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DIARREIA AGUDA E MANEJO MÉDICO

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diarreia
Diarreia aguda: é a eliminação anormal de fezes amolecidas ou líquidas com frequência >= 3x por dias (ou mais frequente do habitual para o indivíduo), podendo este quadro ser ou não acompanhado por náuseas, vômitos, febre e dor abdominal. autolimitada 7 dias e denomina-se
persistente quando o quadro diarréico agudo, que é potencialmente autolimitado, com duração que se estende além de 14 dias.
Disenteria: é a diarreia com a presença de sangue e/ou leucócitos nas fezes, 
É a segunda causa de morte e uma das principais causas de desnutrição em crianças menores de 5
anos, principalmente em países de baixa e média renda, com condições sociais, econômicas,
ambientais e de saúde desfavoráveis
CLASSIFICAÇÃO:
· Diarreia aquosa: grande perda hídrica, com duração de até 14 dias (vírus, bactérias e protozoários)
· Diarreia aguda com sangue = disenteria: diarreia com presença de sangue e/ou leucócitos
· Diarréia autolimitada: duração de 7 dias
· Diarreia persistente: duração além de 14 dias
ETIOLOGIA: as causas podem ser divididas em infecciosas e não infecciosas, dentro das infecciosas as mais comuns são as provocadas por vírus e dentro os vírus o mais comum é o rotavírus.
· INFECCIOSAS:
· Vírus: Rotavírus (têm ocorrência universal, sendo os principais responsáveis por episódios de diarreia aguda), Norovírus (calicivírus - são os principais agentes de surtos epidêmicos de gastroenterites virais transmitidos por água ou alimentos, ocorrendo em todas as faixas etárias), astrovírus, coronavirus e adenovírus entérico são os mais prevalentes.
OBS: Quando a vacina foi introduzida provocou um impacto na incidência de invaginação intestinal, MAS, após passar por uma melhoria, a que temos hoje disponível teve um impacto muito bom diminuindo os casos de diarreia.
· Bactérias: E. coli, Salmonella, Shigella, Campylobacter jejuni, Vibrio cholerae, Yersini
· Parasitas: Giardia lamblia, Cryptosporidium, Isosopora, Entamoeba histolytica
· 
· NÃO INFECCIOSA: Alergias, intolerâncias e erros alimentares, além de alguns
medicamentos, estão entre as causas não infecciosas mais frequentes
TIPOS:
· Osmótico: EXPLOSIVAS ocorre um dano na mucosa do intestino delgado proximal e uma redução na concentração da lactase no bordo em escova. Esse aumento da lactose não digerida na luz intestinal promove o aumento da osmolaridade luminal, fermentando essa lactose pela microbiota colônica, gerando ácidos graxos de cadeia curta e radicais ácidos provocando dor, distensão e hiperemia perianal (assaduras). ocorre quando há uma grande quantidade de substâncias não absorvíveis, como açúcares e álcoois, no intestino delgado. essas substâncias atraem água para o intestino, o que leva a um aumento na quantidade de água nas fezes e, consequentemente, a diarreia
· Secretora: nesse caso temos ausência de ruptura ou invasão da mucosa intestinal, porém tem ação de enterotoxinas (toxina da cólera), gerando uma ativação da adenilciclase, aumento de AMPc, abertura de canais de Cl- nos enterócitos e liberação de Cl-, Na+ e H2O, promovendo uma diarreia aquosa, volumosa, sem sangue ou leucócitos.distúrbio no transporte hidroeletrolíticos na mucosa intestinal, geralmente causado por uma toxina, droga ou patologias intestinais e sistêmicas. a causa subjacente leva a um aumento na produção e secreção de líquidos e não coisas não absorvíveis que atraem líquido ao intestino. Bactérias escolares, comida de rua…
· Inflamatório: alteração na absorção da mucosa por alteração inflamatória, que lesiona e leva a morte dos enterócitos, e não consegue absorver ou transportar açúcares, aminoácidos ou eletrólitos, ocorre a diarreia. ocorre uma invasão da mucosa e da submucosa, induzindo ao processo inflamatório. 
Diagnósticos: anamnese e exame físico
anamnese: avaliando duração da diarreia, característica das fezes, número de evacuações por dia e sintomas associados (vômitos, febre, apetite, sede), história epidemiológica e patológica pregressa e medicamentos em uso.
exame físico: deverá ser completo, incluindo avaliação nutricional, já que a desnutrição é fator de
risco para quadros mais graves e evolução para diarréia persistente. Deve-se lembrar também que a
diarreia, principalmente no lactente, pode acompanhar quadros de pneumonia, otite média, infecção
do trato urinário, meningite e septicemia bacteriana
ETEC: BRENA E HEITOR. SECRETOR.
PLANOS
· A:
manda para casa
Terapia para a reidratação oral (TRO. sob a forma de pó, que será misturado com água. um pacote de TRO em 1 L de água para produzir uma solução salina). Contém sódio, potássio, cloro, glicose e osmolaridade
 
