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1) Como pode ser definida a vocação médica (dê o seu ponto de vista) ? Acredito que a vocação médica seja encontrada na essência de se importar, de ser empático e querer ao máximo ajudar; sentir-se útil. É evidente que não seja só isso, é preciso perseverança, disciplina, muito estudo, paciência e constante adaptabilidade mas sobretudo, com a paixão pelo servir; nos momentos mais difíceis e também nos mais bonitos. 2) Quais os principais modelos médico-paciente para um conduta adequada? - Modelo Sacerdotal: mais tradicional, pois baseia-se na tradição hipocrática onde o médico assume uma postura paternalista com relação ao paciente e não leva em conta os desejos, crenças ou opiniões do paciente. O médico exerce não só a sua autoridade, mas também o poder na relação com o paciente. O processo de tomada de decisão é de baixo envolvimento, baseando-se em uma relação de dominação por parte do médico e de submissão por parte do paciente. - Modelo Engenheiro: Coloca todo o poder de decisão no paciente. O médico assume o papel de repassador de informações e executor da ações propostas pelo paciente. O médico preserva apenas a sua autoridade, abrindo mão do poder, que é exercido pelo paciente. É um modelo de tomada de decisão de baixo envolvimento, que se caracteriza mais pela atitude de acomodação do médico que pela dominação ou imposição do paciente. O paciente é visto como um cliente que demanda uma prestação de serviços médicos. - Modelo Colegial: não diferencia os papéis do médico e do paciente no contexto da sua relação. O processo de tomada de decisão é de alto envolvimento. Não existe a caracterização da autoridade do médico como profissional, e o poder é compartilhado de forma igualitária. A maior restrição a este modelo é a perda da finalidade da relação médico-paciente, equiparando-a a uma simples relação entre indivíduos iguais. - Modelo Contratualista: estabelece que o médico preserva a sua autoridade, enquanto detentor de conhecimentos e habilidades específicas, assumindo a responsabilidade pela tomada de decisões técnicas. O paciente também participa ativamente no processo de tomada de decisões, exercendo seu poder de acordo com o estilo de vida e valores morais e pessoais. O processo ocorre em um clima de efetiva troca de informações e a tomada de decisão pode ser de médio ou alto envolvimento, tendo por base o compromisso estabelecido entre as partes envolvidas. Exemplo: Para um paciente fumante ir diminuindo a quantidade de pouco a pouco 3) Quais as características para uma boa anamnese? Definição: entrevista entre o profissional e o paciente buscando informações suficientes sobre o paciente e seu entorno. · A anamnese é classicamente composta pelos seguintes tópicos: 1. Identificação, queixa principal, história da doença atual (HDA): - Identificação: nome, idade, sexo, cor/etnia, estado civil, ocupação, escolaridade, religião, naturalidade e procedência e grau de confiabilidade. EXEMPLO: Mariana Figueireido dos Santos, 26 anos, sexo feminino (cisgênero), negra, solteira, estudante, ensino superior incompleto (cursando), católica, natural de São Paulo – SP e procedente de Salvador – BA. Grau de confiabilidade: bom. Data e hora: 27/12/2019, às 11:15. - Queixa principal: Registra-se a queixa principal ou o motivo que levou o paciente a procurar o médico, repetindo, se possível, as expressões por ele utilizadas. Pode-se também assinalar há quanto tempo apresenta aquele determinado sintoma. - História da doença atual: Registro cronológico e detalhado do motivo que levou o paciente a procurar assistência médica, desde o seu início até a momento atual. O sintoma-guia é o sintoma que permite recompor a história da doença atual com mais facilidade e precisão. O entrevistador deve escolher como sintoma-guia a queixa de mais longa duração, o sintoma mais salientado pelo paciente ou simplesmente começar pelo relato da “queixa principal”. Cada sintoma principal deve ser bem caracterizado e deve incluir os 7 atributos de um sintoma: (1) localização; (2) características; (3) quantidade ou intensidade; (4) cronologia, inclusive início, duração e frequência; (5) a situação em que ocorre; (6) os fatores que agravam ou aliviam o sintoma; e (7) as manifestações associadas. 2. Interrogatório sistemático ou sintomatológico (IS): Momento que o médico ou o estudante faz perguntas sobre todos os sistemas do corpo humano do paciente. Deve-se fazer o levantamento de possíveis diagnósticos que não foram relatados e que podem ter associação com a queixa principal do enfermo. 3. Antecedentes (pessoais e familiares) 4. Hábitos de vida e história psicossocial (condições socioeconômicas e culturais)
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