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Impresso por Enne, CPF 096.759.384-04 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 06/07/2020 01:20:05 Higiene dos Alimentos Aula 1 13/03 – QUALIDADE DE PRODUTOS E SERVIÇOS Como entendemos um produto de qualidade? No pr imeiro momento, há 10 anos atrás, o conceito de qualidade era muito restrito. A indústria fazia um determinado produto com determinado projeto e se esse produto funcionasse, era um produto de qualidade. Em um segundo momento, passa-se a perceber que não basta o produto ser apenas sem defeitos, agora ele precisa também atender as demandas e expectativas do consumidor. Hoje em dia, os produtos estão sendo direcionados para clientes específicos e o conceito de qualidade vai se moldando de cliente para cliente. Há características que irá definir um produto de qualidade CARACTERÍSTICAS INTRÍSECAS CARACTERÍSTICAS EXTRÍNSECAS Cor Marca/embalagem Sabor Preço/atendimento Tamanho Marketing Textura/ Consistência Responsabilidade sócio- ambiental Valor Nutritivo Aspectos fisiológicos, religiosos, sociais Odor Informação, educação, ambiente Temperatura Praticidade OBJETIVO PRINCIPAL: SEGURANÇA! Segurança Alimentar x Segurança do alimento SEGURANÇA ALIMENTAR SEGURANÇA DO ALIMENTO Realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade sufic iente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultura e Práticas e procedimentos que visam a obtenção de alimentos nocivos. Alimentos que, ao serem ingeridos não causam nenhum tipo de dano ao consumidor. que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis Aula 2 19/03 – LEGISLAÇÃO BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO As Boas Práticas de Fabricação (BPF) abrangem um conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas indústrias de alimentos a fim de garantir a qualidade sanitária e a conformidade dos produtos alimentícios com os regulamentos técnicos. Portaria 1428/93 Diretrizes para o estabelecimento de Boas Práticas de Produção e de Prestação de Serviços na Área de Alimentos. RESPONSABILIDADE TÉCNICA * Requis itos (Portaria MS 1428/93): Conhecimento do Sistema APPCC Capacidade de identificação e localização de Pontos Críticos de Controles (PCCs) em fluxogramas de processos Capacidade de definir procedimentos de controle dos PCCs Conhecimento da ecologia de microrganismos patogênicos e deterioradores Conhecimento da toxicologia alimentar Capacidade para selecionar métodos apropriados para monitorar PCCs Capacidade de recomendar o destino final de produtos que não satisfaçam requisitos os legais. O responsável técnico deve : Elaborar as Boas Práticas de Fabricação (BPF), implantar e supervisionar sua aplicação; aproveitar ou rejeitar matérias- primas, produtos, procedimentos, equipamentos, utensílios; Avaliar os registros de produção, inspeção e controle e tomar medidas cabíveis; Adotar o método de APPCC. *Analisar as outras legislações* Aula 3 20/03 – Impresso por Enne, CPF 096.759.384-04 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 06/07/2020 01:20:05 HIGIENE DOS MANIPULADORES DE ALIMENTOS QUEM É MANIPULADOR DE ALIMENTOS? Qualquer pessoa que entra em contato, direta ou indiretamente com alimentos (RDC 216/04). Toda pessoa que trabalhe num estabelecimento comercial de alimentos ou serviço de alimentação, que manipule ingredientes e matérias primas, equipamentos e utensílios utilizados na produção, embalagens, produtos a limentíc ios embalados ou não, e que realizem fracionamento, distribuição e transporte de alimentos (CVS5/13) São responsáveis por: Higienização do ambiente, utensílios, equipamentos, vegetais... Seleção, preparo e aplicação de produtos a serem empregados na