de crianças em idade escolar;
e o Programa Mundial de Alimentos (PMA), da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU).
A partir de 1976, embora financiado pelo Ministério da Educação e gerenciado pela Campanha Nacional de Alimentação Escolar, o programa era parte do II Programa Nacional de Alimentação e Nutrição (Pronan). Somente em 1979 passou a denominar-se Programa Nacional de Alimentação Escolar.
Com a promulgação da Constituição Federal, em 1988, ficou assegurado o direito à alimentação escolar a todos os alunos do ensino fundamental por meio de programa suplementar de alimentação escolar a ser oferecido pelos governos federal, estaduais e municipais.
Desde sua criação até 1993, a execução do programa se deu de forma centralizada, ou seja, o órgão gerenciador planejava os cardápios, adquiria os gêneros por processo licitatório, contratava laboratórios especializados para efetuar o controle de qualidade e ainda se responsabilizava pela distribuição dos alimentos em todo o território nacional.
1.2 Descentralização e Municipalização do Programa
Descentralização - Em 1994, a descentralização dos recursos para execução do Programa foi instituída por meio da Lei n° 8.913, de 12/7/94, mediante celebração de convênios com os municípios e com o envolvimento das Secretarias de Educação dos estados e do Distrito Federal, às quais delegou-se competência para atendimento aos alunos de suas redes e das redes municipais das prefeituras que não haviam aderido à descentralização.
Nesse período, o número de municípios que aderiram à descentralização evoluiu de 1.532, em 1994, para 4.314, em 1998, representando mais de 70% dos municípios brasileiros.
A consolidação da descentralização, já sob o gerenciamento do FNDE, se deu com a Medida Provisória n° 1.784, de 14/12/98, em que, além do repasse direto a todos os municípios e Secretarias de Educação, a transferência passou a ser feita automaticamente, sem a necessidade de celebração de convênios ou quaisquer outros instrumentos similares, permitindo maior agilidade ao processo.
Nessa época, o valor diário per capita era de R$ 0,13, ou US$ 0,13 (o câmbio real/dólar nesse período era de 1/1). Principais avanços - A Medida Provisória n° 2.178, de 28/6/2001 (uma das reedições da MP n° 1.784/98), propiciou grandes avanços ao PNAE. Dentre eles, destacam-se a obrigatoriedade de que 70% dos recursos transferidos pelo governo federal sejam aplicados exclusivamente em produtos básicos e o respeito aos hábitos alimentares regionais e à vocação agrícola do município, fomentando o desenvolvimento da economia local. Outra grande conquista foi à instituição, em cada município brasileiro, do Conselho de Alimentação Escolar (CAE) como órgão deliberativo, fiscalizador e de assessoramento para a execução do Programa. Isso se deu a partir de outra reedição da MP n° 1.784/98, em 2 de junho de2000, sob o número 1979-19. Atualmente, os CAEs são formados por representantes de entidades civis organizadas, dos trabalhadores da educação, dos discentes, dos pais de alunos e representantes do poder Executivo.
A partir de 2006, uma conquista fundamental foi à exigência da presença do nutricionista como Responsável Técnico pelo Programa, bem como do quadro técnico composto por esses profissionais em todas as Entidades Executoras, o que permitiu uma melhoria significativa na qualidade do PNAE quanto ao alcance de seu objetivo.
Outro marco que merece destaque, a partir de 2006, foi estabelecimento de parceria do FNDE com as Instituições Federais de Ensino Superior, culminando na criação dos Centros Colaboradores de Alimentação e Nutrição Escolar – Cecanes, que são unidades de referência e apoio constituídas para desenvolver ações e projetos de interesse e necessidade do PNAE, com estrutura e equipe para execução das atividades de extensão, pesquisa e ensino. Dentre essas atividades, merece destaque as capacitações dos atores sociais envolvidos no Programa.
O PNAE é conhecido mundialmente como um caso de sucesso de Programa de Alimentação Escolar Sustentável. Nesse contexto, é importante ressaltar os Acordos Internacionais firmados com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura – FAO e com o Programa Mundial de Alimentos – PMA, por meio da Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores, com vistas a apoiar o desenvolvimento Programas de Alimentação Escolar Sustentáveis em países da América Latina, Caribe, África
e Ásia, sob os princípios da Segurança Alimentar e Nutricional e do Direito Humano à Alimentação Adequada.
