Buscar

AD1 GEO2 2023 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

UNIVERSIDA
DE FEDERAL 
DO ESTADO 
DO RIO DE 
JANEIRO 
 
 
 
 
 
GEOGRAFIA NA EDUCAÇÃO 2 
 
Coordenação: Prof.ª 
Juliana Prata 
 
 
AD1 – 2023.2 
 
Questão 1 (Valor: 4,0 pontos) O texto “, faz um resgate histórico - através da dinâmica de 
constituição, organização e simbolização do território brasileiro no tempo longo - da 
importância que o espaço teve para a construção do “sentido de formação” do Brasil. No texto 
há uma importante crítica ao pensar o território apenas como natureza (p.101). Segundo 
o texto, qual o conceito mais completo de território a ser trabalhado para 
compreendermos a formação nacional no nosso país? 
 
R: De acordo com o texto, o conceito mais completo de território a ser trabalhado para 
compreendermos a formação nacional do nosso país é o que compreende o território …como 
apropriação de uma porção do espaço, uma construção social derivada da ação humana e 
envolve a disputa de poder, a diferenciação e delimitação de um nós e eles, o que vai implicar 
um processo de identificação entre iguais”; “…um referente, contudo atualizado pelos desafios 
e transformações que a sociedade brasileira passou nos últimos anos”. (ESTEVES, 2014, p. 91 
e 110). A autora discute o território como formador de identidade nacional, não só formado por 
natureza, mas por cultura, interesses sociais e políticos. Dessa forma, o texto faz compreender 
território não apenas como espaço físico, mas também como um espaço de relações sociais, 
econômicas, políticas e culturais complexas, e permite entender como o território brasileiro foi 
construído ao longo da história, a partir da interação de diversos fatores. 
 
 
 
 
QUESTÃO 2 (Valor 3,0 pontos) Podemos afirmar que a cafeicultura modificou o espaço 
Brasileiro? Como? 
 
R: Sim. De acordo com a Aula 2, a cafeicultura teve uma importância significativa no processo 
de transformação do território brasileiro, provocada pela passagem do modelo agroexportador 
para urbano-industrial e na construção do projeto de industrialização do país, que só pôde ser 
construído em consequência do sucesso e da crise da cafeicultura. Ela impulsionou a expansão 
da fronteira agrícola no Brasil, visto que grandes áreas de terras foram convertidas em 
plantações de café, que resultou em uma significativa transformação do uso da terra. A produção 
de café levou ao crescimento de cidades e centros urbanos à medida que as áreas de cultivo se 
desenvolviam e, para que o café fosse transportado das áreas de produção para os portos foram 
construídas ferrovias e estradas, modificando assim o espaço brasileiro e melhorando a 
infraestrutura de transporte em muitas regiões do Brasil. Assim sendo, o café se tornou um dos 
principais produtos de exportação do Brasil e desempenhou um papel importante na economia 
nacional. A riqueza gerada pela produção de café financiou outros setores da economia e 
influenciou a política e a diplomacia brasileira. A cafeicultura também teve um impacto nas 
estruturas sociais do Brasil. A escassez de mão-de-obra, após a abolição da escravatura, que 
levou à vinda de um grande número de imigrantes europeus para trabalhar nas plantações de 
café contribuiu para a diversidade cultural do Brasil e modificou as dinâmicas populacionais 
em várias regiões. 
 
 
QUESTÃO 3 - (Valor: 3,0 pontos) Leia o fragmento de texto e com base nele e no material 
didático da disciplina das aulas 1 a 7, responda à questão: 
 
“Não se pode entender a concentração da terra no Brasil sem se reportar à estreita ligação entre escravidão, lei 
de terras de 1850 e a expansão da atividade agrícola em moldes capitalistas no país. A conjuntura posterior a 
independência, o cerco cada vez maior dos ingleses ao tráfico de escravos, a expansão da fronteira de ocupação 
do território irão tensionar cada vez mais, a base de sustentação do complexo de produção que tem seus 
pilares fundamentais no latifúndio, na escravatura e na monocultura” (ESTEVES, 2014, p.97). 
 
a) Para entender nosso Brasil, precisamos compreender complexos movimentos 
geográficos, históricos, culturais, políticos e econômicos. Recentemente, a mídia divulgou a 
situação de trabalho análogo a escravidão em vinícolas do Rio Grande do Sul. Esse tipo de 
trabalho perverso e de completa exploração não é novidade no Brasil e por isso mesmo deve ser 
objeto de repúdio social e de análise para não mais se repetir. Analise o fragmento de texto 
acima (Esteves, 2014) e escreva um comentário sobre o processo histórico de formação do 
território, relacionando aspectos econômicos e sociais com base nos pilares fundamentais da 
concentração de terra: latifúndio, escravatura e monocultura. 
 
R: De acordo com a Aula 1, a presença dos europeus redirecionou a formação e organização do 
território brasileiro. Os interesses econômicos e políticos embutidos nas tentativas de ocupação 
desse espaço geográfico determinaram os rumos dessa transformação. O latifúndio brasileiro 
originou-se na estrutura político-administrativa implantada no período colonial. A ocupação 
europeia no Brasil organizou o território pela expansão agrícola pautado nos interesses 
capitalistas em explorar as riquezas da terra, utilizando-se do trabalho escravo para produzir 
matérias-primas que eram destinadas à exportação. Na organização social do Brasil, três pilares 
fundamentais desempenharam papéis essenciais nesse desenvolvimento: latifúndio - grandes 
extensões de terras foram divididas entre a burguesia, garantindo o controle de Portugal sobre 
o que era produzido, contribuindo para a concentração de terras e riquezas; escravatura - A 
demanda por mão de obra nas plantações de açúcar, café, algodão e outras monoculturas levou 
à exploração da força do trabalho escravo e ao lucro com tráfico negreiro; e monocultura - 
desempenhou um papel importante na formação do território brasileiro, moldando não apenas 
a estrutura agrária, mas também a economia e a sociedade do país. Durante a colonização do 
Brasil pelos portugueses, a monocultura foi introduzida com ênfase no cultivo de culturas de 
exportação valorizadas na Europa, como a cana-de-açúcar e o café. Sendo assim, compreende-
se que a concentração de terras no Brasil está profundamente ligada à história da escravidão, à 
legislação de terras e à expansão da agricultura em moldes capitalistas. Esses fatores se 
entrelaçaram para criar um sistema agrário em que a posse da terra e o controle dos meios de 
produção permaneceram nas mãos de uma elite, mantendo a desigualdade fundiária como um 
problema persistente na história e na sociedade brasileira. O caso recente de trabalho análogo à 
escravidão em vinícolas no Rio Grande do Sul é um sinal de que os problemas históricos 
persistem. A exploração de trabalhadores está enraizada em uma história de desigualdade e 
concentração de poder. 
 
 
Referências Bibliográficas: 
 
CEDERJ. Geografia na Educação 2. Aula 1- A formação do território brasileiro: você sabia que o Brasil já foi um arquipélago? Aula 2 - As 
transformações espaciais na formação do território brasileiro – do modelo agroexportador ao modelo urbano-industrial. Aula 3 - A 
formação do território e o projeto industrial que "integrou" o Brasil. 
 
ESTEVES, C. O território brasileiro e a formação nacional: algumas aproximações a partir da produção intelectual no Brasil. Revista de 
Geografia e Ordenamento do Território (GOT), nº 6 (dezembro). Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território, p. 89-111. Rio 
de Janeiro, 2014.

Continue navegando