higienização Controle da recepção e estocagem de gêneros Aplicação correta de temperaturas frias e quentes Evitar contaminação cruzada. ASPECTOS QUE ENVOLVEM A MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS SAÚDE Exames admissionais e periódicos (anuais CVS 5). – Os manipuladores que apresentarem lesões e ou sintomas de enfermidades que possam comprometer a qualidade higiênico- sanitária dos alimentos devem ser afastados da atividade de preparação de alimentos enquanto persistirem essas condições de saúde (RDC 216) . Feridas: Não devem manipular alimentos, os funcionários que apresentam patologias ou lesões de pele, mucosas e unhas, feridas ou cortes nas mãos e braços, infecções oculares, pulmonares ou orofaríngeas e infecções/infestações gastrintestinais agudas ou crônicas. O funcionário deverá ser encaminhado para exame médico e tratamento, e afastado das atividades de manipulação de alimentos, enquanto persistirem essas condições de saúde (CVS 5). HIGIENE PESSOAL Cabelos : presos e protegidos por redes, toucas; Barba e bigode: não são permitidos (CVS5 barba e – bigode raspados diariamente) Unhas : curtas, limpas, sem esmalte ou base; Maquiagem : não permitida (CVS5 maquiagem leve) – Adornos: colares, amuletos, pulseiras, fitas, brincos piercing, relógio, aneis e alianças - não permitidos Uniformes Compatíveis à atividade, conservados e limpos. Os uniformes devem ser trocados, no mínimo, diariamente e usados exclusivamente nas dependências internas do estabelecimento (RDC216). Os objetos necessários para uso no trabalho como, caneta, lápis , papéis, termômetro, devem ser colocados nos bolsos inferiores do uniforme (CVS05). Cor clara – Sapatos - adequados fechados Touca - que cubra todo cabelo Máscaras nasobucais - vetado uso (CVS05). Luvas RDC216 - Os manipuladores devem adotar procedimentos que minimizem o risco de contaminação dos alimentos preparados por meio da anti-sepsia das mãos e pelo uso de utensílios ou luvas descartáveis. CVS 05 -Luvas descartáveis podem ser usadas para – manipulação de alimentos prontos para o consumo. Devem ser trocadas e descartadas sempre que produtos e superfícies nãohigienizadas forem tocados com as mesmas luvas. O uso da luva descartável de borracha, látex ou plástico não é permitido em procedimento que envolva calor, como cozimento e fritura e também, quando se usam máquinas de moagem, tritura, mistura ou outros equipamentos que acarretem riscos de acidentes. Lavagem das mãos Quando higienizar as mãos? Ao chegar ao trabalho, Antes e após manipular alimentos, Após qualquer interrupção do serviço, Após tocar materiais contaminados, Após usar os sanitários E sempre que se fizer necessário. Colocar avisos que indiquem a obrigação de lavar as mãos e inspecionar seu cumprimento. Deve haver número suficiente de pias com produtos para limpeza e desinfecção. Caso sejam utilizadas toalhas de papel, estas devem ser de boa qualidade e os dispositivos de distribuição não devem necessitar acionamento manual. Impresso por Enne, CPF 096.759.384-04 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 06/07/2020 01:20:05 CONDUTA PESSOAL Os manipuladores não devem: Fumar Falar desnecessariamente, Cantar, Assobiar, Espirrar, Cuspir, Tossir, Comer, Manipular dinheiro Ou praticar outros atos que possam contaminar o alimento, durante o desempenho das atividades. (RDC216) CAPACITAÇÃO Manipuladores devem ter conhecimentos básicos de higiene, sem o qual podem representar a principal fonte de contaminação. Integração do pessoal para trabalho conjunto; Prover a instituição com pessoal qualificado, satisfeito e estável, minimizando custos operacionais; Envolver funcionários mostrando sua responsabilidade na segurança do