Em 2009, a sanção da Lei nº 11.947, de 16 de junho, trouxe novos avanços para o PNAE, como a extensão do Programa para toda a rede pública de educação básica, inclusive aos alunos participantes do Programa Mais Educação, e de jovens e adultos, e a garantia de que, no mínimo,30% dos repasses do FNDE sejam investidos na aquisição de produtos da agricultura familiar. Outra mudança importante foi à inclusão do atendimento, em 2013, para os alunos que frequentam o Atendimento Educacional Especializado – AEE, para os da Educação de Jovens e Adultos semipresenciais e para aqueles matriculados em escolas de tempo integral.
Em relação aos recursos financeiros, o PNAE transfere per capitas diferenciados para atender as diversidades étnicas e as necessidades nutricionais por faixa etária e condição de vulnerabilidade social. Dessa forma, merece destaque o fato de o Programa priorizar os assentamentos da reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e comunidades quilombolas quanto à aquisição de gêneros da Agricultura Familiar, bem como diferenciar o valor do per capita repassado aos alunos matriculados em escolas localizadas em áreas indígenas e remanescentes de quilombos. Em 2012, aumentou o valor repassado aos alunos matriculados em creches e pré-escolas, sob a diretriz da política governamental de priorização da educação infantil.
Em 17 de junho de 2013, foi publicada a Resolução FNDE nº 26, que fortalece um dos eixos do Programa, a Educação Alimentar e Nutricional (EAN), ao dedicar uma Seção às ações de EAN. Essa medida vai ao encontro das políticas públicas atuais relacionadas à Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), visto a existência do Plano de SAN, do Plano Nacional Combate à Obesidade e do Plano de Ações Estratégicas para o enfretamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT).
Destaca-se ainda que, em 2 de abril de 2015, a Resolução CD/FNDE nº 4, considerando o fortalecimento da Agricultura Familiar e sua contribuição para o desenvolvimento social e econômico local, alterou a redação dos artigos 25 a 32 da Resolução FNDE nº 26, que tratavam da aquisição de gêneros alimentícios oriundos da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou suas organizações. A Resolução publicada em 2015 modificou a forma de aplicação
dos critérios para seleção e classificação dos projetos de venda; estabeleceu o que são grupos formais e informais de assentados da reforma agrária, comunidades tradicionais indígenas e quilombolas e critérios para desempate; definiu os locais onde deverão ser divulgados os editais das chamadas públicas; incluiu o documento para habilitação dos projetos de venda dos grupos formais; estabeleceu os preços dos produtos a serem adquiridos da agricultura familiar são aqueles publicados na chamada pública; definiu o limite individual de venda para o agricultor familiar na comercialização para o PNAE por entidade executora; estabeleceu novas regras para o controle do limite individual de venda dos agricultores familiares; e definiu modelos de edital de chamada pública, de pesquisa de preços de projeto de venda e de contrato.
1.3 Meta de Cobertura Nutricional
As ações de alimentação e nutrição no PNAE abrangem a avaliação do estado nutricional dos estudantes atendidos pelo PNAE; a identificação de indivíduos com necessidades nutricionais específicas; a realização de ações de educação alimentar e nutricional para a comunidade escolar, articuladas com a coordenação pedagógica da escola; o planejamento e a coordenação da aplicação do teste de aceitabilidade; a elaboração e implantação do Manual de Boas Práticas de acordo com a realidade de cada unidade escolar; a interação com os agricultores familiares e empreendedores familiares rurais de forma a conhecer a produção local, inserindo estes produtos na alimentação escolar; o planejamento e acompanhamento dos cardápios da alimentação escolar, entre outras.
O nutricionista é um profissional essencial para a adequada execução do PNAE. Compete ao nutricionista responsável técnico (RT) assumir as atividades de planejamento, coordenação, direção, supervisão e avaliação de todas as ações de alimentação e nutrição no âmbito da alimentação escolar.
O cardápio da alimentação escolar é um instrumento que visa assegurar a oferta de uma alimentação saudável e adequada, que garanta o atendimento das necessidades nutricionais dos alunos durante o período letivo e atue como um elemento pedagógico, caracterizando uma importante ação de educação alimentar e nutricional. Assim, o planejamento dos cardápios, bem como o
acompanhamento de sua execução, devem estar aliados para o alcance do objetivo do PNAE.
