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Aula 5 - Exame de sensibilidade

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MARIA LAURA R BARROS – MED 108 
PAPM IV 
 
1 
 
Exame de sensibilidade 
A sensibilidade é uma função do sistema nervoso, dos neurônios. Eles são responsáveis pela percepção e 
interpretação dos sinais, mandando uma resposta via motora, além da realização das sinapses (arcos 
reflexos). 
A sensibilidade é tudo que se consegue perceber no meio em que se encontra, além de um mecanismo 
de defesa. Temperatura, se algo está ́ te tocando, posição dos órgãos e músculos, das articulações. 
A sensibilidade influência do ato motor. A todo momento em que o indivíduo está ́ andando, se 
locomovendo, há uma resposta do meio em que ele se encontra (meio externo), gerando uma 
percepção para conseguir manipular ou corrigir seus movimentos. 
Exemplo: imagine que você está andando na rua, com o celular na mão, distraído. Há uma pedra na sua 
frente e você não a viu e, assim, tropeça e cai. A princípio, você não cai diretamente no chão, mas tenta 
se equilibrar automaticamente. Isso ocorre pela sensibilidade, que detectou uma mudança brusca da 
velocidade, da direção, e vai fazer com que você faça algum movimento automático para a correção 
disso, sem ser necessário pensar. 
Uma pessoa que perdeu a sensibilidade tem queixas de tontura, de sensação de estar flutuando, sem 
equilíbrio. Muitas vezes essa perda da sensibilidade é por uma neuropatia, e não apenas uma labirintite. 
Parestesia = formigamento/ dormência nos pés. 
• Onde ele sente essa sensação, o paciente apresenta dor. 
• Pode indicar perda da sensibilidade. 
Exame de sensibilidade pode ser realizado para todos que apresentarem síndrome sensitiva, que pode ser 
para mais ou para menos. 
• A sensibilidade deve ser avaliada sempre em pacientes que referem alterações de percepção da 
sensibilidade. 
 
SENSIBILIDADE 
Correlação: a sensibilidade, ao contrário das vias motoras, começa nos receptores presentes na derme e 
músculos, que mudam o estímulo recebido para um estímulo elétrico, que corre para os neurônios até ́ 
chegar ao cérebro, onde ocorre a interpretação dessas informações (via ascendente). 
Ocorre através de: 
• Vias ascendentes: começa perifericamente e vai até ́ o cérebro/SNC, que e ́ o destino final. 
• Via de 3 neurônios: para perceber qualquer ação sensitiva do corpo, são necessários 3 neurônios. 
O primeiro neurônio é periférico e o último neurônio é sempre do SNC (é o destino final). 
OBS: Sempre que houver uma interrupção de uma das vias da sensibilidade, perde-se a sensibilidade 
daquele ponto em que houve a interrupção para trás. Do ponto para cima, a sensibilidade permanece 
normal. 
 
SINTOMAS NEGATIVOS 
o paciente não sente dor, não sente os toques. 
Pacientes com esses sintomas se machucam com mais facilidade. 
MARIA LAURA R BARROS – MED 108 
PAPM IV 
 
2 
 
O quadro se inicia com a diminuição da sensibilidade e com o agravamento, o paciente para se sentir a 
sensibilidade. 
Pode-se pensar em polineuropatia diabética (pé ́ diabético), em que o paciente não sente as lesões nos 
pés, e, consequentemente, gera uma porta de entrada para infecções mais graves. 
 
SINTOMAS POSITIVOS 
o paciente apresenta parestesia (formigamento/dormência) e pode ter uma dor neuropática. 
• A dor neuropática ocorre por uma lesão de um nervo sensitivo, gerando uma dor em queimação 
exacerbada ou em choque, e respeita o território dos nervos acometidos, não melhorando com 
analgésicos simples (geralmente melhora com remédios antiepiléticos e com alguns 
antidepressivos) e tendo piora na parte da noite, porque há uma diminuição da temperatura. Além 
disso, o paciente pode ter tonteiras, devido ao acometimento da sensibilidade superficial. 
• Dor em queimação, respeita território de algum nervo, analgésicos não resolvem, aumento à noite. 
• Nervo sensitivo lesado. 
Exemplo: se há ́ uma lesão do nervo mediano, pode haver uma dor neuropática nesse território, ou seja, na 
palma da mão e na ponta dos dedos. 
Todo estímulo se inicia nos receptores, sendo alguns para terminações dolorosas, para terminações 
nervosas livres, para dor, tato, temperatura etc. 
O receptor recebe o estímulo, traduz/transforma o estímulo em um estímulo elétrico, que começa a correr 
no neurônio (é ligado diretamente no receptor). 
OBS: Um agrupamento de neurônios forma um nervo. 
Há receptores não só na pele, mas também em regiões mais profundas, como nos músculos, nas 
articulações. Na imagem, por exemplo, há os fusos musculares, os receptores mecânicos das articulações, 
o órgão tendinoso de Golgia. Isso quer dizer uma posição segmentar, se o músculo está ́ contraído ou 
relaxado, se está sofrendo uma pressão ou não, se ele percebeu uma mudança brusca de posição. 
 
