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Revisão de Literatura SILVA, Rafael. Diagramação: o planejamento visual gráfico na comunicação impressa. 7.ed. São Paulo: Summus, 1985. 147p. p. 13 INTRODUÇÃO É na diagramação que vai se concentrar todo o segredo do discurso gráfico (...). p. 14 Segundo Allen Hulburt, nas primeiras manifestações co- nhecidas de comunicação visual, há uma predileção pela simetria da natureza; mas, ocasionalmente, deparamos também com exemplos de uma forte tensão e equilíbrios assimétricos. Está no equilíbrio o elemento-chave do sucesso de um de- sign, tanto simétrico quanto assimétrico. p. 23 PERCEPÇÃO VISUAL 2 Para Rudolf Arnheim, a experiência visual é dinâmica. O que uma pessoa ou animal percebe (...) é talvez, antes de tudo, uma interação de tensões dirigidas. Os princípios psicológicos e muitos experimentos desenvol- vidos por Arnheim, sobre percepção visual, provêm da teo- ria da Gestalt, que (...) entende a percepção como a orga- nização de dados sensoriais em unidades que formam um todo ou um objeto. (...) Allen Huburt defende os princípios dessa corrente psi- cológica (...). Para Hulburt, a capacidade do olho e da mente humana de reunir e de ajustar seus elementos constitui a base do design e proporciona o princípio que torna possível o layout (...). Hulburt (...) conclui: “Seria um grande erro considerar que, uma vez conquistada a atenção do leitor, o exercício che- gou ao fim. A não ser que um estímulo visual produza uma reação – emocional ou intelectual – não se pode dizer que tenha havido uma efetiva comunicação. O grau de reação do layout será intensificado ou diminuído, de acordo com a forma, e, enfim, o estilo de sua apresentação.” 3 p. 25 O FENÔMENO ESTÉTICO NA COMUNICAÇÃO VISUAL Como em outros códigos, a linguagem (...) possui um e- missor, que é a fonte da comunicação (o artista plástico, o diagramador etc.); um meio para transmitir a informação originada da fonte (o jornal, revista, livro, etc.) e um re- ceptor (o observador ou leitor). Este deve reconhecer e decifrar os signos para chegar à compreensão. p. 33 4 p. 36 p. 37 A decodificação de uma página impressa se dá em dois momentos, segundo José Coelho Sobrinho, e explica: “O primeiro momento é quanto o leitor observa a massa gráfi- ca em conjunto, distinguindo as subáreas, isto é, identifi- cando as ilustrações, os títulos, os brancos, os gráficos, os 5 textos etc. A segunda, ao se deter nos detalhes destas subáreas”. Coelho afirma ainda que é necessário que o diagramador, ao planejar uma peça gráfica, deva considerar esses dois momentos de leitura observados pelo leitor comum, atraí- do pelos elementos visuais utilizados (...). p. 41 A DIAGRAMAÇÃO NO JORNALISMO IMPRESSO O termo diagramação é resultante da palavra diagrama (...) que significa desenho geométrico usado para demons- trar agum problema, resolver alguma questão ou represen- tar graficamente a lei de variação de um fenômeno. p. 43 Em termos de programação visual, a diagramação é o pro- jeto, a configuração gráfica de uma mensagem colocada em determinado campo (...) que serve de modelo para sua produção em série. A preocupação do programador visual, e, consequentemente, sua tarefa específica, é dar a tais mensagens a devida estrutura visual a fim de que o leitor 6 possa discernir, rápida e confortavelmente, aquilo que para ele representa algum interesse. As decisões mais importantes a serem tomadas no ato da diagramação, são normalmente formuladas sobre os se- guintes aspectos básicos: a) as idéias que as palavras deverão representar; b) os elementos gráficos a serem usados; c) a importância relativa das idéias e dos elementos gráficos; d) a ordem de apresentação. Essas decisões são claramente influenciadas pelo tipo de mensagem a ser veiculada, pelo tipo de consumidor dessa mensagem e pelo grau de interesse que a mensagem pre- tende proporcionar. (...) a diagramação implica, hoje, um processo criativo, realizado em projetos de produtos gráficos (...). Para transmitir visualmente a mensagem da página o (...) diagramador conta com quatro elementos básicos: a) as letras, agrupadas em palavras, frases