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Belo Horizonte 2023 ‘ PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Curso de Graduação em Ciências Contábeis Ludmila Aparecida da Silva Santos O CUSTEIO POR ABSORÇÃO E AS EXIGÊNCIAS LEGAIS E TRIBUTÁRIAS Belo Horizonte 2023 Ludmila Aparecida da Silva Santos O CUSTEIO POR ABSORÇÃO E AS EXIGÊNCIAS LEGAIS E TRIBUTÁRIAS Trabalho de pesquisa apresentado à disciplina Análise de Custos do Curso de Graduação em Ciências Contábeis da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Unidade São Gabriel. Professor: Luciano Carlos Lauria SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4 2.REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................... 6 2.1 Contabilidade de custos ..................................................................................... 6 2.2 Formas de tributação das pessoas jurídicas ................................................... 8 2.2.1 Simples Nacional ...............................................................................................10 2.2.2 Lucro Presumido ................................................................................................11 2.2.3 Lucro Real ..........................................................................................................12 2.2.4 Lucro Arbitrado ...................................................................................................14 2.3 Custeio por absorção e normas aplicáveis (CPC´s).........................................14 2.4 Contabilidade de custos integrada e coordenada com o restante da escrituração .........................................................................................................16 2. 5 Disposições legais do imposto de renda para o registro dos custos na contabilidade ....................................................................................................18 2.6 Exemplificação dos sistema de custos integrado e coordenado ....................19 2.7 Exemplificação dos sistema de custos não integrado ....................................20 2.8 Considerações finais...........................................................................................22 3.0 CONCLUSÃO .......................................................................................................23 REFERÊNCIAS...........................................................................................................25 ANEXOS ..........................................................................................................26 . 4 1.INTRODUÇÃO A Contabilidade é uma ciência de grande importância para as empresas e indústrias e quando direcionamos a contabilidade para o setor industrial ela se torna ainda mais valiosa, pois é por meio dessa que conseguimos um maior enriquecimento financeiro, gerando assim um lucro mais extenso. Período anterior à Revolução Industrial, os grandes responsáveis pela fabricação e produção de produtos eram os artesãos, que não tinham a exigência de uma profunda preocupação com cálculo de custos. Porém, com o o passar do tempo e a implantação da indústria, percebeu-se a necessidade desse cálculo para formação de estoques. Diante disso, surgiu a contabilidade de custos, inicialmente com o objetivo de mensurar os estoques produzidos e determinar o resultado do exercício. Com a evolução, passou-se a gerar informações até para tomada de decisões. Contabilidade de Custos é um ramo que estuda o custeio de um produto ou serviço realizado ou produzido por uma entidade, auxiliando na identificação direta do valor a ser atribuído a um produto ou serviço produzido ou executado pela mesma. Nos parâmetros gerais, seu papel se depara na identificação de todos os seus consumos: mão-de-obra direta ou indireta, matéria-prima, equipamentos, serviços, etc, e desse modo, se consiga atribuí-los ao produto ou serviço final. Os objetivos da Contabilidade de Custos podem ser assim resumidos: -Controle de custos: visa comprovar o custo de cada componente, o que entra determinar os custos fixos e variáveis; avaliação das especificações do produto; -Tomada de decisões: Dar apoio á tomada de decisões gerenciais no que tange a fixação do preço de venda; -Auxiliar o planejamento: Alierçar orçamentos e projeções financeiras atendendo á necessidade de controles e informações específicas (como à legislação fiscal). Com foco da gestão, sobressai a importância da utilização de um sistema de custos, no qual pode ser utilizado em atividades como a de aprimoramento de processos, avaliação de desempenho, busca da qualidade, aumento da produtividade com redução de custos, entre outros aspectos. Os Sistemas de Custeio são formas como os custos são registrados e transferidos internamente dentro das organizações, sendo assim podemos defini-lo 5 como um método para mensuração, decisão e informação. Esse trabalho tem como foco principal abordar o funcionamento do Custeio por Absorção e suas exigências legais e tributárias, demonstrando o método de custeio mais utilizado em empresas atualmente, suas vantagens e desvantagens e aplicações. Dessa maneira, esse trabalho será desenvolvido com as informações obtidas através de pesquisas bibliográficas em livros e fontes da internet. 