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APG 10 - Anamnese e Comunicação Interpares

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Anamnese 
↠ Anamnese (do grego aná –trazer de novo + mnesis 
–memória) significa trazer de volta à mente todos os fatos 
relacionados com a doença e o paciente. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ De início, deve-se ressaltar que a anamnese é a parte 
mais importante da medicina: primeiro, porque é o núcleo 
em torno do qual se desenvolve a relação médico-
paciente, que, por sua vez, é o principal pilar do trabalho 
do médico; segundo, porque é cada vez mais evidente 
que o progresso tecnológico somente é bem utilizado se 
o lado humano da medicina é preservado. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ A anamnese, se bem feita, culmina em decisões 
diagnósticas e terapêuticas corretas; se mal feita, em 
contrapartida, desencadeia uma série de consequências 
negativas, as quais não podem ser compensadas com a 
realização de exames complementares, por mais 
sofisticados que sejam. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Como a anamnese é uma entrevista, são necessárias 
a ela a comunicação não verbal, a verbal e a escrita. Uma 
anamnese verdadeira sai da boca do paciente, mas o 
médico deve ser cooperativo, atento, cuidadoso e 
direcionador. (SOARES et al., 2014) 
POSSIBILIDADES E OBJETIVOS DA ANAMNESE 
➢ Estabelecer condições para uma adequada relação 
médico-paciente; 
➢ Conhecer, por meio da identificação, os 
determinantes epidemiológicos que influenciam o 
processo saúde-doença de cada paciente; 
➢ Fazer a história clínica, registrando, detalhada e 
cronologicamente, o(s) problema(s) de saúde do 
paciente; 
➢ Registrar e desenvolver práticas de promoção da 
saúde; 
➢ Avaliar o estado de saúde passado e presente do 
paciente, conhecendo os fatores pessoais, familiares 
e ambientais que influenciam seu processo saúde-
doença; 
➢ Conhecer os hábitos de vida do paciente, bem como 
suas condições socioeconômicas e culturais; 
➢ Avaliar, de maneira clara, os sintomas de cada sistema 
corporal. 
↠ Em essência, a anamnese é uma entrevista, e o 
instrumento de que nos valemos é a palavra falada. 
(PORTO, 8ª ed.) 
↠ Em situações especiais (pacientes surdos ou pacientes 
com dificuldades de sonorização), dados da anamnese 
podem ser obtidos por meio da Linguagem Brasileira de 
Sinais (Libras), da palavra escrita ou mediante tradutor 
(acompanhante e/ou cuidador que compreenda a 
comunicação do paciente). (PORTO, 8ª ed.) 
↠ A anamnese necessita de entrevista organizada em 
métodos que privilegiam a solução da complexa relação 
médico-paciente, com o intuito de alterar o 
posicionamento do médico, deixando o lado entrevistador 
e favorecendo o lado ouvinte, capaz de promover a 
saúde e prevenindo as doenças que acometem os 
pacientes (LIMA et al., 2021 apud SOARES et al, 2016). 
 
