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1. Explicar a fisiopatologia do pé diabético Introdução: Estima-se que 1 em cada 4 pessoas com diabetes podem ter complicações nos pés ao longo da vida. A polineuropatia diabética (PND), uma complicação que afeta 50% dos pacientes, é o fator causal mais importante para as úlceras nos pés dos pacientes diabéticos, que precedem 85% das amputações. A tríade PND + Deformidades + Trauma são fatores determinantes para o chamado “pé diabético”, caracterizado por ulceração complicada por infecção e que pode evoluir para amputação, principalmente se há má circulação – a doença arterial obstrutiva crônica (DAOP). Fisiopatologia: Em mais de 90% dos casos a úlcera inicial do pé diabético é desencadeada por um trauma, nos restantes é secundária (ou associada) pela própria alteração neuropática que leva à perda da sensibilidade proprioceptiva, cursando com desestabilização da musculatura plantar, resultado: distribuição do peso de forma desigual pelo pé. De toda forma, possui uma etiologia multifatorial Neuropatia: A neuropatia periférica decorre do fato de que em estados de hiperglicemia (próprio da Diabetes), a glicose penetra anormalmente nos nervos periféricos. Isso faz com que ela seja convertida em sorbitol, uma substância que é tóxica aos nervos, uma vez que acaba alterando o potencial de repouso da membrana neuronal. No pé diabético isso tem fundamental importância, uma vez que por alterar a sensibilidade, o paciente acaba não notando ferida ou calosidades nos membros inferiores, permitindo que lesões iniciais se ulcerem. Além disso, a própria neuropatia autômica, através da anidrose (diminuição do suor) faz com que haja predisposição à formação de fissuras e pequenas rachaduras, originando ou agravando o caso · No pé diabético, as alterações micro e macrovasculares cursam com processos isquêmicos, que reduzem a perfusão tecidual agravando os casos. · Após o início da ulceração no pé, a ferida tende a progredir e piorar seu aspecto. Isso, associado à disfunção leucocitária, inerente à pacientes diabéticos, possibita uma infecção secundária lesional em mais de 50% dos casos - podendo se tornar profunda acometendo ossos (osteomielite secundária) Referências: Sociedade Brasileira de Diabetes Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia