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embriologia e anatomia funcional macro e microscópica do trato genital feminino

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Embriologia e anatomia funcional macro e microscópica do trato 
genital feminino 
 
 
O trato genital feminino é composto por um par de ovários, tubas 
uterinas, útero, vagina e vulva, sabendo que cada uma dessas 
estruturas possui uma função específica na reprodução: os ovários são 
responsáveis pela produção de gametas e de hormônios sexuais 
femininos, principalmente o estrógeno e a progesterona; as tubas 
uterinas têm a função de capturar os óvulos após a ovulação; o útero é 
o órgão capaz de nutrir e abrigar o embrião até o seu completo 
desenvolvimento, além de produzir hormônios, como a prostaglandina; 
a vagina é um órgão que tem função tanto na cópula quanto no 
momento do parto; já a vulva é a parte mais externa do trato genital 
feminino (DYCE, 2010). 
 
OVARIOS 
 
Nas fêmeas, os ovários têm a função de formação dos gametas e de 
produção dos hormônios sexuais femininos (estrógeno e progesterona). 
Enquanto a produção desses hormônios se inicia após a maturação sexual 
dos animais, o gameta feminino, ou ovócito, começa a ser produzido ainda 
durante a fase embrionária da fêmea, mas seu completo desenvolvimento e 
maturação vai acontecer apenas após a puberdade (HYTTEL; SINOWATZ; 
VEJLSTED, 2010). 
 Os ovários se desenvolvem a partir das cristas gonadais, as quais se formam 
pela migração das células primordiais germinativas (ou gonócitos) que, no 
início do desenvolvimento embrionário, estão presentes próximas ao saco 
vitelínico. Quando essas células primordiais germinativas alcançam as cristas 
gonadais, elas permanecem principalmente na região cortical do que será o 
futuro ovário e são rodeadas pelas células foliculares, dando origem à 
ovogônia (DYCE, 2010; HAFEZ; HAFEZ, 2000). 
No início dessa fase, as ovogônias sofrem diversas multiplicações por mitose 
e, em seguida, começam a se dividir por meiose, originando os ovócitos 
primários que, ao serem rodeados pelas células foliculares, formarão os 
folículos primordiais (SÁNCHEZ; SMITZ, 2012). Esses, por sua vez, 
permanecem estacionados na prófase 1 da meiose e inativos até a fêmea 
atingir a puberdade, quando, com o estímulo hormonal, ocorre a maturação 
dos folículos, seu desenvolvimento em folículo primário, secundário e 
terciário e a ovulação (HYTTEL; SINOWATZ; VEJLSTED, 2010; HAFEZ; HAFEZ, 
2000). 
 
