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Revisão de Literatura GODOY, Robson. Grids: o que são e para que servem. De- sign Blog. Design Gráfico. 20 de abril de 2012. Disponível em <http://design.blog.br/design-grafico/grids-o-que-sao- e-para-que-servem>. Acesso em 03 de abril de 2013. UMA DEFINIÇÃO Um grid é uma malha construída com diversos retângulos, usada para ordenar elementos gráficos. (...) só podemos partir para a criação de um grid após termos definido o tipo de projeto que estamos trabalhan- do. O grid sempre é construído após termos definido o conceito do trabalho, afinal, “o conteúdo determina a es- trutura que o grid terá” (TONDREAU, 2009). PARTES DE UM GRID Margens: espaços negativos entre a borda da página e a área do conteúdo. (...) Podem servir tanto como área de descanso para os olhos, como para chamar a atenção para o conteúdo que elas enquadram. 2 Linhas de fluxo: alinhamentos horizontais no espaço. Não são linhas visíveis, mas são usadas para guiar o sentido de leitura do usuário pela página. Zonas especiais: grupos de módulos que formam campos distintos. Esses campos servem para informações específi- cas do projeto (imagens, publicidade, etc). Módulos: cada pequena unidade que compõe a malha. São espaçados uniformemente e permitem inúmeras possibili- dades de composição. Marcador: elementos que auxiliam na navegação pelo do- cumento, como número de página, título de seção, etc. Coluna: áreas verticais que contém texto ou imagens. As colunas podem ter o mesmo tamanho ou tamanhos varia- dos, dependendo da informação que está sendo trabalha- da e dos elementos gráficos a se dispor no layout. TIPOS DE GRIDS Grid de uma coluna: geralmente usado em textos corridos como relatórios e livros. O foco nesse tipo de grid é o tex- to. Grid de duas colunas: pode ser utilizado quando temos grande volume de texto e precisamos apresentar conteú- 3 dos diferentes. As colunas podem ser iguais ou diferentes, dependendo do contexto. Grid de múltiplas colunas: usualmente aplicados em sites e revistas, permitem uma flexibildiade muito maior que os anteriores. Combina colunas de larguras iguais ou diferen- tes (...). Grids modulares: permitem um controle mais refinado em trabalhos com grande número de informações, como jor- nais, calendários, etc. São compostos por uma combinação de colunas, que organizam o conteúdo em porções peque- nas de espaço. Grids hierárquicos: estrutura organizada em zonas de hie- rarquia, muitas vezes compostas por colunas horizontais. 4 Revisão de Literatura ANÁLISE Geométrica. Disponível em <http://www.ocw.unicamp.br/fileadmin/user_upload/curso s/au909/CDgeoHM/novaversao/criacao3.htm>. Acesso em 01 de novembro de 2012. As malhas (...) podem ser utilizadas na estruturação da composição. As malhas estruturais auxiliam o desenhista a controlar o espaçamento e a distribuição dos módulos pela composi- ção. Na maioria dos casos a malha estrutural é invisível, portan- to, apenas conceitual. 5 Revisão de Literatura MÓDULO IV: elaboração. INTERAD – Interfaces Inte- rativas digitais. Disponível em <http://www.nuted.ufrgs.br/interad/mod4_estrutural.html >. Acesso em 01 de novembro de 2012. p. 4 MALHA ESTRUTURAL A malha estrutural, ou wireframe, trata-se da composição inicial (...) em módulos onde os elementos (...) serão dis- postos, observando-se sua relevância, e agrupados con- forme sua natureza. A malha estrutural (...) reflete muito dos requisitos de pro- jeto estabelecidos. (...) os wireframes consistem em esboços preliminares (...) que mostram o esqueleto do sistema (...) independente- mente do design visual final (...) p. 5 MALHA CONSTRUTIVA 6 A malha ou grade de construção é (...) um sistema modu- lar que serve de base para a construção do leiaute (...). Para Samara (...) a grade “consiste num conjunto específi- co de relações de alinhamento que funcionam como guias para a distribuição dos elementos num formato”. 