↠ O diálogo entre o médico e o paciente tem objetivo 
e finalidade preestabelecidos, ou seja, a reconstituição dos 
fatos e dos acontecimentos direta ou indiretamente 
relacionados com uma situação anormal da vida do 
paciente. (PORTO, 8ª ed.) 
Maneiras de se fazer anamnese 
A anamnese pode ser conduzida das seguintes maneiras: 
➢ Deixar o paciente relatar, livre e 
espontaneamente, suas queixas sem nenhuma 
interferência, limitando-se a ouvi-lo. Essa técnica 
é recomendada e seguida por muitos clínicos. O 
psicanalista apoia-se integralmente nela e chega 
ao ponto de se colocar em uma posição na qual 
não possa ser visto pelo paciente, para que sua 
presença não exerça influência inibidora ou 
coercitiva. (PORTO, 8ª ed.) 
➢ De outra maneira, denominada anamnese 
dirigida, o médico, tendo em mente um 
esquema básico, conduz a entrevista mais 
objetivamente. O uso dessa técnica exige rigor 
técnico e cuidado na sua execução, de modo a 
não se deixar levar por ideias preconcebidas. 
(PORTO, 8ª ed.) 
➢ Outra maneira é o médico deixar, inicialmente, o 
paciente relatar de maneira espontânea suas 
queixas, para depois conduzir a entrevista de 
modo mais objetivo. (PORTO, 8ª ed.) 
Com a crescente capacidade de o paciente obter informações sobre 
sintomas, doenças, tratamentos, especialmente nos sites de busca da 
internet, está surgindo um novo tipo de entrevista que pode ser 
chamado de “anamnese dialogada”. Em vez do tradicional relato passa 
a haver um diálogo amparado nas informações obtidas pelo paciente 
e nos conhecimentos científicos do médico. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ A história clínica, portanto, não é o simples registro de 
uma conversa. É mais do que isso: é o resultado de uma 
entrevista com objetivo explícito, conduzida pelo 
@jumorbeck 
examinador e cujo conteúdo foi elaborado criticamente 
por ele. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Para fazer uma entrevista de boa qualidade, antes de 
tudo o médico deve estar interessado no que o paciente 
tem a dizer. Ao mesmo tempo, é necessário demonstrar 
compreensão e desejo de ser útil àquela pessoa. (PORTO, 
8ª ed.) 
↠ A pressa é o defeito de técnica mais grosseiro que se 
pode cometer durante a obtenção da história. (PORTO, 
8ª ed.) 
↠ Há muitas doenças cujos diagnósticos são feitos quase 
exclusivamente pela história, como, por exemplo, 
epilepsia, enxaqueca e neuralgia do trigêmeo, isso sem se 
falar dos transtornos psiquiátricos, cujo diagnóstico apoia-
se integralmente nos dados da anamnese. (PORTO, 8ª ed.) 
Recomendações práticas para se fazer uma boa 
anamnese 
↠ É no primeiro contato que reside a melhor 
oportunidade para fundamentar uma boa relação entre o 
médico e o paciente. Perdida essa oportunidade, sempre 
existirá um hiato intransponível entre um e outro. 
(PORTO, 8ª ed.) 
↠ Cumprimente o paciente, perguntando logo o nome 
dele e dizendo-lhe o seu. Não use termos como “vovô”, 
“vovó”, “vozinho”, “vozinha” para as pessoas idosas. 
(PORTO, 8ª ed.) 
↠ Demonstre atenção ao que o paciente está falando e 
procure identificar de pronto alguma condição especial – 
dor, sonolência, ansiedade, hostilidade, tristeza, confusão 
mental – para que você saiba a maneira de conduzir a 
entrevista. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Conhecer e compreender as condições socioculturais 
do paciente representa uma ajuda inestimável para 
reconhecer a doença e entender o paciente. (PORTO, 8ª 
ed.) 
↠ Ter sempre o cuidado de não sugestionar o paciente 
com perguntas que surgem de ideias preconcebidas. 
(PORTO, 8ª ed.) 
↠ O tempo reservado à anamnese distingue o médico 
competente do incompetente, o qual tende a transferir 
para as máquinas e o laboratório a responsabilidade do 
diagnóstico. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Sintomas bem investigados e mais bem 
compreendidos abrem caminho para um exame físico 
objetivo. Isso poderia ser anunciado de outra maneira: só 
se acha o que se procura e só se procura o que se 
conhece. (PORTO, 8ª ed.) 
↠A causa mais frequente de erro diagnóstico é uma 
história clínica mal obtida. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Somente a anamnese possibilita ao médico uma visão 
de conjunto do paciente, indispensável para a prática de 
uma medicina de excelência (PORTO, 8ª ed.) 
Semiotécnica da anamnese 
↠ Não basta pedir ao paciente que relate sua história e 
anotá-la. Muitos pacientes têm dificuldade para falar e 
precisam de incentivo; outros – e isto é mais frequente 
– têm mais interesse em narrar as circunstâncias e os 
acontecimentos paralelos do que relatar seus 
padecimentos. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Aliás, o paciente não é obrigado a saber como deve 
relatar suas queixas. O médico é que precisa saber como 
obtê-las. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ O médico tem de estar imbuído da vontade de ajudar 
o paciente a relatar seus padecimentos. Para conseguir tal 
intento, Bickley e Szilagyi (2010) sugerem que o 
examinador utilize uma ou mais das seguintes técnicas: 
apoio, facilitação, reflexão, esclarecimento, confrontação, 
interpretação, respostas empáticas e silêncio. (PORTO, 8ª 
ed.) 
➢ Afirmações de apoio despertam segurança no 
paciente. Dizer, por exemplo, “Eu compreendo” 
em momento de dúvida pode encorajá-lo a 
prosseguir no relato de alguma situação difícil. 
➢ O médico consegue facilitar o relato do paciente 
por meio de sua postura, de ações ou palavras 
que o encorajem,mesmo sem especificar o 
tópico ou o problema que o incomoda. O gesto 
de balançar a cabeça levemente, por exemplo, 
pode significar para o paciente que ele está 
sendo compreendido. 
➢ A reflexão é muito semelhante à facilitação e 
consiste basicamente na repetição das palavras 
que o médico considerar as mais significativas 
durante o relato do paciente. 
➢ O esclarecimento é diferente da reflexão 
porque, nesse caso, o médico procura definir de 
maneira mais clara o que o paciente está 
relatando. Por exemplo, se o paciente se refere 
@jumorbeck 
à tontura, o médico, por saber que esse termo 
tem vários significados, procura esclarecer a qual 
deles o paciente se refere (vertigem? Sensação 
desagradável na cabeça?). 
➢ A confrontação consiste em mostrar ao 
paciente algo acerca de suas próprias palavras 
ou comportamento. Por exemplo, o paciente 
mostra-se tenso, ansioso e com medo, mas diz 
ao médico que “está tudo bem”. Aí, o médico 
pode confrontá-lo da seguinte maneira: “Você 
diz que está tudo bem, mas por que está com 
lágrimas nos olhos?” Essa afirmativa pode 
modificar inteiramente o relato do paciente. 
➢ Na interpretação, o médico faz uma observação 
a partir do que vai notando no relato ou no 
comportamento do paciente. Por exemplo: 
“Você parece preocupado com os laudos das 
radiografias que me trouxe.” 
➢ A resposta empática é a intervenção do médico 
mostrando “empatia”, ou seja, compreensão e 
aceitação sobre algo relatado pelo paciente. A 
resposta empática pode ser por palavras, gestos 
ou atitudes: colocar a mão sobre o braço do 
paciente, oferecer um lenço se ele estiver 
chorando ou apenas dizer a ele que 
compreende seu sofrimento. No entanto, é 
necessário cuidado com esse tipo de 
procedimento. A palavra ou gesto do médico 
pode desencadear uma reação inesperada ou 
até contrária por parte do paciente. 
➢ Há momentos na entrevista em que o 
examinador deve permanecer calado, mesmo 
correndo o risco de parecer que perdeu o 
controle da conversa. O silêncio pode ser o mais 
adequado quando o paciente se emociona ou 
chora. Saber o tempo de duração do silêncio faz 
parte da técnica e da arte de entrevistar. 
Elementos componentes da anamnese 
↠ A anamnese é classicamente desdobrada nas 
seguintes partes: identificação, queixa principal, história de 
doença atual (HDA), interrogatório sintomatológico (IS), 
antecedentes pessoais e familiares, hábitos e estilo de 
vida, condições socioeconômicas e culturais. (PORTO, 8ª 
ed.) 
↠ Esta divisão visa contemplar o paciente como um todo 
e promover sua saúde. (LIMA et al, 2021) 
 
COMPONENTES DA ANAMNESE 
IDENTIFICAÇÃO Perfil sociodemográfico que 
possibilita a interpretação dos 
dados individuais e coletivos do 
paciente. 
QUEIXA PRINCIPAL É o motivo da consulta. 
Sintomas ou problemas que 
motivaram o paciente a 
procurar atendimento. 
HISTÓRIA DA DOENÇA 
ATUAL 
Registro cronológico e 
detalhado do problema atual de 
saúde do paciente. 
INTERROGATÓRIO 
SINTOMATOLÓGICO 
Avaliação detalhada dos 
sintomas de cada sistema 
corporal. Complementar a HDA 
e avaliar. 
ANTECEDENTES PESSOAIS E 
FAMILIARES 
Avaliação do estado de saúde 
passado e presente do 
paciente, conhecendo os 
fatores pessoais. 
HÁBITOS DE VIDA Documentar hábitos e estilo de 
vida do paciente, incluindo 
ingesta alimentar diária e usual, 
prática utilização de outras 
substâncias e drogas ilícitas. 
CONDIÇÕES 
SOCIOECONÔMICAS 
Avaliar as condições de 
habitação do paciente, além de 
vínculos afetivos familiares, 
condições escolaridade. 
 
 IDENTIFICAÇÃO 
↠ A identificação é o perfil sociodemográfico do paciente 
que permite a interpretação de dados individuais e 
coletivos. Apresenta múltiplos interesses; o primeiro deles 
é de iniciar o relacionamento com o paciente, saber o 
nome de uma pessoa é indispensável para que se 
comece um processo de comunicação em nível afetivo. 
(PORTO, 8ª ed.) 
↠ Além do interesse clínico, também dos pontos de vista 
pericial, sanitário e médico-trabalhista, esses dados são de 
relevância para o médico. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ A data em que é feita a anamnese é sempre 
importante e, quando as condições clínicas modificam-se 
com rapidez, convém acrescentar a hora. (PORTO, 8ª ed.) 
Os elementos descritos a seguir são obrigatórios: 
➢ Nome. Primeiro dado da identificação. Nunca é 
demais criticar o hábito de designar o paciente 
pelo número do leito ou pelo diagnóstico. 
“Paciente do leito 5” ou “aquele caso de cirrose 
hepática da Enfermaria 7” são expressões que 
jamais devem ser usadas para caracterizar uma 
pessoa. 
@jumorbeck 
➢ Idade. Cada grupo etário tem sua própria 
doença, e bastaria essa assertiva para tornar 
clara a importância da idade. 
➢ Sexo/gênero. Há enfermidades que só ocorrem 
em determinado sexo. 
➢ Cor/etnia. Embora não sejam coisas exatamente 
iguais, na prática elas se confundem. Em nosso 
país, onde existe uma intensa mistura de etnias, 
é preferível o registro da cor da pele como faz 
o IBGE usando-se a seguinte nomenclatura: cor 
branca, cor parda, cor preta. 
➢ Estado civil. Não só os aspectos sociais 
referentes ao estado civil podem ser úteis ao 
examinador. Aspectos médico-trabalhistas e 
periciais podem estar envolvidos, e o 
conhecimento do estado civil passa a ser um 
dado valioso. 
➢ Profissão. É um dado de crescente importância 
na prática médica, e sobre ele teceremos 
algumas considerações em conjunto com o item 
que se segue. 
➢ Local de trabalho. Não basta registrar a 
ocupação atual. Faz-se necessário indagar sobre 
outras atividades já exercidas em épocas 
anteriores. 
➢ Naturalidade. Local onde o paciente nasceu. 
➢ Procedência. Este item geralmente refere-se à 
residência anterior do paciente. 
➢ Residência. Anota-se a residência atual. Nesse 
local deve ser incluído o endereço do paciente. 
As doenças infecciosas e parasitárias se distribuem pelo mundo em 
função de vários fatores, como climáticos, hidrográficos e de altitude. 
Conhecer o local da residência é o primeiro passo nessa área. 
➢ Nome da mãe. Anotar o nome da mãe do 
paciente é uma regra comum nos serviços de 
saúde no sentido de diferenciar os pacientes 
homônimos. 
➢ Nome do responsável, cuidador e/ou 
acompanhante. O registro do nome do 
responsável, cuidador e/ou acompanhante de 
crianças, adolescentes, pessoas idosas, tutelados 
ou incapazes (problemas de cognição, por 
exemplo) faz-se necessário para que se firme a 
relação de corresponsabilidade ética no 
processo de tratamento do paciente. 
➢ Religião. A religião à qual o paciente se filia tem 
relevância no processo saúde-doença. 
➢ Filiação a órgãos/instituições previdenciárias e 
planos de saúde. Ter conhecimento desse fato 
possibilita o correto encaminhamento para 
exames complementares, outros especialistas 
ou mesmo a hospitais, nos casos de internação. 
O cuidado do médico em não onerar o paciente, 
buscando alternativas dentro do seu plano de 
saúde, é fator de suma importância na adesão 
ao tratamento proposto. 
 QUEIXA PRINCIPAL OU MOTIVO DA CONSULTA 
↠ Registra-se a queixa principal ou, mais adequadamente, 
o motivo que levou o paciente a procurar o médico, 
repetindo, se possível, as expressões por ele utilizadas. 
(PORTO, 8ª ed.) 
↠ É uma afirmação breve e espontânea, geralmente um 
sinal ou um sintoma, nas próprias palavras da pessoa que 
expressa o motivo da consulta. Pode ser uma anotação 
entre aspas para indicar que se trata das palavras exatas 
do paciente. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Não aceitar, tanto quanto possível, “rótulos 
diagnósticos” referidos à guisa de queixa principal . 
(PORTO, 8ª ed.) 
 HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL 
↠ A história da doença atual (HDA) é um registro 
cronológico e detalhado do motivo que levou o paciente 
a procurar assistência médica, desde o seu início até a 
data atual. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ A HDA, abreviatura já consagrada no linguajar médico, 
é a parte principal da anamnese e costuma ser a chave 
mestra parachegar ao diagnóstico. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Histórias simples e curtas x Histórias longas e 
complexas. (PORTO, 8ª ed.) 
NORMAS PARA SE OBTER UMA BOA HDA 
➢ Deixe que o paciente fale sobre sua doença. 
➢ Identifique o sintoma-guia. 
➢ Descreva o sintoma-guia com suas características e analise-
o minuciosamente. 
➢ Use o sintoma-guia como fio condutor da história e 
estabeleça as relações das outras queixas com ele em 
ordem cronológica. 
➢ Verifique se a história obtida tem começo, meio e fim. 
➢ Não induza respostas. 
➢ Apure evolução, exames e tratamentos realizados em 
relação à doença atual. 
➢ Resuma a história que obteve para o paciente, a fim de ele 
possa confirmar ou corrigir algum dado ou acrescentar 
alguma informação esquecida. 
 
@jumorbeck 
SINTOMAGUIA 
↠ Designa-se como sintoma-guia o sintoma ou sinal que 
permite recompor a história da doença atual com mais facilidade 
e precisão. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ O passo seguinte é determinar a época em que teve início 
aquele sintoma. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ O terceiro passo consiste em investigar a maneira como 
evoluiu o sintoma. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Concomitantemente com a análise da evolução do sintoma-
guia, o examinador estabelece as correlações e as interrelações 
com outras queixas. (PORTO, 8ª ed.) 
ESQUEMA PARA ANÁLISE DE UM SINTOMA 
➢ Início; 
➢ Características do sintoma; 
➢ Fatores de melhora ou piora; 
➢ Relação com outras queixas; 
➢ Evolução; 
➢ Situação atual. 
 