e períodos; b) as imagens, sob forma de fotos ou ilustrações; c) os brancos da página; 7 d) os fios tipográficos e vinhetas. p. 44 Da perícia de utiizar funcionalmente esses elementos é que resultará uma página bem ou mal diagramada, atraindo ou não a atenção do leitor. O importante é descobrir qual vai ser o ponto de apoio da página, e escolher o elemento que vai orientar toda a digramação. Os conceitos que guiam o diagramador para escolher o ponto de apoio da página e desenhá-la são: a) ritmo; b) equilíbrio; c) harmonia; d) motivo predominante; e) motivo secundário; f) motivo de ligação. Para Allen Hulburt, o equilíbrio é o elemento-chave do su- cesso de um design, tanto simétrico quanto assimétrico. Para ele as duas formas se compõem da seguinte maneira: “No estilo simétrico, é fácil entender o equilíbrio formal de um layout com o centro da página servindo de fulcro e a área dividida uniformemente dos dois lados, é relativamen- 8 te simples criar”. Já no estilo assimétrico ele faz a seguinte distinção: “As múltiplas opções e tensões provocadas pela inexistência de um centro definido vão requerer do artista que está desenahndo a página considerável habilidade no manuseio dos elementos básicos da página a ser impres- sa." p. 47 ZONAS DE VISUALIZAÇÃO DA PÁGINA IMPRESSA Numa página de jornal, facilmente poderemos identificar as seguintes zonas de visualização: 1. principal ou primária; 2. secundária; 3. morta; 4. morta; 5. centro ótico; 6. centro geométrico. A zona primária deve conter um elemento forte para atrair a atenção e interesse do leitor. Assim como a visão instintivamente se desloca com rapi- dez em diagonal para o lado inferior oposto, a rota básica 9 da vista se projeta do lado superior esquerdo para o lado inferior direito. Para isso, o diagramador terá o cuidado de preencher as zonas mortas e o centro ótico da página com racionalidade, sem o deslocamento brutal da visão. Dessa forma, acrescenta Arnold, “cabe à diagramação preencher esses espaços mortos da página com elementos de grane atração visual, proporcionando e conduzindo a leitura de forma confortável e ao mesmo tempo rápida”. p. 49 10 p. 51 PADRONIZAÇÃO GRÁFICA: A IDENTIDADE DO JORNAL (...) a diagramação se utiliza de dois estilos básicos de planejamento gráfico, que dará à publicação um aspecto harmônico em suas formas, com unidade, ritmo e equilí- brio marcantes: 1. Simétrico – disposição simétrica dos (...) elementos gráficos de forma homogênea utilizando coordena- 11 das verticais ou coordenadas horizontais nos arran- jos gráficos. 2. Assimétrico – utilização de coordenadas mistas (...) provocando grande valorização estética, com a utili- zação do espaço em branco de forma adequada. p. 137 GLOSSÁRIO Layout – esboço, espelho ou desenho da página a ser composta e paginada. 12 Revisão de Literatura HULBURT, Allen. Layout: o design da página impres- sa. 2.ed. São Paulo: Nobel, 1986. 159p. p. 52 FORMA: DEFINIÇÃO DA ESTRUTURA Muito embora haja uma ampla comprovação da validade desse sistema, ele [a proporção áurea] não pode ser to- mado como medida para todos os aspectos da forma. (...) podemos avaliar a inutilidade de qualquer sistema. As leis matemáticas da proporção são valiosas para asse- gurar que todos os elementos de um design tenham um inter-telacionamento capaz de produzir uma solução ho- mogênea e, às vezes, rara. Entretanto, a adesão a siste- mas predeterminadosde proporção não é suficiente para uma solução criativa. p. 54 SIMETRIA: O IDEAL CLÁSSICO 13 Esse formalismo arquitetônico teve profunda influência na forma das inscrições e dos primeiros manuscritos, que, por sua vez, orientaram o design da página impressa. A variada natureza do material a ser reunido na página impressa, os diferentes tamanhos de linha requeridos (...) tudo isso insinuou os fundamentos formais das primeiras páginas tipográficas. Mas a principal preocupação dos mestres impressores de Veneza, que foram os primeiros de design gráfico, era o equilíbrio simétrico. O equilíbrio simétrico já produziu páginas de rara beleza, e as premissas estéticas que inspiraram o design clássico continuam a servir de padrão a uma ampla parcela do de- sign contemporâneo. p. 56 ASSIMETRIA: A ORDEM ORIENTAL O resultado dessa visão, totalmente diversa da ocidental, foi uma estrutura formal deliberada e cuidadosamente ba- seada num design assimétrico. Muitos aspectos de cons- trução influenciaram esse conceito de não-utilização de um centro definido. 