7 Revisão de Literatura SEBASTIANY, Guilherme. Por que fazer malhas estru- turais? Disponível em <http://www.sebastiany.blog.br/index.php/porque-fazer- malhas-construtivas>. Acesso em 04 de abril de 2013. (...) a execução de muitas das peças tridimensionais para sinalização ainda demandam projeto executivo de suas partes e moldes. (...) Esse ao meu ver é o primeiro argu- mento em favor das Malhas Construtivas. (...) o segundo principal motivo para se desenvolver uma Malha Construtiva é CONTROLE. E aqui a tecnologia é uma faca de dois gumes. Se por um lado o arquivo digital pro- porciona uma facilidade de aplicação, possibilita também uma facilidade de alteração. (...) a Malha Construtiva passa a assumir um papel de con- trole e verificação das proporções do desenho. Como veri- ficação, serve para detectar erros através da comparação (...) e verificar se existe ou não problemas de reprodução. Como controle, serve como documento legislador, que re- ge o uso da marca. 8 O quarto e principal ponto que justifica o desenvolvimento de uma malha construtiva, é que (...) constitui uma opor- tunidade para um último estudo de aperfeiçoamento do desenho através do detalhamento e do estudo de propor- ção e geometria da marca. 9 Revisão de Literatura SAMARA, Timothy. Grid: construção e desconstrução. São Paulo: Cosac Naify, 2007. 208 p. p. 22-23 FUNDAMENTOS DO GRID Construir um grid para um determinado projeto significa destrinchar cuidadosamente seu conteúdo específico, em termos das qualidades visuais e semânticas (...) Uma linha após a outra cria um parágrafo. Já não é uma simples li- nha, mas uma forma com um limite sólido e um limite ma- leável. O limite sólido cria uma referência à página, e o parágrafo conforme se alonga no comprimento, se conver- te numa coluna (...). As colunas repetidas ou de propor- ções variadas criam um ritmo de espaços entrelaçados (...) Os vazios entre os parágrafos, as colunas e as imagens ajudam a orientar o movimento dos olhos pelo conteúdo, tanto quanto a massa densa das palavras cercada por es- ses vazios. Os alinhamentos entre massas e vazios estabelecem liga- ções ou separações visuais entre eles. Uma composição passiva, em que os intervalos entre os elementos são re- 10 gulares, cria um campo de textura estática. Ao introduzir mudanças, como um maior intervalo entre linhas ou um peso maior, o designer cria um destaque na uniformidade da textura A mente percebe esse destaque como algo im- portante. Criar importância estabelece uma ordem, ou hie- rarquia, entre os elementos da página, e cada mudança sucessiva introduz uma nova relação entre as partes. As mudanças de ênfase dentro da hierarquia são indissociá- veis do efeito que provocam sobre o sentido verbal. Um designer tem opções limitadas de mudar o corpo, o peso, a posição e o espaçamento do tipo para afetar a hierarquia e, assim, a sequência da informação percebida pelo obser- vador. O grid organiza essas relações de alinhamentos e hierarquias numa ordem inteligível que pode ser repetida e é compreensível para os outros. p. 24-25 ANATOMIA DE UM GRID: as partes básicas de uma página Um grid consiste num conjunto específico de relações de alinhamentos que funcionam como guias para a distribui- ção dos elementos num formato. Todo grid possui as mesmas partes básicas, por mais complexo que seja. Cada parte desempenha uma função específica; as partes po- 11 dem ser combinadas segundo a necessidade, ou omitidas da estrutura geral a critério do designer, conforme elas atendam ou não às exigências informativas do conteúdo. O projeto de um grid depende de duas fases de desenvol- vimento. Primeiro, o designer tenta avaliar as característi- cas informativas e as exigênciasde produção. Além disso, o designer deve prever eventuais problemas que podem surgir ao diagramar o conteúdo dentro do grid, como títulos compridos demais, cortes de imagens ou es- paços vazios em alguma seção por falta de conteúdo. A segunda fase consiste em dispor o conteúdo de acordo com as diretrizes dadas pelo grid. (...) o grid, mesmo sen- do um guia preciso, nunca pode prevalecer sobre a infor- mação. Sua tarefa é oferecer uma unidade geral sem