Os cardápios deverão ser elaborados pelo nutricionista RT, considerando:
· O emprego da alimentação saudável e adequada, compreendendo o uso de alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos alimentares saudáveis, atendendo as necessidades nutricionais dos alunos em conformidade com a sua faixa etária e seu estado de saúde;
· Os gêneros alimentícios produzidos em âmbito local, preferencialmente pela agricultura familiar e pelos empreendedores familiares rurais;
· O horário em que é servida a alimentação e o alimento adequado a cada tipo de refeição;
· As especificidades culturais das comunidades indígenas e/ou quilombolas;
· A oferta de, no mínimo, 3 porções de frutas e hortaliças por semana (200g/aluno/semana), sendo que as bebidas à base de frutas não substituem a obrigatoriedade da oferta de frutas in natura;
· Os aspectos sensoriais, como as cores, os sabores, a textura, a combinação de alimentos e as técnicas de preparo;
Além dessas recomendações, o PNAE, visando limitar a oferta e o consumo de alimentos processados de baixo valor nutricional, ricos em açúcar, gordura e sal estabelece um limite para aquisição de alimentos enlatados, embutidos, doces, alimentos compostos, preparações semiprontas ou prontas para o consumo, ou alimentos concentrados. Proíbe, ainda, a aquisição de bebidas com baixo valor nutricional.
1.4 Cálculo do Repasse e Recursos;
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) oferece alimentação escolar e ações de educação alimentar e nutricional a estudantes de todas as etapas da educação básica pública. O governo federal repassa, a estados, municípios e escolas federais, valores financeiros de caráter suplementar efetuados em 10 parcelas mensais (de fevereiro a novembro) para
a cobertura de 200 dias letivos, conforme o número de matriculados em cada rede de ensino.
O PNAE é acompanhado e fiscalizado diretamente pela sociedade, por meio dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAE), e também pelo FNDE, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo Ministério Público.
Atualmente, o valor repassado pela União a estados e municípios por dia letivo para cada aluno é definido de acordo com a etapa e modalidade de ensino:
· Creches: R$ 1,07
· Pré-escola: R$ 0,53
· Escolas indígenas e quilombolas: R$ 0,64
· Ensino fundamental e médio: R$ 0,36
· Educação de jovens e adultos: R$ 0,32
· Ensino integral: R$ 1,07
Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral: R$ 2,00
Alunos que frequentam o Atendimento Educacional Especializado no contraturno: R$ 0,53.
O repasse é feito diretamente aos estados e municípios, com base no Censo Escolar realizado no ano anterior ao do atendimento. O Programa é acompanhado e fiscalizado diretamente pela sociedade, por meio dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAE), pelo FNDE, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo Ministério Público. Com a Lei nº 11.947, de 16/6/2009, 30% do valor repassado pelo Programa Nacional.
1.5 Objetivos do PNAE
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem como objetivo “contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de hábitos alimentares saudáveis dos alunos, por meio de ações de educação alimentar e nutricionais e da oferta de refeições que cubram as suas necessidades nutricionais durante o período letivo” (BRASIL, 2009). Nesse contexto, o nutricionista que atua no PNAE nos Estados, no Distrito Federal, nos Municípios e nas escolas federais deverá respeitar as diretrizes previstas na legislação vigente, dentrodas suas
atribuições específicas (BRASIL, 2009). A elaboração do cardápio da alimentação escolar é atividade privativa do nutricionista e deve ter como meta a promoção da saúde e a garantia do direito humano à alimentação adequada e saudável no ambiente escolar. Conforme o artigo 14, §2° do artigo 14 da Resolução CD/FNDE 26 de 2013, os cardápios deverão ser planejados para atender, em média, as necessidades nutricionais estabelecidas por esta Resolução, de acordo com a faixa etária, cultura alimentar e período em que o aluno permanece na escola.
1.6 Beneficiados e Participantes
São atendidos pelo programa os alunos de toda a educação básica (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos) matriculados em escolas públicas, filantrópicas e em entidades comunitárias (conveniadas com o poder público). Vale destacar que o orçamento do PNAE beneficia milhões de estudantes brasileiros, como prevê o artigo 208, incisos IV e VII, da Constituição Federal.
Do ponto de vista operacional, participam do PNAE:
Governo Federal, por meio do FNDE – Responsável pela definição das regras do programa. É aqui que se inicia o processo de financiamento e execução da alimentação escolar.
Entidades Executoras (EEx) – Secretarias de Educação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e as escolas federais, que se responsabilizam pelo desenvolvimento de todas as condições para que o PNAE seja executado de acordo com o que a legislação determina.