 INTERROGATÓRIO SINTOMATOLÓGICO 
↠ O interrogatório sintomatológico documenta a 
existência ou ausência de sintomas comuns relacionados 
com cada um dos principais sistemas corporais. (PORTO, 
8ª ed.) 
↠ A principal utilidade prática do interrogatório 
sintomatológico reside no fato de permitir ao médico 
levantar possibilidades e reconhecer enfermidades que 
não guardam relação com o quadro sintomatológico 
registrado na HDA. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Em outras ocasiões, é no interrogatório 
sintomatológico que se origina a suspeita diagnóstica mais 
importante. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Enquanto se avalia o estado de saúde passado e 
presente de cada sistema corporal, aproveita-se para 
promover saúde, orientando e esclarecendo o paciente 
sobre maneiras de prevenir doenças e evitar riscos à 
saúde. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Para tirar o máximo proveito das atividades práticas, o 
estudante deve registrar os sintomas presentes e os 
negados pelo paciente. (PORTO, 8ª ed.) 
IMPORTÂNCIA DO INTERROGATÓRIO SINTOMATOLÓGICO 
Embora o IS seja a parte mais longa da anamnese e 
pareça ao estudante algo cansativo e muitas vezes inútil, 
convém ressaltar que: (PORTO, 8ª ed.) 
➢ A proposta de atender ao paciente de maneira 
global inclui o conhecimento de todos os 
sistemas corporais em seus sintomas e na 
dimensão da promoção da saúde. 
➢ Pensando no paciente como um ser mutável e 
em desenvolvimento, é necessário que se 
registre o estado atual de todo o seu organismo, 
para se ter um parâmetro no caso de futuras 
queixas e adoecimento. 
➢ Muitas vezes, o adoecimento de um sistema 
corporal tem correlação com outro sistema, e 
há necessidade de tal conhecimento para 
adequar a proposta terapêutica. 
➢ Por fim, vale a pena incluir na fase de 
aprendizagem da anamnese o interrogatório 
sintomatológico, porque adquire-se uma visão de 
conjunto dos sinais e sintomas, conhecimento 
que será útil a todo médico. 
SISTEMATIZAÇÃO DO INTERROTAGÓRIO SINTOMATOLÓGICO 
➢ Sintomas gerais: febre, sudorese, astenia, cãibras. 
➢ Pele e fâneros: alterações da pele (cor, textura, lesões, 
sensibilidade), alterações dos fâneros (queda de cabelo, 
alterações nas unhas). 
➢ Cabeça e pescoço: crânio, face e pescoço (dor, alterações 
do pescoço – tumorações), olhos (prurido, olho seco, 
diplopia), orelhas (dor, otorreia, zumbidos), nariz e cavidades 
paranasais (prurido, dor, espirros) cavidade bucal e anexos 
(halitose, dor de dente), faringe (dor de garganta, tosse, 
ronco), laringe (dor, dispneia, disfagia), tireoide e 
paratireoides (dor, nódulo), vasos e linfonodos (dor, 
linfadenomegalias). 
➢ Tórax (parede torácica, traqueia, brônquios, pulmões e 
pleuras, diafragma e mediastino, coração e grandes vasos 
– palpitações, esôfago – pirose). 
➢ Abdome (parede abdominal, estômago, intestino delgado, 
cólon, reto, anus, fígado e vias biliares, pâncreas). 
➢ Sistema geniturinário (rins e vias urinárias, órgãos genitais 
masculinos, órgãos genitais femininos). 
➢ Sistema hemolinfopoético. 
➢ Sistema endócrino. 
➢ Coluna vertebral, ossos, articulações e extremidades. 
➢ Músculos. 
➢ Artérias, veias, linfáticos e microcirculação. 
➢ Sistema nervoso 
➢ Exame psíquico e avaliação das condições emocionais. 
↠ Antes de iniciar o interrogatório sintomatológico (IS), explique ao 
paciente que você irá fazer questionamentos sobre todos os sistemas 
corporais (revisão “da cabeça aos pés”), mesmo não tendo relação 
com o sistema que o motivou a procura-lo. Assim, você terá 
@jumorbeck 
preparado o paciente para a série de perguntas que compõe o IS. 
(PORTO, 8ª ed.) 
↠ Inicie a avaliação de cada sistema corporal com essas perguntas 
gerais. Exemplos: “Como estão seus olhos e visão?”, “Como anda sua 
digestão?” ou “Seu intestino funciona regularmente?”. A resposta 
permitirá que você, se necessário, passe para perguntas mais 
específicas, e, assim, detalhe a queixa. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Não induza respostas com perguntas que afirmem ou neguem o 
sintoma, como por exemplo: “O senhor está com falta de ar, não é?” 
ou “O senhor não está com falta de ar, não é mesmo?” Nesse caso, 
o correto é apenas questionar: “O senhor sente falta de ar?” 
(PORTO, 8ª ed.) 
 ANTECEDENTES PESSOAIS 
↠ Considera-se avaliação do estado de saúde passado e 
presente do paciente, conhecendo fatores pessoais e 
familiares que influenciam seu processo saúde-doença. 
(PORTO, 8ª ed.) 
↠ Os passos a serem seguidos abrangem os 
antecedentes fisiológicos e antecedentes patológicos. 
(PORTO, 8ª ed.) 
Antecedentes pessoais fisiológicos 
➢ Gestação e nascimento: como decorreu a 
gravidez, condições de parto (normal, fórceps, 
cesariana), ordem do nascimento (se é 
primogênito, segundo filho etc.), número de 
irmãos. 
➢ Desenvolvimento psicomotor e neural: dentição, 
fala, controle dos esfíncteres. 
➢ Desenvolvimento sexual: início da puberdade, 
menarca, sexarca, menopausa, orientação 
sexual. 
Antecedentes pessoais patológicos 
➢ Doenças sofridas pelo paciente: mais comuns na 
infância (sarampo, varicela, amigdalites) e 
passando às da vida adulta (pneumonia, hepatite, 
hipertensão arterial, diabetes) 
➢ Alergia: existência de alergia a alimentos, 
medicamentos ou outras substâncias. 
➢ Cirurgias: os motivos que determinaram. 
➢ Traumatismo: indagar sobre o acidente em si e 
sobre as consequências deste. 
➢ Transfusões sanguíneas: número de 
transfusões, quando ocorreu e por quê. 
➢ História obstétrica: número de gestações (G), de 
partos (P), de abortos (A), de prematuros e de 
cesarianas (C) (G_P_A_C_). Caso o paciente 
seja do seco masculino, indaga-se o número de 
filhos. 
➢ Vacinas: anotar quais vacinas e a época de 
aplicação. 
➢ Medicamentos em uso: anotar nome, posologia, 
motivo, quem prescreveu. 
↠ Perguntas sobre a sexualidade devem ser feitas após já se ter 
conversado algum tempo com o paciente; assim, ele fica mais 
descontraído e o estudante não se sente tão constrangido. 
↠ Lembre-se sempre que o que é perguntado de maneira adequada, 
sem demonstrar preconceito, é respondido também com tranquilidade. 
↠ Mostre-se sempre tranquilo, sem sinais de discriminação, seja qual 
for a informação do paciente. 
 ANTECEDENTES FAMILIARES 
↠ Os antecedentes começam com a menção ao estado 
de saúde (quando vivos) dos pais e irmãos do paciente. 
Se for casado, inclui-se o cônjuge e, se tiver filhos, estes 
são referidos. Não se esquecer dos avós, tios e primos 
paternos e maternos do paciente. Se tiver algum doente 
na família,esclarecer a natureza da enfermidade. (PORTO, 
8ª ed.) 
↠ Em caso de falecimento, indagar a causa do óbito e a 
idade em que ocorreu. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Quando o paciente é portador de uma doença de 
caráter hereditário torna-se imprescindível um 
levantamento genealógico mais rigoroso. (PORTO, 8ª ed.) 
 HÁBITOS E ESTILO DE VIDA 
↠ Item, muito amplo e heterogêneo, documenta hábitos 
e estilo de vida do paciente e está desdobrado nos 
seguintes tópicos: alimentação; ocupação atual e 
ocupações anteriores; atividades físicas; hábitos. (PORTO, 
8ª ed.) 
ALIMENTAÇÃO 
↠ Toma-se como referência o que seria a alimentação 
adequada para aquela pessoa em função da idade, do 
sexo e do trabalho desempenhado. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Induz-se o paciente a discriminar sua alimentação 
habitual, especificando, tanto quanto possível, o tipo e a 
quantidade dos alimentos ingeridos – é o que se chama 
anamnese alimentar. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Devemos questionar principalmente sobre o consumo 
de alimentos à base de carboidratos, proteínas, gorduras, 
@jumorbeck 
fibras, bem como de água e outros líquidos. (PORTO, 8ª 
ed.) 
↠ Assim procedendo, o examinador poderá fazer uma 
avaliação quantitativa e qualitativa, ambas com interesse 
médico. (PORTO, 8ª ed.) 
Sintetizadas as conclusões mais frequentes: 
➢ Alimentação quantitativa e qualitativamente adequada 
➢ Reduzida ingesta de fibras 
➢ Insuficiente consumo de proteínas, com alimentação à base 
de carboidratos 
➢ Consumo de calorias acima das necessidades 
➢ Alimentação com alto teor de gorduras 
➢ Reduzida ingesta de verduras e frutas 
 