des- truir a vitalidade da composição. O designer não deve ter medo de seu grid e deve testá-lo até o limite. Um grid realmente bom cria infinitas possibili- dades de exploração. Cada problema de design é diferente e requer uma estru- tura de grid que trate de suas especificidades. O primeiro passo é avaliar qual tipo de estrutura 12 p. 120-121 EXPLORANDO OUTRAS OPÇÕES (...) existem várias outras maneiras de organizar a infor- mação e as imagens. A decisão de usar um grid sempre depende da natureza do conteúdo num determinado proje- to. Às vezes, o conteúdo tem uma estrutura interna própria, que nem sempre o grid consegue esclarecer; às vezes o 13 conteúdo deve ignorar totalmente a estrutura para criar tipos específicos de reações emotivas no público-alvo; às vezes o designer simplesmente que um envolvimento inte- lectual mais complexo do público, como parte de seu con- tato com o objeto. 14 Revisão de Literatura GOMES, L.V.N.; MEDEIROS, L.M.S. Ordem e arranjo em desenhos industriais: malhas e grelhas, revisão e retoma- da. In: GRAPHICA, 2005. p. 3-4 REVISANDO A MALHA PARA DESENHO INDUSTRIAL Em inglês, grid possui denotações diretamente relaciona- das ao trabalho do desenhador industrial, engenheiro ou arquiteto: “um sistema básico de linhas de referência para uma região, consistindo de linhas retas, intersecionadas em ângulos de 90º, computadas pelo estabelecimento de sistema de correção de escalas para medição de distân- cias; uma rede de linhas de horizontais e perpendiculares, uniformemente espaçadas, para a locação de pontos em mapa, carta náutica ou fotografia aérea por meio de sis- tema de coordenadas; sistema retangular de coordenadas usadas para locação dos principais elementos de um pla- no”. Em português-brasileiro uma das denotações da palavra malha é: “cada uma das voltas ou nós formados pelo fio de seda, lã, linho ou qualquer fibra têxtil, quando entran- çados os tecidos por certos processos (nas meias, nas re- 15 des de pescar, etc.)”. Daí poder-se dizer que uma rede – artefato de pesca feito com fio que forma malhas, mais ou menos largas, que deixam passar a água e retêm os peixes – tem uma malha de “x” nós. Com base nessa denotação, conotaríamos o termo malha como: Cada uma das estrutu- ras gráficas elementares resultantes, em geral, de linhas retas perpendiculares, formando módulos geométricos com função: Estrutural (definição dos limites matemáticos da área de trabalho gráfico); filosofal (delimitação da proporção para ordenação do diagrama); diagramacional (representação das relações de compo- sição entre os elementos da informação a serem confor- mados no projeto). p. 6 No artigo “Retículas, grelhas e malhas: noções fundamen- tais e aplicações” (...) explicamos que há três tipos de ma- lhas, cujas funções permitem a ordenação, a composição e a apresentação de idéias que devem ser representadas, graficamente, ao longo de um projeto. (...) malha estrutu- ral (...) malha filosofal (...) malha diagramacional. 16 Revisão de Literatura GOMES, L.V.N.; MEDEIROS, L.M.S. Retículas, grelhas e malhas: noções fundamentais e aplicações. In: GRAPHICA, 2005. p. 3 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE “REPERTÓRIO” GRÁFICO- FORMAL A malha estrutural é a primeira etapa do desenho de pro- jeto de produto industrial. Todo e qualquer produto, fruto da indústria (industrialidade e industriosidade) humana deverá ser, tanto no plano teórico (filosófico) quanto no plano prático (matemático), inserido em uma malha estru- tural. p. 4 A malha estrutural, então, seria a base matemática para todo o desenvolvimento do trabalho em Desenho. Malha Filosofal (...) por que filosofal? Porque tem a ver com definição de proporções da forma e de produto e estes dois termos, 17 têm tudo a ver com estética industrial, logo, Desenho In- dustrial. A noção de “forma” pode ser encontrada nos se- guintes sentidos: (i) filosófico geral; (ii) lógico; (iii) episte- mológico; (iv) estético. A noção estética não é menos im- portante do que as três noções anteriores. Na estética é comum