alimento e motivando-o para busca de qualidade. O responsável pelas atividades de manipulação dos alimentos deve ser o proprietário ou funcionário designado, devidamente capacitado, sem prejuízo dos casos onde há previsão legal para responsabilidade técnica. Esse responsável deve ser comprovadamente submetido a curso de capacitação, abordando, no mínimo, os seguintes temas: a) Contaminantes alimentares; b) Doenças transmitidas por alimentos; c) Manipulação higiênica dos alimentos; d) Boas Práticas. (RDC 216, 2004) Visitantes - Devem estar minimamente informadas sobre Boas Práticas de manipulação de alimentos e cumprir os requisitos de higiene e saúde estabelecidos para os funcionários. No exercício de suas funções devem estar devidamente uniformizados com avental, rede ou gorro para proteção dos cabelos, e quando necessário, com botas ou protetores para os pés, fornecidos pela empresa. Aula 4 26/03 – CONTAMINANTES ALIMENTARES: PERIGOS EM ALIMENTOS Substância que possa causar danos à saúde e à integridade do consumidor. Perigos Biológicos Perigos Químicos Perigos Físicos PERIGOS BIOLÓGICOS São causadores de perigos biológicos: Bactérias, fungos, vírus, toxinas bacterianas, micotoxinas e parasitas Causadores de DTA. Normalmente quando se fala de DTA, relaciona-se à sintomas agudos. Os microrganismos podem ser indesejáveis por dois motivos: 1. Deterioração de alimentos 2. Patogênicos Então, quando se aborda o PERIGO em alimentos, resume-se basicamente nos microrganismos patogênicos. As bactérias são as mais frequentes envolvidas nos casos de perigos biológicos. TIPO DE DTA MO SUSPEITOS Intoxicação Emética Staphylococcus aureus Bacillus cereus (forma emética Intoxicação Diarreica Bacillus Cereus (forma diarreica) Clostridium perfringens Intoxicação Neurotóxica Clostridium botulinum Infecção Diarreica Salmonella spp, Escherichia coli enteropatogênica Escherichia coli enterotoxigênica Yersinia enterocolitica Campylobacter jejuni Listeria monocytogenes Vibrio cholerae Vibrio parahaemolyticus Impresso por Enne, CPF 096.759.384-04 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 06/07/2020 01:20:05 Infeccção: Capacidade de interagir de forma danosa com o hospedeiro ou invadir tecidos considerados estéreis, induzindo resposta imune e causando dano celular. Intoxicação: Capacidade de produzir toxina no alimento. Toxinfecções: Capacidade de produzir toxina localmente no trato digestório MICOTOXINAS: toxinas produzidas por fungos. Existem mais de 300 tipos. São teratogênicas, mutagênicas, carcinogênicas, alergênicas, disruptoras hormonais. Possuem toxicidade e elevada resistência ao calor. FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO INTRÍSECOS São fatores inerentes ao alimento. EXTRÍNSECOS São fatores inerentes ao ambiente. pH condições ácidas – ou básicas Temperatura Aa – Atividade de água Umidade Relativa Potencial Redox Presença de gases Nutrientes composição – dos alimentos Aditivos Constituintes Antimicrobianos Estruturas Biológicas Microbiota FATORES INSTRÍSECOS Aa Atividade de Água – Conteúdo de Água livre do alimento ou razão entre a pressão de vapor de água do alimento (p) e a pressão de vapor da água pura em mesma temperatura (po) aw = p/ po A atividade de água está relacionada com a umidade relativa do ar. Alguns alimentos secos, possuem baixa atividade de água, mas se forem expostos ao ambiente, a atividade de água pode aumentar. Então mesmo sendo um alimento seco, se o mesmo for submetido ao armazenamento inadequado e exposição à umidade ambiente, favorecerá ao crescimento microbiano. Tendo em vista esse fato, é válido ressaltar a importância de uma embalagem integra para evitar essa absorção de água. CLASSIFICAÇÕES: • Aa = 1 - água pura, não há nutrientes • Aa = 0,999 – há um mínimo de nutrientes • Aa = 0,60 insufic iente para permitir o metabolismo das bactérias, mas estas podem permanecer viáveis, certos fungos podem reproduzir-se. Por que alimentos com a mesma atividade de água, podem ter atividades de água diferente? Devido a composição do alimento, como açúcares, lipídios, níveis de acidez... Microrganismos resistentes à baixa Aa Osmofílicos ambientes com elevada concentração de – açúcar. O termo é mais comumente aplicado paraleveduras tolerantes ao açúcar. Halofílicos ambientes com elevada concentração – salina. Geralmente bactérias Xerofílicos afinidade a ambientes secos. São bolores – e leveduras. Acidez Alimentos de baixa acidez - pH 4,5 ≥ Alimentos ácidos pH entre 4,0 < 4,5 – Alimentos muito ácidos pH < 4,0 – Em que se baseia esta subdivisão? No pH mínimo para multiplicação e produção de toxina de Clostridium botulinum e no pH mínimo para multiplicação de bactérias. Potencial de Oxi-redução (Redox, Eh) A presença do oxigênio é o fator que mais contribui para o aumento do potencial redox de um alimento. O Eh é medido em milivolts (mv). Aeróbios requerem Eh positivo Ex: – – bolores, bactérias e as leveduras oxidativas Anaeróbios requerem Eh negativo – Facultativos multiplicam-se em Eh (+) e Eh – (-) Ex: leveduras fermentativas, entero bactérias e bacillus Microraerofilos multiplicam-se melhor em – Eh baixo Ex: bactérias lácticas. 1. A e róbio estrito 2. Anaeróbio estrito 3. Facultativo Impresso por Enne, CPF 096.759.384-04 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 06/07/2020 01:20:05 4. Microaerófilo 5. Aerotolerante (anaeróbio) Composição em nutrientes - Podem favorecer ou desfavorecer o crescimento de alguns microrganismos Água, fonte de energia, fonte de nitrogênio, vitaminas (vitaminas do complexo B, a biotina e o ácido pantotênico) e sais minerais (sódio, potássio, cálcio, magnésio, ferro, zinco...) Estruturas Biológicas Cascas de nozes, frutas e ovo, pele, película que envolve as sementes protegem o alimento. Se essas cascas forem danificadas, podem apresentar o risco de contaminação e maior susceptibilidade de oxidação. Interação entre microrganismos Multiplicação de um determinado micro organismo no alimento Produção de metabólitos que podem alterar o meio Alteração do metabolismo de outros microrganismos presentes nesse alimento. Podem ocorrer principalmente em microrganismos fermentativos naturais. Normalmente , esses microrganismos produzem substâncias ácidas, inibindo os microrganismos produtores e favorecendo o crescimento de outros. É um processo complexo. Constituintes antimicrobianos Ovo: além da proteção da casca, a clara possui a lisozima (muramidase) que destrói a parede celular das bactérias Gram+. Amora: ácido benzóico atua contra fungos. – Cravo da Índia: óleos essenciais ou Eugenol e lipídios com ação antimicrobiana. Canela: aldeído cinâmico e eugenol Alho: a licina Mostarda: alil-isotiocianato Sálvia: eugenol e timol Orégano: carvacrol e timol. Leite: lactoferrina, conglutinina e lactoperoxidase. FATORES EXTRÍNSECOS Temperatura 1. Psicrófilos temperatura ótima abaixo de – 15ºC, suscetíveis de crescer a 0ºC 2. Mesófilos temperatura ótima 20ºC 40ºC, – – maioria dos patógenos humanos 3. Termófilos temperatura ótima acima de 45ºC – 4. Psicotróficos podem se desenvolver a 7ºC ou – menos, independente da temperatura ótima para crescimento 5. Termodúricos resistem a altas temperaturas – Umidade relativa do ambiente A atividade de água e a umidade relativa do ambiente se correlacionam. Se o alimento estiver em equilíbrio com a atmosfera a umidade relativa (UR) será igual a Aa X 100. Composição gasosa A modificação da