OCUPAÇÃO ATUAL E OCUPAÇÕES ANTERIORES 
↠ Obter informações sobre a natureza do trabalho 
desempenhado, com que substâncias entra em contato, 
quais as características do meio ambiente e qual o grau 
de ajustamento ao trabalho. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Devemos questionar e obter informações tanto da 
ocupação atual quanto das ocupações anteriores 
exercidas pelo paciente. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Os dados relacionados com este item são chamados 
história ocupacional. Voltamos a chamar a atenção para a 
crescente importância médica e social da medicina do 
trabalho. (PORTO, 8ª ed.) 
ATIVIDADES FÍSICAS 
↠ Torna-se cada dia mais clara a relação entre muitas 
enfermidades e o tipo de vida levado pela pessoa no que 
concerne à prática de exercícios físicos. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Devemos questionar qual tipo de exercício físico 
realiza, frequência.); duração e tempo que pratica. 
(PORTO, 8ª ed.) 
Uma classificação prática é a que se segue: 
➢ Pessoas sedentárias 
➢ Pessoas que exercem atividades físicas moderadas 
➢ Pessoas que exercem atividades físicas intensas e 
constantes 
➢ Pessoas que exercem atividades físicas ocasionais. 
 
HÁbitos 
↠ A investigação deste item exige habilidade, discrição e 
perspicácia. Uma afirmativa ou uma negativa sem 
explicações por parte do paciente não significa 
necessariamente a verdade! (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Deve-se investigar sistematicamente o uso de tabaco, 
bebidas alcoólicas, anabolizantes, anfetaminas e drogas 
ilícitas. (PORTO, 8ª ed.) 
Uso de tabaco: 
↠ O consumo de tabaco, droga socialmente aceita, não 
costuma ser negado pelos pacientes, exceto quando 
tenha sido proibido de fumar. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Diante disso, nenhuma anamnese está completa se 
não se investigar esse hábito, registrando-se tipo, 
quantidade, frequência, duração do vício e abstinência. 
(PORTO, 8ª ed.) 
Bebidas Alcoólicas: 
↠ A ingestão de bebidas alcoólicas também é 
socialmente aceita, mas muitas vezes é omitida ou 
minimizada por parte dos pacientes. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ O próprio etilismo, em si, uma doença de fundo 
psicossocial, deve ser colocado entre as enfermidades 
importantes e mais difundidas atualmente. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Não se deve deixar de perguntar sobre o tipo de 
bebida e a quantidade habitualmente ingerida, bem como 
frequência, duração do vício e abstinência. (PORTO, 8ª 
ed.) 
Uso de anabolizantes e anfetaminas: 
↠ O uso de anabolizantes por jovens frequentadores de 
academias de ginástica tornou-se uma preocupação, pois 
tais substâncias levam à dependência e estão 
correlacionadas com doenças cardíacas, renais, hepáticas, 
endócrinas e neurológicas. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ A utilização de anfetaminas, de maneira indiscriminada, 
leva à dependência química e, comprovadamente, causa 
prejuízos à saúde. (PORTO, 8ª ed.) 
Consumo de drogas ilícitas: 
↠ As drogas ilícitas incluem maconha, cocaína, heroína, 
ecstasy, LSD, crack, oxi, chá de cogumelo, inalantes (cola 
de sapateiro, lança perfume). (PORTO, 8ª ed.) 
↠ A investigação clínica de um paciente que usa drogas 
ilícitas não é fácil. Há necessidade de tato e perspicácia. O 
médico deve integrar informações provenientes de todas 
as fontes disponíveis, principalmente de familiares. 
(PORTO, 8ª ed.) 
@jumorbeck 
 CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS E CULTURAIS 
↠ As condições socioeconômicas e culturais avaliam a 
situação financeira, vínculos afetivos familiares, filiação 
religiosa e crenças espirituais do paciente, bem como 
condições de moradia e grau de escolaridade. (PORTO, 8ª 
ed.) 
↠ Este item está desdobrado em: habitação, condições 
socioeconômicas, condições culturais, vida conjugal e 
relacionamento familiar. (PORTO, 8ª ed.) 
HABITAÇÃO 
↠ Importância considerável tem a habitação. (PORTO, 
8ª ed.) 
↠ Na zona rural, pela sua precariedade, as casas 
comportam-se como abrigos ideais para numerosos 
reservatórios e transmissores de doenças infecciosas e 
parasitárias. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Na zona urbana, a diversidade de habitação é um fator 
importante. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ A habitação não pode ser vista como fato isolado, 
porquanto ela está inserida em um meio ecológico do 
qual faz parte. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ É importante questionar sobre as condições de 
moradia: se mora em casa ou apartamento; se a casa é 
feita de alvenaria ou não; qual a quantidade de cômodos; 
se conta com saneamento básico (água tratada e rede 
de esgoto), com coleta regular de lixo; se abriga animais 
domésticos, entre outros. Indaga-se também sobre o 
contato com pessoas ou animais doentes. Se afirmativo, 
questiona-se sobre onde e quando ocorreu e sobre a 
duração do contato. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ A poluição do ar, a poluição sonora e visual, os 
desmatamentos e as queimadas, todos são fatores 
relevantes na análise do item habitação, podendo 
propiciar o surgimento de várias doenças. (PORTO, 8ª ed.) 
CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS 
↠ Os primeiros elementos estão contidos na própria 
identificação do paciente; outros são coletados no 
decorrer da anamnese. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Se houver necessidade de mais informações, indagar-
se-á sobre renda mensal, situação profissional, 
dependência econômica de parentes ou instituição. 
(PORTO, 8ª ed.) 
↠ Todo médico precisa conhecer as possibilidades 
econômicas de seu paciente, principalmente sua 
capacidade financeira para comprar medicamentos e 
realizar exames complementares.. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Quanto à escolaridade, é importante saber se o 
paciente é analfabeto ou alfabetizado. Vale ressaltar se o 
paciente completou o ensino fundamental, o ensino 
médio ou se tem nível superior. Tais informações são 
fundamentais na compreensão do processo saúde-
doença. (PORTO, 8ª ed.) 
VIDA CONJUGAL E RELACIONAMENTO FAMILIAR 
↠ Investiga-se o relacionamento entre pais e filhos, entre 
irmãos e entre cônjuges. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ Em várias ocasiões temos salientado as dificuldades da 
anamnese. Chegamos ao tópico em que essa dificuldade 
atinge seu máximo. (PORTO, 8ª ed.) 
↠ O estudante encontrará dificuldade para andar nesse 
terreno, pois os pacientes veem nele um “aprendiz”, 
adotando, em consequência, maior reserva a respeito de 
sua vida íntima e de suas relações familiares. (PORTO, 8ª 
ed.) 
Anamnese abrangente x Anamnese focalizada 
↠ No caso de pacientes vistos pela primeira vez no 
consultório ou hospital, geralmente a opção adotada é 
conduziruma avaliação abrangente, que inclui todos os 
componentes da anamnese e um completo exame físico. 
(BATES, 12ª ed.) 
↠ No entanto, em muitas situações, é indicada uma 
avaliação orientada para problemas ou focalizada mais 
flexível, principalmente no caso de pacientes que você 
conheça bem e estejam retornando para uma consulta 
de rotina ou de pacientes com preocupações específicas 
e “mais prementes”, como dor de garganta ou dor no 
joelho. (BATES, 12ª ed.) 
↠ A escolha do tipo de anamnese vai depender de 
diversos fatores: (BATES, 12ª ed.) 
➢ Magnitude e a gravidade dos problemas do 
paciente; 
➢ A necessidade de ser minucioso; 
➢ O ambiente clínico – hospital ou ambulatório; 
➢ Atendimento primário ou especializado; 
➢ Tempo disponível. 
 