6 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Contabilidade de custos Compreender a herança do passado da contabilidade é poder recuperar a também a evolução humana e entender quais são as necessidades do ser humano e das empresas em controlar seu patrimônio, representado pelo conjunto de bens, direitos e obrigações. Portanto, entender a história da contabilidade é resgatar toda a linha de raciocínio contabilista e assim estende-se a contabilidade atual. Na antiguidade a contabilidade tinha como objetivo apenas registrar as atividades comerciais e o controle patrimonial, como mencionado acima. Com a evolução e desenvolvimento das atividades, percebeu-se que essa maneira ficou arcaica e foram e foi necessário implementar um ramo contábil para administrar o custo da produção e assim apresentar os resultados desejados, foi então com essa necessidade que surgiram os primeiros conceitos da contabilidade que se especializou em custos. Contabilidade de custo, diferente das demais áreas da contabilidade, ela possui uma preocupação voltada constantemente com: estoque, lucros, receitas e resultados, a mesma é uma ferramenta de grande importância para uma gestão com precisão e usada para encontrar muitas respostas para problemas que surgem durante a gestão de uma empresa. É por meio dela que conseguimos chegar no valor ideal de quanto deve-se vender determinado produto ou serviços permitindo elaborar e apresentar todos os custos operacional na fabricação e venda de determinado produto para se chegar a lucratividade liquida. Além disso, a contabilidade de custos é utilizada para diferenciar o que é gasto, custo e despesas. Eliseu Martins afirma : Gasto — Compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). Custo — Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. Despesa — Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. 7 Custos são gastos, que ocorrem necessariamente para fabricação dos produtos das empresas, ou seja, gastos para desenvolvimento de novos produtos, que estão ligados à área industrial das empresas. Os custos dividem-se em: Custos Variáveis e Custos Fixos. Os custos variáveis são aqueles que variam de forma proporcional ao volume, portantoquanto maior a produção, maior serão os custos variáveis. As bases de atividade mais corriqueiras dos custos variáveis são: horas de uso de máquinas e mão de obra direta, unidades produzidas, unidades vendidas e material direto. Segundo expressam Perez Jr, Oliveira e Costa (2005, p. 22), custos fixos são custos que permanecem constantes dentro de determinada capacidade instalada, independem do volume de produção, ou seja, uma alteração no volume de produção para mais ou para menos não altera o valor total do custo Exemplos: salários das chefias, aluguel, seguros etc. Já o custo fixo é aquele que não sofre alteração nenhuma caso ocorra alteração no volume de produção, pois eles não são diretamente ligados a isso, ou seja, são independentes do nível de atividade. Alguns exemplos de custos fixos são: limpeza e conservação, salários da administração, depreciações e alugueis de equipamentos e instalações. No entendimento de Perez Jr, Oliveira e Costa (2—5, p.24), custos variáveis: são os custos que mantêm relação direta com o volume de produção ou serviço. Dessa maneira, o valor absoluto dos custos variáveis cresce à medida que o volume de atividades da empresa aumenta. Na maioria das vezes, esse crescimento no total evolui na mesma proporção do acréscimo do volume produzido. Analisar os custos de uma empresa geram informações necessárias para formar preços de venda, avaliar estoques, alcançar a competitividade, tomar decisões, cálculos impostos sobre a renda, dessa forma, existem gastos que são considerados fundamentais para o produto ou serviço, estes chamamos de custos diretos. Entretanto, aqueles gastos que apenas contribuem ou ajudam em parte do processo, são conhecidos como custos indiretos. 8 De acordo com o Perez Jr, Oliveira e Costa (2005, p. 25), custos diretos são os custos que podem ser quantificados e identificados no produto ou serviço e valorizados com relativa facilidade. Dessa forma, não necessitam de critérios de rateios para serem alocados aos produtos fabricados ou serviços prestados, já que são facilmente identificados. Estudos de Perez Jr, Oliveira e Costa (2005, p. 27) revelam que: os custos que, por não serem perfeitamente identificados nos produtos ou serviços, não podem ser apropriados de forma direta para as unidades específicas, ordens de serviço ou produto, serviços executados, etc. Necessitam, portanto, da utilização de algum critério de rateio para sua alocação. A fim de proporcionar um melhor entendimento de como podemos classificar os custos diretos ou indiretos, segue abaixo 5 passos para facilitar esse processo: 1- Verificar se a empresa é uma Indústria, Comércio ou prestadora de serviço, pois o que é custo para uma, pode não ser para outra 2- Identificar qual a principal atividade uma empresa 3- Listas os gastos e classificá-los como custos, despesas, perdas ou investimento 4-Separar somente os custos 5-Fazer-se a pergunta: Esse custo é direcionado para fazer o produto? Em resposta positiva será considerado custo direto, caso contrário classificamos como custo indireto. 2.2 Formas de tributação das pessoas Jurídicas Regimes de tributação, trata-se de um conjunto de leis que regulamentam a atividade tributária de uma pessoa jurídica. Mediante essas regras, os empresários têm um norte a seguir na hora de cumprir com suas obrigações fiscais, sabendo quais serão as alíquotas deverão aplicar para cada imposto, qual tipo de documentação deverão arquivar ou declarar e quais benefícios lhe são devidos, esse último trazendo grande relevância para o crescimento da empresa. De acordo com Nascimento (2018) é necessário realizar uma análise de qual regime tributário deve ser adotado pela empresa, essa escolha é de responsabilidade do contador e da empresa, os mesmos devem se assegurar quanto às normas jurídicas https://www.taxgroup.com.br/intelligence/imposto-taxa-e-contribuicao-quantos-tipos-de-tributos-existem-no-brasil/ 9 e seus efeitos. Para fins tributários federais, a apuração dos impostos, no Brasil, pode ser feita de qautro formas: 1. Lucro Real; 2. Lucro Presumido e 3. Simples Nacional (opção exclusiva para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). 