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TRABALHO PNAE Programa Formação pela Escola 2020

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PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA
CURSO PNAE 
CURSISTAS:
Jheandra Zandomênico
Oleandra Ferreira Silva Zandomênico
Regina Souza Rodrigues Leal
ATIVIDADE FINAL 
A EXECUÇÃO DO PNAE NO MUNICÍPIO DE CARIACICA ES
CARIACICA – ES
2020
FORMAÇÃO PELA ESCOLA
CURSO PNAE
CURSISTAS:
Jheandra Zandomênico
Oleandra Ferreira Silva Zandomênico
Regina Souza Rodrigues Leal
	
Atividade a ser apresentada ao Curso de Formação Pela Escola, em cumprimento ás exigências para a conclusão do módulo Programa Formação pela Escola - PNAE. Tutora: Ediany Melo C. Westphal.
CARIACICA – ES
2020
		
Sumário
1. Introdução.......................................................................................................4
2. Desenvolvimento...........................................................................................5
2.1 Objetivo Principal do PNAE...........................................................................6
2.2 Objetivos Gerais do PNAE.............................................................................6
2.3 Meta do Programa..........................................................................................6
2.4 Pressupostos Básicos....................................................................................6
2.5 Valor do Repasse...........................................................................................6
3. Conselho de Alimentação Escolar.................................................................8
4. Situação do PNAE em Cariacica...................................................................9
5. O Trabalho dos Nutricionistas nas Escolas do Município............................10
5.1 Merendeiras.................................................................................................11
6. Compra de Alimentos..................................................................................12
7. Programa de Aquisição de Alimentos PPA...................................................12
8. Cardápio Saudável e Nutritivo na Rede de Ensino Municipal.......................13
9. Substituições na Merenda Escolar................................................................14
10. Considerações Finais..................................................................................15
11. Conclusão....................................................................................................16
12. Referências..................................................................................................17
1.Introdução
O PNAE é o mais antigo programa do governo brasileiro na área de alimentação escolar e de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), sendo considerado um dos maiores e mais abrangentes do mundo no que se refere ao atendimento universal aos escolares e de garantia do direito humano à alimentação adequada e saudável. A criação do PNAE ocorreu em 1983, contudo, a origem do mesmo remonta à 1954 com o nome de Campanha da Merenda Escolar, no governo Getúlio Vargas, pelo Decreto 37.106 (31/03/1954), subordinado ao Ministério da Educação (MEC). Após alterações no nome e na vinculação institucional, passou a chamar-se Programa de Alimentação Escolar em 1979 e foi incorporado ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) em 1997. O FNDE, autarquia vinculada ao MEC, é responsável pela normatização, assistência financeira, coordenação, acompanhamento, monitoramento, cooperação técnica e fiscalização da execução do Programa.
Prestes a completar sessenta anos de existência, o PNAE é o programa socioeducacional com maior história no campo de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) do país, cobrindo extensa parcela do território nacional desde a sua criação. O Programa Nacional de Alimentação Escolar representa a maior e mais abrangente experiência em programas de alimentação e nutrição na América do Sul. A clientela atendida atualmente no país, ultrapassa 37 milhões de alunos, com um investimento superior a 1,025 bilhões de reais ao ano.
Atualmente o Programa funciona por meio de transferência de recursos do Governo Federal ás Entidades Executoras (estados, Distrito Federal e municípios), para aquisição de gêneros alimentícios destinados à Merenda Escolar, de forma a fornecer no mínimo 15% das necessidades diárias de nutrientes a alunos do ensino infantil e fundamental e 30% dessas a alunos de creches, escolas indígenas e escolas em áreas remanescentes de quilombos. 
2. Desenvolvimento
O PNAE é um programa do Ministério da Educação, também conhecido como Merenda Escolar. Seu objetivo é complementar a alimentação dos alunos, contribuindo para que permanecem na escola, tenham bom desempenho escolar e bons hábitos alimentares. O FNDE transfere recursos, em até dez parcelas mensais, para as prefeituras municipais, secretarias de educação dos estados e do Distrito Federal, creches, pré-escolas, e escolas federais. Os recursos transferidos só podem ser usados na compra de gêneros alimentícios para a merenda escolar. A merenda por sua vez, deve ser fornecida aos alunos matriculados na educação infantil (creches e pré-escolas) no ensino fundamental e médio, bem como na educação de jovens e adultos das escolas públicas, inclusive as localizadas em áreas indígenas e em áreas remanescentes de quilombos. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem como objetivo “contribuir para o crescimento e do desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de hábitos alimentares saudáveis dos alunos, por meio de ações de educação alimentar e nutricional e da oferta de refeições que cubram o período letivo” (Brasil, 2009). 