@jumorbeck 
ANAMNESE ABRANGENTE ANAMNESE FOCALIZADA 
É adequada para pacientes 
novos no consultório ou 
hospital. 
É adequada para pacientes 
já conhecidos, 
principalmente durante 
consultas de rotina ou 
urgência. 
Fornece dados 
fundamentais e 
personalizados sobre 
o paciente 
Aborda queixas ou sintomas 
localizados. 
Fortalece a relação entre o 
paciente e o profissional 
de saúde 
Aplica métodos de exames 
relevantes à avaliação das 
queixas ou problemas da 
maneira mais detalhada 
e cuidadosa possível 
Constitui uma linha de base 
para avaliações futuras 
Avalia sintomas restritos a 
um sistema corporal 
específico 
 
↠ A avaliação abrangente faz mais do que avaliar 
sistemas de órgãos. É fonte de conhecimentos 
fundamentais e personalizados sobre o paciente que 
reforça a relação médico-paciente.. (BATES, 12ª ed.) 
↠ No caso do exame mais focalizado, você selecionará 
os métodos pertinentes para realizar uma avaliação 
minuciosa do problema em questão. Os sinais/sintomas, a 
idade e a história de saúde do paciente ajudam a 
determinar a abrangência do exame focalizado, assim 
como seu conhecimento sobre padrões das doenças. 
(BATES, 12ª ed.) 
Dados subjetivos x Dados objetivos 
↠ Os sintomas são dados subjetivos ou o que o paciente 
conta a você. Os sinais são considerados informações 
objetivas, ou o que você observa. (BATES, 12ª ed.) 
DADOS SUBJETIVOS DADOS OBJETIVOS 
O que o paciente conta a 
você. 
O que você detecta 
durante o exame, os 
resultados 
dos exames laboratoriais e 
dados do exame. 
Os sintomas e a anamnese, 
desde a queixa principal 
até a revisão de sistemas 
Todos os achados do 
exame físico ou sinais. 
 
Aspectos éticos da comunicação interpares 
↠ O encontro entre o paciente e o médico desperta 
uma grande variedade de sentimentos e emoções, 
configurando uma relação humana especial, designada 
através dos tempos, como relação médico-paciente. 
(PORTO, 8ª ed.) 
↠ Não é uma relação interpessoal como outra qualquer, 
pois está inserida nela uma grande carga de angústia, 
medo, 
incerteza, amor, ódio, insegurança, confiança, que 
determina uma relação dialética entre o ser doente e 
aquele que lhe oferece ajuda. (PORTO, 8ª ed.) 
 
Relação Médico-Paciente e Princípios Bioéticos 
↠ É importante compreender que princípios bioéticos e 
virtudes morais são partes indissociáveis do exame clínico 
e estão no núcleo da relação médico-paciente. (PORTO, 
8ª ed.) 
Princípios bioÉticos segundo Beauchamp e Chidress 
Beneficência: buscar fazer sempre o bem para o paciente. 
Não maleficência: não fazer nada de mal ao paciente. 
 
Justiça: fazer sempre o que é justo ao paciente. 
Autonomia: possibilitar que o paciente decida sobre o 
tratamento. 
 
Valores BioÉticos 
Alteridade: respeitar a diferença no outro. 
Sigilo: respeitar o segredo sobre as informações do 
paciente. 
 
Classificação da relação médico-paciente 
ClassificaÇÃo da relaÇÃo mÉdico-paciente (Veatche, 
1983) 
Modelo paternalista ou sacerdotal: O médico toma as 
decisões em nome da beneficência sem valorizar os 
valores, a cultura e a opinião do paciente, que se coloca 
em uma posição de completa submissão. 
Modelo tecnicista ou engenheiral: O médico informa e 
executa os procedimentos necessários, mas deixa a 
decisão inteiramente sob a responsabilidade do paciente. 
Modelo colegial ou igualitário: O médico adota a falsa 
posição de “colega” do paciente, não levando em conta a 
inevitável assimetria desta relação. 
Modelo contratualista. As habilidades e os conhecimentos 
do médico são valorizados, preservando sua autoridade, 
mas deseja e valoriza a participação ativa do paciente que 
vai resultar em uma efetiva troca de informações e um 
comprometimento de ambas as partes. 
 