atmosfera com substituição parcial ou tota l do oxigênio por outros gases, outros exemplos, altera o metabolismo microbiano Ex.: embalagens com atmosfera modificada, embalagens a vácuo e atmosferas contendo CO2. Aditivos Resolução da Diretoria Colegiada RDC n. 45, de – 03/11/20 10. Dispõe sobre aditivos alimentares autorizados para uso segundo as Boas Práticas de Fabricação (BPF). CRESCIMENTO MICROBIANO Fase LAG ou adaptação: Os microrganismos estão se desenvolvendo, produzindo enzimas necessárias para metabolizar os nutrientes, por exemplo. Isso depende da quantidade de nutrientes presentes, do próprio nutriente, do meio que esse microrganismo está presente... Impresso por Enne, CPF 096.759.384-04 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 06/07/2020 01:20:05 Há duas formas de conservar o alimento de modo que interrompa esse desenvolvimento. 1. Matar o microrganismo 2. Desfavorecer o meio para o seu crescimento Fase exponencial Fase estacionária Morte O tempo também pode ser um fator interferente para o crescimento microbiano. Aula - 27/03 5 ALTERAÇÕES EM ALIMENTOS Lembrando que algumas a lterações podem ser benéficas e outras prejudicia is. 1. Alterações químicas: enzimáticas (enzimas do microrganismo ou do próprio alimento) Polifenol oxidase, lipase, etc... O que pode causar uma reação não enzimática? Calor, resfriamento, oxigênio... 2. Alterações biológicas: Causadas por insetos e roedores 3. Alterações Físicas (Terminar essa aula, 19:09) Aula 6 02/04 – PERIGOS QUÍMICOS E FÍSICOS EM ALIMENTOS PERIGOS QUÍMICOS Agrotóxicos (pestic idas - inseticidas, formicidas, herbicidas...) Fertilizantes Antibióticos Produtos de limpeza (desinfetantes, sabões...) Lubrificantes Metais pesados (cadeia alimentar, embalagens...) Aditivos químicos (emulsificantes, corantes, estabilizantes...) Substâncias provenientes de embalagens ou do ambiente Substâncias naturalmente presentes Substâncias formadas durante o processamento Esses compostos estranhos presentes nos alimentos são chamados de XENOBIÓ TICO S Podem agir como carcinogênicos e teratogênicos e, também, como interferentes endócrinos (substâncias ou misturas presentes no ambiente capazes de interferir nas funções do sistema endócrino, causando efeitos adversos em um organismo intacto ou na sua prole). Substâncias capazes interferir no sistema endócrino (disruptores endócrinos) associados a cardiopatias e obesidade e outros efeitos adversos: Redução da função do s istema imunológico e aumento de doenças infecciosas; Atrofia testicular; Impotência; Endometriose; Diminuição do QI da prole; Alterações do ciclo menstrual; Puberdade precoce; Problemas comportamentaise neurológicos; Neoplasias; Hipotireoidismo; Aborto; Natimortos; Prematuridade; Hipospádia; Alterações das glândulas sebáceas. AGROTÓXICOS Inseticidas (organoclorados: DDT, BHC, Aldrin...proibidos por lei), Herbicidas, Fungicidas... Mais de 300 princípios ativos mais de 2000 – formulações COMO EVITAR O CONSUMO? Recomendações ANVISA Optar por alimentos rotulados com identificação do produtor, o que pode contribuir para o comprometimento dos produtores em relação à qualidade dos seus produtos e à adoção das Boas Práticas Agrícolas - BPA; Optar pelo consumo de alimentos da época, ou produzidos com técnicas de manejo integrado de pragas, que em geral recebem uma carga menor de produtos e reduz a exposição dietética a agrotóxicos; Considerar a escolha por alimentos oriundos da agricultura orgânica ou agroecológica, os quais contribuem para a manutenção de uma cadeia de produção ambientalmente sustentável. Impresso por Enne, CPF 096.759.384-04 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 06/07/2020 01:20:05 FERTILIZANTES Excesso