Além do estabelecimento de critérios técnicos e operacionais para a gestão local do PNAE, outros importantes avanços são: a obrigatoriedade da existência de um nutricionista responsável técnico, a ampliação e o fortalecimento dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAE) e a constituição dos Centros Colaboradores em Alimentação e Nutrição Escolar (CECANEs), por meio de parcerias entre o FNDE e as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), os quais apontam igualmente para uma importante ampliação desta política pública no que concerne à garantia do direito á alimentação adequada e saudável nas escolas. Desta forma, o PNAE, cuja responsabilidade constitucional é compartilhada entre todos os entes federados, envolve um grande número de atores sociais como gestores públicos, professores, diretores de escola, pais de alunos, sociedade civil organizada, nutricionistas, manipuladores de alimentos, agricultores familiares, conselheiros de alimentação escolar, entre outros.
O gerenciamento do programa é bastante complexo em virtude de estarem envolvidos diretamente no processo, União, Estados, Municípios, Conselhos e estabelecimentos de ensino. No entanto, o compromisso de gerenciar este recurso de forma transparente e eficaz deve ser uma constante, uma vez que o programa apresenta grande impacto social.
 2.1 Objetivo Principal do PNAE
Suprir parcialmente as necessidades nutricionais dos alunos beneficiários, através da oferta de no mínimo uma refeição diária, visando atender os requisitos nutricionais referentes ao período em que este se encontra na escola.
 2.2 Objetivos Gerais do PNAE
· Melhorar as condições fisiológicas do aluno, de forma a contribuir para a melhoria do desempenho escolar;
· Promover a educação nutricional no âmbito da escola, de forma a reforçar a aquisição de bons hábitos alimentares;
· Reduzir a evasão e a repetência escolar.
2.3 Meta do Programa
Garantir uma refeição diária com aproximadamente 350 quilogramas (Kcal) e 9 gramas de proteínas. Desta forma, a alimentação escolar deve possibilitar a cobertura de no mínimo 15% das necessidades diárias do aluno.
 2.4 Pressupostos Básicos
O aluno bem alimentado:
· Apresenta melhor rendimento escolar;
· Apresenta maior equilíbrio para o seu desenvolvimento físico e psíquico;
· Apresenta menor índice de absenteísmo;
· Melhora as defesas orgânicas necessárias aboa saúde.
2.5 Valor do Repasse 
O programa é acompanhado e fiscalizado diretamente pela sociedade, por meio dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAEs), pelo FNDE, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pela Secretaria Federal de Controle Interno (SFCI) e pelo Ministério Público (MP).
O repasse é feito diretamente aos Estados e Municípios com base no Censo Escolar realizado no ano anterior ao do atendimento. A base de cálculo para determinação do recurso mensal é a seguinte:
· Valor do recurso mensalnº de alunos constantes no Censo x 20 dias de atendimento.
Atualmente o valor repassado pela União a Estados e Municípios por dia letivo para cada aluno é definido de acordo com a etapa e modalidade de ensino:
· Creches: R$ 1,07
· Pré-escolas: R$ 0,53
· Escolas indígenas e quilombolas: R$ 0,64
· Ensino Fundamental e Médio: R$ 0,36
· Educação de Jovens e Adultos: R$ 0,32
· Ensino Integral: R$ 1,37
· Programa de Fomento ás escolas de Ensino Médio em Tempo Integral: R$ 2,00
· Alunos que frequentam o Atendimento Educacional Especializado no contra turno: R$ 0,53
Para Costa e cols. (2001), todo o ato de alimentar-se representa uma oportunidade de aprendizagem, o que deposita sobre o PNAE a expectativa de que oportunize a promoção de hábitos alimentares saudáveis como parte do processo de construção da cidadania.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar é financiado com recursos do Tesouro Nacional. Os recursos financeiros são transferidos em parcelas mensais e idênticas, de fevereiro à novembro, considerando o número médio de 20 dias letivos.