Unidade Executora (UEx) – Sociedade civil com personalidade jurídica de direito privado, vinculada à escola, sem fins lucrativos, que pode ser instituída por iniciativa da escola, da comunidade ou de ambas. As Unidades Executoras podem ser chamadas de “Caixa Escolar”, “Associação de Pais e Mestres”, ‘Círculo de Pais e Mestres” ou “Unidade Executora”. Representam a comunidade educativa.
Conselho de Alimentação Escolar – Responsável pelo controle social do PNAE, isto é, por acompanhar a aquisição dos produtos, a qualidade da
alimentação ofertada aos alunos, as condições higiênico-sanitárias em que os alimentos são armazenados, preparados e servidos, a distribuição e o consumo, a execução financeira e a tarefa de avaliação da prestação de contas das EEx e emissão do Parecer Conclusivo.
Existem outras instituições que apoiam o PNAE:
Tribunal de Contas da União e Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União – Órgãos de fiscalização do governo federal.
Ministério Público Federal – Em parceria com o FNDE, recebe e investiga as denúncias de má gestão do programa.
Secretarias de Saúde e de Agricultura dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios – Responsáveis pela inspeção sanitária, por atestar a qualidade dos produtos utilizados na alimentação ofertada e por articular a produção da agricultura familiar com o PNAE.
Conselho Federal e Conselhos Regionais de Nutricionistas – Fiscalizam a atuação desses profissionais.
1.7 Funcionamento
Para participar do programa, os municípios deverão solicitar atendimento ao MEC/FNDE por meio do Plano de Ações Articuladas (PAR), no Sistema Integrado de Planejamento, Orçamento e Finanças do Ministério da Educação – SIMEC. Após a aprovação das ações, devem assinar o Termo de Compromisso ao Programa Formação pela Escola, conforme Resolução normativa.
O MEC/FNDE analisará as solicitações de atendimento e, se aprovadas, terão sua demanda consolidada e atendida via assistência técnica em parceria com as secretarias estaduais e municipais de educação.
1.8 Atribuições do nutricionista no programa
O nutricionista é um profissional essencial para a adequada execução do PNAE. Compete ao nutricionista responsável técnico (RT) assumir as atividades de planejamento, coordenação, direção, supervisão e avaliação de todas as ações de alimentação e nutrição no âmbito da alimentação escolar.
O cardápio da alimentação escolar é um instrumento que visa assegurar a oferta de uma alimentação saudável e adequada, que garanta o atendimento das necessidades nutricionais dos alunos durante o período letivo e atue como um elemento pedagógico, caracterizando uma importante ação de educação alimentar e nutricional. Assim, o planejamento dos cardápios, bem como o acompanhamento de sua execução, deve estar aliado para o alcance do objetivo do PNAE.
Os cardápios deverão ser elaborados pelo nutricionista RT, considerando:
· O emprego da alimentação saudável e adequada, compreendendo o uso de alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos alimentares saudáveis, atendendo as necessidades nutricionais dos alunos em conformidade com a sua faixa etária e seu estado de saúde;
· Os gêneros alimentícios produzidos em âmbito local, preferencialmente pela agricultura familiar e pelos empreendedores familiares rurais;
· O horário em que é servida a alimentação e o alimento adequado a cada tipo de refeição;
· As especificidades culturais das comunidades indígenas e/ou quilombolas;
· A oferta de, no mínimo, 3 porções de frutas e hortaliças por semana (200g/aluno/semana), sendo que as bebidas à base de frutas não substituem a obrigatoriedade da oferta de frutas in natura;
· Os aspectos sensoriais, como as cores, os sabores, a textura, a combinação de alimentos e as técnicas de preparo;
Além dessas recomendações, o PNAE, visando limitar a oferta e o consumo de alimentos processados de baixo valor nutricional, ricos em açúcar, gordura e sal estabelece um limite para aquisição de alimentos enlatados, embutidos, doces, alimentos compostos, preparações semi prontas ou prontas para o consumo, ou alimentos concentrados. Proíbe, ainda, a aquisição de bebidas com baixo valor nutricional.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Descrição do Município e Período de Estágio
Araraquara é um município no interior do estado de São Paulo, no Brasil. O município é formado pela sede e pelos distritos de Bueno de Andrada e Vila Xavier. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2020, era de 238 339, correspondendo em uma densidade populacional de 235,2 habitantes/km² Vigilância Sanitária. 
A realização do estágio de Nutrição em saúde pública – Alimentação Escolar foi de maneira remota por conta do COVID 19, com atividades passadas pela professora supervisora, e algumas reuniões de supervisão referentes às atividades passadas.