RELEMBRANDO... 
A junção de neurônios forma os nervos. 
Na mão, há 3 nervos importantes: nervo mediano, nervo radial e nervo ulnar. 
• Nervo mediano: região palmar; 1º, 2º, 3º e metade do 4º dedos. 
• Nervo ulnar: metade do 4º dedo, 5º dedo, região palmar e dorsal da 
mão. 
• Nervo radial: região dorsal da mão; 1º, 2º, 3° e metade do 4º dedos. 
Esses nervos sobem e formam o plexo braquial, passando por baixo da 
clavícula e, próximo de entrar na medula, se divide em raízes. Após isso, 
entram no forame intervertebral, e sobem pela medula para entrar no 
cérebro. 
OBS: O nome da raiz nervosa é de acordo com o forame da vértebra mais 
próxima em que o nervo está ́ entrando. 
Lesão de plexo braquial: Tratamento de plexopatia traumática é cirúrgico. 
• Braço solto, mão atrofiada e com o dorso da mão para a frente - 
“mão da gorjeta do garçom”. 
• Plexopatia = perda da sensibilidade de um ponto alto do braço para 
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baixo em um único lado. 
• Pode ocorrer em trauma. 
• Tumores pulmonares podem ocasionar compressão do plexo braquial. 
Giro pós-central = lobo parietal = responsável pela sensibilidade. 
• Contralateralmente. 
Os dermátomo são as áreas corpóreas correspondentes a uma raiz nervosa. 
Se houver uma compressão de uma raiz, será ́ gerada uma alteração sensitiva em uma faixa específica do 
corpo, ou seja, na faixa do dermátomo. 
Exemplo: se houver uma compressão de C5, como uma hérnia de disco (unilateral), o paciente irá se 
queixar de uma perda de sensibilidade da área determinada (em amarelo na 1o imagem). 
Se o paciente tem uma perda de sensibilidade em faixa em uma região, sabe-se que é devido à lesão de 
uma raiz. Lembre-se: há uma raiz para a direita e para a esquerda, que vão inervar uma parte específica 
do corpo. 
 
 
IMPORTANTE 
Se um paciente chega com uma perda de sensibilidade em uma faixa apenas em um dos lados do 
corpo, sabe-se que isso é uma compressão de uma raiz. Pode ser uma hérnia de disco, uma metástase 
tumoral. O lado acometido é o que se tem a compressão. 
Se um paciente que sofreu um acidente de carro queixa-se de perda de sensibilidade a partir da faixa do 
umbigo em ambos os lados, sabe-se que isso é uma lesão no centro da medula (canal medular). Daquele 
ponto da medula para trás, houve uma interrupção dos nervos. 
 Uma lesão no canal medular gera um quadro clínico bilateral, em que há perda de toda a sensibilidade 
daquele ponto do dermátomo para baixo. 
 Uma lesão da raiz nervosa - radicular (compressão) gera um quadro clínico unilateral, ocorrendo devido 
ao acometimento naquele determinado lado. É um território em faixa, e o paciente não perde toda a 
sensibilidade, apenas perde a sensibilidade do lado em que se tem a compressão. Quando se fala de raiz, 
é uma compressão externa à medula. 
Toda a sensibilidade chegará ao cérebro para ser interpretada. 
• A parte do cérebro responsável pela percepção e interpretação da sensibilidade é o lobo parietal 
(chamado de lobo sensitivo), no giro pós-central, em que há ́ as áreas primárias sensitivas (áreas 1, 2 
e 3 de Brodmann). 
• No giro pós-central há a representação das partes do corpo. 
 