Cabe lembrar que o PNAE é uma das políticas que objetiva cumprir o direito fundamental e inalienável de todo o cidadão de ter uma alimentação saudável. O direito à alimentação é garantido tanto por normas de direito internacional das quais o Brasil é signatário, como a Declaração Universal dos Direitos do Homem e a Declaração de Roma sobre a Segurança Alimentar Mundial, quanto pela Constituição Federal de 1988, sendo dever do Estado garanti-lo.
3. Conselho de Alimentação Escolar
No âmbito do PNAE, foi criado em 1994 o Conselho de Alimentação Escolar (CAE) com o objetivo de realizar o controle do Programa. Uma das atribuições dos Conselheiros do CAE é zelar pela qualidade dos alimentos oferecidos pelas escolas atendidas pelo PNAE, levando em consideração seus aspectos nutricionais e higiênico-sanitário. O CAE deve comunicar qualquer irregularidade identificada na execução do Programa aos órgãos competentes, destacando a importância da visita as escolas e o detalhamento da mesma nesta etapa de fiscalização.
O exercício do mandato do Conselheiro do CAE é considerado serviço público relevante. Os conselheiros são nomeados por ato legal, de acordo com as constituições estaduais e leis orgânicas do Distrito Federal e municípios. É muito importante que as pessoas sejam escolhidas e indicadas pelo grupo que representam. Os responsáveis pela execução do programa devem acatar as indicações dos grupos representados.
A Resolução nº 38/2009 do FNDE (2009), em seu Art. 26, estabelece que o CAE seja composto por 7 conselheiros:
- 1 representante do poder executivo (não pode ser o ordenador de despesas);
- 2 representantes de entidades docentes, discentes e trabalhadores na área de educação;
- 2 representantes de pais de alunos; e
- 2 representantes indicados por entidades civis organizadas.
O controle social é a participação da sociedade no acompanhamento e verificação das ações da gestão pública, portanto, o CAE acompanha e fiscaliza a gestão do PNAE no município, estado ou Distrito Federal, além de assessorar as EEx no que diz respeito a aplicação dos recursos financeiros transferidos pelo FNDE a conta do programa para a compra de gêneros alimentícios para a alimentação escolar. O CAE é um órgão colegiado autônomo, fiscalizador e de assessoramento as questões relacionadas a alimentação escolar, zelando pela qualidade dos gêneros alimentícios a serem utilizados, desde a compra até a sua oferta, ou seja, até o momento de servir os alimentos aos alunos, observando as práticas sanitárias e de higiene e ainda o processo de prestação de contas.
4. Situação do PNAE em Cariacica
O Município de Cariacica mantém o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), desde 2010, implantado pelo Ministério da Educação e fornece as 256 escolas municipais, entre centros infantis e de ensino fundamental, uma alimentação de qualidade. A preocupação com uma alimentação saudável e balanceada vem sendo muito debatida e torna-se um assunto cada vez mais ressaltado por especialistas no assunto. Vale chamar a atenção da importância desse assunto e lembrar que a busca pela qualidade de vida e novos hábitos alimentares deve ser diária, e que os seus benefícios são incontáveis.
No Município de Cariacica a alimentação escolar é oferecida de acordo com cada modalidade obedecendo aos critérios propostos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, conforme o Programa Nacional de Alimentação Escolar.
· Creche (contempla crianças de até 3 anos): são oferecidas 2 refeições (desjejum e almoço ou lanche e jantar);
· Pré-escola: segunda, quarta e sexta é oferecida alimentação salgada, terça e quinta é oferecida alimentação doce;
· Fundamental: segunda, quarta e sexta é oferecida alimentação salgada, terça e quinta é oferecida alimentação doce;
· EJA: segunda, quarta e sexta é oferecida alimentação salgada, terça e quinta é oferecida alimentação doce;
· Mais Educação: todos os dias são oferecidos desjejum, almoço e lanche;
· Escola Rural: todos os dias são oferecidos desjejum e almoço;
· Escola do Campo: todos os dias são oferecidos desjejum, colação, almoço e lanche.