Características do encontro médico-paciente: 
Médico ativo/paciente passivo: o paciente abandona-se 
por completo e aceita passivamente os cuidados médicos, 
sem mostrar necessidade ou vontade de compreendê-
los. 
Médico direciona/paciente colabora: o profissional assume 
seu papel de maneira, até certo ponto, autoritária. O 
@jumorbeck 
paciente compreende e aceita tal atitude, procurando 
colaborar. 
Médico age/paciente participa ativamente: o profissional 
define os caminhos e os procedimentos, e o paciente 
compreende e atua conjuntamente. 
Transferência, contratransferência e resistência 
↠ Os principais fenômenos psicodinâmicos da relação 
médico-paciente são os mecanismos de transferência e 
contratransferência. Tais conceitos provêm da psicanálise 
e, na prática médica, constituem um arsenal terapêutico 
que independe de técnicas psicoterápicas especiais e que 
é indissociável do trabalho de qualquer médico. (PORTO, 
8ª ed.) 
Transferência Transferência diz respeito aos 
fenômenos afetivos que o paciente 
passa (transfere) para a relação que 
estabelece com o médico ou o 
estudante. São sentimentos 
inconscientes vividos no âmbito de 
seus relacionamentos primários com 
os pais, irmãos e outros membros da 
família. 
Resistência Chama-se resistência qualquer fator 
ou mecanismo psicológico 
inconsciente que comprometa ou 
atrapalhe a relação médico-paciente 
Contratransferência Os fenômenos relatados também 
ocorrem em sentido contrário, ou 
seja, do médico (ou do estudante), 
para o paciente, sendo denominados 
contratransferência, ou seja, é a 
passagem de aspectos afetivos do 
médico ou do estudante para o 
paciente. 
 
O médico 
↠ Na primeira consulta, uma palavra ou um gesto 
inadequado pode deteriorar a relação entre médico e 
paciente e aumentar os padecimentos deste último. Isso 
acontece frequentemente quando os aspectos 
psicológicos não são valorizados. Compete ao profissional 
direcionar este encontro a fim de torná-lo o menos 
angustiante possível (PORTO, 8ª ed.) 
PadrÕes de comportamento e caracterÍsticas da 
relaÇÃo mÉdico-paciente 
Padrão inseguro A insegurança, na maioria das 
vezes, é um traço de 
personalidade. 
Padrão autoritário Sempre impõe suas decisões. 
Médico sem vocação Desenvolve mecanismos – 
inconscientes ou claramente 
propositais – que inibem o 
paciente. 
Padrão otimista Não vê gravidade em nada, tudo 
lhe parece simples e sem 
gravidade. 
Padrão “rotulador” Tem sempre pronto um 
diagnóstico rotulado que agrada o 
paciente. 
Padrão “especialista” Não consegue ver o paciente 
como um todo. 
Padrão pessimista Vê maior gravidade nas doenças 
que a real. 
Padrão “frustrado” Quase sempre pessimista, pode 
tornar-se agressivo com os 
pacientes. 
Padrão agressivo A hostilidade pode se revelar em 
palavras ofensivas, porém é mais 
comum disfarçar-se como mau 
atendimento. 
Padrão paternalista Adota atitudes protetoras. 
 
O paciente 
↠ O ser humano é uma unidade biopsicossocial e 
espiritual, e seus aspectos afetivos são o que mais o 
diferenciam dos outros animais. O paciente é um ser 
humano, com uma identidade de gênero e uma 
determinada orientação sexual, de certa idade, com uma 
história individual e uma personalidade exclusiva. Para 
avaliá-lo, o médico se vale de sua capacidade de sentir e 
de estabelecer um relacionamento positivo ou favorável, 
ou seja, é preciso que tenha empatia e compaixão. 
(PORTO, 8ª ed.) 
Padrões de comportamento dos pacientes↠As pessoas se comportam de maneiras diversas, em 
função de seu temperamento, suas condições culturais, 
modo de viver e circunstâncias do momento. (PORTO, 8ª 
ed.) 
↠ Todas as enfermidades têm um componente afetivo, 
e, ao adoecer, o indivíduo acentua os traços de sua 
personalidade e expressa no bojo de seu quadro clínico 
seus distúrbios emocionais. (PORTO, 8ª ed.) 
Comunicação entre profissionais de saúde e pacientes ou 
familiares 
↠ As más notícias são definidas como aquelas que 
alteram de forma drástica e negativa a visão do paciente 
sobre seu futuro. (NETO et al., 2013) 
@jumorbeck 
↠ O processo de comunicação pode gerar sérios 
impactos psicológicos, de forma que quem recebe uma 
má notícia geralmente não esquece o local, a data e a 
forma como esta foi transmitida. (NETO et al., 2013) 
↠ Robert Buckman, em 1992, criou o Protocolo SPIKES 
para orientar os profissionais de saúde a comunicarem 
más notícias, abordando diretrizes básicas, como: postura 
do profissional, percepção do paciente, troca de 
informação, conhecimento, explorar e enfatizar as 
emoções, estratégias e síntese. (NETO et al., 2013) 
PROTOCOLO SPIKES (CRUZ; RIERA, 2016) 
➢ S - Setting up: Preparando-se para o encontro. 
Treinar antes é uma boa estratégia. Apesar de 
a notícia ser triste, é importante manter a calma, 
pois as informações dadas podem ajudar o 
paciente a planejar seu futuro. 
➢ P – Perception: Percebendo o paciente. 
Investigue o que o paciente já sabe do que está 
acontecendo. 
➢ I – Invitation: Convidando para o diálogo. 
Identifique até onde o paciente quer saber do 
que está acontecendo, se quer ser totalmente 
informado ou se prefere que um familiar tome 
as decisões por ele. 
➢ K – Knowledge: Transmitindo as informações. 
Introduções como “infelizmente não trago boas 
notícias” podem ser um bom começo. Use 
sempre palavras adequadas ao vocabulário do 
paciente. 
➢ E – Emotions: Expressando emoções. Aguarde 
a resposta emocional que pode vir, dê tempo 
ao paciente, ele pode chorar, ficar em silêncio, 
em choque. 
➢ S – Strategy and Summary: Resumindo e 
organizando estratégias. É importante deixar 
claro para o paciente que ele não será 
abandonado, que existe um plano ou tratamento, 
curativo ou não. 
↠ Comunicar más notícias não é uma tarefa fácil. O 
objetivo do protocolo SPIKES é, de alguma maneira, 
organizar este momento, ajudando profissionais e 
pacientes a manter uma comunicação clara e aberta. 
(CRUZ, RIERA, 2016) 
 