4. Lucro Arbitrado Lima e Rezende (2019) citam os regimes de tributação vigentes para a apuração dos impostos, sendo eles: simples nacional, lucro presumido, lucro real e lucro arbitrado. Os regimes que fazem parte do planejamento tributário são os três primeiros citados, o lucro arbitrado geralmente é utilizado quando a Receita descobre sonegação da empresa e a mesma passa a ser obrigada a tributar pelo regime ou quando a empresa deixa de fazer a contabilização de suas movimentações. Segue na tabela 1 em anexo, para melhor entendimento, um comparativo entre as três formas de tributação. 2.2.1 Simples Nacional O Simples Nacional é uma forma de tributação, na qual de simples é somente o nome, pois a legislação dele é bem complexa. Esse regime foi instituído pela lei 9.317, revogada pela Lei Complementar 123 de 2006, entretanto tivemos algumas alterações, e a principal deles foi a Lei Complementar 155 de 2016, que alterou a forma do cálculo de apuração do Simples Nacional e aumentou o limite de faturamento federal de 3,6 milhões para 4,8 milhões. Além disso temos também a resolução 140 do CGSN (Comitê Gestor do Simples Nacional) que auxilia no entendimento desse regime. Segundo Marins e Bertoldi (2007, p. 68) o Simples Nacional pode ser conceituado como: regime especial de tributação por estimação objetiva, constituído em microssistema tributário, material, formal e processual, que unifica a fiscalização, o lançamento e a arrecadação de determinados impostos e contribuições de competência da União, Estados, Municípios e Distrito Federal, aplicável as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, com o escopo de atribuir a estes contribuintes tratamento fiscal diferenciado e favorecido, em caráter parcialmente substitutivo ao regime geral e compulsório. As principais características desse regime são: ● Ser facultativo; 10 ● Ser irretratável para todo o ano calendário; ● Abrange os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Confins, IPI, ICMS ISS e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social a cargo da pessoa jurídica; ● Recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único de arrecadação- DAS, com vencimento dia 20 de cada mês; ● Disponibilização às ME/PP de sistema eletrônico para a realização do cálculo do valor mensal devido, geração do DAS; ● Apresentação de declaração única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais (DEFIS); ● Atividades separadas por Anexos. As empresas que podem optar pelo regime do Simples Nacional são as Micro empresas (faturamento até 360 mil/ano) e as empresas de pequeno porte (de 360 mil até 4,8 milhões/ano). Entretanto, nem todas as empresas podem optar por essa forma de tributação, existem alguns fatores que determinam se a entidade está apta ou não a fazer essa opção, sendo necessário cumprir os requisitos previstos na legislação (Lei n° 123 de 2006 e as resoluções do Comitê de Gestor do Simples Nacional. A apuração do Simples Nacional é realizada após o somatório do faturamento dos últimos doze meses, em seguida encontra-se a alíquota que deve ser aplicada para realizar o cálculo. Esta alíquota é estabelecida nas cinco tabelas a serem utilizadas pelo contribuinte em conformidade com a atividade desenvolvida pela empresa, sendo dividida em anexos para o comércio, indústria e serviços, além da faixa de faturamento. Além disso deve-se atentar ao sublimite de faturamento, verificar qual o regime de apuração (caixa ou competência) e observar também anexos, como o Pis e Cofins monofásicos, ICMS ST, retenções e outros. 2.2.2 Lucro Presumido O Lucro Presumido é o regime de tributaçãoque utiliza a receita para apuração do IRPJ e CSLL. O cálculo é uma estimação de lucro, com aplicação de percentuais específicos. Conforme Rodrigues et al. (2007, p. 284), o Lucro Presumido é uma forma de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do imposto de renda e da CSLL (devidos trimestralmente) das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do Lucro Real. A base de cálculo do imposto e da contribuição é apurada mediante a aplicação de um determinado percentual sobre a receita bruta. 11 Optar por esse regime de tributação existe alguns requisitos a ser analisado, como: ● Empresas industriais, comerciais ou de prestação de serviços cuja receita bruta no ano-calendário anterior tenha sido de até R$78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ● Quando a pessoa jurídica tenha iniciado atividades no decorrer do ano, o limite é de R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) por mês. Entretanto existe regras para as empresas que não podem optar pelo Lucro Presumido, tendo que escolher o Lucro Real, independente do valor do seu faturamento: ● Entidades financeiras; ● Empresas que aufiram lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos no exterior; ● Empresas que usufruam benefícios fiscais de isenção ou redução do imposto de renda, calculados com base no lucro de exploração (empresas geralmente sediadas nas áreas da SUDENE e SUDAM); ● Empresas de prestação de serviço de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito (factoring); ● As imobiliárias de construção, incorporação compra e venda de imóveis que tenham registro de custo orçado, nos termos das normas aplicáveis a essas atividades. Pode-se citar como as principais características do Lucro Presumido: ● Apuração Trimestral- 31/03, 30/06, 30/09 e 31/12; ● Estima-se o Lucro com base na Receita Bruta e acréscimos; ● Possibilidade de pagamentos mensais; ● Possibilidade de parcelamento do imposto. A base de cálculo do Lucro Presumido referente ao IRPJ e CSLL é apurada a partir da receita bruta decorrente da atividade da pessoa jurídica optante e do resultado das demais receitas e dos ganhos de capital. Podem ser deduzidos da receita bruta da atividade as seguintes parcelas: ● As vendas canceladas; ● Os descontos incondicionais concedidos (descontos na nota fiscal); e ● IPI e o ICMS substituição tributária, quando registrados como receita. 12 A base de cálculo do imposto de renda será obtida pela aplicação de um percentual específico sobre cada receita obtida pela empresa, e este percentual é estabelecido e dependente da atividade exercida. O cálculo da presunção do lucro, para fins de CSLL deverá ser feito pela soma das receitas brutas auferidas ou recebidas no trimestre e aplicar o percentual de: ● 12%, no caso de comércio, indústria e prestação de serviços hospitalares, de transportes e construção por empreitada com emprego de materiais; ● 32%, no caso das prestações de serviços não contempladas no percentual de 12%. Entretanto, quando o Lucro Presumido calculado exceder, trimestralmente, R$ 60.000,00 de lucro, o excedente será tributado, adicionalmente, a 10% no IRPJ. Dessa forma, se o Lucro Presumido for maior que 60 mil, então faz-se a subtração do LP- 60.000 e multiplica-se por 10%, e este será p valor do IRPJ adicional. 2.2.3 Lucro Real O Lucro Real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensação prescrita ou autorizadas por este regulamento (Decreto n° 158, de 1977, artigo 6° caput). Quando se faz a opção pelo lucro real, fica á critério da empresa, escolher por ele trimestral ou anual, entretanto não é vantajoso para a instituição optar pelo lucro real trimestral. Portanto focaremos no lucro real anual. Para se realizar o cálculo da CSLL e o IRPJ é necessário seguir duas metodologias, sendo a primeira chamada de estimativa ou acréscimo de receitas. Nesse caso é necessário realizar um levantamento do balancete de suspensão e redução de pagamento. Já a segunda metodologia utilizada, é chamada de real. Em relação a estimativa, a determinação da base de cálculo do IR e da CSLL é semelhante ao presumido, com as seguintes diferenças: 1° Receita financeira e juros de capital próprio compõem a base de cálculo somente da CSLL 2° Toda denominação presumido ou presunção será substituída por estimado ou estimativa 3° Na estimativa, para IR podemos considerar a dedução dos incentivos fiscais 4° O cálculo é feito sobre os valores da DR(e) mês a mês, como se a empresa apurasse a DR(e) mensalmente 13 5° Após a apuração dos valores do IR e da CSLL a pagar devemos somar estes dois valores obtendo o somatório desses tributos apurado pela estimativa 6° Este valor deverá ser comparado com os valores dos mesmos tributos, IR e CSLL, apurados pela metodologia do real. No mês seguinte, ao período a que se referem, devemos antecipar o menos valor entre os somatórios do real e estimado. Como já foi efetuada a antecipação do período anterior ao da apuração desse, o valor a ser antecipado será a diferença para se chegar ao valor devido até a data acumulada. A metodologia do Lucro real anual conhecida como real, requer um estudo mais profundo, onde deve-se identificar os requisitos abaixo, para que assim chegue a base de cálculo do IR e CSLL: ● Despesas indedutíveis ● Receitas tributas ● Perdas ● Ganhos ● Provisões ● Compensação de prejuízos Desse modo, parar chegar na base de cálculo por essa metodologia é necessário: ● Analisar despesas com limites de deduções ● Segregar adições e exclusões, temporárias e permanentes ● Constituir e revertes ativos fiscais diferidos ● Contabilizar os valores a pagar e que afetam a DR(e) (Lucro Real) ● Fazer a contabilização das antecipações Diferentemente da metodologia por estimativa, onde é calculado mês a mês, a determinação da base da CSLL e do IR pelo método do real, são feitas a partir de DR(e) acumulada. 2.2.4 Lucro Arbitrado Como regra geral, o arbitramento do lucro é aplicado pelo agente fiscal, no caso, a Secretaria da Receita Federal, quando a pessoa jurídica deixar de cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do Lucro Real ou presumido. A segunda hipótese, desde que conhecida a receita bruta, e ocorrida qualquer das hipóteses de arbitramento previstas na legislação fiscal, contribuinte pode proceder 14 ao auto-arbitramento e efetivar o pagamento dos tributos com base no lucro arbitrado (Lei nº 8.981/95, art. 47, §§ 1º e 2º, Lei nº 9.430/96, art. 1º). Os percentuais aplicáveis para o cálculo do lucro arbitrado, quando conhecida a receita bruta, são os mesmos usados para o cálculo do lucro presumido, acrescidos de 20%. 