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Revisão de Literatura SILVEIRA, Luciana Martha. Introdução à teoria da cor. Curitiba: UTFPR, 2011. 194 p. p. 52 OS ASPECTOS FÍSICOS DA COR ORGANIZANDO O MUNDO COLORIDO Cor-pigmento A cor-pigmento é a substância material constituinte do ob- jeto e é denominanda de acordo com a sua natureza quí- mica. Ela pode absorver, refratar ou refletir os raios lumi- nosos componentes da luz incidente. Por exemplo, um corpo é chamado de vermelho porque ele tem a capacida- de de absorver quase todos os raios da luz branca inciden- te, refletindo para os nossos olhos apenas a totalidade dos vermelhos. A este processo dá-se o nome de síntese sub- trativa. O primeiro conjunto de cores-pigmento (...) é denominado cores-pigmento opacas. 2 p. 53 As cores primárias indecomponíveis desse primeiro conjun- to são o vermelho, o amarelo e o azul, sendo a síntese subtrativa das três o preto. p. 54 O segundo conjunto de cores-pigmento é chamado de coa- res-pigmento transparentes e é utilizado nas artes gráficas, pintura em aquarela ou por transparência em retículas, principalmente por gozarem de certa confiança química. 3 As cores primárias para este conjunto são o magenta, o amarelo e o ciano. A mistura destas três cores (...) produz (...) o cinza-neutro por síntese subtrativa. p. 55 Cor-luz A cor-luz é o intervalo visível do espectro eletromagnético e tem como resultado da mistura das três cores primárias a luz branca. O estímulo da cor-luz é obtido de duas for- mas diferentes: pode ser emitido por uma fonte de luz monocromática, ou obtido por dispersão dos raios lumino- sos de luz não monocromática. 4 As chamadas cores-luz primárias ou cores primárias aditi- vas são o vermelho (Red), o verde (Green) e o azul- violetado (Blue) (...). p. 56 A partir da mistura dessas três cores (...) é possível obter um grande número de cores. Este processo que acompanha as cores-luz é chamado sín- tese aditiva. As secundárias magenta, amarelo e ciano são o resultado da soma de (...) luzes primárias. p. 57 A mistura de uma cor primária (...) com uma cor secundá- ria (...), formada a partir das duas cores primárias restan- tes, resulta por síntese aditiva na luz branca. 5 Estes pares são chamados complementares (verme- lho/ciano, verde/magenta e azul/amarelo). Conceitos fundamentais a partir dos apectos físico da cor (...) a cor acontece porque ondas de uz alcançam os obje- tos atraves de uma transmissão da fonte de luz para o ob- jeto, e deste para o observador ou quando o objeto é a própria fonte de luz. p. 59 Os círculos cromáticos O Círculo Cromático é a primeira organização do numeroso e complexo mundo visual colorido. É um instrumento im- portante para o designer porque organiza a visualização das possibilidades cromáticas, além de mostras também a localização das cores, como as cores vizinhas (também chamadas análogas), as contrárias (também chamadas contrastantes ou complementares), as harmonias geomé- tricas (em triângulos, quadrados ou hexágonos) e outras combinações de cores, utilizadas para pensar a Harmonia Cromática aplicada aos projetos. 6 p. 60 p. 61 p. 64 Sistemas cromáticos ordenados A necessidade de organização da imensa gama de cores presente em nosso mundo perceptivo evidencia a impor- tância do controle de sua sistematização em modelos topo- lógicos (...). p. 66 7 A esfera de cores de Runge, publicada em 1810, é um sis- tema de ordenação de cores que compreende todas as sensações de cor. p. 67 (...) Runge pensou um modelo com a forma de uma esfera parecida com o globo terrestre. O polo norte corresponde ao branco e o polo sul ao preto. O equador corresponde ao círculo de matizes puros ou saturados (...). Os polos estão conectados por meridianos que cruzam o equador e para- lelos. Essas intersecções definem campos na superfície, ocupados por tonalidades intermediárias. 8 A vantagem desse modelo está em sua beleza estética, porém logo se percebe algumas cores muito juntas en- quanto outras muito separadas. Albert Munsell, em 1905, sistematiza a cor a partir de uma esfera, passando ao Atlas do Sistema de Cores Munsel em 1915. p. 68 Este Atlas é um sólido tridimensional irregular, formado pela análise das variáveis de cada cor: matiz (hue), o valor (value) e o croma (chroma). Para ele, matiz é a caracterís- tica que diferencia uma cor da outra (...), o valor é (...) o grau de claridade ou de obscuridade contido numa cor, e o croma, por sua vez, é a qualidade de saturação de cada cor que indica seu grau de pureza. p. 70 Munsell criou um sólido que comporta o fato de algumas cores possuírem caminhos cromáticos mais longos e outros mais curtos. 