Uma boa nutrição deve ser iniciada desde a infância. Com o PNAE as necessidades nutricionais dos alunos, durante sua permanência em sala de aula são garantidas, contribuindo para o crescimento, desenvolvimento, aprendizagem e rendimento escolar dos estudantes.
Em uma entrevista dada ao site da Prefeitura Municipal de Cariacica em 21/10/2013, a Coordenadora de Alimentação Escolar Francismara Fianco (na época), disse: “as escolas orientam aos alunos para que não levem lanches de casa já que o cardápio é elaborado para atender as necessidades nutricionais dos estudantes, favorecendo a criação do hábito alimentar saudável”.
De acordo com a Lei Municipal nº 4620, de 06 de junho de 2008, é proibida a venda de alimentos nas escolas como: balas, goma, alimentos com altos teores de gordura ou sódio, frituras, entre outros. Para o seu cumprimento as unidades escolares não têm cantina.
5. O Trabalho dos Nutricionistas nas escolas do Município
Para atender todas as unidades da rede municipal com tantas variedades e com uma alimentação atrativa e balanceada, a Secretaria de Educação possui uma equipe de nutricionistas e uma coordenadora de Alimentação e Nutrição Escolar. São esses profissionais que elaboram os cardápios, testam receitas, verificam quantidades e orientam as compras e preparação dos gêneros alimentícios.
Os nutricionistas também são responsáveis pela especificação de padrões de qualidade dos alimentos e das condições sanitárias das instalações, equipamentos e utensílios. Eles orientam quanto á importância e a necessidade de seguir as normas sanitárias vigentes para garantir a qualidade e a segurança alimentar em todo o processo da alimentação escolar.
Compete ao nutricionista responsável-técnico pelo Programa, e aos demais nutricionistas lotados no setor de alimentação escolar, coordenar o diagnóstico e o monitoramento dos nutricionistas lotados no setor de alimentação escolar, coordenar o diagnóstico e o monitoramento do estado nutricional dos estudantes, planejar o cardápio da alimentação escolar de acordo com a cultura alimentar, o perfil epidemiológico da população atendida e a vocação agrícola da região, acompanhando desde a aquisição dos gêneros alimentícios até a produção e distribuição da alimentação, bem como propor e realizar ações de educação alimentar e nutricional nas escolas.
Mensalmente as nutricionistas da Coordenaçãode Alimentação e Nutrição Escolar (COANE), elaboram os cardápios conforme a modalidade de ensino, atendendo a legislação vigente. Os cardápios atendem aos alunos com necessidades nutricionais específicas, tais como: doença celíaca, diabetes, hipertensão, anemias, alergias e intolerâncias alimentares, dentre outras. Os alunos com restrição alimentar são atendidos, conforme o laudo médico, com cardápios individuais, conforme cada restrição. Por ano são adquiridas mais de 700 toneladas de gêneros alimentícios, para atender a demanda dos alunos matriculados nas unidades de ensino do Município de Cariacica.
A equipe integra a Coordenação de Alimentação e Nutrição Escolar e o trabalho é feito em parceria com o Conselho de Alimentação Escolar (CAE), entidade responsável por fiscalizar a aplicação do dinheiro repassado as escolas para a compra de gêneros alimentícios. Frequentemente os conselheiros visitam as unidades escolares com o objetivo de verificar a execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar.
 5.1 Merendeiras
As merendeiras são agentes fundamentais em todo o processo da alimentação escolar, todas as escolas da rede contam com estas profissionais que ajudam na construção de hábitos saudáveis. O sabor, o aspecto visual e a textura dependem da forma como o alimento é preparado e interferem na aceitação dos alunos. Por isso, as merendeiras são frequentemente capacitas para que a alimentação do aluno seja de qualidade. 
As merendeiras do município praticam um treinamento duas vezes ao ano, ofertado por uma empresa terceirizada com acompanhamento feita pela Secretaria de Educação (SEME), onde atualizam e aperfeiçoam seus conhecimentos e orientar o preenchimento do Registro Diário Obrigatório (RDO), que é uma ficha onde as merendeiras anotam a quantidade doa alimentos utilizados durante o turno. Durante as capacitações, todas as participantes aprimoram noções de higiene pessoal, alimentar, de equipamentos e utensílios, aspectos de segurança do trabalho, o manual de boas práticas e técnicas de preparo dos alimentos.