de adubação com N - nitratos no solo Acúmulo por algumas plantas como espinafre nitrosaminas carcinogênicas. Contaminação do solo e da água * Muitos vêm contaminados com metais pesados como cadmio. ANTIBIÓTICOS OMS recomenda que antibióticos deixem de ser usados em animais saudáveis. O uso excessivo e indevido de antibióticos em animais e seres humanos está contribuindo para uma crescente ameaça de resistência aos antibióticos, o que faz com que muitos tratamentos existentes deixem de ser eficazes. Podem destruir patógenos mas também podem destruir a microbiota benéfica. ADITIVOS QUÍMICOS Respeitando-se a dosagem, não causam problemas (?) NÃO É VERDADE! Os alimentos ultraprocessados possuem uma alta carga de aditivos. Nitrito - atividade antimicrobiana (efetivo para C. botulinum, mantém coloração vermelha da carne podem reagir com aminas secundárias formando as nitrosaminas – carcinogênicas. Glutamato monossódico - "síndrome do restaurante chinês" - dores na nuca e irritabilidade. Bromato de potássio - crescimento da massa de pães - carcinogênico. (uso proibido) Açúcar – cáries Sorbitóis - em excesso diarreia – METAIS PESADOS Mercúrio (peixes) Cádmio (enlatados) Chumbo (ostras e mexilhões) COMPOSTOS TÓXICOS RESULTANTES DO PROCESSAMENTO DE ALIMENTOS B ENZENO – Carcinogênico. Pode ser formado pela reação entre o benzoato de sódio, um conservante bacteriostático e fungicida usado nas indústrias de alimentos e bebidas, e o ácido ascórbico ACRO LEÍN A - queima do óleo - irritabilidade do sistema respiratório AGE (Advanced glycation end products – produtos de glicação avançada - reação de maillard) - Danificam as células e se ligam a receptores específicos, causando a produção de citocinas inflamatórias. Envolvidas na piora de quadro de doenças degenerativas. Resistência à insulina... AMINAS HETEROCÍCLICAS (HCAs) – Ex. nitrosaminas. Algumas são carcinogênicas e se formam, especialmente em carnes e pescados submetidos a calor excessivo. HIDROCARBONETOS POLICÍCLICOS AROMÁTICOS HPAs (defumados, frituras). ACRILAMIDA – presente em alimentos torrados ou fritos ricos em carboidratos (batata frita, torradas). SUBSTÂNCIAS PROVENIENTES DAS EMBALAGENS Derivados de plásticos BISFENOL A (BPA), FTALATOS Estratégia para redução do consumo de AGEs. (Técnica dietética x segurança de alimentos) 1. Reduzir a temperatura de cocção 2. Preferir utilizar o calor úmido 3. Adicionar alimentos ácidos SUBSTÂNCIAS TÓXICAS NATURALMENTE PRESENTES EM ALIMENTOS 2º lugar entre causas de DVAs (FDA). "PRODUTOS NATURAIS" Cogumelos Toxina do grupo Amanita - necrose hepática Muscarina neurotoxina – Plantas Tóxicas Alcalóide s - solanina na batata esverdeamento – (irritação na garganta, fraqueza muscular). Evitar aquis ição, eliminar partes verdes, cozinhar bem. Glicosíde os - glicosídeos c ianogênicos - mandioca, leguminosas. Originam o ác. cianídrico (inibição da respiração celular - cianose, confusão mental - dose letal 0,5 a 3,5mg/kg. Temperaturas elevadas reduzem ou eliminam. Tanino s - reduzem a biodisponibilidade de proteínas. Presentes em vários frutos principalmente no início do processo de maturação. Inibidores de proteases - leguminosas, folhas, clara de ovo - inibição de enzimas proteolíticas - reduzem a biodisponibilidade de proteínas Impresso por Enne, CPF 096.759.384-04 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 06/07/2020 01:20:05 Oxalatos – espinafre, carambola cálculos renais – Toxinas em pescados: Envenenamento paralítico com mariscos - ingestão de mariscos que consomem algas da maré vermelha (dinoflagelados toxigênicos – saxitoxina termoestável - diarreia, náuseas, – vômitos, dores abdominais, perda de sensibilidade nas extremidades corpo e, em casos