14 (...) as construções japonesas eram feitas a partir de sis- temas modulares. Um dos módulos mais simples era o ta- tami (...). Esses padrões (...) muitas vezes determinavam as dimensões do espaço interior e influenciavam as pro- porções de todo o design. p. 62 EQUILÍBRIO O equiíbrio é o elemento-chave do sucesso de um design, seja ele simétrico ou assimétrico. No estilo simétrico, é fácil entender o equilíbrio formal de um layout – com o centro da página servindo de fulcro e a área dividida uni- formemente dos dois lados, é relativamente simples criar. Já no design assimétrico as múltiplas opções e tensões provocadas pela inexistência de um centro definido vão requerer do artista que está desenahndo a página conside- rável habilidade. Mise en Page registra alguns conceitos bem provocantes sobre design e layout, e a definição de Tolmer sobre equi- líbrio merece ser mencionada: “Tal como caminhar numa corda de acrobacia, a arte do layout é a arte do equilíbrio. Isso, todavia, não pode ser expresso simplesmente como 15 um cálculo matemático. (...) O senso de estabilidade; a maneira certa e errada de fazer determinada coisa; o vo- lume de ar necessário à respiração; o modo mais satisfató- rio de combinar os elementos de um cenário teatral, de uma página de um livro ou de um cartaz – todas essas coisas são, essencialmente, uma questão de sensibilidade”. Há uma razão para que a habilidade do acrobata, para Tolmer, pareça tão excitante: é a possibilidade, sempre presente, de fracassar, de cair. É nessa tensão, nessa pos- sibilidade implícita, que está a força do layout assimétrico. p. 64 CONTRASTES DE TOM E DE COR “O contraste é a marca do nosso tempo” escreveu Theo Van Doesburg (...) no início da década de 20 Os contrastes sombrio/luminoso, amplo/estreito, os con- trastes de humor em determinado tema, o espaço acentu- ado por componentes fortes – tudo isso contribui para a expressiva apresentação de um material gráfico. Jan Tschichold (...) definia o contraste como “o elemento mais importante do design moderno”. 16 No design gráfico, o branco do papel e o negro da tinta da impressão representam as duas forças mais opostas na feitura do design. Quando uma imagem escura é justaposta a uma imagens de tons claros, o contraste valoriza ambas as imagens e dá um impacto visual ao design. Na página impressa, o contraste de valor assume muitas formas (...). Há dois fatores de percepção visual que intensificam a efe- tividade do contraste: a ilusão de que um objeto escuro nos parece mais próximo do que um objeto claro; e o mo- do peo qual um objeto escuro parece ainda mais escuro numa superfície clara, e um objeto claro ainda mais claro numa superfície escura. p. 65 Quando se trata de imagens coloridas, o designer deve considerar tanto os contrastes cromáticos como os de va- lor. O contraste se verifica entre as cores neutras e as co- res de alta intensidade; entre as cores frias (...) e cores quentes (...); e na justaposição deliberada de cores com- plementares. 17 p. 66 CONTRASTE DE TAMANHO Há uma outra forma de contraste que pode produzir efei- tos até mesmo mais dinâmicos que o relacionamento de tonalidades. É o contraste de escalas, ou seja, imagens amplas ao lado de imagens reduzidas. A importância do contraste de tamanho pode parecer ób- via. No entanto, grande parcela de designs medíocres po- de ser atribuída à uniformidade de escala das imagens. Devemos mencionar ainda duas outras formas de contras- tes algumas vezes úteis no processo de design. Uma delas é o contraste de sentimentos, que se verifica quando um mesmo painel de design contém estímulos emocionais o- postos (...). Por fim, pode-se estabelecer contrastes pelas relações entre formas e intensidades (...). Este tipo de contraste pode influir em nossa forma de percepção do espaço. p. 82 