2.2 Atividades Desenvolvidas
Atividade realizada dia 04/10/21, 05/10/21 e 06/10/21.
:
Encontro Técnico para Nutricionistas do PNAE
No encontro, o objetivo é reunir nutricionistas para falar do PNAE e comentar sobre as suas experiências, os principais problemas de cada região, o que cada nutricionista enfrenta de dificuldade no programa.
O vídeo transmite um conhecimento e a realidade do programa, proporcionando como realmente é viver no âmbito escolar, como lidar com os alunos, com os funcionários da escola, com as merendeiras e as principais adversidades na prática.
Pelo atual cenário global do COVID 19, foram feitas mudanças com o retorno das aulas presenciais e a importância da alimentação e segurança alimentar, existe a questão de identidade que traz algumas reflexões e dúvidas a quem a assiste.
Há muita abordagem sobre o guia alimentar para crianças menores de dois anos, com pauta sobre o sobrepeso em crianças que com o tempo só aumenta e que precisa ser feita mudança no estilo de vida desde pequeno. É explicado também os benefícios e a importância do leite materno exclusivo até os seis meses de vida.
Diz muito sobre os benefícios de uma alimentação saudável na questão biológica, sociocultural, econômica e ambiental, aborda sobre o PNAE e sua linha do tempo e sobre como o profissional nutricionista foi evoluindo ao longo dos anos.
Vale ressaltar que a transferência de recursos financeiros pelo FNDE no âmbito do PNAE é de no mínimo 30% devem ser utilizados na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar, e este é o mínimo, mas podemos utilizar a mais, só não nunca menos.
Nesse encontro explica a importância de realizar uma pesquisa de preços pelo nutricionista e conhecertodos os agricultores, pensar como vai receber o produto, fazer uma pauta de compra antes de realizar o pedido de compras para que além de alimentos de boa qualidade você auxilie a compra nos alimentos da rua região. É preciso descrever exatamente como o produto chegue até o destino, com detalhamento, pois a pauta de compra se transforma em um termo de referência. Além disso, toda compra de fruta precisa ter registro.
Atividade realizada dia 07/10/2021
	Foi realizada uma conferência do conselho municipal a fim de planejar as ações de serviços no município de Araraquara. Foi falado sobre a 4ª semana da alimentação saudável com a programação: Evento na UBS do Jardim Iedda, com a participação de crianças e adultos, live com o prefeito de Araraquara (O que Araraquara tem feito na Saúde Pública) atividades do CRAS.
Houve uma organização para arrecadar leite no município, por conta da alta demanda e preços altos, além disso, foi realizado a compra de ovos mais sustentáveis no CRAS para serem entregues para as famílias em insegurança alimentar, esse alimento apresenta alto valor biológico, então aliou-se o valor nutricional com a sustentabilidade.
Atividade realizada dia 11/10/21, 12/10/21 e 13/10/21.
 Avaliação do estado nutricional de 10 seguintes crianças/adolescentes:
	
	Sexo
	Idade
	Peso
	Altura
	Imc/idade
	Peso x Idade
	Estatura x Idade
	1
	Masculino
	2 anos
	9,7 kg
	90 cm
	Magreza Acentuada
	Baixo peso para idade
	Adequado para idade
	2
	Feminino
	08 anos
	25kg
	111cm
	Sobrepeso
	Peso adequado para idade
	Baixa Estatura para idade
	3
	Feminino
	10 anos
	27kg
	119cm
	Sobrepeso
	Peso adequado para idade
	Baixa estatura para idade
	4
	Masculino
	12 anos
	30kg
	119cm
	Sobrepeso
	Peso adequado
	Baixa estatura para idade
	5
	Feminino
	6 anos
	31kg
	111cm
	Obesidade grave
	Peso elevado para idade
	Estatura adequada para idade
	6
	Feminino
	17 anos
	50kg
	150cm
	Eutrofia
	Peso adequado
	Estatura adequada para idade
	7
	Masculino
	15 anos
	45kg
	150cm
	Eutrofia
	Adequado
	Baixa estatura para idade
	8
	Feminino
	4 anos
	16kg
	90cm
	Sobrepeso
	Sobrepeso
	Baixa estatura para idade
	9
	Masculino
	14 anos
	42kg
	130cm
	Sobrepeso
	-
	Baixa estatura para idade
	10
	Feminino
	16 anos
	37kg
	130
	Eutrofia
	
	Baixa estatura para idade
Figura 1. Gráfico referente ao resultado do estado nutricional das crianças.
Pelo gráfico podemos perceber que 50% das crianças têm sobrepeso, 10% magreza acentuada e 30% estão dentro do peso desejado, sendo que 70% delas tem baixa estatura para sua idade.
Vale ressaltar que, nesse ciclo da vida a criança está desenvolvendo sua altura e por isso a maioria estão sobrepeso, pelo peso não estar sendo distribuído adequadamente conforme deveria por conta da baixa altura.
Deve-se observar sempre quais alimentos estão sendo ingeridos por cada criança, pois nesse ciclo de vida inicia-se a introdução alimentar e desenvolve-se a o paladar.
Atividade realizada dia 18/10/2021.
Elaboração de um cardápio de segunda-feira a sexta-feira para crianças de 08 anos que frequentam a escola meio período.
O cardápio foi elaborado utilizando as referências do PNAE para crianças de 08 anos. Deu-se preferência aos alimentos mais práticos de se manusear como a alface e o tomate que são bem aceitos no municio. No quesito nutricional, é importante que o cardápio seja equilibrado de macronutrientes e micronutrientes, mas que também seja atrativo para o aluno ter interesse pela refeição. 
Um dos problemas observados foi o azeite de oliva, que não é utilizado devido ao preço, portanto foi feito a adaptação para uso do óleo de soja. Referente os macronutrientes, o cardápio proposto conseguiu atingir 100% das necessidades nutricionais dos alunos, as calorias recomendadas para o período parcial.
Atividade realizada dia 28/10/21
	Foi proposto a elaboração de uma ação educativa com a faixa etária de 11 a 13 anos, e o tema escolhido foi Sustentabilidade e o Aproveitamento Integral dos alimentos. Houve a realização de uma cartilha, com o objetivo de conscientizar os alunos com informações sobre alimentação saudável e sustentável com dicas e receitas, visando o aproveitamento integral dos alimentos.
Atividade realizada dia 04/11/2021
	Foi selecionado um artigo falando sobre o PNAE na prática com o tema Avaliação da Composição Nutricional dos Cardápios e Custos da Alimentação Escolar da Rede municipal de Conceição do Jacuípe – BA. 
	A merenda é um bem-estar para os alunos com objetivo de proporcionar, parcialmente, as necessidades nutricionais dos alunos, melhorar a capacidade de aprendizado, formar bons hábitos alimentares e manter o aluno na escola.
	
Referente a recomendação mínima de calorias é estipulado 350kcal e de proteína 9g, os cardápios devem ser calculados e balanceados dentro das recomendações diárias. A análise do valor nutricional das merendas oferecidas nas escolas representa um importante instrumento avaliador e da qualidade e da quantidade dos alimentos oferecidos e também, um valioso parâmetro para analisar o impacto das políticas públicas sobre a condição de vida deste grupo populacional, as crianças.
	O levantamento foi realizado junto às merendeiras. Todas as dispensas foram visitadas e verificadas os gêneros armazenados e as condições do armazenamento, como também foi observado os principais produtos regionais disponíveis no mercado e na feira livre local. Foi observado se os itens alimentícios utilizados nos cardápios pertencem à tabela dos alimentos considerados básicos para o PNAE. 
As aquisições eram realizadas através do setor de compras da Prefeitura de Conceição do Jacuípe/BA, através de cotação do preço no mercado local, órgão gestor do benefício. As compras dos gêneros alimentícios foram feitas mediante recurso liberado através da Secretaria da Educação da Prefeitura Municipal de Conceição do Jacuípe/BA, em geral, mensalmente e através de algumas doações locais. O valor disponível para cada escola é calculado com base no número de alunos matriculados. A aquisição dos gêneros alimentícios era feita a partir do planejamento dos cardápios. Os gêneros, depois de adquiridos, eram levados para um depósito onde eram organizados distribuídos para cada unidade escolar. 
Durante os seis meses desta pesquisa, os cardápios foram elaborados pelo nutricionista do projeto e foram desenvolvidos a partir das condições oferecidas pela Prefeitura para aquisição dos gêneros, tendo em vista as observações e as sugestões das merendeiras, dos hábitos alimentares da população, as sugestões contidas no Manual do Conselho de Alimentação Escolar e o uso dos principais produtos regionais existentes com preços compatíveis com os recursos liberados, e dos produtos que se dispunha no mercado local. Os cardápios oferecidos pelas escolas não atendem os objetivos nutricionais propostos pelo PNAE, uma vez média geral do valor calórico encontrado nas refeições foi de a 227,51 calorias e 8,12 gramas de proteínas, portanto esta abaixo. Há um custo médio de R$ 0,23/aluno/ dia, acima do valor repassado pelo Governo Federal R$ 0,13/ aluno/dia, sendo, em 2004, o valor de R$ 0,15/aluno/dia e, atualmente, o valor repassado é de R$ 0,18/aluno/dia. 