2.3 Custeio por absorção e normas aplicáveis (CPC´s) Pode-se afirmar que análise de custos é uma das maneiras mais aconselhadas de manter uma empresa bem estabilizada, permitindo conhecer bem seus gastos por meio do registro contábil das operações produtivas Inserido nesse contexto, os métodos de custeio determinam a forma de valorização de uma operação, uma atividade, um conjunto de atividade, um produto ou até mesmo um departamento, ou seja significa a apropiação dos custos. Sendo assim, cada método produzirá informações diferenciadas. É importante que, ao escolher um método, sejam considerados os objetivos a serem alcançados, a estrutura organizacional e as características operacionais da empresa. Dessa forma podemos definir o conceito de custeio como o método utilizado para apropriar os custos de produção aos produtos. Segundo MARTINS (2018,P.22): “Custeio significa método de apropriação de custos”. Dentre os vários métodos existentes, destacam-se alguns que podem ser escolhido pelas empresas, Custeio por Absorção, Custeio variável ou direto, Custeio baseado em atividades (ABC) e o Custo padrão.Cada um possui suas próprias características, não havendo unanimidade em estabelecer um como o melhor. Entretanto, ressalta-se a importância de que cada organização conheça suas necessidades para escolher o que melhor lhe atende. Considerando os custeios citados, o mais tradicional e principal é o custeio por absorção, ele define quais os custos que devem fazer parte do custeio dos produtos e como estes custos serão apropriados e distribuidos. NEVES E VICECONTI, 2000, diz: o objetivo do custeio por absorção é ratear todos os seus elementos (fixos ou variáveis) em cada fase da produção. Logo, um custo é absorvido quando for atribuído a um produto ou unidade de produção. Assim, cada unidade ou produto receberá sua parcela no custo até pelo custo dos produtos vendidos ou pelos estoques finais. 15 Nesse custeio apropria-se todos os custos incorridos, sejam fixos ou variáveis, diretos ou indiretos, aos produtos fabricados, além de ser o único previsto na legislação tributária e nos princípios da contabilidade. Portando, além dos custos de produção como matéria prima, mão de obra e outros, os custos indiretos como manutenção, planejamento, controle de qualidade entre outros, também são rateados dentro do custo do produto seguindo o critério estabelecido pela empresa previamente. Temos como exemplos de critérios de rateio, o volume de produção, mão de obra consumo de matéria prima. É importante ressaltar que esse método possui suas subdivisões: • Custeio por absorção integral ou total: A totalidade de custos de produção deve ser absorvida pelo produto. • Custeio por absorção ideal: A totalidade de custos de produção sem os custos dos insumos utilizados de forma não eficiente (desperdícios). • Custeio por absorção pleno: A totalidade de custos de produção e também os gastos fixos de administração e vendas devem ser absorvidos pelo produto. Sob uma visão geral, como vantagens da utilização do custeio por absorção, é possível elencar que está de acordo com princípios fundamentais de contabilidade (PFC) e as leis tributárias , sendo o método formalmente aceito pela legislação, agrega todos os tipos custos, pode ser pouco custoso e simples de implementar, permite apuração do custo por centro de custo, formação de custos para estoques e é aceitos para preparação de demonstrações contábeis. Já como desvantagens, os custos indiretos costumam ser distribuídos com base em critérios de rateio com grande grau de arbitrariedade, o que pode distorcer resultados, penalizando alguns produtos e beneficiando outros e mascarando problemas, como ineficiências e desperdícios produtivos, não sendo considerados justos por elevar artificialmente custos de alguns produtos. Deixa a desejar ainda por não evidenciar a capacidade ociosa da empresa e pelo fato dos outros métodos forncerem mais ferramentas para tomadas de decisões. Conforme descrito ao longo do texto, o custeio por absorção é o método aceito 16 pela legislação, portanto é de grande importância mencionar que esse método foi adotado pela legislação brasileira, com o advento da Lei n° 6.404 /1976, art 183 do ponto de vista da legislação societária e da legislação fiscal brasileira, RIR/1999, artigos 289, 290 e 294. Ademais, temos em complemento a Lei n° 6404, o Comitê de Pronuncimanto Contábil 16 (CPC 16-R1), que trata-se de estoques, no enfoque dos itens 12 e 13, onde é tratado sobre os custos de transformação. Por conseguinte, em conformidades com as leis e principios, o custeio por absorção é válido também par os cálculos do IR/CSLL sob o regime do lucro real. 2.4 Contabilidade de custos integrada e coordenda com o restante da escrituração Os estoques compõem um dos ativos mais importantes do circulante das pessoas jurídicas comerciais e industriais. Sua precisa determinação, no início quanto no final do período contábil é considerado essencial, pois no final de cada exercício as empresas devem inventariar seus estoques de materiais, produtos acabados e em elaboração e mercadorias para revenda. Esse tal inventário deve ser escriturado no “Livro de Registros de Inventário”, observando as prescrições fiscais exigidas. A contabilidade integrada e coordenada está composta no art. 306 parágrafo 2º do atual regulamento do Imposto de Renda (RIR), no decreto 9580/2018. O princípio dessa contabilidade nos remete a exigência de determinar o estoque monetário, em periodicidade no mínimo mensal, mesmo que se apure o IRPF por trimestre não pode- se aguardar o final do trimestre para efetuar a absorção dos cursos indiretos de fabricação ou relacionados a prestação de serviços, sendo assim, esse sistema permite que as empresas controlem os produtos elaborados e os em elaboração por meio de apuração permanente de estoquescom base nos custos de produção. Outro critério da contabilidade integrada e coordenada é o fato de que os estoques devem estar apoiados aos valores escriturados pela contabilidade. O RIR 9580/2018 