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PLANO DE AULA 1 – PPM ‘’ELISA’’ 01) DESENVOLVER A RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE Para uma boa abordagem médico-paciente, o profissional deve seguir os princípios básicos da bioética: - Beneficência: sempre fazer o bem - Não-maleficência: não fazer nada de mal - Justiça: fazer sempre o que é justo Além disso, o médico deve seguir o código de ética médica, que contém as normas que devem ser seguidas pelos médicos no exercício da profissão. O médico deve: conhecer-se suficientemente bem para impedir que seus próprios preconceitos e problemas perturbem o emprego da relação médico-paciente; respeitar a autonomia do paciente, sendo o paciente quem decide o que pode ou não ser feito; levar em consideração o gênero do paciente, sua cor, questões morais sociais e religião; tratar os pacientes com equidade e igualdade; respeitar o sigilo da relação médico-paciente; saber ouvir o paciente, esclarecendo dúvidas e compreendendo suas expectativas, com registro adequado das informações no prontuário Não esquecer que: quem te procura é um paciente e não uma doença; medicamentos tem efeitos secundários que podem ser iatrogênicos; o médico ao atender deve guardar para si seus preconceitos, posição político-filosófica e postura religiosa. O médico não é uma divindade ou superior ao paciente, ele deve ser cuidador, apresentando-se da maneira idealizada pelo paciente (vestimenta, higiene, vocabulário, atitudes firmes, orientação) e devendo respeitar o direito do paciente participar das decisões. Características pertinentes ao médico: - Respeito a pessoa humana e empatia - Dedicação - Senso de responsabilidade - Nível de inteligência razoável - Retidão de caráter - Gostar de gente - Resiliência (suportar stress sem adoecer) - Compromisso (envolver-se) - Controle (ver o positivo) - Desafio (perceber o campo como oportunidade de melhorar suas competências) 02) DESENVOLVER A REALIZAÇÃO DA ANAMNESE É o inicio do relacionamento entre médico e paciente, consiste em: - Identificação: Data e hora, nome, idade, sexo e gênero, cor/etnia, estado civil, profissão, local de trabalho, naturalidade, procedência, residência, nome da mãe, nome do responsável, religião, filiação à órgãos e planos de saúde. - Queixa principal: Registra-se a queixa principal ou motivo que levou o paciente a procurar o médico, se possível repetindo as expressões por ele utilizadas. - História da doença atual: Registro cronológico e detalhado do motivo que levou o paciente a procurar assistência médica, desde seu inicio até a data atual Sintoma guia: sintoma ou sinal que permite recompor a história da doença atual com mais facilidade e precisão Início: características do sintoma, fatores de melhora ou piora, relação com outras queixas, evolução, situação atual - Interrogatório sintomatológico: Documenta a existência ou ausência de sintomas comuns relacionados com cada um dos principais sistemas corporais Sistematização do interrogatório: Sintomas gerais, pele e fâneros, cabeça e pescoço, tórax, abdome, sistema genito-urinário, sistema endócrino, coluna vertebral, ossos, articulações e extremidades, músculos, vasos sanguíneos, sistema nervoso, exame psíquico e avaliação de condições emocionais. - Antecedentes pessoais e familiares: Considera-se avaliação do estado de saúde passado e presento do paciente, conhecendo fatores pessoais e familiares que influenciam seu processo saúde-doença. A avaliação dos antecedentes pessoais fisiológicos inclui os seguintes itens: gestação e nascimento, desenvolvimento psicomotor e neural e desenvolvimento sexual. A avaliação dos antecedentes pessoais patológicos inclui os seguintes itens: doenças sofridas pelo paciente, alergia, cirurgias, traumatismo, transfusões sanguíneas, história obstétrica, vacinas e medicamentos em uso. Os antecedentes começam com a menção ao estado de saúde dos pais e irmão do paciente. Se for casado, inclui-se o cônjuge e, se tiver filhos, estes são referidos. Não se esquecer dos avós, tios e primos paternos e maternos do paciente. Se tiver alguém doente na família, esclarecer a natureza da enfermidade. - Hábitos e estilo de vida: Alimentação, ocupação atual e