severos, paralisia generalizada e óbito por falência respiratória) Intoxicação ciguatera - resulta da ingestão de peixe que contém toxina devido à ingestão de dinoflagelados tóxicos (algas marinhas). Mais de 400 espécies de peixes, todos provenientes de águas tropicais ou quentes, têm sido referidas como tendo causado ciguatera. Intoxicação por baiacu - tetrodotoxina (Japão – Fugu) Intoxicação por escombroide (histamina > 100mg/100g de músculo do pescado) - ingestão de pescado escombroide (cavala). PERIGOS FÍSICOS Fragmentos de vidro, metal, madeira ou outros objetos, presença de insetos, roedores ou fragmento desses animais que possam causar danos (físicos ou psicológicos - traumas) ao consumidor. Aula 7 09/04 – DIAGNÓSTICOS DE SURTOS DE DTA O que uma nutricionista poderia fazer em caso de surtos além das boas práticas? Coletar amostras dos alimentos! A DTA (doença transmitidas por alimentos) pode possuir outras nomenclaturas, como: DOA – Doenças de origem alimentar DVA – Doenças veiculadas por alimentosExistem mais de 250 tipos de DTA QUAIS SÃO AS CAUSAS? Água e/ou alimentos contaminados Bactérias patogênicas e/ou toxinas (90% dos surtos), vírus e parasitas; Envenenamentos por toxinas naturais (ex. cogumelos venenosos, toxinas de algas e peixes) Produtos químicos (ex. chumbo, agrotóxicos, detergentes, etc); Outros perigos físicos (traumas ou lesões) ou químicos em quantidades tais que afetem a saúde do consumidor, em nível individual ou grupos de população. SINTOMAS Síndrome constituída de anorexia, náuseas, vômitos e/ou diarréia, acompanhada ou não de febre. Podem ocorrer ainda afecções extra-intestinais (meninges, rins, fígado, SNC, etc.) REAÇÕES AO CONSUMO DE ALIMENTOS DTA Podem afetar qualquer pessoa ≠ Reações individuais aos alimentos Desordens metabólicas; Alergias; Idiossicrasias QUAL A DIFERENA ENTRE CASO E SURTO DE DTA? SURTO DE DTA Ocorrência de dois ou mais casos de uma manifestação clínica semelhante, relacionados entre si no tempo e espaço, e caracterizados pela exposição comum a um alimento suspeito de conter microrganismos, toxinas ou venenos. No caso de uma doença grave (botulismo, cólera, febre tifoide, etc.), a ocorrência de um caso já é considerada como surto. A pessoa deve está no mesmo lugar, ao mesmo tempo e ter consumido o mesmo alimento pra justificar as manifestações clínicas MECANISMO DE OCORRÊNCIA DE DTA CAUSADA POR MO MECANISMOS DE PATOGENICIDADE Impresso por Enne, CPF 096.759.384-04 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 06/07/2020 01:20:05 Intoxicação Ingestão de alimentos contendo AGENTE TÓXICOS Bacterianos Ingestão de alimentos contendo toxinas microbianas pré formadas; Intensa proliferação dos MO no alimento. Não Bacterianas Metais pesados, agrotóxicos, raticidas; Cogumelos, plantas, toxinas de pescados; Infecções Ingestão de alimentos, contendo células viáveis de MO patogênicos, se multiplicando no TGI, podendo ser invasivos ou não. Toxinfecções São MO toxigênicos, se multiplicando, esporulando ou sofrendo lise na luz intestinal, liberando toxinas. DIFERENTES TIPOS DE TOXINAS MICROBIANAS Exo toxinas – produzidas por MO e liberadas no alimento. Neuro to x inas (Ex. Clostridium botulinum ) Toxinas eméticas (Ex. Staphylococcus aureus, Bacillus cereus ) Endo tox inas - permanecem no interior da célula sendo liberadas somente com o rompimento da mesma (Ex. Bacillus cereus (diarréica); Clostridium perfringens Entero to x inas – toxinas liberadas no intestino . TEMPO DE INCUBAÇÃO CONSUMIR ALIMENTOS COM MO PATOGÊNICOS NECESSARIAMENTE CAUSARÁ UMA DOENÇA? Mecanismos naturais de defesa Acidez estomacal e enzimas digestivas; Mucosa intestinal e muco; Ácidos biliares; Movimentos peristálticos e