DIAGRAMAS E SISTEMAS 18 (...) um diagrama (grid) é uma solução planejada para de- terminados problemas (...). O diagrama de um designer organiza um conteúdo específico em relação ao espaço que ele irá ocupar. Quando funciona, o diagrama permite ao designer criar diferentes layouts contendo uma varieda- de de elementos, sem, todavia, fugir da estrutura prede- terminada. (...) o diagrama proporcionará um sentido de sequência, de unidade, mesmo que haja variações consideráveis no conteúdo de cada unidade. Ao determinar as melhores proporções de um diagrama, o designer pode depender inteiramente da sua intuição ou pode basear seu sistema em regras estabelecidas de divi- são do espaço, entre as quais se incluem o quadrado, o duplo quadrado, a divisão áurea. p. 83 O diagrama tem muitos defensores e muitos detratores. Usado com habilidade e sensibilade, pode produzir layouts de bom efeito e funcionais. (...) Todavia, nas mãos de um designer não muito habilidoso, pode se converter numa 19 autêntica camise-de-força, resultando em layouts duros, de rígido formato. Nas palavras do suíço Josef Müller-Brockmann, “o diagra- ma torna possível reunir todos os elementos do design (...) de uma forma harmônica. É um processo de disciplinamen- to do design”. p. 84 RESUMO: PREENCHENDO O VAZIO O hábil designer está submetido a um processo contínuo: a intuição, a sensibilidade, o senso da forma, larga experi- ência são fatores conjugados num único ato. Mas é preciso lembrar que isso não exclui a importância da tentativa e do erro, na busca de uma boa solução. Idealizado um layout, o designer transfere sua idéia para um rápido e pequeno esboço num papel. Os princípios da forma analisados (...) podem ser aplicados ao espaço em branco de um retângulo imaginário, que pode acomodar um arranjo simétrico (...) ou (...) agrupar elementos assimétricos mais complexos. 20 p. 85 O espaço do retângulo imaginário também pode ser dividi- do em um bem ordenado diagrama baseado na divisão áurea. Dentro dele, o designer pode desenvolver um mó- dulo (...) tendo como guia apenas seus olhos para estabe- lecer as proporções. Em qualquer caso, o equilíbrio será o requisito fundamen- tal. No momento em que é feito o primeiro traço no espaço em branco do retângulo, são colocadas em ação as forças das relações de valores, de contraste e de profundidade dimensional. p. 87 Às vezes, um layout muito bem feito parece violar todos esses princípios. Mas o designer competente está familiari- zado com as regras da forma, da organização do espaço, e consciente das armadilhas que embaraçam o caminho das soluções inteligentes e apressadas. p. 94 A SÍNTESE DO DESIGN 21 O conceito, ou idéia, ocupa a posição central da síntese dodesign. Alicerçado na informação fornecida pela pesquisa, ele é influenciado pela compreensão das condições sob as quais a mensagem será recebida e pelo conhecimento de sua “continuidade” ou ligação coerente com todos os ou- tros materiais. Juntos, todos esses elementos constituem a base sobre a qual as palavras e as imagens podem ser organizadas de modo a ser obtido um layout de real valor. 22 Revisão de Literatura SAMARA, Timothy. Elementos do design: guia de esti- lo gráfico. Porto Alegre: Bookman, 2012. 272 p. p. 33 ANALISANDO FORMA E ESPAÇO A forma desempenha sua função em algum lugar, e esse lugar é camado simplesmente “espaço”. Este termo, que descreve algo tridimensional, se aplica a algo que costuma ser uma superfície bidimensional. Essa superfície pode po- de ser um cartão de visita, um cartaz, uma página Web, uma tela de televisão, a lateral de uma caixa ou a vitrine de uma loja. p. 35 A forma do espaço Também chamada de “formato”, as dimensões proporcio- nais do espaço em que a forma desempenha sua função são algo a ser pensado. O tamanho do espaço do formato, comparado com a forma em seu interior, mudará a pre- sença percebida da forma. 