distinguir entre a forma e o conteúdo. O termo “forma” é usado para designar a ordem em que estão dis- postos os elementos num conjunto – para falar, por exem- plo, de simetria. Neste caso, a forma não se contrapõe ao conteúdo. p. 6 Figura 2: Princípios de movimentos para composição da malha filosofal baseados em Ostrower (1983); Ribeiro (1983); Lidwell (2003) Lidwell et al. (2003) dão o nome de Diagrama de Guten- berg ao conjunto de elementos gráficos que, didaticamen- te, são utilizados para explicar orientações e direções es- paciais. Eles dizem também que o diagrama que descreve o padrão geral de movimentos dos olhos quando se depara 18 com a distribuição de informação homogênea é também conhecido por "Regra de Gutenberg" ou "Padrão Z de Pro- cessamento". p. 5-6 Ostrower ensina (1983, p.53-54) que “em realidade, cada forma possui dupla estrutura espacial. As duas estruturas ocupam a mesma área física e perfazem a mesma tonali- dade visual. Coexistem no espaço da forma, mas não coin- cidem nas qualificações”: (i) Estrutura geométrica – perce- bem-se centros e eixos centrais fixos. É sempre uma estru- tura no sentido simétrico, cujas qualificações estáticas e dinâmicas são iguais em ambos os lados. (ii) Estrutura vi- sualperceptiva – percebe-se também o centro, mas os ei- xos centrais são relativos (pelo fato do núcleo perceptivo ter uma posição relativa). Essa segunda estrutura é assi- métrica, cada lado tendo um valor diferente e transmitindo qualificações diversas: o lado esquerdo superior funciona como entrada, dando início a um desenvolvimento formal; o lado de cima confere leveza; o lado direito, ação e ener- gia, o lado de baixo, peso visual. “Os dois últimos, em con- junto, sustentam o clímax do desenvolvimento formal”. [...] “No contexto geométrico vemos o equilíbrio mecânico da forma; no contexto visual-perceptivo, essas partes não 19 são iguais, mas equivalentes se compensam; assim sendo de ordem unicamente funcional, o equilíbrio adquire cará- ter orgânico”. Ostrower denomina área de "ação e energia" [o] quadran- te inferior direito (...) Fayga chama de "peso visual/base" [o] canto esquerdo inferior (...) Às diagonais que atraves- sam retângulo no diagrama Ostrower chama de "desenvol- vimento". (...) Ostrower nomeia o ponto resultante do en- contro dos eixos vertical e horizontal no retângulo de “cen- tro geométrico”; e aos dois pontos localizados um pouco acima, de "centros perceptivos". Escolhemos a clássica proporção, baseada no retângulo áureo. Note-se que nesse desenho se pode encontrar mó- dulos diagramacionais distintos, para diversos tipos de a- presentações gráficas. Cabe-nos destacar palavras de Vi- trúvio – “Proporção significa a harmonia das partes com- ponentes do todo, de que derivam as leis de simetria”. 20 Figura 3: malha filosofal (perceptiva) para escolha de módulos diagramacionais p. 7-8 Malha Diagramacional (...) desse modo se pode dispor os elementos de modo clássico e com alta qualidade informativa e educacional. Figura 4. Construção da malha diagramacional, com módulo de 36mm x 21 mm. 21 p. 9 Figura 5. Adequação do texto à malhadiagramacional, hierar- quizando informação. 22 Revisão de Literatura GOMES, L.V.; MEDEIROS, L.S.; JUNIOR, M.B.; TEIXEIRA, R.C. Ordem e arranjo no desenho operacional. In: GRA- PHICA, 2011, Rio de Janeiro. p. 5 SIMETRIA DINÂMICA COMO PROCEDIMENTO AUXILIAR NA COMPOSIÇÃO O desenhador deve dominar os elementos básicos de composição e de definição matemática para a obtenção de formas harmônicas, proporcionadas e simétricas. No projeto de um produto qualquer, a ser arranjado num dado espaço, deve-se dispor os elementos de modo que se crie uma relação de interdependência com as outras partes do arranjo, visando o equilíbrio da composição. Esses pro- cedimentos contribuem para a formação de unidade, sínte- se e coerência no produto. 