9 p. 71 A ciência da colorimetria definiu, em 1931, através da Co- mission Internacionale de I’Eclairage (CIE), um sistema que vem sendo acrescido de modificações desde o seu nascimento, se tornando familiar tanto na indústria da cor quando no mundo dos estudos sobre a luz. O sistema CIE, como é chamado, fundamenta-se na distri- buição espectral da luz (...) considerando tanto as fontes de luz primárias quanto as secundárias. 10 p. 72 p. 73 (...) a CIE resolveu adotar três cores primárias ideais (...) chamadas de estímulos ideiais, sendo designados X, Y e Z para vermelho, verde e azul, respectivamente. p. 76 Frans Gerritsen trabalha em 1989 com as cores opostas, tentando adequá-las ao espaço tricromático (...) que com- portasse tanto os pares opostos de Goethe (branco-preto, amarelo-azul e vermelho-verde) como a tríade RGB. Pen- sando nisso, Gerritsen chegou a uma modelo com a varia- ção da luminosidade colocada no eixo vertica branco- preto, como a variável de valor de Munsell. 11 p. 77 Gerritsen divide seu modelo em ondas curtas e longas, dentro de uma escala de comprimento de onda. Cortando esta (...) figura no amarelo e fazendo-a girar 90 graus, Guerritsen cria o primeiro par de cores opostas, o vermelho-verde, com o centro no amarelo (...). A seguir, Guerritsen faz uma ligação entre o azul, o verde e o vermelho, criando com isto um triângulo equilátero (...) tendo no baricentro o ponto neutro ou branco. Como desejava inicialmente Gerritsen, as cores primárias do es- paço tricromático RGB tinham o seu lugar no triânguo, as- sim como os pares de opostos com suas respectivas sínte- ses. 12 p. 78 Existem muitos outros modelos além dos aqui menciona- dos, e todos compartilham três aspectos já destacados (...). O primeiro deles é a necessidade da obtenção de modelos organizados no mundo cromático perceptivo (...). p. 79 O segundo aspecto diz respeito ao controle sobre a esco- lha da harmonia cromática de valores e tons (...). p. 123 A COR NOS ASPECTOS CULTURAIS E SIMBÓLICOS Da sensação da cor à percepção cromática A percepção das cores é um problemado qual se ocupam os pesquisadores desde muitos anos, juntamente com as questões físicas e fisiológicas de como se percebe a luz e como acontece a percepção de movimento. Pesquisadores da percepção do mundo visual se ocuparam da luz e da cor como matéria-prima da visão, pois se sabe há muito ser impossível a percepção visual de um objeto se não tem os aparatos fisiológicos perfeitamente sensíveis 13 à luz refletida por este mesmo objeto e ao valor do matiz dessa luz. Sabe-se que raras vezes se vê a cor de forma isolada, e sim a cor ligada a objetos. Quando se observa a cena de uma paisagem numa foto- grafia, por exemplo, quase não se atenta para a infinidade de desafios perceptivos que envolvem esta simples obser- vação. Enumerando alguns: a textura,a cor, a sensação de profundidade ou abstração dos objetos que envolvem a cena, sem falar das possíveis ilusões representativas e afe- tivas, como sensações de tristeza ou felicidade, agregadas aos objetos reconhecidos. Os estudos da percepção foram logicamente estruturados em torno dos órgãos visuais, de onde as conclusões sobre a percepção cromática têm um importante destaque. p. 124 A maioria dos estudos sobre percebção parte do princípio de que perceber coisas depende primeiramente de ter sen- sações. Portanto, a percepção é a elaboração, análise e sintetização da sensação. 14 Chama-se sensação aquilo que é primeiramente reconhe- cido através dos cinco sentidos (visão, audição, tato, pala- dar e olfato). Os olhos ou os ouvidos nos proporcionam primeiramente as sensações, e a partir daí começa o pro- cesso de combinação, análise e síntese, promovendo a intepretação, que se chama percepção. A percepção cromática acontece dessa mesma maneira. A ação física da luz dentro dos olhos é a sensação, que pode apenas proporcionar as cores, mas não os objetos colori- dos. A percepção dos objetos coloridos são resultados da análise e síntese realizadas a partir das sensações. p. 126 Para a Gestalt, uma forma não era um composto de sen- sações, mas um processo de organização sensorial. Supu- nham que este processo era relativamente espontâneo e produzido no cérebro. Assim, concebiam o problema de como podemos ver formas visuais como a formação de um campo, cujas particularidades (contorno e fundo) possuíam forças de atração e repulsão unindo-as ou separando-as. De acordo com a Teoria da Gestalt, a imagem formada na retina são partes separadas e isoladas da forma. Quando estas partes são projetadas no córtex é que começam a 15 operar as forças de atração ou repulsão, unindo-as em uma gestalt (que significa todo, configuração ou forma). A escola da Gestalt foi responsável (...) por muitos experi- mentos