Em nenhum dos seis meses de análise dos cardápios foi possível ofertar a quantidade de calorias e proteínas determinadas pelo PNAE, visto que a complementação em recursos feita pela Prefeitura do município em estudo não era suficiente para garantir a elaboração da refeição com o teor de nutrientes mínimo previsto no programa. Referente a infraestrutura, espaços físicos (cozinhas) adequados e de equipamentos básicos, como refrigeradores, em algumas escolas, impossibilitava o armazenamento dos alimentos perecíveis, principalmente os derivados do leite. Ficou constatado que as refeições oferecidas nas escolas apresentaram-se insatisfatórias, considerada a presença de frutas, legumes, hortaliças “in natura”, em geral; os hortifrutigranjeiros, na maioria das vezes, não eram comprados com regularidade, para alimentação escolar, o que interferiana qualidade da composição do cardápio. 
Antes da intervenção da nutricionista, na elaboração dos cardápios e produção das refeições escolares, normalmente o planejamento era feito pelas próprias merendeiras, as quais decidiam o que iam preparar, para quantas pessoas, como distribuir e higienizar a cozinha ou espaços improvisados, destinados para elaboração da alimentação, utilizando-se dos recursos disponíveis nas escolas, trabalhando com muita improvisação.
Atividade realizada dia 04/11/2021 – Leitura do manual de apoio para atividades técnicas do nutricionista no âmbito do PNAE
O manual de apoio para as atividades técnicas do nutricionista no âmbito do PNAE detalha o planejamento das ações a serem executadas pelo nutricionista, mostrando como criar um plano de trabalho, como fazer cardápios e alimentação escolar, fichas técnicas, ações de educação alimentar e nutricional, como realizar e para que serve o teste de aceitabilidade, como realizar diagnóstico nutricional dos alunos, necessidades alimentares especiais, de como é importante a interação com os agricultores familiares, controle de qualidade, trazendo muita informação e aprendizagem ao leitor.
Leitura do Teste de Aceitabilidade
O manual para aplicação dos testes de aceitabilidade, trazem a informação e experiência de alguns testes, quais são os tipos, para que eles servem e quais os benefícios dele. 
Um desses benefícios é evitar o desperdício na merenda escolar. Um material muito importante para saber como aplicar os testes e o que se fazer passo a passo.
Atividade realizada dia 09/11/2021 - Leitura das Recomendações para a execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar no retorno presencial às aulas durante a pandemia de covid-19: educação alimentar nutricional e segurança dos alimentos.
O manual de recomendação para a execução do programa nacional de alimentação escolar no retorno presencial as aulas durante a pandemia da COVID-19, foi criado em setembro de 2020 com a finalidade de ajudar a como agir diante da pandemia.
É um material muito rico no requisito dos cuidados que deverão ser tomados ao retorno das aulas, como se deve agir, preparar os alimentos, limpar os utensílios, as mãos, e são dados passo a passo dessas informações no manual.
Atividade realizada dia 10/11/2021 – Alimentação escolar para estudantes com necessidades especiais.
A alimentação é muito importante, principalmente na fase escolar, que são
onde a criança/adolescente aprende muitas vezes o que realmente é se alimentar, a comer em grupo, experimentar novos alimentos e etc. O caderno de referência “alimentação escolar para estudantes com necessidades alimentares especiais” começa enfatizando que todos os estudantes têm direito ao alimento na escola, e se caso ele precisar de uma alimentação diferenciada, é necessário que ele informe a doença a escola, com laudo médico
para a doença.
Para que não ocorra nenhum tipo de problema, o nutricionista precisa passar a recomendação de que se tenha um canal de comunicação para que esses pais possam ser informados de como agir.
O nutricionista também deve pensar na qualificação dos manipuladores dos alimentos, a capacitação das técnicas de pré preparos, receitas e cuidados específicos para cada condição, por exemplo, nos cuidados no preparo de alimentos para alérgicos, nas receitas sem glúten e no uso de ervas em substituição do sal.
Quando o diretor por meio da matrícula percebe que o aluno precisa de uma alimentação especializada ele verifica se existe o atestado médico, comprova a condição do aluno e encaminha o atestado para o nutricionista do PNAE.