A sensibilidade sobe como se fosse um nervo só,representando toda a sensibilidade de uma região. 
Quando esse nervo entra na medula, ele se divide: tudo o que for de sensibilidade superficial irá subir por 
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um caminho específico, e tudo o que for de sensibilidade profunda irá subir por um outro caminho. Então, 
na medula, há caminhos separados para os dois tipos de sensibilidade. 
 
TIPOS DE SENSIBILIDADE 
SENSIBILIDADE SUPERFICIAL 
Dor, o tato grosseiro (protopático) e temperatura. 
A sensibilidade superficial ocorre por vias “lentas”: são por neurônios que têm pouca ou nenhuma bainha 
de mielina. 
Isso explica o porquê ̂ de alguns pacientes perderem primeiro a sensibilidade superficial (a dor, o tato e a 
temperatura), para depois perderem a sensibilidade profunda. 
• Imagine um neurônio com uma espessa capa de mielina e um neurônio pouco mielinizado. Os dois 
estão no corpo e sofrem ao mesmo tempo um processo patológico. O neurônio que tem muita 
mielina sofre antes ou depois do neurônio que tem pouca mielina? A primeira coisa que ocorre é 
uma desmielinização, então, o neurônio com menos mielina irá ser afetado primeiro. 
• É por isso que os pacientes com polineuropatia diabética, por exemplo, começam perdendo a 
sensibilidade para dor, tato, temperatura. Por fim, começam a perder a sensibilidade profunda, 
que é a propriocepção, vibração e o tato fino. 
• perda inicial da sensibilidade superficial, e uma consequente perda da sensibilidade profunda, é 
um processo global (pode ser metabólico, tóxico) e não localizado. 
Não são muito precisas. 
A via que passa pela medula é a via chamada trato espinotalâmico. 
• Cruza na medula. 
 
SENSIBILIDADE PROFUNFA 
Vibração, tato fino (epicrítico), propriocepção (noção de posição segmentar) e pressão. 
Ocorre pelas vias “rápidas”: os neurônios têm bastante mielina envolvendo-os. 
É precisa. 
A via que passa pela medula é a via chamada trato lemniscal ou cordão posterior. 
• É uma via que precisa ser muito rápida para gerar uma resposta rápida à mudança de 
posição/velocidade. 
 
ALGUNS TERMOS 
Tato grosseiro: sente que está ́ tocando algo, ou que algo o tocou, mas não sabe especificar o que. 
Tato fino: sabe especificar/definir o que está ́ tocando ou o que o tocou. 
Vias Sensitivas 
• São vias na medula. 
• São elas: 
o Trato espinotala ̂mico lateral / anterior. 
o Sistema Lemniscal – Coluna Dorsal (fascículo grácil e cuneiforme). 
 
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TRATO ESPINOTALÂMICO LATERAL 
É a via mais lenta, da sensibilidade superficial. 
O primeiro neurônio sensitivo é periférico, é um neurônio direto do SNP. Esse neurônio percorre pela ponta 
do dedo e por todo o braço, até ́ chegar a ̀ medula, onde entra por trás para chegar na raiz, fazendo uma 
sinapse. É nesse ponto da raiz, onde acontece a primeira sinapse, em que termina o primeiro neurônio e se 
inicia o segundo neurônio sensitivo. 
O segundo neurônio sensitivo faz uma decussac ̧ão (cruza para o outro lado) na medula. Ele sobe pelo 
trato espinotala ̂mico contralateral até ́ chegar ao lobo parietal no giro pós-central para ser interpretado. 
Tudo o que for sentido de sensibilidade superficial (dor, tato grosseiro, temperatura) de um lado, será ́ 
percebido no hemisfério cerebral contralateral (do outro lado). 
Logo acima do mesencéfalo há o tálamo. O tálamo é como se fosse uma central telefônica, em que 
recebe e distribui informações (tudo passa pelo tálamo). Ao chegar no tálamo, o segundo neurônio 
sensitivo faz a segunda sinapse. Nesse ponto, termina o segundo neurônio e se inicia o terceiro neurônio 
sensitivo. 
O terceiro neurônio sensitivo vai do tálamo ao giro pós-central. 
OBS: A via espinotala ̂mico lateral recebe esse nome pois vai da medula espinal para o tálamo e se situa 
na parte lateral da medula. 
 
