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UNIVERSIDA DE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Nome: Matrícula: Polo: GEOGRAFIA NA EDUCAÇÃO 2 Coordenação: Prof.ª Juliana de Moraes Prata AD1 – 2020.2 Atenção: a segunda questão está na segunda página Questão 1 (valor: 6,0 pontos) O fichamento bibliográfico é o resumo, resenha crítica ou comentada das ideias principais abordadas por determinada obra. Escreva um fichamento bibliográfico do texto “O território brasileiro e a formação nacional: algumas aproximações a partir da produção intelectual no Brasil” (ESTEVES, 2014). Nesse fichamento devem aparecer comentários seus sobre a análise do artigo e frases ou ideias marcantes presentes no texto. (Texto presente na plataforma e como anexo dessa avaliação). Referência: Esteves, C. (2014). O Território brasileiro e a formação nacional: algumas aproximações a partir da produção intelectual no Brasil. Revista de Geografia e Ordenamento do Território (GOT), n.º 6 (dezembro). Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território, p. 89-111 Se sentir dificuldades, segue um link com material de apoio que detalha o que é e como se faz um fichamento bibliográfico. É só clicar ou copiar e colar no navegador: https://galoa.com.br/gerenciamento-referencias/blog/o-que-um- fichamento R: https://galoa.com.br/gerenciamento-referencias/blog/o-que-um-fichamento https://galoa.com.br/gerenciamento-referencias/blog/o-que-um-fichamento “Segundo Fischer, não é comum que haja gerações e gerações preocupadas com a identidade – ou formação, conforme chamam os literatos – em todos os países. Esse é um tema que ocupa grande parte das discussões e das obras de autores de países colonizados. Isso também ocorreu na Argentina, por exemplo, até meados da década de 30, quando os autores argentinos estabilizaram uma leitura de sua identidade que consideraram satisfatória. No Brasil, parece que se trata de uma questão mais aguda e que não se restringe a um momento, ao contrário, percorre toda nossa história.” (BACKES, 2000, p.13) “Não se pode entender a concentração da terra no Brasil sem se reportar à estreita ligação entre escravidão, lei de terras de 1850 e a expansão da atividade agrícola em moldes capitalistas no país.” “A constituição e o fechamento do mercado de terras às camadas mais pobres da população e sua concentração nas mãos dos que antes a receberam por doação real e agora privilegiados pela posse do dinheiro e proximidade com o poder, vai condenar grande parte da população ao jugo das oligarquias regionais, aos interesses dos proprietários e à sua manutenção como mão de obra barata e farta, o que pelo alto e por baixo consolida a extrema desigualdade social e econômica que será uma tônica na história brasileira.” Ao se debruçar sobre a história da geografia embasada no pensamento social do território nacional, é possível saber sobre o processo de formação nacioanal e seu construto territorial. Tal processo teve seu início pelo litoral, onde se encontrava concentrada a riqueza que a metrópole tanto desejava juntamente de diferentes composições para a identidade nacional. Dessa forma, diferentes formas de organização social e produção econômica têm sido observadas. Os estudos são conduzidos por elites políticas e ideológicas (como alfabetizadores e escritores). A cultura tem influência corporativa no processo de construção territorial no Brasil, atravessa os conceitos de experiência e observação de vida, é explicada e investigada por intelectuais e estudiosos O motivo que traz a diversidade e desenvolvimento contínuo ao pensamento geográfico é a necessidade de apoio para concretizar a ideia de território brasileiro. Com relação aos escravos no Brasil, a proibição do tráfico negreiro foi o primeiro passo para a abolição da escravatura, pois essa medida elevou o seu preço no mercado e desvalorizou a sua utilização. Mas esse prejuízo foi compensado pelo fato de os escravos não terem dinheiro para comprar terras e de serem obrigados a trabalhar nelas como assalariados. Assim, os trabalhadores livres e os libertos da escravidão só poderiam estar na agricultura mediante a venda da sua força de trabalho aos proprietários das terras e do capital, condição criada através da imposição da Lei de Terras. Questão 2 ( valor: 4,0 pontos) Leia o fragmento de texto e com base nele e no material didático da disciplina das aulas 1 a 7, responda à questão: “Não se pode entender a concentração da terra no Brasil sem se reportar à estreita ligação entre escravidão, lei de terras de 1850 e a expansão da atividade agrícola em moldes capitalistas no país. A conjuntura posterior a independência, o cerco cada vez maior dos ingleses ao tráfico de escravos, a expansão da fronteira de ocupação do território irão tensionar cada vez mais, a base de sustentação do complexo de produção que tem seus pilares fundamentais no latifúndio, na escravatura e na monocultura” (ESTEVES, 2014, p.97). a) Analise e escreva um comentário crítico sobre como aconteceu o processo de formação, ocupação e organização do território brasileiro desde o período colonial, relacionado a formação social e os aspectos econômicos do período. Comente ainda os pilares fundamentais da concentração de terra no Brasil: latifúndio, escravatura e monocultura. R: A formação do território brasileiro teve como base o aparecimento de sucessivas áreas de atração e repulsão a população. A ocupação do território brasileiro inicialmente se deu pelo fato dos portugueses terem como objetivo a exploração do pau brasil, mas como havia interesse de outros povos nessas terras os portugueses resolveram implementar atividades permanentes lucrativas e foi aí que surgiu o período colonial, onde começaram os ciclos produtivos, mas essa primeira ocupação servia apenas para atender atividades de exploratórias, que se manteve por anos. Houve também cultivo da cana de açúcar e pecuária. Um dos piores pontos dentro de toda essa história sobre a formação/ocupação do território se dá pelo fato de obterem lucros a partir de tráficos negreiros e a mão de obra utilizada na economia colonial era a escrava, onde trabalhavam incansavelmente e cruelmente para resultar em lucros. O povoamento brasileiro no século XVI se limitou em territórios litorâneos próximos ao oceano Atlântico onde desenvolveram inúmeras lavouras de cana de açúcar, que resultou na transferência da pecuária, que antes se desenvolvia na zona da mata nordestina, para o sertão nordestino. A produção açucareira colonial acabou determinando a organização da sociedade nordestina, porque comandava as demais atividades por ser considerada a atividade mais lucrativa da colônia. Nesse período teve o triste início do extermínio indígena que foi tanto físico (genocídio) quanto cultural (etnocídio). Outra atividade que acabou influenciando na ocupação e organização do território foram as missões jesuíticas, que ao chegarem ao Brasil dedicaram-se à catequese indígena e à educação dos colonos. Para conhecer e explorar ainda mais o interior do país também foram organizadas as entradas e bandeiras, expedições de exploração do interior, no período colonial. Mas essas bandeiras tinham o cruel objetivo de capturar índios para serem colococados como mão de obra e eliminar tribos. O latifúndio teve origem na divisão de terras, que representava a forma de garantir o controle de Portugal sobre o território e sobre o que era produzido. A monocultura de exportação foi a forma de garantir que toda a capacidade produtiva fosse utilizada na produção das mercadorias valorizadas na Europa (açúcar, café etc.) e o trabalho escravo representava a forma mais lucrativa de exploração do trabalho, concentrando braços na monocultura ou lucrando com o tráfico negreiro. .
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