estabelece que o sistema de contabilidade de custo integrado e coordenado com o restante da escrituração é aquele: ART 306 § 2º- Considera-se sistema de contabilidade de custo integrado e coordenado com o restante da escrituração aquele: I - apoiado em valores originados da escrituração (matéria-prima, mão de obra direta, custos gerais de fabricação); II - que permita a determinação contábil, ao fim de cada mês, do valor dos estoques de matérias-primas e outros materiais, 17 produtos em elaboração e produtos acabados; III - apoiado em livros auxiliares, fichas, folhas contínuas ou mapas de apropriação ou rateio, tidos em boa guarda e de registros coincidentes com aqueles constantes da escrituração principal; e IV - que permita avaliar os estoques existentes na data de encerramento do período de apropriação de resultados de acordo com os custos efetivamente incorridos. É de grande valia ressaltar que a periodicidade de escrituração no Livro de Registro de Inventário pode variar de acordo o regime tributário que a pessoa jurídica é optante. O custo integrado torna a contabilidade um importante instrumento de gestão possibilitando um planejamento baseado em valores reais, facilitando a formação do preço de vendas, tornando a empresa mais competitiva no mercado. E ainda permite a contabilidade apresentar o nível de desempenho da empresa, com base nas informações geradas corretamente. Segundo Moreira (200?), a contabilidade de custo integrada com o restante da escrituração é fator determinante para evitar distorções na apuração do lucro real, possibilitando a redução da carga tributária através de resultados que efetivamente refletem a realidade. 2.5 Disposições legais do imposto de renda para o registro dos custos na contabilidade A legislação que controla a contabilidade brasileira se concentra principalmente na Lei n. 6.404/76– Lei das Sociedades Anônimas e nas leis que regulamentam o Imposto sobre a Renda para Pessoas Jurídicas (IRPJ), descrita pela regulamentação do IR instituída pelo Decreto 3.000 – Regulamento do Imposto de Renda – RIR. Estas determinam e normatizam uma série de disposições legais a serem seguidas, dentre os quais as formas de valoração e avaliação dos estoques, influenciando a forma de utilização dos métodos de custeio e os sistemas de controle nas empresas. No artigo 301 do RIR é citado o Decreto-Lei n. 1.598 que aborda, no seu artigo 13, o custo de bens e serviços. No texto encontra-se: Art. 13 - O custo de aquisição de mercadorias destinadas à revenda compreenderá os de transporte e seguro até o estabelecimento do contribuinte e os tributos devidos na aquisição ou importação. § 1º - O custo de produção dos bens ou serviços vendidos compreenderá, obrigatoriamente: a) o custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer outros bens ou serviços aplicados ou consumidos na produção, observado o disposto neste artigo;18 b) o custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de supervisão direta, manutenção e guarda das instalações de produção; c) os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de depreciação dos bens aplicados na produção; d) os encargos de amortização diretamente relacionados com a produção; e) os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados na produção. Percebe-se que há uma exibição em determinar o que faz parte dos custos e, conseqüentemente, dos estoques, com importância destacada à palavra produção, ou seja, custo são os relacionados à fabricação. Segue: Art. 302. O custo de produção dos bens ou dos serviços vendidos compreenderá, obrigatoriamente ( Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 13, § 1º ): I - o custo de aquisição de matérias-primas e de outros bens ou serviços aplicados ou consumidos na produção, observado o disposto no art. 301 ; II - o custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de supervisão direta, na manutenção e na guarda das instalações de produção; III - os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de depreciação dos bens aplicados na produção; IV - os encargos de amortização diretamente relacionados com a produção; e V - os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados na produção. Além destes custos, segundo a Lei n. 4.506, podem fazer parte também, os custos de quebras e perdas naturais ao processo de fabricação e transporte; e, quebras e perdas decorrentes da deterioração, obsolescência e riscos não cobertos por seguros. Conforme Art. 303 do RIR: Art. 303. O custo será integrado pelo valor ( Lei nº 4.506, de 1964, art. 46, caput, incisos V e VI ): I - das quebras e das perdas razoáveis, de acordo com a natureza do bem e da atividade, ocorridas na fabricação, no transporte e no manuseio; e II - das quebras ou das perdas de estoque por deterioração, obsolescência ou ocorrência de riscos não cobertos por seguros, desde que comprovadas: a)por laudo ou certificado de autoridade sanitária ou de segurança, que especifique e identifique as quantidades destruídas ou inutilizadas e as razões da providência; b) por certificado de autoridade competente, nas hipóteses de incêndios, inundações ou outros eventos semelhantes; e c) por meio de laudo de autoridade fiscal chamada a certificar a destruição de bens obsoletos, invendáveis ou danificados, quando não houver valor residual apurável. Quanto à determinação dos custos dos bens, no Decreto-Lei n. 1.598 tem-se ainda: Art. 14 - O custo das mercadorias revendidas e das matérias-primas utilizadas será determinado com base em registro permanente de estoques ou no valor dos estoques existentes, de