23 p. 6 Figura 4. A MƐ permite a definição das margens ESD e I para os retângulos harmônicos a partir do quadrado ou, nessa condição gráfica, o “Quadrato” (Q= 1:1) Há diversas maneiras de se calcular a divisão de áreas harmônicas em retângulos. A simetria dinâmica, segundo Ribeiro (2007) consiste em encontrar os quatro pontos originados pelo cruzamento de perpendicu-lares traçadas dos vértices às diagonais do retângulo (Figura 5) e, a par- tir daí, traçam-se verticais e horizontais que dão origem a várias áreas de dimensões diversas em harmonia constan- te. O retângulo a partir do qual Ribeiro realiza os traçados é o √3 (raiz de 3), ou Sixton, na denominação de Wolf- gang von WERSIN, no livro de 1956, Das buch vom re- chteck: Gesetz und gestik des raumlichen. 24 A Simetria Dinâmica é construída visando equilíbrio dinâ- mico, que, diferentemente do equilíbrio estático, “sugere mais vida e movimento” (HAMBIDGE, 1967, p. xv). Para Hambidge (1967), a simetria é a maneira elementar de se conseguir harmonia, e a decomposição de uma man- cha gráfica em seus retângulos, evidencia os esquemas simétricos que podem ser usados para definir os arranjos. Esse sistema auxilia o desenhador a, por exemplo, definir áreas a serem utilizadas num produto gráfico, num artefa- to, ou até mesmo na apresentação de pranchas de proje- to. p. 7 Figura 5. O Sixton e seus pontos harmônicos para composição gráfica O procedimento (...) para encontrar pontos harmônicos em retângulos com razão menor que 1:2 usando o compasso como ferramenta básica consiste em: i. traçar as diagonais do retângulo, com a ponta seca do compasso em um vérti- ce qualquer e a ponta molhada, no vértice adjacente de 25 maior distância, tornando assim, a abertura do compasso igual ao maior lado do retângulo; ii. traçar um arco que cortará uma das diagonais em um ponto A; iii. projetar o ponto A para o lado do retângulo, originando o ponto B; traçar outro arco com a ponta seca no vértice adjacente ao anterior de menor distância e a ponta molhada no ponto B. Onde o arco cortar a diagonal, formar-se-á o ponto C, que será um ponto áureo do retângulo; iv. A partir do ponto C, existe um sem-número de possibilidades e alternativas para dividir harmonicamente a área do retângulo. Perpen- diculares traçadas a partir ponto C dão origem ao traçado primário (Figura 6). p. 8 Figura 6. Processo para a formação do traçado primário, con- forme a Simetria dinâmica 26 Dividindo a área do retângulo dessa maneira, formam-se retângulos harmônicos que auxiliam a composição. Esse processo pode ser repetido em qualquer retângulo com razão menor que 1:2. Além de auxiliar a configuração for- mal de artefatos, a Simetria Dinâmica baseada em arcos é eficiente para auxiliar o desenhador na geração de alterna- tivas de uma malha diagramacional (...). 27 Revisão de Literatura HULBURT, Allen. Layout: o design da página impres- sa. 2 ed. São Paulo: Nobel, 1986. p. 82 DIAGRAMAS E SISTEMAS (...) um diagrama (grid) é uma solução planejada para de- terminados problemas (...). O diagrama de um designer organiza um conteúdo específico em relação ao espaço que ele irá ocupar. Quando funciona, o diagrama permite ao designer criar diferentes layouts contendo uma varieda- de de elementos, sem, todavia, fugir da estrutura prede- terminada. (...) o diagrama proporcionará um sentido de sequência, de unidade, mesmo que haja variações consideráveis no conteúdo de cada unidade. Ao determinar as melhores proporções de um diagrama, o designer pode depender inteiramente da sua intuição ou pode basear seu sistema em regras estabelecidas de divi- são do espaço, entre as quais se incluem o quadrado, o duplo quadrado, a divisão áurea. 28 p. 83 O diagrama tem muitos defensores e muitos detratores. Usado com habilidade e sensibilade, pode produzir layouts de bom efeito e funcionais. (...) Todavia, nas mãos de um designer não muito habilidoso, pode se converter numa autêntica camise-de-força, resultando em layouts duros, de rígido formato. Nas palavras do suíço Josef Müller-Brockmann, “o diagra- ma torna possível reunir todos os elementos do design (...) de uma forma harmônica. É um processo de disciplinamen- to do design”.
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