COLUNA DORSAL / SISTEMA LEMNISCAL 
É a via mais rápida, da sensibilidade profunda. 
Como é apenas um neurônio, a sensibilidade profunda irá subir junto com a sensibilidade superficial 
perifericamente. Ao chegar na medula, elas se separam: tudo o que for da sensibilidade profunda vai 
para um caminho diferente. 
O caminho da sensibilidade profunda vai pela via periférica, no primeiro neurônio, e entra por trás da 
medula, mas não faz sinapse. Ele sobe pela 
parte posterior da medula do mesmo lado (não 
há decussac ̧ão, não cruza). 
Ao chegar no tronco cerebral, na parte mais 
inferior do bulbo, o primeiro neurônio termina, 
iniciando o segundo neurônio. 
O segundo neurônio faz a primeira sinapse e 
ocorre a decussac ̧ão na medula (cruzamento), 
na parte inferior do bulbo, subindo contralateral 
por todo o tronco cerebral. 
Ao chegar no tálamo, ocorre a segunda 
sinapse, terminando o segundo neurônio e 
iniciando o terceiro neurônio. 
O terceiro neurônio vai do tálamo ao giro pós- central. 
OBS 1: o cruzamento (decussac ̧ão) do segundo neurônio sensitivo ocorre no mesmo ponto onde há as 
pirâmides bulbares (via piramidal). Então, no mesmo nível que cruza a via motora, é onde vai cruzar a 
sensibilidade profunda. 
OBS 2: O AVC ocorre no cérebro e geralmente é unilateral. Se houver um AVC do lado esquerdo, toda a 
sensibilidade de braço e perna é contralateral. 
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Toda a sensibilidade cruza em algum momento, sendo esse cruzamento na medula (sensibilidade 
superficial) ou no bulbo (sensibilidade profunda). A partir do bulbo, se houver uma lesão em uma das 
metades, em qualquer uma das sensibilidades já ocorreu o cruzamento. Em um AVC unilateral, de 
hemisfério esquerdo por exemplo, o paciente irá perder toda a sensibilidade de braço e perna do lado 
direito. Isso ocorre em qualquer tipo de lesão a partir do início do tronco cerebral, na parte inferior do 
bulbo. 
 
EXAME NEUROLOGICO DA SENSIBILIDADE 
É a parte do exame neurológico mais subjetiva. 
Requer mais tempo do que as outras partes. 
É necessária a atenção e cooperação do paciente. 
Pode dar alterações inespecíficas ou definir um diagnóstico. 
A área a ser examinado deve estar despida. 
Pedir para fechar os olhos. 
Testar duas áreas aleatórias em distal e proximal, bilateralmente. 
 
SENSIBILIDADE SUPERFICIAL 
DOR 
• Sensibilidade dolorosa: utiliza-se um alfinete. 
• Faz-se uma leve pressão no determinado local. 
• Inicia-se também da parte distal para a parte proximal. 
• Testa-se bilateralmente. 
• Espera-se que o paciente responda se sente um incomodo/dor ao sentir a pressão exercida (ele irá 
sentir que está ́ sendo espetado), e o local em que está ́ sentindo. 
TEMPERATURA 
• Sensibilidade térmica: utiliza-se dois tubos de ensaio. Um dos tubos com água gelada (próximo a 
5°C) e o outro tubo com água quente (próximo a 40-45°C). Não podem ser utilizadas temperaturas 
muito baixas e nem muito altas para que a sensibilidade dolorosa não seja estimulada também. 
• Não pode ser gelo 
• Alterna-se entre esses tubos, uma hora testa o quente, uma hora testa o frio. Inicia-se da parte 
distal para a parte proximal. 
• Testa-se bilateralmente. 
• Espera-se que o paciente responda se a água está ́ quente ou fria e o local em que está ́ sentindo. 
• OBS: o exame é feito da parte distal para a proximal porquê é necessário testar as faixas dos 
dermátomo, já que uma alteração pode ser da raiz nervosa. 
TATO PROTOPÁTICO (TATO GROSSEIRO). 
• Sensibilidade tátil: pode-se utilizar algodão, pincel ou o próprio dedo. 
• Encosta-se no paciente levemente. 
• É necessário iniciar o exame de uma parte distal, podendo ser das mãos ou dos pés. Depois, segue-
se de forma proximal. 
• Testa-se bilateralmente; no mesmo ponto que tocou de um lado, toca do outro. 
• Espera-se que o paciente responda qual e ́ a sensibilidade (o que ele está ́ sentindo, se sente o 
toque ou não) e o local em que ele está ́ sentindo. 
• Perguntar somente se o paciente sente o tato ou não. 
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SENSIBILIDADE PROFUNDA 
PRESSÃO (BARESTESIA) 
• Pressão (barestesia): segura-se as duas pernas do paciente e 
em uma delas aperta-se mais do que na outra. 
• O paciente precisa dizer qual dos lados ele está ́ sentindo uma 
maior pressão. 
• IMPORTANTE: Toda sensibilidade profunda testa-se da parte 
distal, bilateralmente. Se o paciente responder bem 
inicialmente, não é preciso subir o exame, ou seja, realizá-lo na 
parte proximal, porque é bem pouco provável de que haja 
alguma lesão. 
• Se houver alguma alteração na parte distal, é necessário realizá-lo nas partes proximais. 
 