Com toda dedicação e preocupação com a alimentação escolar, o desperdício é quase zero nas unidades. Diariamente, é feita uma contagem dos alunos presentes, a partir daí, é determinado o quantitativo de merenda a ser distribuído.
6. Compra de Alimentos
A compra dos produtos do PNAE é feita por meio de licitação e chamada pública. Nesta modalidade, 30% do recurso federal é destinado a compra dos agricultores familiares. Para entrega de alimentos, estes são distribuídos de acordo com os gêneros. Os cereais são distribuídos mensalmente, as polpas de frutas e carnes, a cada 15 dias e hortifrútis semanalmente.
7. Programa de Aquisição de Alimentos – PPA
Criado em 2003, o programa utiliza mecanismos de comercialização que favorecem a aquisição direta de produtos de agricultores familiares ou de suas organizações, estimulando os processos de agregação de valor à produção.
O PAA é composto por várias fases, a primeira delas é a aceitação do recurso disponibilizado pelo Ministério da Cidadania, em seguida, vem a elaboração da Proposta de Participação, onde a Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca (Semap) levanta dados relacionados aos agricultores e às entidades a serem beneficiadas e define os preços e a quantidade dos produtos a serem comprados, conforme a demanda, posteriormente, os dados são inseridos no SISPAA, o sistema de execução do PAA, para análise a aprovação. 
O município de Cariacica possui 54% de área rural e, atualmente, cerca de 90% das propriedades agrícolas pertencem a pequenos proprietários, caracterizando num cenário fortemente marcado pela agricultura familiar.
Se os alunos são beneficiados com alimentos saudáveis, do outro lado temos os pequenos agricultores, que ganham força comercial pela ampliação do mercado comercial. Para o agricultor, a iniciativa abre mais uma oportunidade de vender seus produtos e também contribui para a organização e qualificação da agricultura familiar, na medida em que estimula e diversifica a produção de alimentos, além de assegurar a venda dos produtores impulsionando a geração de renda.
O governo Federal determina que 30% do repasse feito para aquisição dos produtos para a merenda escolar sejam destinados a agricultura familiar. Para isso, a prefeitura realiza chamadas públicas possibilitando que um maior número de agricultores se torne fornecedores das escolas e centros de educação infantil. Dessa forma, ofertando uma alimentação saudável e adequada para toda a comunidade escolar e respeitando a cultura, as tradições e os hábitos alimentares, são adquiridos gêneros alimentícios diversificados e produzidos localmente, direto da região de Cariacica.
É por meio da agricultura familiar, que produtos rurais de Cariacica, contribuem diretamente para a alimentação de mais de 40 mil alunos da rede municipal de ensino.
8. Cardápio Saudável e Nutritivo na Rede de Ensino Municipal
A Secretaria Municipal de Educação (SEME), por meio da Coordenação de Alimentação e Nutrição Escolar (COANE), está mudando o jeito de induzir a criança a ingestão de alimentos saudáveis. 
Em junho de 2018 o COANE fez visitas as escolas e uma delas foi destaque no site da prefeitura. O evento envolveu as turminhas de 4 e 5 anos do turno vespertino da CMEI Ivan Roberto de Souza, em Santa Rosa. A proposta foi trabalhar de forma lúdica, teatro e vídeo no envolvimento da criança quanto ao hábito da ingestão de alimentos saudáveis e nutritivos que compõem o cardápio da merenda escolar. “As ações são desenvolvidas com o intuito de promover a alimentação equilibrada e saudável, tanto dentro, quanto fora da escola. Partilhar esses momentos, conhecer e ter contato com os alimentos propiciam o aumento da aceitação do cardápio escolar”, contou a nutricionista da Coane, Mirian Ramalho Possato, na época. (entrevista feita pelo site da PMC, em 21/06/2018).