 
UTERO E TUBAS UTERINAS 
 
No período embrionário, as tubas uterinas são originadas por uma 
estrutura denominada ducto paramesonéfrico e tem como função 
capturar os óvulos liberados pelo ovário e auxiliar o transporte dos 
espermatozoides para que ocorra a fertilização. Anatomicamente, 
podemos dividir as tubas uterinas em quatro regiões: fímbrias, 
infundíbulo ampola e istmo. As fímbrias são as estruturas responsáveis 
por capturar os óvulos e, assim como o infundíbulo, possuem células 
ciliadas que vão auxiliar na captura e no transporte deles. É o 
batimento das células ciliadas em direção ao útero e a contração da 
tuba uterina que permitem o encontro de óvulo e espermatozoide, 
processo conhecido como fertilização, e impedem a implantação do 
embrião nessa região (HYTTEL; SINOWATZ; VEJLSTED, 2010; HAFEZ; 
HAFEZ, 2000). É no útero que deve acontecer a implantação do 
embrião, por ser o órgão capaz de nutrir e acomodar o embrião até o 
momento do parto. Além disso, o útero também contribui para o 
transporte dos espermatozoides pela contração do miométrio. Outra 
função importante é a produção de prostaglandina, hormônio que 
provoca a regressão do corpo lúteo. 
Anatomicamente, o útero dos animais domésticos possui três regiões: 
cornos uterinos, corpo uterino e cérvix uterina. Essa última é uma 
estrutura que funciona como um esfíncter, composta por tecido 
conjuntivo e uma fina camada muscular, e exerce funções importantes 
no processo reprodutivo e durante a gestação. Segundo Hafez e Hafez 
(2000, tradução nossa), ela “facilita o transporte do esperma através do 
muco cervical até o lúmen uterino, atua como uma reserva de esperma 
e tem um papel na seleção de espermatozoides viáveis, prevenindo o 
transporte de espermatozoides não viáveis ou defeituosos”. Durante a 
gestação, a cérvix altera sua composição bioquímica, indicando 
também uma alteração na sua função nesse período, já que essas 
mudanças irão facilitar a sua dilatação durante o parto e permitir a 
produção de um muco no canal cervical, formando uma barreira e 
impedindo a entrada de bactérias, prevenindo, assim, infecções 
(HAFEZ; HAFEZ, 2000). 
O útero possui três camadas: o endométrio, que é a camada interna e 
possui glândulas que aumentam e produzem secreções conforme há 
uma elevação nos níveis de progesterona produzidas pelo corpo lúteo; 
o miométrio, que é a camada muscular do útero capaz de contrair 
durante o parto; e o perimétrio, camada mais externa do órgão. 
Assim como as tubas uterinas, o útero também é originado dos ductos 
paramesonéfricos, e sua morfologia depende da extensão da fusão desses 
ductos, que difere em cada uma das espécies. Dessa maneira, podemos 
classificar o útero como útero duplo, útero simples e útero bicornual. 
O útero duplo é encontrado em roedores e lagomorfos e “consiste em um 
par de tubos que se abrem separadamente dentro da vagina” (DYCE, 2010), 
havendo também duas cérvices uterinas para cada um dos tubos, ou seja, 
nesse tipo de útero quase não há fusão entre os ductos paramesonéfricos. O 
útero simples é aquele em que há quase a completa fusão entre os ductos 
paramesonéfricos, característicos das mulheres e primatas, em que há 
apenas uma cavidade uterina presente. A maior parte dos animais 
domésticos, como bovinos, caprinos, suínos e felinos, apresenta um útero 
bicornuado, ou seja, há apenas uma cérvix uterina que se abre para dois 
cornos uterinos. Nesse caso, podemos perceber que há uma fusão 
intermediária dos ductos paramesonéfricos. 
 
VAGINA E VULVA 
 
Sabe-se que a vagina exerce diferentes funções no processo 
reprodutivo, entre as quais podemos citar a contração que permite o 
transporte de espermatozoides e a dilatação que possibilita a 
passagem do feto durante o parto. 
Entre a junção da vagina cranial e o vestíbulo, temos o hímen, o qual 
pode ser tão proeminente em algumas vacas que impede a cópula. No 
vestíbulo, são encontradas glândulas vestibulares que produzem uma 
secreção capaz de lubrificar a vagina durante a cópula e tem um odor 
característico e estimulante para o macho. O clitóris também se 
encontra na região do vestíbulo e é composto por um tecido erétil e 
diversas terminações nervosas. De acordo com Dyce (2010), o clitóris é 
o homólogo feminino do pênis. 
A vulva é a parte mais externa do trato genital feminino e “os lábios 
correspondem aos lábios menores (internos) da anatomia humana; os 
lábios maiores (externos) estão suprimidos nas espécies domésticas” 
(DYCE, 2010). 
A vagina origina-se de parte do ducto paramesonéfrico e do seio 
urogenital, enquanto a vulva se desenvolve a partir do tubérculo 
urogenital e das pregas urogenitais (HYTTEL; SINOWATZ; VEJLSTED, 
2010; GARCIA; FERNÁNDEZ, 2012). 
 
	Embriologia e anatomia funcional macro e microscópica do trato genital feminino

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