que procuravam provar um fenômeno determinado constância perceptiva. p. 127 A constância perceptiva é um fenômeno através do qual os objetos mantêm sua cor, sua identidade, seu tamanho, sua textura, sua forma e sua massa, frente à existência de va- riaçõs nas imagens retiniansa com as quais se correspon- dem. (...) se conhece hoje por constância aproximada das coisas visuais (...). Os objetos permanecem com a mesma apa- rência, isto é, mesmo tamanho e mesma massa, a qual- quer distância que estejam do observador, a mesma for- ma, textura e cor, se considerados sob diferentes fontes de luz. A primeira explicação imediata para esta constância das características dos objetos na percepção foi a de que alte- ramos nossas sensações de tamanho, forma e cor dos ob- 16 jetos de acordo com a busca de seu tamanho, forma e cor autênticos (...). Os significados são apreendidos através do repertório de experiências do indivíduo, o que depende diretamente da memória. Por isso mesmo eles diferem em muito de um indivíduo para outro, ou de uma cultura para outra, mes- mo que seus aparelhos fisiológicos sensitivos sejam basi- camente os mesmos e seus mundos sejam mundos de es- paços e objetos parecidos. p. 128 No que diz respeito à constância cromática, isto é, à ten- dência para que os objetos permaneçam com a mesma cor mesmo sob o efeito de fontes de luz coloridas que interfe- rem em sua percepção, outros estudos (...) proporciona- ram o entendimento da constância cromática como sendo o fenômeno pelo qual as cores tendem a estar intimamen- te vinculadas a superfícies, objetos e bordas. A cor é afe- tada pela estimulação do ambiente e principalmente pelo repertório guardado na memória de cada observador. Associamos os objetos a seus usos e perigos, quantas ve- zes nos foram satisfeitas as vontades ou até quantas vezes 17 nos levaram a uma determinada ação. Na realidade, as superfícies, bordas, cores, texturas e formas são percebi- das como objetos prontos, ou seja, como bolsas, tapetes, laranjas, sapatos ou arco-íris, atrelados ao nosso repertório cultural. Em termos de cor, podemos concluir que não aprendemos as sensações cromáticas isoladas e sim num todo de per- cepção, ou seja, as folhagens nos parecem verdes, o céu nos parece azul, a banana nos parece amarela com man- chas pretas, etc. p. 129 Podemos então supor que o mundo visual constitui uma primeira experiência não aprendida, mas que carece de significado quando é visto pela primeira vez. O que se aprende é ver os significados agregados aos ob- jetos. Os integrantes do mundo visual, assim como as cores (...), têm significados que não se separam de suas qualidades espaciais concretas, isto é, não se pode separar os objetos e seus atributos de seus significados. 18 Quando agregamos outros significados às cores (...), es- tamos atribuindo-lhes também modificações em suas qua- lidades físicas concretas. p. 130 Com relação à percepção cromática, existem um fenôme- nos chamado cor de memória, isto é, a cor está associada aos diferentes objetos por efeito da memória, sofrendo toda mudança conjuntamente com o significado deste ob- jeto. p. 131 A construção simbólica das cores, sua materialização e seus efeitos perceptivos Para estudar a percepção simbólica da cor e seus efeitos perceptivos, se deve atentar para três momentos, sendo estes a construção cultural símbolica social e coletiva, a materialização dos significados em dicionários de cor e, por fim, os efeitos psicológicos desta construção, ou seja, co- mo a cor afeta o humor do ser humano. Enquanto seres culturais, participa-se ativamente da cons- trução dos significados de tudo o que povoa o cotidiano. 19 Está-se envolvido diretamente com a construção simbólica dos objetos, que por sua vez mediam a percepção, reafri- mando ou construindo novos significados. p. 132 Constroem-se até os significados atrelados a nossas tradi- ções. Os significados são construídos no uso, coletivamen- te, isso significa então que, a cada vez que uma mulher se casa com um vestido branco de noiva, está reforçando o significado de “pureza” da cor branca, aplicada ao seu ves- tido. O que dá qualidade e significado aos signos é a sua utiliza- ção. Participa-se da construção simbólica das cores utili- zando os objetos no nosso cotidiano, para a interação so- cial, e assim se reforça e reifica as características desses objetos. Essa materialização dos significados construídos de cada cor ainda não é o efeito que cada cor produz no nosso humor cotidiano, mas certamente irá gerá-lo. 20 p. 133 Cada cor tem a sua história, marcada popr hábitos e signi- ficados, e é isto o que a torna passível de classificação. Podem-se tomar as cores como instrumentos ativos