Os trabalhos promovidos pela Coane e pela equipe pedagógica das escolas municipais de Cariacica tem aproximado os pequenos dos alimentos saudáveis, além de promover a mudança de hábito alimentar infantil. A reação de conhecer os alimentos, saber que é nutritivo e gostoso tem um papel muito importante na melhora da aceitação. 
Para um melhor entendimento do que estava sendo oferecido aos alunos foi dada uma pequena palestra, desenho animado e teatro de fantoches. 
9. Substituições na Merenda Escolar
O cardápio da alimentação escolar é um instrumento que visa assegurar a oferta de uma alimentação saudável e adequada, que garanta o atendimento das necessidades nutricionais dos alunos durante o período letivo e atue como um elemento pedagógico, caracterizando uma importante ação de educação alimentar e nutricional. Assim, o planejamento dos cardápios, bem como o acompanhamento de sua execução, deve estar aliado para o alcance do objetivo do PNAE.
Pensando nisso, a Secretaria Municipal de Educação, por meio da Coordenação de Alimentação Escolar (Coane), elabora cardápios variados, nutritivos e gostosos para os mais de 40 mil alunos matriculados na rede municipal.
Os alunos que tem intolerância a lactose ou glúten tem uma atenção especial e seu cardápio é diferenciado para atender suas necessidades. Os cardápios para o berçário não possuem açúcar na preparação, somente o doce natural das frutas.
10 . Considerações Finais
Analisando os resultados de pesquisa realizados através de entrevistas dadas pelos Coordenadores e nutricionistas do Coane ao longo desses anos desde que foi implantado no Município de Cariacica o PNAE, percebe-se que em sua maioria é executado de forma responsável e sistemática. Tal afirmação se confirma pela existência e importante atuação do Conselho de Alimentação Escolar, por sua vez constituído de forma correta e que cumpre suas funções.
A participação da sociedade nesse Programa faz com que seja visto de forma clara a importância de uma alimentação saudável e isso se reflete no bom desempenho do aluno na escola e o mesmo leva isso para sua vida adulta. O empenho desses profissionais responsáveispela implantação desse Programa no Município de Cariacica traz a responsabilidade dos órgãos competentes a cada dia. 
11. Conclusão
O referido trabalho tem como finalidade salientar que o PNAE tem como objetivo atuar não só na busca de garantia da alimentação escolar de qualidade e em quantidade suficiente a todos os alunos, mas também no desenvolvimento de hábitos alimentares no contexto escolar, ou seja, a colaboração do PNAE no sistema educacional é fundamental no desenvolvimento da educação e do educando, visto que quando o indivíduo possui alimentação adequada com certeza a produção e o aprendizado serão satisfatórios. Este Programa tem por finalidade oferecer merenda escolar saudável e de qualidade, visando suprir as carências nutricionais dentro dos parâmetros do PNAE, e cabe ao responsável municipal descobrir uma maneira de tornar isso visível e acessível a toda sociedade. Todos os profissionais que fazem parte do contexto escolar devem colaborar com o programa, visto que todos nós somos responsáveis em acompanhar o desenvolvimento do programa e com isto atingir uma educação completa e de qualidade, pois somos todos agentes do saber, sendo de forma direta ou indireta participamos das tomadas de decisão que permeiam este programa tão importante para a educação brasileira. É imprescindível que todos tenhamos a certeza de que ele será elaborado, fiscalizado e desenvolvido mediante as normas e leis estabelecidas na Constituição Brasileira, buscando resolver ou minimizar o problema da alimentação escolar nas escolas do Município. Lembrando que somente por meio de uma alimentação balanceada, estaremos garantindo uma alimentação nutritiva que auxilie na saúde e bem-estar em todas as fases da vida. 
12. Referências 
Brasil, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)
COSTA, E. Q.; RIBEIRO, V. M. B.; RIBEIRO, E. C. O. Programa de alimentação escolar: espaço de aprendizagem e produção de conhecimento. Rev. Nutr., v. 14, n. 3, p. 225-229, 2001
Constituição da República Federativa do Brasil, Brasília, DF: Senado Federal, 1998
Lei Municipal 4620, de 06 de junho de 2008
Resolução FNDE/CD nº 38,2009
www.fnde.gov.br
www.cariacica.es.gov.br
www.mds.gov.br
www.educação.sp.gov.br
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