23 p. 37 Positivo e negativo A forma é considerada um elemento positivo, uma coisa ou um objeto sólido. O espaço é considerado negativo – não de uma maneira ruim, mas como a ausência, ou oposição, da forma. O espaço é o “fundo” no qual a forma torna-se uma “figura”. (...) A confrontação entre figura e fundo de- fine o tipo de atividade visual, movimento e sentido de três dimensões percebidas pelo observador. A relação figura/fundo deve ser compreensível e apresen- tar alguma lógica para o observador; também deve ser composta de tal modo que o sentimento que essa lógica compositiva, ou visual, gera seja percebido como adequa- do à mensagem que o designer está tentando transmitir. A lógica da composição – o arranjo visual e as relações da figura e do fundo – é inteiramente abstrata, mas depende muito de como o cérebro interpreta as informações que o cérebro vê. A lógica visual em si mesma também pode transmitir significado. p. 41 Clareza e decisão 24 As composições resolvidas e refinadas criam mesagens visuais claras e acessíveis. (...) Afirmar que uma questão está “resolvida” significa que as razões pelas quais os elementos foram dispostos onde estão, o tamanho dos elementos e sua relação um com o outro no e ao redor do espaço – a lógica visual – são cla- ras, e que todas as partes são consideradas umas em rela- ções às outras. “Refinado” é um termo estranho quando utilizado para descrever formas ou composições; neste contexto, significa que a forma ou a composição foi feita para ser ela mesma – comunicando da maneira mais clara, simples e inquestionável um tipo específico de qualidade. (...) Não é tanto um termo de valor, mas um indicador de clareza da forma. Isso, naturalmente, suscita a questão da “clareza”, que tem a ver com o fato de uma composição e as formas em seu interior serem ou não prontamente compreensíveis. Esse entendimento depende do refinamento das formas, da resolução das relações entre forma e espaço, e se essas relações são “decisivas” (...). Uma forma ou uma relação espacial pode ser chamada de decisiva se for claramente uma coisa e não outra (...). Ser decisivo com as qualidades 25 visuais de um layout é importante no design porque a cre- dibilidade da mensagem que é transmitida depende da confiança com a qual as formas e a composição foram de- terminadas. p. 63 ORGANIZANDO AS FORMAS NO ESPAÇO Estático e dinâmico (...) Como o plano da imagem já é um ambiente achatado em que o movimento e a profundidade devem ser criados como uma ilusão, é importante combater a tendência de a forma bidimensiona parecer estática. (...) O modo mais seguro de evitar uma composição estática é garantir que as proporções dos espaçoes entre as formas (bem como entre as formas e as bordas do formato) sejam diferentes. p. 67 Simetria e assimetria Tornar diferentes todas as proporções entre e em volta dos elementos de forma em uma composição minimiza a possibilidade de simetria. A simetria é um estado composi- tivo em que o arranjo de formas corresponde ao eixo cen- 26 tral do formato (...). A inércia inerente à simetria pode ser problemática quanto aos objetivos da comunicação plane- jada. (...) Os layouts assimétricos provocam maior envolvimento – eles exigem que o cérebro avalie as diferenças no espa- ço e estimulam o olho a se mover mais. No ponto de vista da comunicação, os layouts assimétricos podem melhorar a capacidade de diferenciar, catalogar e lembrar o conteú- do, porque a investigação da diferença espacial pelo ob- servador fica vinculada à organização, ou cognição, do próprio conteúdo. p. 72-73 ESTRATÉGIAS COMPOSITIVAS Sistemas proporcionais Controlar o movimento do olho diante de formas (...) e criar relações entre elas (...) pode ser facilitado pela cria- ção de um sistema de intervalos reconhecíveis e repetidos aos quais se unem tanto elementos positivos quanto nega- tivos. O designer pode abordar o desenvolvimento dessas proporções de modo intuitivo (...) ou (...) começar com uma abordagem matemática e intelectualizada a fim de 27 forçar o material em relações desejáveis. O perigo dessa abordagem reside no potencial de algum material não se ajustar perfeitamente (...). p. 77 CONSTRUÇÃO DO SIGNIFICADO A interação cria a mensagem A simplicidade da abstração disfarça sua profunda capaci- dade de comunicar significados em um nível perceptual que raramente é reconhecido intelectualmente pelos ob- 28 servadores – voando abaixo do seu radar – mas que, no entanto, são mensagens sentidas e entendidas. Manipular essas precepções de fundo com outro conteúdo represen- tacional ou pictórico oferece ao designer um meio podero- so para comunicação. p. 154-155 TIPOGRAFIA COMO INFORMAÇÃO Estabelecendo hierarquias Informações são sistemáticas. Quase sempre aparecem como uma coleção de partes, cada uma com uma função diferente (...). 