de uma determinada cultura e, no caso da cultura oriental, tem-se as cores culturalmente atreladas aos significados. Essa construção e atribuição de significados das cores, ma- terializadas em objetos, causam efeitos fisiológicos e psico- lógicos nas pessoas. O significado de cada cor, assim como o efeito que cada uma delas tem, depende de onde ela está aplicada. Vermelho (PASTOREAU, 1997): cor por excelência, a mais bela das cores; cor do signo, do sinal, da marca; cor do perigo e da proibição; cor do amor e do erotismo; cor do dinamismo e da criatividade; cor da alegria e da infância; cor do luxo e da festa; cor do sangue; cor do fogo; cor da matéria e do materialismo. p. 134 Vermelho (efeito): causa a sensação de alegria, invasão de felicidade intensa, beleza, raridade; sensação de apre- emsão, de aviso, chama a atenção; sensação de prazer proibido; sensação de paixão sem limites, de amor sem 21 consequências, sem atrelamento; sensação de energia, movimento, pulsação; sensação da energia criadora;de geração de insights; sensação de alegria ingênua, sim- plesmente feliz; sensação de poder da beleza e da sabedo- ria; sensação barulhenta da alegria de comemoração e comunicação; sensação de vida pulsante nas veias; sensa- ção de calor forte e de claustrofobia; sensação de dor real, material. Amarelo (PASTOREAU, 1997): cor da luz e do calor; cor da prosperidade e da riqueza; cor da alegria, da energia; cor da doença e da loucura; cor da mentira e da traição; cor do declínio, da melancolia, do outono. Amarelo (efeito): causa a sensação de calor dos dias quen- tes de verão, porém devagar, atinge a sensação de calor dos desertos, de um sol ardente, incomodando; sensação de estímulo à busca do poder, da riqueza material; sensa- ção de alegria dos dias de sol; sensação da energia do ca- lor do sol; sensação de tensão, (...) de excitação do inte- lecto e ajuda na retenção de informações na memória (...), com o tempo gera um stress que aumenta a cada minuto, sensação de exposição de seu interior a todas a pessoas, gerando insegurança; sensação de auge da vida, porém é 22 tambéma sensação de início de decadência, da poesia tris- te dos dias de outono. Azul (PASTOREAU, 1997): cor preferida de mais da metade da população ocidental; cor do infinito, do longínquo, do sonho; cor da fidelidade, do amor, da fé; cor do frio, da frescura, da água; cor real e aristocrática. Azul (efeito): causa a sensação de paz e tranquilidade do céu; sensação de infinito espacial, expandindo planos e superfícies; sensação de estar num mundo de sonho, cria- do de acordo com os nossos desejos, perfeito; sensação de segurança e conforto da família; sensação de frio, in- verno; sensação de pureza, transparência, sensação de luxo, requinte, sofisticação, realeza. p. 135 Verde (PASTOREAU, 1997): cor do destino, da dita e da desdita, da fortuna, do dinheiro, do acaso, da esperança; cor da natureza, da ecologia, da higiene, da saúde, da frescura; cor da juventude, da seiva que sobe, da liberti- nagem; cor da permissão, da liberdade; cor do diabo e do que é estranho; cor ácida que pica e envenena. 23 Verde (efeito): causa a sensação de esperança, de contro- le do próprio destino, sensação de completude, da não necessidade material, de modéstia; sensação de prosperi- dade; sensação de sorte; sensação de estar num ambiente naturalmente agradável, esteticamente harmonioso; sen- sação de jovialidade, de energia, onde tudo é permitido; sensação de estar saciado, sem fome, sem vontade de comer. Branco (PASTOREAU, 1997): cor da pureza, da castidade, da virgindade, da inocência; cor da higiene, da limpeza, do frio, do que é estéril; cor da simplicidade, da discrição, da paz; cor da sabedoria e da velhice, cor da aristocracia, da monarquia; ausência de cor; cor do divino. Branco (efeito): sensação de harmonia, de paz; sensação de sinceridade; sensação de ingenuidade protegida; sen- sação de limpeza estéril; sensação de inverno; sensação de proteção da intimidade; sensação de realeza; sensação de suporte à espiritualidade; sensação de harmonia no todo estético onde me econtro; sensação de ordem, equilí- brio, disciplina; sensação de calma e tranquilidade para se executar todas as tarefas necessárias. 