alimentação rica em fibras; Microbiota Intestinal; Defesa imunológica. INDIVÍDUOS MAIS SUSCETÍVEIS: Idosos Imunodeprimidos (câncer, transplantados, AIDS) Indíviduos com acloridria gástrica RECALL/ RECOLHIMENTO DE ALIMENTOS Retirada do mercado de lote(s) de alimento(s) que representem risco ou agravo à saúde dos consumidores. Divulgação na mídia sobre o recall, explicando o motivo do recolhimento, riscos à saúde e Impresso por Enne, CPF 096.759.384-04 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 06/07/2020 01:20:05 orientações sobre sua devolução ou troca. Se causar danos à saúde do indivíduos, o mesmo deverá ser ressarcido por danos morais. DIFICULDADES DE NOTIFICAÇÕES DE DTA 1. Sintomas inic iais provocados pelos organismos patogênicos são, em sua maioria, leves, fazendo com que a vítima não busque auxílio médico; 2. Dificuldade em realizar o diagnóstico com precisão, pelo fato das DTAs desenvolverem sintomas comuns a outras doenças. 3. Escassez de dados confiáveis, impedindo a avaliação da verdadeira dimensão do problema + dificuldade de desenvolvimento de estratégias de co ntrole . INVESTIGAÇÕES DE SURTOS 1. PASSO: REGISTRO DE NOTIFICAÇÕES Notificar RAPIDAMENTE casos de manifestação clínica compa�vel com DTA ao Sistema de Vigilância Epidemiológica. Clínicas, hospitais e prontos-socorros - obrigatório a médicos e outros profissionais de saúde no exercício de sua profissão. 2. PASSO: COMPARAÇÃO COM OUTROS REGISTROS Vigilância Epidemiológica avalia se há semelhança com outros episódios (alimento, local de ingestão, sintomas, etc.) Coletar informações sobre as PESSOAS que consumiram os alimentos suspeitos; Visitar o LOCAL que serviu os alimentos suspei tos COLETA DE AMOSTRAS Os alimentos devem ser colhidos na segunda hora do tempo de distribuição, utilizando-se os mesmos utensílios empregados na distribuição. COLETA DE AMOSTRAS (Portaria CVS 5, 09/04/2013): I. Iden��car as embalagens higienizadas, ou sacos esterilizados ou desinfetados, com o nome do estabelecimento, nome do produto, data, horário e nome do responsável pela colheita; II. Proceder à higienização das mãos; III. Abrir a embalagem embalagem ou o saco sem tocá-lo internamente internamente nem soprá -lo; IV. Colocar a amostra do alimento (mínimo de 100 gramas); V. Re�rar o ar, se possível, e fechar a embalagem; VI. Temperatura e tempo de guarda dos alimentos: a) Alimentos distribuídos sob refrigeração/ alimentos líquidos: temperatura ≤ 4°C por 72 horas; b) Alimentos distribuídos quentes: temperatura -18°C por 72 horas Outras coletas realizadas pela Vigilância Sanitária: água, gelo, matérias-primas, ingredientes, superfície de bancadas, pias, equipamentos e utensílios. Visita ao LOCAL que serviu os alimentos suspeitos. MANIPULADORES: Histórico de absenteísmo, doenças recentes e lesões; Exames clínicos clínicos laboratoriais laboratoriais (secreções (secreções orofaríngeas orofaríngeas e da cavidade cavidade nasal, lesões cutâneas), sinais respiratórios (tosse e espirro) e distúrbios do TGI recentes. Cargo e tipo de participação na refeição suspeita. LOCAL: Observar presenças de irregularidades em instalações, equipamentos e utensílios; Procedimentos de preparação e proteção dos alimentos; Hábitos e víc ios de manipuladores PROCESSAMENTO E ANÁLISE DE DADOS CÁLCULO DA PORCENTAGEM DE OCO RRÊNCIA : Relação entre o nº de refeições servidas e o nº de pessoas acometidas. CÁLCULO DO PERÍODO MÉDIO DE INC UBAÇ ÃO : Intervalo entre a ingestão do alimento contaminado e o aparecimento dos primeiros sintomas - para cada caso - calcula-se a média. CÁLCULO DA DURAÇÃO MÉDIA DA DOENÇA: Somatório da duração das doenças / nº de pacientes
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