29 Uma das tarefas mais importantes do designer é dar às informações uma ordem que permita ao observador nave- gar por elas. Essa ordem, chamada “hierarquia” das infor- mações, baseia-se no nível de importância que o designer atribui a cada parte do texto. “Importância” significa “a parte que deve ser lida em primeiro, segundo, terceiro lu- gar...”, etc; ela também se refere a “distinção da função” entre as partes (...). 30 p. 156 (...) criar hierarquia também significa estabelecer a função dos componentes informacionais por meio de suas rela- ções formais (...). De fato, o designer deve categorizar visualmente todas as informações para que o observador identifique-as e, prin- cipalmente, aprenda a relacionar os tipos de informação identificados. p. 162-163 COMO A COR AFETA A TIPOGRAFIA Cores e hierarquia A aplicação de cores a uma composição tipográfica terá um efeito imediato na hierarquia. Se os diferentes níveis de importância na hierarquia forem claramente estabelecidos, distinguir ainda mais cada nível com uma diferença nas cores pode forçar uma maior sepa- ração entre eles. Cores também podem ser utilizadas para vincular compo- nentes informacionais relacionados dentro de uma compo- 31 sição. Por exemplo, em um cartaz para um evento, todas as informações relacionadas à data e hora e ao lugar do evento poderiam receber uma cor específica, relacionada à cor atibuída ao título do evento. A relação entre as cores dos dois componentes cria um vínculo significativo para o observador e esclarece as informações. p. 198-199 LÓGICA VISUAL Lógica visual:como tudo se comunica entre si Soluções de design formam um todo interessante quando todos os componentes estão claramente inter- relacionados. Primeiramente, as proporções de um sistema devem despertar as emoções corretas nos observadores (...) exatamente no momento em que eles entrar em con- tato com a obra. A organização do conteúdo deve estar de acordo com o formato e os requisitos das informações a- presentadas; a seleção de imagens e dos estilos de tipo- grafia deve combinar em termos de estilo, reforçando reci- procamente o estado de espírito e o conceito. A organiza- ção de tipografia e imagens deve estar relacionada visual- mente e sua composição dentro do espaço do formato de- 32 ve fortalecer novamente as emoções associadas mais apa- rentes no conteúdo das imagens e do texto. Além disso, o ritmo e a sequência do conteúdo devem cor- responder às ênfases do material e criar pontos visuais altos e baixos (...) para manter a atenção do observador. Uma reflexão cuidadosa sobre os detalhes tipográficos e abstratos deve ser evidente na maneira como eles se rela- cionam aos elementos compositivos ou à interação espaci- al em larga escala. Por último, a qualidade física e experi- encial do trabalho deve ser considerada no contexto do seu meio de produção, seja eletrônico ou impresso. Quan- do o designer visualiza o projeto sob todos esses aspectos, o resultado é uma experiência evocativa, emocional, útil, agradável e memorável. Lista de verificação da lógica visual Os detalhes tipográficos estão visualmente relaciona- dos aos estilos de imagem e transmitem mensagens ade- quadas para o texto? A forma dos elementos gráficos se comunica com as imagens? 