zinco 1x dia durante 10-14 dias (até os 6 meses, 10 mg dia. maiores de 6 meses, 20 mg dia) cuida da mucosa, regula secreção intestinal e tem papel crucial na imunidade. recomendado em menores de 5 anos com diarreia aguda ou persistente
antiemético, se precisar
manter alimentação habitual e aleitamento materno
e falar para a mamãe observar sinais de desidratação: xixi, se baba, olhos fundos, sinal de prega cutânea, além de orientar higiene pessoal
moleira fecha com 8-15 meses de idade
Explique ao paciente ou acompanhante para fazer no domicílio: 
1) OFERECER OU INGERIR MAIS LÍQUIDO QUE O HABITUAL PARA PREVENIR A DESIDRATAÇÃO: 
• O paciente deve tomar líquidos caseiros (água de arroz, soro caseiro, chá, suco e sopas) ou Solução de Reidratação Oral (SRO) após cada evacuação diarreica. 
• Não utilizar refrigerantes e não adoçar o chá ou suco. 
2) MANTER A ALIMENTAÇÃO HABITUAL PARA PREVENIR A DESNUTRIÇÃO: 
• Continuar o aleitamento materno. 
• Manter a alimentação habitual para as crianças e os adultos. 
3) SE O PACIENTE NÃO MELHORAR EM DOIS DIAS OU SE APRESENTAR QUALQUER UM DOS SINAIS ABAIXO, LEVÁ-LO IMEDIATAMENTE AO SERVIÇO DE SAÚDE:
• Piora na diarreia • Recusa de alimentos • Vômitos repetidos • Sangue nas fezes • Muita sede • Diminuição da diurese
4) ORIENTAR O PACIENTE OU ACOMPANHANTE PARA RECONHECER SINAIS DE PIORA: 
• Reconhecer os sinais de desidratação. 
• Preparar e administrar a Solução de Reidratação Oral. 
• Praticar medidas de higiene pessoal e domiciliar (lavagem adequada das mãos, tratamento da água e higienização dos alimentos). 
5) ADMINISTRAR ZINCO UMA VEZ AO DIA, DURANTE 10 A 14 DIAS: 
• Até seis (6) meses de idade: 10mg/dia. 
• Maiores de seis (6) meses de idade: 20mg/dia.
· B:
SRO, inicialmente em pequenos volumes 50-100 ml kg em 4-6h
suspender alimentação e manter aleitamento materno exclusivo
se muito vômito, antiemético (ONDANSETRONA) e fracionar doses
 
se pouca tolerância a VO, passar sonda nasogástrica (gastróclise) 
orientar ver sinais de piora de quadro
interna e reavalia a cada 6h
se melhora, volta pro A
se piorar, C
1) ADMINISTRAR SOLUÇÃO DE REIDRATAÇÃO ORAL: 
• A quantidade de solução ingerida dependerá da sede do paciente. 
• A SRO deverá ser administrada continuamente, até que desapareçam os sinais de desidratação. 
• Apenas como orientação inicial, o paciente deverá receber de 50 a 100ml/kg para ser administrado no período de 4-6 horas. 
2) DURANTE A REIDRATAÇÃO REAVALIAR O PACIENTE SEGUINDO AS ETAPAS DO QUADRO “AVALIAÇÃO DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO DO PACIENTE” 
• Se desaparecerem os sinais de desidratação, utilize o PLANO A. 
• Se continuar desidratado, indicar a sonda nasogástrica (gastróclise). 
• Se o paciente evoluir para desidratação grave, seguir o PLANO C. 
3) DURANTE A PERMANÊNCIA DO PACIENTE OU ACOMPANHANTE NO SERVIÇO DE SAÚDE ORIENTAR A: 
• Reconhecer os sinais de desidratação. 
• Preparar e administrar a Solução de Reidratação Oral. 
• Praticar medidas de higiene pessoal e domiciliar (lavagem adequada das mãos, tratamento da água e higienização dos alimentos).
O PLANO B DEVE SER REALIZADO NA UNIDADE DE SAÚDE. OS PACIENTES DEVERÃO PERMANECER NA UNIDADE DE SAÚDE ATÉ A REIDRATAÇÃO COMPLETA
· C
JEJUM TOTAL
O PLANO “C” CONTEMPLA DUAS FASES PARA TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS: 
· A FASE RÁPIDA EXPANSÃO (aumentar volume pq tá em choque hipovolêmico)
· FASE DE MANUTENÇÃO (manter o basal pra viver) E REPOSIÇÃO (repor oque perdeu pela diarreia e vÔmito)
ENDOVENOSO por soro ev
REAVALIAR APÓS ESSE TEMPO, SEGUNDO A IDADE
iniciar SRO se capaz de ingerir (2-3h após início da expansão) e soro EV PARENTERAL
INTERROMPER O PLANO C (TREV) quando o paciente ingerir o SRO em quantidade suficiente para se manter hidratado.
Reintroduzir a alimentação e o aleitamento quando houver melhora da desidratação e paciente estiver hemodinamicamente estável.
INTERNA PARA OBSERVAR
manutenção 4:1
e ficar atento aos sinais de hiper ou hipo na hidratação.
analisar concentração de urina, edema palpebral…
RESUMÃO
A. não desidratado. TRO (<1 ANO= 100; >1 ANOS= 200. >10 ANOS= DEPENDE). ZINCO (ATÉ 6 MESES: 10. MAIOR QUE 6 MESES 20). NÃO PARAR ALIMENTAÇÃO. CASA
B. desidratado leve. SRO EV OU SONDA (50-100 por 4-6h). ANTIEMÉTICO (ONDANSETRONA < 2 ANOS= 2. ATÉ 10 ANOS= 4. >10 ANOS=8). PARAR ALIMENTAÇÃO E SÓ DAR LEITE MATERNO. INTERNA ATÉ MELHORAR SINAIS DE DESIDRATAÇÃO. REAVALIA A CADA 6H. OU VOLTA PRO A OU VAI PRO C
C. desidratação grave. 
· FASE RÁPIDA EXPANSÃO aumentar volume rápido para tirar do choque hipovolêmico
· FASE DE MANUTENÇÃO E REPOSIÇÃO para manter basal e sobreviver,

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