acordo com o livro de inventário, no fim do período. § 1º - O contribuinte que mantiver sistema de contabilidade de custo integrado e coordenado com o restante da escrituração poderá utilizar os custos apurados https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del1598.htm#art13 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/d9580.htm#anexoart301 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4506.htm#art46 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4506.htm#art46 19 para avaliação dos estoques de produtos em fabricação e acabados. § 2° O valor dos bens existentes no encerramento do período poderá ser o custo médio ou o dos bens adquiridos ou produzidos mais recentemente, admitida, ainda a avaliação com base no preço de venda, subtraída a margem de lucro. (Redação dada pela Lei n. 8.541, de 1992). 2.6 Exemplificação dos sistema de custos integrado e coordenado Segue abaixo uma exemplificação de uma determinada empresa: 1- Apuração dos custos de produção, transferidos para produtos em elaboração, de empresa que mantém sistema de custos integrado e coordenado com o restante da escrituração: Débito - Produtos em Elaboração (Estoques - Ativo Circulante) R$ 35.500,00 Crédito - Transferência de Custos - Matéria Prima (Conta de Resultado) R$ 15.000,00 Crédito - Transferência de Custos - Mão de Obra Direta (Conta de Resultado) R$ 10.000,00 Crédito - Transferência de Custos - Gastos Gerais de Fabricação (Conta de Resultado) R$ 10.500,00 Histórico: P/ transferência de custos do mês de novembro/20XX. 2- Em seguida, transfere-se o valor dos produtos em elaboração que foram acabados no mês, conforme controle permanente de estoques: Débito - Produtos Acabados (Estoques - Ativo Circulante) Crédito - Produtos em Elaboração (Estoques - Ativo Circulante) R$ 30.000,00 Histórico: P/ transferência de produtos acabados p/ estoque. 3- E na sequencia, apura-se o Custo dos Produtos Vendidos, transferindo-se respectivo valor dos estoques de produtos acabados: Débito - Custo dos Produtos Vendidos (Conta de Resultado) Crédito - Produtos Acabados (Estoques - Ativo Circulante) R$ 25.000,00 20 Histórico: P/ baixa de estoques de produtos vendidos no mês. 2.7 Exemplificação dos sistema de custos não integrado Para as empresas que não mantém p sistema de custos integrado, e consequentemente não têm condições de apurar o inventário físico-financeiro dos mesmos, o critério de avaliação dos estoques é diferente e devem atender o Regulamento do Imposto de Renda conforme abaixo: Art. 308. Se a escrituração do contribuinte não satisfizer às condições previstas nos § 1º e § 2º do art. 306 , os estoques deverão ser avaliados ( Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 14, § 3º ): I - os de materiais em processamento, por uma vez e meia o maior custo das matérias-primas adquiridas no período de apuração, ou em oitenta por cento do valor dos produtos acabados, determinado de acordo com o disposto no inciso II; e II - os de produtos acabados, em setenta por cento do maior preço de venda no período de apuração. Segue abaixo uma exemplificação: Determina empresa que não mantém controle de estoques, levanta o seguinte inventário em 31 de dezembro: Dados: Maior preço de venda do Produto YZ: R$ 50,00 Último Custo de Aquisição da Matéria Prima AB: R$ 20,00 Último Custo de Aquisição do Material de Embalagem C: R$ 10,00 Dessa forma, obtem-se a seguinte valoração unitária dos estoques de produtos: Produto Acabado YZ = R$ 50,00 × 70% = R$ 35,00 Produto em Elaboração YZ = R$ 35,00 (valor do produto acabado YZ) × 80% = R$ 28,00 Dessa forma, o inventário, com a respectiva valorização dos estoques, ficará: ITEM ESTOQUE(UNIDADES) Produtos acabados YZ 50 Produtos em Elaboração YZ 20 Matéria Prima AB 100 Material de Embalagem C 20 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/d9580.htm#anexoart306 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del1598.htm#art14 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del1598.htm#art14 21 Admitindo-se que a empresa tinha um saldo contábil do exercício anterior de estoques seguinte: Produtos Acabados - R$ 1.000,00 Produtos em Elaboração - R$ 500,00 Matérias Primas - R$ 1.500,00 Materiais de Embalagem - R$ 250,00 Deve-se proceder, inicialmente, á "baixa" destes saldos, antes da contabilização dos estoques finais: Débito - Estoques Iniciais (Conta de Resultado) Crédito - Estoques de Produtos Acabados (Ativo Circulante) R$ 1.000,00 Débito - Estoques Iniciais (Conta de Resultado) Crédito - Estoques de Produtos em Elaboração (Ativo Circulante) R$ 500,00 Débito - Estoques Iniciais (Conta de Resultado) Crédito - Estoques de Matérias Primas (Ativo Circulante) R$ 1.500,00 Débito - Estoques Iniciais (Conta de Resultado) Crédito - Estoques de Materiais de Embalagem (Ativo Circulante) R$ 250,00 Após os lançamentos acima, as contas de estoques estão zeradas, então se contabiliza o inventário apurado: Débito - Estoques de Produtos Acabados (Ativo Circulante) Crédito - Estoques Finais (Conta de Resultado) R$ 1.750,00 Débito - Estoques de Produtos em Elaboração (Ativo Circulante) ITEM ESTOQUE(UNIDADES) VALOR UNITÁRIO R$ TOTAL Produtosacabados YZ 50 35,00R$ 1.750,00R$ Produtos em Elaboração YZ 20 28,00R$ 560,00R$ Matéria Prima AB 100 20,00R$ 2.000,00R$ Material de Embalagem C 20 10,00R$ 200,00R$ TOTAL R$ 4.510,00R$ 22 Crédito - Estoques Finais (Conta de Resultado) R$ 560,00 Débito - Estoques de Matérias Primas (Ativo Circulante) Crédito - Estoques Finais (Conta de Resultado) R$ 2.000,00 Débito - Estoques de Materiais de Embalagem (Ativo Circulante) Crédito - Estoques Finais (Conta de Resultado) R$ 200,00 2.8 Considerações finais Hoje a contabilidade é fundamental em uma empresa, pois é por meio das informações concedidas pela mesma, que se pode obter condições de reduzir custos da melhor forma possível. Portanto, podemos afirmar que o desempenho e resultado de uma instituição está interligado com o processo de gestão de custos. Em uma análise de custos não se deve considerar apenas os custos como aspecto relevante, mas também os benefícios alcançados, e saber quando se deve ou não alterar alguma estratégia para obter resultados mais expressivos. O sistema de custo integrado e coordenado com a contabilidade foi criado pela legislação para auxiliar na resolução de problemas e contribuir para evitar erros na avaliação dos estoques, entretanto nem todas as empresas a ultilizam, deixando de usufluir dos benefícios e a exatidão das informações que esse sistema de custeio oferece. O fato das empresas que não adotam esse sistema é preocupante, pois possui uma influencia negativa no resultado, pelo fato de terem seus estoques supervalorizados, pagam mais impostos como IR e CSLL, não possui auxilio no preço de venda, tornando a empresa menos competitiva no mercado. Certamente, com esse trabalho vemos o quanto a contabilidade é importante na avaliação de desempenho da empresa e o quanto o profissional na área possui uma responsabilidade gigantesca. 23 3. CONCLUSÃO Diante de um cenário cada vez mais competitivo, a contabilidade de custos tem sido considerada um dos principais elementos estratégicos para as organizações. A utilização do método de custeio por absorção, cada vez mais é utilizado pelas empresas para direcionar suas estratégias e mensuração dos estoques e resultados. O presente trabalho demonstrou, em definições e quadros, procedimentos aplicados pelo método de custeio por absorção visando o estu6do para as exigências legais e tributárias. As empresas buscam a modernização a cada dia que passa, isso não somente de sua produção ou serviço, mas também na sua gestão de custos, esta na qual pode influenciar o processo de produção e o resultado financeiro da empresa. Dessa forma, a contabilidade assume esse papel de preparar os gestores para tomada de decisão, com o propósito de atingir metas estabelecidas e tornar a empresa mais competitiva. Dado todo o exposto, se conclui que o Custeio por absorção se adéqua as empresas, consegue revelar uma posição patrimonial e meio de sua adoção ele melhora a gestão dos custos e tomada de decisões. Além de ser o método aceito pela legislação brasileira. Portanto, o método visa estabelecer passos simples para a organização dos gastos e receitas da empresa e auxilio das decisões de preços para os produtos e serviços, tomando por base o método de custeio por absorção. Através desse trabalho, foi demonstrado exemplificação dos sistemas de custos integrado e coordenada e também os não integrados, visando contribuir para a tomada de decisões embasadas nas legislações. Com relação ao sistema de custo integrado e coordenada, pode-se dizer que possibilita as empresas avaliarem os seus resultados com informações mais exata e precisa, contribuindo para redução do pagamento de impostos e auxiliar na formação do preço de venda. Dessa forma, conclui que o custeio por absorção, não é um dos mais perfeitos, todavia, é de baixo custo e fácil de ser implementado. Este método é vinculado a aplicação dos princípios contábeis que geralmente são aceitos e, ainda, a Auditoria Externa tem como base a utilização dele para fins de avaliação dos estoques. Foi possível concluir também que são necessários vários procedimentos para que a 24 pessoa jurídica possa implantar um sistema de custos integrado e coordenado com a contabilidade. 25 REFERÊNCIAS COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBIES. Disponível em: https://www.cpc.org.br/CPC/DocumentosEmitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento? Id=47.htm Acesso em: 16 set. 2023 LEI 6404 DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm Acesso em: 16 set. 2023 MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 11.ed. São Paulo: Atlas, 2019. MARTINS, Eliseu, ROCHA, W. Métodos de custeio comparados: custos e margens analisados sob diferentes perspectivas. São Paulo: Atlas, 2010. MARINS, James; BERTOLDI, Marcelo M. Simples nacional: Estatuto da microempresa e da empresa de pequeno porte comentado: LC 123, de14.12.2006; LC 127, de 14.08.2007. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007. MOREIRA, Janir Adir- conselheiro. A importância do Sistema de Custos Integrado com Contabilidade. CRC-MG. Disponível em: <htto://www.peyon.com.br/a2dez00/htm> Acesso em 18 set. 2023 PEREZ JR, J. H. OLIVEIRA, L. M.; COSTA, R. G. Gestão estratégica de custo. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2005. 366 p REGULAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/d9580.htm Acesso em: 18 set. 2023 RODRIGUES, Aldenir Ortiz et al. IRPJ e CSLL: manual do imposto de renda pessoa jurídica e contribuição social sobre o lucro líquido. 1. ed. São Paulo: IOB - Thomson, 2007 VICECONTI, Paulo Eduardo Vilchez; NEVES, Silvério das. Contabilidade de custos: um enfoque direto e objetivo. São Paulo: Frase, 2003. https://www.cpc.org.br/CPC/DocumentosEmitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=47.htm https://www.cpc.org.br/CPC/DocumentosEmitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=47.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/d9580.htm 26 ANEXOS Tabela 1
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