33 As imagens interagem a fim de transmitir as mensa- gens pretendidas? Há alguma imagem ou grupo de ima- gens que sugira mensagens não pretendidas? O sistema de cores aprimora o conceito? E quanto às técnicas de impressão, ao papel e aos de- talhes da encadernação? p. 200-201 Estratégias organizacionais: estrutura e intuição Descobrir o posicionamento das coisas, como e em que ordem elas devem ser organizadas do ponto de vista da composição, exige muito esforço por parte do designer. Em um nível visual, o quanto aparece em um dado mo- mento e a organização real são decisões que o designer deve tomar sozinho. À medida que a sequência e a cadên- cia de conteúdo são planejadas, o designer também deve voltar-se às relações visuais específicas entre texto e ima- gem. O designer muitas vezes precisa (...) fazer experiências com o material para ver o que é possível, analisar a clareza visual e conceitual dos resultados, e então voltar para uma 34 exploração mais livre a fim de testar se a análise é precisa ou útil. p. 202-203 Estrutura: o sistema de grids Todo o trabalho de design envolve a solução de problemas nos níveis visuais e organizacionais. Imagens, campos de texto, títulos e dados tabulares: todas essas partes preci- sam ser agrupadas para transmitir informações. Um grid é simplesmente uma abordagem para alcançar esse objetivo. As vantagens de se trabalhar com grid são simples: clare- za, eficiência, economia e continuidade. Acima de tudo, grid introduz uma ordem sistemática em um layout, ajuda a distinguir vários tipos de informações e facilita a navega- ção de um usuário por elas. Utilizá-lo permite ao designer organizar uma quantidade enorme de informações em um tempo curto porque muitas considerações de design já foram resolvidas ao construir a estrutura do grid. 35 36 Revisão de Literatura RIBEIRO, Milton. Planejamento visual gráfico. 8. ed. Brasília: LGE Editora, 2003. 500 p. p. 155 PONTO, LINHA, MASSAS Espaço e formato Espaço Espaço, em sentido genérico, é uma extensão não limitada nem circunscrita, que tem uma indeterminada capacidade de conter os corpos. Formato No campo gráfico, o espaço limitado chama-se Formato ou Tamanho, ou seja, superfície limitada em uma determina- da forma. Também a parte da superfícia contida pelo for- mato, em linguagem gráfica, é chamada espaço. p. 157 A Série de Fibonacci – 0:1:1:2:3:5:8:13:21:34:55:89:144: 233:377 – foi construída de maneira que cada número é a soma dos dois números precedentes e está sempre em 37 relação proporcional com o número anterior e o seguinte. Relação esta que estabelece o Número de Ouro. A pri- meira relação, 0:1, se apresenta no traçado de uma sim- ples linha, sem a oposição de uma contramassa para equi- librá-la. A relação 1:1 sugere os primeiros elementos da arte, quando o artista opõe massas claras ou escuras por igual- dade. Na relação 1:2 a massa maior equilibra a massa menor. Vemos a intervenção de uma massa na outra, em propor- ções desiguais. A partir das relações 2:3 e 3:5, aproximan- do-nos do nível de estabilização. O artista, adotando estas relações, sente-se mais próximo do ponto de equilíbrio. p. 160 O problema da composição Composição É a combinação ordenada dos elementos “Composição e organização são aspectos do mesmo problema. A composição é o resultado da melhor organiza- ção subjetiva dos elementos e suas relações.” 38 Organização tende para o conhecimento objetivo, atra- vés de técnica predeterminada e relações engenhosas. Contudo, isto não sugere que a inspiração intuitiva seja afastada. A composição é a arte de se distribuir os elementos inte- grantes de um projeto gráfico. A linha, a unidade, o equilí- brio e demais fatores, conjugados ao tema, criam uma mensagem, chamando a atenção, determinando o interes- se, propondo a motivação para o fim específico da comu- nicação. p. 310 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO VISUAL Explicação A primeira coisa a fazer é projetar, não simplesmente en- cher as páginas. p. 344 Sentido de leitura e organização das notícias Ao montar uma página devemos respeitar o sentido de leitura da esquerda para a direita e de cima para baixo. 39 p. 481 VOCABULÁRIO TÉCNICO Leiaute Este termo, aportuguesamento do inglês layout, geralmen- te usado entre nós, é empregado em publicações nacio- nais. 40 Revisão de Literatura GOMES, L.V.N.; MEDEIROS, L.M.S. Ordem e arranjo em desenhos industriais: malhas e grelhas, revisão e retoma- da. In: GRAPHICA, 2005. p. 3 (...) conotaríamos o termo malha como: Cada uma das estruturas gráficas elementares resultantes, em geral, de linhas retas perpendiculares, formando módulos geométri- cos com função: Estrutural (definição dos limites matemáticos da área de trabalho gráfico); filosofal (delimitação da proporção para ordenação do diagrama); diagramacional (representação das relações de compo- sição entre os elementos da informação a serem confor- mados no projeto). 