 
 
 
VISÃO DO PACIENTE E FAMILIAR 
A amostra foi constituída de 501 participantes, que responderam um 
questionário objetivo. Segundo 70,82% (n=347) dos entrevistados, o 
profissional estava preparado para informar a má notícia, enquanto 
29,18% (n=143) o consideraram despreparado. Entre os participantes, 
59,27% (n=294) não se consideravam aptos a receber a má notícia, 
enquanto 40,73% (n=202) se consideravam preparados. Os principais 
sentimentos citados após o recebimento da má notícia foram: tristeza 
35,72% (n=210), indiferença 15,48% (n=91), angústia 12,24% (n=72), 
desespero 9,35% (n=55) e outros 15,48% (n=91). (NETO et al., 2013) 
Quanto aos aspectos definidos como mais relevantes no momento de 
receber uma má notícia, 11,24% (n=91) das pessoas consideraram como 
principal o local; 12,59% (n=102) afirmaram que a qualidade da 
informação é mais importante; já 31,11% (n=252) acreditam que a 
sinceridade do médico é fundamental; enquanto que 14,32% (n=116) 
acreditam ser a escolha do momento apropriado. Notou-se, ainda, que 
25,43% (n=206) das pessoas valorizam a tranquilidade do médico e 
5,31% (n=43) outros aspectos, entre os quais 13,95% (n=6) aludiram à 
necessidade da humanização. (NETO et al., 2013) 
 
Código de ética médica 
CAPÍTULO I – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
II – O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do 
ser humano, em benefício da qual deverá agir com o 
máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional. 
XI – O médico guardará sigilo a respeito das informações 
de que detenha conhecimento no desempenho de suas 
funções, com exceção dos casos previstos em lei. 
XIX – O médico se responsabilizará, em caráter pessoal 
e nunca presumido, pelos seus atos profissionais, 
resultantes de relação particular de confiança e 
executados com diligência, competência e prudência. 
CAPÍTULO III – RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL 
É vedado ao médico: 
Art. 1º Causar dano ao paciente, por ação ou omissão, 
caracterizável como imperícia, imprudência ou 
negligência. 
Parágrafo único. A responsabilidade médica é sempre 
pessoal e não pode ser presumida. 
Art. 2º Delegar a outros profissionais atos ou atribuições 
exclusivas da profissão médica. 
Art. 8º Afastar-se de suas atividades profissionais, mesmo 
temporariamente, sem deixar outro médico encarregado 
@jumorbeck 
do atendimento de seus pacientes internados ou em 
estado grave. 
CAPÍTULO IV – DIREITOS HUMANOS 
É vedado ao médico: 
Art. 23. Tratar o ser humano sem civilidade ou 
consideração, desrespeitar sua dignidade ou discriminá-lo 
de qualquer forma ou sob qualquer pretexto. 
CAPÍTULO V – RELAÇÃO COM PACIENTES E FAMILIARES 
É vedado ao médico: 
Art. 33. Deixar de atender paciente que procure seus 
cuidados profissionais em casos de urgência ou 
emergência quando não houver outro médico ou serviço 
médico em condições de fazê-lo. 
Art. 34. Deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o 
prognóstico, os riscos e os objetivos do tratamento, salvo 
quando a comunicação direta possa lhe provocar dano, 
devendo, nesse caso, fazer a comunicação a seu 
representante legal. 
Relação médico-estudante/ estudante-paciente 
↠ O relacionamento do estudante com o paciente gera 
inúmeras dúvidas. Segundo Bates, grande parte da tensão 
nesse cenário envolve a dinâmica de uma equipe de 
saúde e seu papel como um membro da equipe. (BATES, 
12ª ed.) 
↠ O estudante deve ajudar no trabalho; contudo, sua 
função primária é aprender. (BATES, 12ª ed.) 
↠ Os princípios de Tavistock, que formam um 
arcabouço de análise de situações de assistência à saúde 
que vão além do atendimento direto de pacientes 
individuais, abordando escolhas complicadas que envolvem 
interações de equipes de saúde e distribuição de recursos 
para o bem-estar da sociedade. (BATES, 12ª ed.) 
↠ Os princípios de Tavistock são: direitos, equilíbrio, 
abrangência, cooperação, aprimoramento, segurança e 
franqueza. (BATES, 12ª ed.) 
Código de ética do estudante de medicina 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
II - O alvo de toda a atenção do estudante de medicina é 
a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir 
com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade 
intelectual. 
IX - O estudante guardará sigilo a respeito das 
informações obtidas a partir da relação com os pacientes 
e com os serviços de saúde. 
EIXO 3 – RELAÇÕES INTERPESSOAIS DO ESTUDANTE 
Art. 24: É vedado ao acadêmico de medicina identificar-
se como médico, podendo qualquer ato por ele praticado 
nessa situação ser caracterizado como exercício ilegal da 
medicina. 
Art. 26: A realização de atendimento por acadêmico 
deverá obrigatoriamente ter supervisão médica. 
Art. 29: A quebra de sigilo médico é de responsabilidade 
do médico assistente, sendo esse ato vedado ao 
acadêmico de medicina. 
Art. 32: O estudante de medicina deve manusear e 
manter sigilo sobre informações contidas em prontuários, 
papeletas, exames e demais folhas de observações 
médicas, assim como limitar o manuseio e o 
conhecimento dos prontuários por pessoas não obrigadas 
a sigilo profissional. 
 
Referências: 
 
LIMA et. al. Anamnese: Uma reflexão da sua importância 
na relação médico-paciente dentro da formação médica. 
Pesquisa Unifimes, 2021. 
 
PINHO, F. M. O. et al. Exame Físico Geral. In: PORTO, C. C. 
Semiologia Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2019. 
BICKLEY, L. S. Bates: Propedêutica Médica. 12. ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. 
SOARES et al. Reflexões contemporâneassobre 
anamnese na visão do estudante de medicina. Revista 
Brasileira de Educação Médica, v.3, nº38, páginas 314-322, 
2014. 
NETO et al. Profissionais de saúde e a comunicação de 
más notícias sob a ótica do paciente. Revista Medica Minas 
Gerais, v. 4, nº.23, páginas 518-525, 2013. 
CRUZ, CAROLINA O.; RIERA, RACHEL. Comunicando más 
notícias: o protocolo SPIKES. Diagnostico e Tratamento, 
v. 3, nº 21, páginas 106-108,2016. 
 
 
@jumorbeck

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