VIBRAC ̧ÃO (PALESTESIA) 
• Vibração (Palestesia): utiliza-se um instrumento chamado 
diapasão. 
• Bate-se no diapasão para gerar uma vibração. 
• Coloca-se a ponta da base do instrumento em uma 
superfície óssea, e o paciente irá perceber a vibração. No 
caso da posição distal, coloca-se bem abaixo do leito 
ungueal (na parte mais rígida). 
• Ideal = 30 segundos. 
• Acima de 10 segundos = normal 
• Espera-se que o paciente sinta essa vibração. 
• Parestesia = ausência de vibração. 
• Hipoparestesia = diminuição da sensação de vibração. 
 
NOC ̧ÃO DE POSIC ̧ÃO SEGMENTAR / PROTOCEPC ̧ÃO (BATIESTESIA) 
• Noção de Posição Segmentar / Propriocepção: 
• Sinal de Romberg: se o paciente fechar os olhos e cair, ele tem uma 
propriocepção alterada (sinal de Romberg proprioceptivo). O paciente cai 
para qualquer um dos lados, e cai imediatamente após fechar os olhos. 
• O sinal avalia também alterações vestibulares. O paciente cai sempre pro 
mesmo lado, e há uma latência para cair após fechar os olhos (sinal de 
Romberg vestibular). 
• Outra manobra para propriocepção das articulações: Com o paciente de 
olhos fechados, segura-se nos dedos do pé ́ (na parte mais distal), na lateral, e 
irá balançar o dedo para cima e para baixo (extensão e flexão) e uma hora 
irá parar de realizar o movimento. Quando o paciente sentir o dedo parar, ele 
terá ́ que dizer se o dedo está ́ apontando para cima ou para baixo. 
• Se houver uma boa propriocepção, o paciente irá conseguir dizer 
adequadamente a posição do dedo (para cima ou para baixo). 
• Primeiramente deve-se orientar o paciente de todo o procedimento que será́ 
feito. 
• Em todo exame de sensibilidade é necessário que ao começá-lo, o paciente 
esteja com os olhos fechados. Isso porque, com os olhos abertos, o paciente 
pode apenas estar olhando e dizendo ao médico o que é. 
 
MARIA LAURA R BARROS – MED 108 
PAPM IV 
 
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TERMOS MÉDICOS 
Alodinia (Hiperalgesia): dor exacerbada. Por conta de uma lesão nervosa, os receptores desses neurônios 
podem ficar mais sensíveis, causando uma dor mais forte do que deveria. 
Analgesia: ausência da dor. 
Hipoalgesia: diminuição da dor. 
Anestesia: perda de toda a modalidade sensitiva. 
Hipoestesia: diminuição da sensibilidade. 
Abatiestesia: ausência da protocepção. 
Hipobatiestesia: diminuição da protocepção. 
Apalestesia: ausência completa da sensibilidade vibratória. 
Hipopalestesia: diminuição da sensibilidade vibratória. 
Disestesia: é por estímulo. O paciente sente um formigamento na região em que se estimula naquele 
momento. - Refere percepção diferente do que está sendo realizado no momento da avaliação. 
Parestesia: é espontânea. O paciente sente um formigamento, uma dormência. 
Disestesia e Parestesia são perversões da sensibilidade, ou seja, há a provocação de um certo estímulo e o 
paciente responde outro. 
 