O nutricionista então elabora o cardápio especial, havendo dúvidas ele tira com o responsável do aluno, pôde-se enviar o cardápio para o diretor entregar, tendo 3 cópias, uma para professor, outra para o manipulador e outra para o responsável. Se o nutricionista quiser entregar pessoalmente também tem essa opção, mas sempre com o folheto e as cópias. Além disso, deve haver alguma sistemática de acompanhamento e educação alimentar e nutricional.
Quando se trata de uma alergia alimentar por exemplo, o ideal é que você observe sempre a composição dos alimentos e se há traços mesmo q mínimos da composição alérgica no alimento, e deve ser feita a exclusão total do alimento. 
Já quando se tem doença celíaca é preciso excluir o glúten por completo, como o trigo, cevada, aveia, centeio e o malte. Verificar sempre os rótulos e observar a indicação de “não contém glúten”. Adotar cuidados extras quando houver produção de pães e bolos.
Uma das diferenças na prevenção da contaminação da doença celíaca é que a farinha de trigo se propaga pelo ar, podendo ficar até 24h. Sendo assim, é indicado que em unidades escolares utilizem a farinha de trigo em liquidificador e batedeiras para fazer bolo e pães.
Quando se trata de diabetes, é importante lembrar que temos vários fatores a ser verificados antes de se fazer o cardápio especial, como limite diário de sacarose a 10%, redução de ácidos graxos saturados para 7% no total, limitar o consumo diário de colesterol, orientar as equipes escolares para que o aluno não repita.
Nas doenças dislipidemias e hipertensão arterial sistêmica é recomendado a substituição dos ácidos graxos saturados por poli-insaturados. Tirar a gordura trans do cardápio e recomendar as unidades escolares a implementação de hortas escolares, inclusive para a produção de temperos.
No caso dos alunos com intolerância à lactose é essencial que se observe se terá que excluir todos os derivados e o leite, ou se o aluno tolera alguns alimentos, por isso é importante sempre conversar com o responsável e manter uma ficha para que você possa passar as necessidades de cada aluno para os manipuladores.
Atividade realizada dia 10/11/2021 – Reunião com a nutricionista 
	A nutricionista do PNAE de Araraquara é responsável por 68 escolas do ensino infantil e fundamental, e explicou que o cardápio tem que ser igual para todos na rede municipal. O recurso vem do FNDE e também de recursos da prefeitura que deve se ser destinado a compras apenas de alimentos e o cálculo e com base no número de alunos do ano anterior, do número de dias letivos e valor per capita.
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A compra de materiais de limpeza e utensílios é realizado pela secretaria municipal. O cardápio realizado é anual e deve ser adequado nutricionalmente visando atender tanto os aspectos nutricionais e sociais de cada aluno.
3 CONCLUSÃO
Diante das adversidades de não poder vivenciar a realidade do nutricionista no PNAE, o estágio foi de suma importância para entender quais são as funções e necessidades do programa para a saúde das crianças e adolescentes matriculados na rede publica do município.
A ementa proposta e os trabalhos desenvolvidos remotamente, ajudou a consolidar a teoria construída ao longo da graduação e conhecer o trabalho desenvolvido pelo nutricionista nas escolas e creches.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ENCONTRO TÉCNICO PARA NUTRICIONISTAS DO PNAE 2021. YOUTUBE.
Disponivel em:
<https://www.youtube.com/playlist?list=PL1DvWZNqAtqLwGV0OG0W3HBpUFn8dej nQ>. Acesso em: setembro 2021.
FNDE. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Disponivel em: <https://www.fnde.gov.br/programas/pnae>. Acesso em: outubro 2021.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS). Disponível em: <http://aps.saude.gov.br/ape/vigilanciaalimentar/curvascrescimento>. Acesso em: setembro 2021.
MUNIZ, V. M.; CARVALHO, A. T. D. Avaliação da Composição Nutricional dos Cardápios e Custos da Alimentação Escolar da Rede Municipal de Conceição do Jacuípe/BA, Feira de Santana, v. 20, n. 35, p. 75-90, jul./dez. 2008.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Teste de Aceitabilidade, Brasília - DF, 2017. Disponível em: https://www.fnde.gov.br/index.php/programas/pnae/pnae-area-gestores/pnae-manuais-cartilhas/item/5166-manual-para-aplica%C3%A7%C3%A3o-dos-testes-de-aceitabilidade-no-pnae 
4 ANEXOS
Anexo 1:

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