24 Preto (PASTOREAU, 1997): cor da morte; cor da falta, do pecado, da desonestidade; cor da tristeza, da solidão, da melancolia; cor da austeridade, da renúncia, da religião; cor da elegância e da modernidade; cor da autoridade. p. 136 Preto (efeito): causa a sensação de perda; sensação de introspecção; sensação de escuridão, de ser tragado pela falta de clareza na visão; sensação de precisão científica e tecnológica; sensação de poder de julgamento. Esquemas de combinação de cores (...) são formas de manipular o Círculo Cromático, encon- trando possíveis paletas para a aplicação das cores em projetos. Segundo Kopacz (2003), os esquemas de combinação po- dem ser agrupados em dois grupos: (...) “esquemas de consenso” e (...) “esquemas de equilíbrio”. São esquemas de consenso: Acromático Neutros 25 Monocromático Análogos (adjacente, consonante) São esquemas de equilíbrio: Diádicas Complementares Diáticas Tons-Rompidos Triádicas Assonantes Complementares Divididas Esquemas com quatro cores Esquemas com seis cores p. 137 Esquemas de consenso A ideia dos Esquemas de Combinação de Cores de Con- senso é diminuir os contrastes, promovendo uma paleta sem sobressaltos. Esta paleta é planejada escolhendo-se cores que possuem similaridades inerentes. Quanto mais consistentes, mais próximas, mais similares pareçam, serão percebidas como mais harmônicas. Isso acontece por dois motivos: o primeiro (...) fisiológico, isto é, se dá no nível dos olhos. (...) Se as cores são próximas e consistentes umas com as outras, os olhos as entendem 26 como um bloco formal similar, facilitando a percepção do todo cromático. O segundo motivo (...) é justamente a sensação de simila- ridade. Sendo as cores próximas e percebendo a sua simi- laridade em uma cor, elas necessariamente diminuem os contrastes. p. 139 Acromático 27 p. 140 Neutros p. 142 Monocromático 28 p. 144 Análogas p. 145 Esquemas de equilíbrio Os Esquemas de Combinações de Cores de Equilíbrio são assim chamados porque promovem o Equilíbrio no contras- te das cores, a partir do Círculo Cromático. Procura-se escolher as cores em equilíbrio sob dois aspec- tos: o fisiológico e o simbólico. O Equilíbrio fisiológico a- contece na escolha de cores que se complementam no stress e alívio dos cones ótico, promovendo assim o con- forto visual. 29 O Equilíbrio simbólico vem da tentativa de promover a mesma complementação, porém no significado das cores. Este equilíbrio vem da escolha de uma paleta, a partir da sua oposição no Círculo Cromático, obtendo assim o con- forto psíquico no contraste de significados. p. 147 Diádicas complementares 30 p. 149 Diádicas tons-rompidos p. 150 Triádicas assonantes 31 p. 152 Complementares divididas p. 153 Esquemas com quatro cores 32 p. 154 Esquemas com seis cores 33 Revisão de Literatura GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação: a cons- trução biofísica, linguística e cultura da simbologia das cores. 3 ed. São Paulo: Annablume, 2000. 160 p. p. 54 CAPÍTULO VERDE – FOTOSSÍNTESE DA COR Delimitação do espaço da cor Os parâmetros de definição da cor Por matiz entendemos a própria coloração definida pelo comprimento de onda; é o que determina o que conhece- mos por azul, vermelho, amarelo, verde, etc. Por valor en- tendemos a luminosidade da cor, ou o quanto a cor se a- proxima do branco ou do preto. Por croma, entendemos a sensação ou o grau de pureza da cor. Os três parâmetros (...) são praticamente universais. Um primeiro para determinar a exata posição da cor no espec- tro eletromagnético; um segundo para determinar as ate- nuações ascendentes (clareamento) e descendentes (escu- recimento) da cor; e um terceiro para determinar a proxi- midade da cor espectral com a sua correspondente em uma escala de cinza. 34 p. 55 p. 56 Atualmente, encontramos também os termos tom, brilho e saturação (hue, lightness, saturation) em diversos softwa- res de desenho gráfico e paginação eletrônica. O tom defi- ne a cor espectral de origem, como o matiz; o brilho define a atenuação ascendente (...) e a atenuação descendente (...); e a saturação, utilizada no mesmo sentido atribuído por Varela [As cores saturadas têm um croma mais alto enquanto as cores desaturadas estão mais próximas do cinza]. p.65 Primárias/secundárias: a sintaxe das complementares Consideramos primárias as cores que não podem ser for- madas pela soma de outras cores (são irredutíveis), e se- cundárias as cores formadas pelo equilíbrio óptico ou físico entre duas cores primárias, ou seja, cores formadas pela 35 mistura de duas cores primárias em iguais quantidades ou iguais intensidades. 36 Revisão de Literatura SAMARA, Timothy. Elementos do design: guia de esti- lo gráfico. Porto Alegre: Bookman, 2010. 