SENSAÇÕES ESPECIAIS 
São as agnosias - O paciente sente, mas não percebe. 
Exemplo: o médico dá na mão do paciente um objeto, ele sente o formato do objeto, mas não consegue 
perceber que objeto é esse. Ele não consegue ligar aquela sensação à memória daquele objeto. 
O paciente com demência as vezes não consegue perceber quando tem dois pontos simultâneos 
tocando nele - Quando pacientes percebem como um toque só, pode ser patológico. 
Estereognosia: capacidade que se tem de perceber um objeto na palma da mão. De olhos fechados, se 
der ao paciente um objeto, ao palpa ́-lo ele saberá ́ dizer qual objeto e ́ aquele. Ele consegue ligar aquela 
sensação à memoria daquele objeto. 
Grafestesia: testagem da linguagem. É a capacidade que se tem de perceber uma letra ou número na 
palma da mão e conseguir distinguir qual letra ou número é aquele, de olhos fechados. 
 
INTERPRETAR E LOCALIZAR 
Onde está a lesão? 
• Mais importante do que examinar o paciente e ́ tentar saber localizar onde está ́ o problema. 
• Se está nos nervos periféricos, se é uma lesão de raiz, se é uma lesão medular, se é um AVC. 
É importante saber o padrão da alteração sensitiva. Diante da anamnese e do exame físico, tenta-se 
localizar a lesão. 
 
 
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PADRÕES DAS LESÕES 
NERVO ÚNICO (MONONEUROPATIA): hanseníase, síndrome do túnel do carpo, lesão por esforço repetitivo, 
lesão traumática. 
RAÍZES NERVOSAS: hérnia de disco. 
NERVOS PERIFÉRICOS E SIMÉTRICOS (POLINEUROPATIA PERIFÉRICA): doenças que começam de baixo para 
cima, ou seja, de forma distal. Polineuropatia diabética, polineuropatia alcoólica. 
MEDULA: pode ser uma lesão completa ou parcial. Daquele ponto para baixo perde-se totalmente a 
sensibilidade. 
TRONCO CEREBRAL: padrão dimidiado, ou seja, na metade do corpo. 
TÁLAMO E CÓRTEX SENSITIVO: AVC. Lembrar que a perda de sensibilidade é contralateral ao local da 
lesão. 
OBS: os padrões de lesões no tronco cerebral e tálamo são muito parecidos. Para diferenciá-las, testa-se a 
sensibilidade do rosto do paciente (será ́ discutido na aula de nervos cranianos). 
Radiculopatia vai até a linha média da coluna. 
Mononeuropatia permanece localizada 
 
É NECESSÁRIO SABER... 
Próximo à crista ilíaca, em direção à região púbica, tem-se as raízes de T12. 
Próximo à cicatriz umbilical tem-se as raízes de T10. 
Próximo aos mamilos tem-se as raízes de T4. 
Próximo à fúrcula esternal tem-se as raízes de T1. 
Próximo aos ombros tem-se as raízes de C4 e C3. 
 
O PACIENTE TEM PERDA DE SENSIBILIDADE NAS REGIÕES PINTADAS NA IMAGEM. 
 
MARIA LAURA R BARROS – MED 108 
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A - Lesão do tálamo ou córtex. O paciente tem um padrão dimidiado, do mesmo lado (é uma lesão mais 
alta). 
• Ex.: AVE. 
B - Lesão de tronco cerebral. O paciente tem um padrão dimidiado e cruzado. 
• Ex.: lesão de tronco cerebral. 
• Síndrome cruzada, padrão alterno. 
• Nervos cranianos. 
C - Lesão medular, na região próxima ao umbigo, a nível de T10. 
• Ex.: Lesão em 10 
D - Lesão medular parcial, é uma lesão medular parcial da região cervical. O paciente tem um padrão 
em xale. Padrão medular incompleto. 
• Ex.: Lesão de T1. 
E - Lesão de nervos periféricos, é uma polineuropatia periférica. O paciente tem um padrão de botas de 
cano alto e luvas, acometendo a região distal dos membros. 
• Ex.: polineuropatia diabética. 
F - Lesão medular parcial. O paciente tem uma lesão de determinado ponto para baixo, bilateralmente, 
perdendo toda a sensibilidade. Padrão medular incompleto. 
• Pega os dois membros e pare do abdome. 
• Ex.: Lesão medular T4. 
G - Lesão de raiz (radiculopatia). O paciente tem uma perna de sensibilidade fina, em faixa, até ́ mais ou 
menos a linha média posterior. 
• Ex.: C2, C3, C4 
• Vai até a coluna. 
H - Lesão do nervo fibular. É uma lesão de nervo único, uma mononeuropatia. 
• Ex.: hanseníase - pé caído e marcha escarvante.

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