41 Revisão de Literatura GOMES, L.V.N.; MEDEIROS, L.M.S. Retículas, grelhas e malhas: noções fundamentais e aplicações. In: GRAPHI- CA, 2005. p. 5 Figura 2: Princípios de movimentos para composição da malha filosofal baseados em Ostrower (1983); Ribeiro (1983); Lidwell (2003) Lidwell et al. (2003) dão o nome de Diagrama de Guten- berg ao conjunto de elementos gráficos que, didaticamen- te, são utilizados para explicar orientações e direções es- paciais. Eles dizem também que o diagrama que descreve o padrão geral de movimentos dos olhos quando se depara com a distribuição de informação homogênea é também conhecido por "Regra de Gutenberg" ou "Padrão Z de Pro- cessamento". 42 Revisão de Literatura LUZZI, André Antônio. Uma abordagem para projetos de layout industrial em sistemas de produção enxu- ta: um estudo de caso. 2004. 106 f. Dissertação (Mes- trado Profissionalizante em Engenharia) – Escola de Enge- nharia, Universidade Federal do Rio Grande doSul, Porto Alegre, 2004. p. 13 INTRODUÇÃO Considerações Iniciais (...) a otimização do layout possibilita a eliminação de uma série de perdas existentes devido à movimentação e trans- porte de materiais e produtos, além de estimular o traba- lho em equipe e facilitar o feedback de qualidade, gerando melhores índices de qualidade e produtividade. A execução do projeto de layout industrial deve estar ali- nhada às novas necessidades das empresas (...) a fim de garantir o crescimento e sobrevivência do negócio. p. 16 Justificativa 43 O layout industrial é um fator importante na reorganização das estruturas fabris. p. 21 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Tipos de layout industrial Layout funcional (job shop) 44 p. 23 Layout em linha (flow shop) p. 25 Layout celular 45 Revisão de Literatura NEMES, Ana. Fotografia: a regra dos terços. Tecmundo. Fotografia e Design. 11 mar. 2011. Disponível em < http://www.tecmundo.com.br/fotografia-e-design/8997- fotografia-a-regra-dos-tercos.htm>. Acesso em 14 abr. 2013. (...) a regra dos terços (...) em termos gerais (...) diz que ao compor um enquadramento, você deve traçar quatro linhas para dividir a tela em nove partes iguais, e então posicionar os objetos principais nas intersecções dessas linhas. 46 Revisão de Literatura TIPOLOGIA. Dicionário online de português. 2013. Disponível em < http://www.dicio.com.br/tipologia/>. A- cesso em 14 abr. 2013. Gráfica. Estudo dos caracteres tipográficos de forma siste- matizada, geralmente refere-se ao desejo das fontes. 47 Revisão de Literatura ROSSETO, Fernando. Hierarquia visual de elementos. De- sign Blog. Web Design. 19 mai. 2010. Disponível em < http://design.blog.br/web-design/hierarquia-visual-de- elementos>. Acesso em 14 abr. 2013. A hierarquia visual propõe um caminho para a visualização do conteúdo de acordo com a sua importância, comparada com as demais. Algumas palavras ou trechos são essenci- ais para o entendimento do contexto, ou seja, existem pa- lavras que devem ser vistas primeiro, outras em segundo e assim por diante. Alguns elementos pesam graficamente mais do que os ou- tros (...) os elementos com maior destaque guiam os usuá- rios para o resto das informações de acordo com a sua evolução. PESO VISUAL O peso visual dos elementos reforça a hierarquia dos mesmos. Criando contrastes de cores, posicionamento e tamanho dos elementos, podemos atribuir mais importân- cia para alguns objetos (...). 48 No caso da hierarquia visual (...) o conjunto visual é como se fosse uma narativa, se conseguirmos explicar bem os pontos chaves da história, ela é facilmente entendida e passada adiante. Por meio destes elementos podemos melhorar muito a ex- periência do usuário em busca de uma determinada infor- mação, em meio a milhares de informações (...).
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