272 p. p. 82-23 CAPÍTULO 2 – COR Identidade das cores 37 p. 84 Matiz Este termo refere-se à identidade da cor – verme- lho, violeta, laranja, etc. Esta identidade é o resultado de como percebemos a luz refletida através dos objetos em determinadas frequências. Dos quatro atributos intrínsecos da cor, a percepção do matiz é o mais absoluto (...) p. 85 Alguns matizes que podemos perceber são de certa manei- ra absolutos, as chamadas cores primárias subtrativas. Essas cores – vermelho, azul e amarelo – contêm o máxi- mo de diferença entre si em termos de frequência que o olho humano consegue perceber. Quando vemos uma frequênia de luz entre duas cores pri- márias, percebemos um matiz que as mistura uniforme- mente. Esses matizes são as cores secundárias: (...) laran- ja (...) verde (...) violeta. A mistura adicional produz as cores terciárias (...). p. 86 Saturação A saturação da cor descreve sua intensidade ou brilho. Uma cor saturada é muito intensa ou vibrante. Cores opacas ou sem brilho são chamadas de dessatura- 38 das; cores em que quase nenhum matiz é visível – como cinza ou marrom opaco – são chamadas de neutras. Aproximar dois matizes cuja diferença de frequência entre si é a maior possível, o que significa maior proximidade com qualquer uma das cores primárias opostas, fará com que a intensidade das cores aumente de modo significati- vo. p. 89 Valor O valor de uma cor refere-se à sua escuridade ou claridade intrínseca. O amarelo é claro; o violeta, escuro. Novamente, tudo é relativo. Uma cor pode ser considerada clara ou escura apenas quando comparada com outra cor. Clarear o valor de um matiz saturado tende a dessaturá-lo. Aumentar o valor (escurecer) de um matiz de moderada- mente para intensamente saturado irá, inicialmente, inten- sificar sua saturação, mas se o valor for muito escurecido, o matiz se tornará menos vibrante. Colocar qualquer cor sobre uma cor mais escura fará com que ela pareça mais clara, assim como aumentar a quanti- dade de uma cor. Aproximar dois matizes do mesmo valor, independente- mente de sua intensidade relativa, cria um curioso efeito 39 de “sangrado” que mexe com nossa capacidade de ver um limite claro e distinto entre os dois. Quanto mais diferentes forem os matizes, ou mais semelhantes em relação à in- tensidade, mais intenso será esse efeito; em alguma inte- resecção mágica de matiz e saturação, o limite entre duas cores do mesmo valor será quase impossível de ser visto. p. 90 Temperatura A temperatura da cor é uma qualidade sub- jetiva que está relacionada a experiências. As cores consi- deradas “quentes”, como o vermelho e o laranja, lembram- nos do calor; as cores frias, como o verde ou o azul, reme- tem a objetos ou ambientes frios, como o gelo. A temperatura de qualquer cor será lançada em uma dire- ção ou outra se comparada com outra cor. 40 p. 94 Interação cromática Relações entre matizes 41 p. 97 Relações de valor 42 p. 98 Relações de saturação 43 p. 100 Relações de temperatura 44 p. 106 Sistemas de cor Proporção de cores É sempre importante estabelecer um pouco de flexibilidade em um sistema. Em primeiro lugar, os componentes de um sistema – como uma família de catálogos – poderiam mudar ao longo do tempo; ou novos, que não foram considerados no planejamento inicial, pode- riam ser adicionados. As cores podem ser todas do mesmo matiz, mas ter valo- res e intensidade diferentes; podem ser matizes intensos que são complementos divididos uns dos outros. O número de cores selecionado e sua relação devem ser determina- dos de acordo com a quantidade de componentes do sist- ma que será delineada. 45 p. 107 p. 108 Sistemas de cores limitados Embora inúmeros projetos exijam quadricromia, ou imagens CMYK, optar pelo uso de tintas de cor específica – chamadas de cores especiais – oferece possibilidades impressionantes. A cor especial não precisa ficar restrita a projetos de baixa tiragem ou baixo orçamento; mesmo uma paleta de duas cores cuidadosa- 46 mente selecionadas pode comunicar com eficácia e unificar os materiais. Quando o designer estiver trabalhando apenas com duas ou três cores de tinta, é fundamental escolher cores com interação cromática, dinâmica. p. 110 - 111 Emoções e mensagens Psicologia das cores As cores transmitem mensagens psicológicas que podem ser utilizadas para influenciar o conteúdo – tanto nas imagens como no significado verbal da tipografia. 47 48 p. 161 CAPÍTULO 3 – TIPOGRAFIA O que acontece agora? Tipografia colorida Cores cromáticas (...) têm um efeito dinâmico sobre a tipografia. O valo relativo das cores, suas áreas claras e escuras, é um aspecto das cores cromáticas que exige muita atenção em relação à maneira como elas afetam a tipografia – es- pecialmente sua legibilidade – por exemplo, quanto o tipo colorido está sobre um fundo colorido. À medida que os valores se aproximam, o contraste entre o tipo e o fundo diminui, e o tipo torna-se menos legível. 49 Revisão de Literatura GAVA, Marcela. Aprenda a usar as cores. Especial. Com- puter Arts, São Paulo, n. 62, p. 34-40, out. 2012. p. 35 A cor pode transmitir sensações e ideias. Mas, para saber usá-la de modo eficaz, é necessário muitas pesquisas e experimentações. Conhecer a teoria é uma boa maneira de dominar o ins- trumental e conseguir os efeitos desejados, afinal, a rela- ção entre as cores é um dos elementos que permitirá que alguém alcance aspectos de calma, excitação e estranha- mento. Assim como escolher tipografias e formas, encontrar as cores corretas para cada design não é simples. p. 36 Para o professor do curso de design gráfico do Centro Uni- versitário Belas Artes Luiz Carlos Bagno, a primeira coisa que a pessoa deve fazer é se questionar o que quer da cor, independentemente se é um projeto de design com a comunicação mais focada ou um trabalho mais poético de 50 artes visuais. “Se quer trabalhar as significações, deve analisar o que essa cor quer dizer em um tempo e espaço, pois um vermelho na cabeça de uma arara não é a mesma coisa que um vermelho na tampa de um desodorante”, explica. Para ele, todo o contexto compositivo deve ser analisado, desde questões da quantidade de cor a ser usa- da até a combinação entre duas cores. “O verde em uma mancha é diferente de um verde em uma parede de dez metros. Esse verde do lado de um vermelho pode dizer uma coisa e, do lado do preto, outra.” Dominar o uso do círulo cromático auxilia os profissionais a não combinar de forma aleatória, o que pode resultar em um conjunto de cores cansativo aos olhos. Administrar conceitos teóricos como tonalidade, valor, escala tonal, luminosidade e saturação ajuda a trabalhar uma combina- ção harmônica. Cor como informação Luciano Guimarães, professor da Escola de Comunicação e Artes da USP (...) afirma que há uma forma muito superfi- cial e imediata do uso da cor que simplifica seu significado. Por exemplo, considerar que opreto é luto ou verde é es- perança. “O que trabalho é buscar uma relação da cor com 51 uma simbologia dentro do contexto dessa informação”, comenta. p. 37 No repertório da cor há um aspecto dinâmico, já que ela tem uma história – o vermelho, por exemplo, em sua ori- gem se relaciona a sangue ou fogo – que se desenvolve, portanto, é possível vincular uma cor a um significado por conta de algo momentâneo, e ele pode se fortalecer den- tro daquele sistema simbólico ou desaparecer e deixar de ser utilizado, mas durante aquele tempo foi válido. Sendo assim, por conta de toda essa possibilidade de re- pertório, é imprescindível reconhecer qual será o ponto essencial da informação para trabalhar em cima. “Para u- sar a cor com consciência, primeiro deve conhecer a in- formação que está lidando; segundo, para quem vai falar (perguntar-se: “aquele projeto atende a quem?”); terceiro, buscar dentro do seu projeto o que pretende com a cor e o que quer que chegue ao receptor”, explica. (...) “Não adianta fazer uma leitura do meu repertório para representar o outro, já que devo conhecer o universo do outro e traduzi-lo para quem (...) não conhece o repertó- 52 rio.” Ele lembra que a cor pela cor não é simbólica, por isso deve estar dentro de um contexto. “A cor terá o apoio da palavra, de desenhos, de uma escrita (...), para dispa- rar algo que a pessoa entenda (...)” p. 39 Cor pelos profissionais O iustrador Leandro Lima (www.leandro-lima.com) acredi- ta que a pessoa tem de adaptar sua maneira de trabalhar cores com a necessidade de cada projeto, não esquecendo para quem é direcionado e qual tipo de emoção que se deseja passar. O trio Renato Reno, Douglas Castro e Victor Rocha, do Bi- cicleta Sem Freio (www.flickr.com/bicicetasemfreio), define as cores depois de muitas experimentações e testes. p. 40 A definição da plataforma, se é impressa ou digital, tam- bém interfere na opção do uso das cores. O padrão de cores CMYK é muito usado em impressões em papel, já a RGB é utilizada em telas de computadores e televisores. 53 Combinar as cores de forma aleatória e experimental tam- bém é um estilo, no qual você pode ser bem sucedido. Mas, para facilitar o processo de criação, dominar a técnica para escolha e combinação das cores pode agilizar e favo- recer seu trabalho. 54 Revisão de Literatura SEBASTIANY, Guilherme. Estratégia de marca pela cor. Aprenda a usar as cores. Computer Arts, São Paulo, n. 62, p. 38, out. 2012. A cor representa um papel muito forte na identificação de uma marca. Antigamente, como o mercado apresentava poucos concorrentes, uma indústria de um segmento se apropriava de uma cor, logo o concorrente optava pelo uso de uma cor oposta. Hoje, a concorrência aumentou, portanto, a cor assumiu a responsabilidade de comunicar algo sobre a empresa, o produto ou sua personalidade. Dessa forma, antes de inici- ar um projeto, é necessário estudar o mercado e entender como aquele segmento adotou certas cores. A cor, quando misturada com tipografia, forma e nome, cria um conjunto de impressão sobre a personalidade de uma marca. Dessa maneira, é possível saber a que público atende: se jovem ou velho, se é barato ou caro. A alteração de tonalidade é outro elemento que muda o significado do projeto. 55 (...) sempre há uma mudança cultural no entendimento das cores e sua composição, coisa que vai além dos fato- res psicológicos. 56 Revisão de Literatura HORST, Hogrefe. Cor e saúde: o efeito das cores nas somatopsicopatologias. 2011. 68 f. Monografia (Pro- grama de Especialização em Psicologia Corporal) – Centro Reichiano de Psicoterapia Corporal, Curitiba, 2011. p. 20 EQUILÍBRIO E HARMONIA DE CORES Como a harmonia das cores depende de uma relação de equilíbrio entre as forças, Guimarães (2000) sugere que a interação das cores pode ocorrer de duas maneiras: a) Por meio de cores complementares (uma primária e uma secundária ou duas terciárias); b) Pela complementaridade da mescla de duas primárias com a justaposição à terceira primária. Outra forma de se obter a harmonização de cores é pela semelhança entre os dominantes e pela semelhança entre os subordinados. Na semelhança dos dominantes, uma base primária forma as duas cores que se encontrarão no padrão, porém cada uma dessas cores terá a tendência manifesta para uma das outras cores primárias e delas adquirirão parte da sua expressão. Isso inclui a luminosi- 57 dade, peso, movimento, ativação, passividade e outras características, criando relações de tensão. Já na seme- lhança pelos subordinados para se chegar à harmonização de cores, são necessárias duas cores primárias dominantes e uma terceira cor subordinada em comum. p. 22 Ao analisar o contraste das cores, Franckowiak (2000) a- firma que o processo perceptivo de diferenciação entre os elementos de um quadro pictórico depende do grau de semelhanças e contrastes que servem de parâmetro para a compreensão do todo. “Os contrastes chamam a atenção em primeiro lugar, ajudam na memorização dos detalhes e na distinção dos mesmos no espaço, sugerem profundida- de, distância e tridimensionalidade”. (FRANCKOWIACK, 2000, p. 173) 58 Revisão de Literatura PIRAUÁ, José. Ergonomia da cor. Slideshare. 24 abr. 2009. Disponível em <http://www.slideshare.net/piraua/linguagem-das-cores- aula-7>. Acesso em: 28 abr. 2013. 59 60 Revisão de Literatura SOUZA, Enio. O papel das cores na comunicação do produ- to. Human – design e comunicação. 20 abr. 2012. Dis- ponível em < http://www.agenciahuman.com.br/blog/o- papel-das-cores-na-comunicacao-do-produto/>. Acesso em: 28 abr. 2013. As cores têm um impressionante poder de provocar estí- mulos emocionais e psicológicos, de afetar o humor e de influenciar nossas decisões de compra. (...) Se os consumidores, como agentes emocionais, são esti- mulados e movidos pela emoção, seu produto precisa também transmitir emoção. Entretanto, a forma como o cérebro processa as cores, o modo como elas influenciam nossa capacidade associativa e o que define a maneira como reagimos a cada uma delas não dependem somente da cor em si e do significado está- tico que poderiam transmitir isoladamente. Esse fenômeno é extremamente complexo e leva em conta, entre outros inúmeros fatores, o contexto cultural, o universo no qual determinada cor está inserida e a participação de outras cores ao redor dela. Até os significados transmitidos po- 61 dem ter conotações opostas e se modificarem ao longo do tempo. Esse repertório de técnicas de harmonização cromática aliado aos conhecimentos sobre a psicodinâmica das cores na comunicação fornece parâmetros seguros para decidir qual a solução mais adequada na busca por um resultado não apenas esteticamente agradável, mas comunicativo, legível e com pontos focais bem definidos para a adequada condução do olhar. O mapeamento preciso de dados sobre o produto, a em- presa, o comportamento do consumidor, a cultura local, o posicionamento dos concorrentes, a linguagem e cores predominantes da categoria, os prováveis locais onde fica- rão dispostos os produtos e a correta interpretação dos resultados de pesquisas quantitativas e qualitativas fazem parte de um trabalho bastante abrangente que, quando bem planejado e executado, resulta invariavelmente em embalagens atraentes e vendedoras. 62 Revisão de Literatura COR dominante e cor subordinada. Cobaia. Jun. 2010. Disponível em <http://mjcoffeeholick.tumblr.com/post/684422095/cor- dominante-e-cor-subordinada>. Acesso em 28 abr. 2013. SUBORDINADA: Cor visualmente mais fraca que complementa ou contrasta com a cor dominante. DOMINANTE: Cor principal utilizadapara capturar a atenção do especta- dor. DESTAQUE: Cor utilizada para fornecer um detalhe visual agradável.
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