anteriores, atividades físicas, hábitos, consumo de tabaco, consumo de bebidas alcoólicas, uso de anabolizantes e anfetaminas e consumo de drogas ilícitas - Condições socioeconômicas e culturais: Avaliam a situação financeira, vínculos afetivos familiares, filiação religiosa e crenças espirituais do paciente, bem como condições de moradia e grau de escolaridade 03) CITAR AS FUNÇÕES DA TIREÓIDE E ALTERAÇÕES QUE PODEM OCORRER NO EXAME FÍSICO GERAL NO HIPERTIREOIDISMO É uma glândula localizada na região anterior do pescoço abaixo da cartilagem cricóide. Sua principal função é produzir os hormônios tireoidianos, triiodotironina (T3) e tetraiodotironina (T4). Ela age na função de órgãos importantes como o coração, cérebro, fígado e rins. Interfere, também, no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes; na regulação dos ciclos menstruais; na fertilidade; no peso; na memória; na concentração; no humor; e no controle emocional. É fundamental estar em perfeito estado de funcionamento para garantir o equilíbrio e a harmonia do organismo. Para o funcionamento da tireóide, esta depende da regulação pelo eixo hipotálamo-hipófise-tireóide e seus níveis de iodo. Alterações físicas devido ao hipertireoidismo: - Aumento do metabolismo basal excesso de hormônio tireoidiano - Hipersensibilidade ao calor, aumento de sudorese, perda de peso - Nervosismo, irritabilidade - Ansiedade e insônia - Tremores, choro fácil - Taquicardia, palpitações e dispneia no esforço - Miocardiopatia tireotóxica - Sistema digestivo: aumento da motilidade intestinal, diarreia - Sistema reprodutor: oligomenorréia, amenorreia e abortos de repetição - Perda de libido, impotência, ginecomastia - Sistema músculo esquelético: fraqueza muscular - Miopatia tireotóxica - Atrofia muscular - Sistema musculares: exoftalmia com exoftalmopatia - Anticorpos anti tecido retro-orbitário - Lacrimejamento, fotofobia, sensação de areia, dor, diplopia - (Fáceis Basedowiana) olhar de medo ou espanto - Sistema nervoso: irrequieto, hipercinético, fala rapidamente - Tremores finos nas mãos - Hiperreflexia (aquiles) - Pele e fâneros: fina, sedosa, úmida e quente, - Unhas descoladas do leito e cabelos finos e lisos 04) REALIZAR AS MEDIDAS DE SINAIS VITAIS VERIFICAÇÃO DO PULSO: 1. Higienize as mãos 2. Explique o procedimento ao paciente 3. Aqueça as mãos se necessário, friccionando-as 4. Coloque as polpas digitais dos dedos médios e indicador sobre uma artéria superficial e comprima levemente 5. Conte os batimentos por 1 minuto observando arritmias e amplitude 6. Higienize as mãos 7. Anote o valor obtido no prontuário do paciente FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA: Em geral, é através da observação da expansão torácica contando o número de inspirações por minuto * Eupneia: respiração normalValores de referência: Adultos - 12 a 20 insp/min Crianças - 20 a 25 insp/min Bebês – 30 a 60 resp/min * Dispneia: respiração difícil, trabalhosa ou curta * Taquipneia: respiração rápida, acimas dos valores da normalidade * Bradipneia: respiração lenta, abaixo dos valores da normalidade * Apneia: ausência da respiração * Respiração sibilante: sons que se assemelham a assovios 1. Higienize as mãos 2. Posicione o paciente confortavelmente 3. Coloque a mão no pulso radial do paciente, como se fosse contar seu pulso, e observe os movimentos respiratórios 4. Conte a frequência respiratória por 1 minuto 5. Higienize as mãos e registre o valor e as características da respiração PRESSÃO ARTERIAL: Esse sinal vital é a medida da pressão exercida pelo sangue sobre a parede dos vasos. É dependente da força de contração do coração, da quantidade de sangue circulante e da resistência dos vasos. Ao aferir a pressão arterial consideramos a pressão máxima ou sistólica que resulta da contração dos ventrículos para ejetar o sangue nas grandes artérias e a pressão mais baixa ou diastólica,que ocorre assim que o coração relaxa. A pulsação ventricular ocorre em intervalos regulares. * Hipertensão: PA acima da média * Hipotensão: PA abaixo da média * Convergente: a sistólica e a diastólica se aproximam * Divergente: a sistólica e a diastólica se afastam 1. Higienize as mãos 2. Prepare o material na bandeja e explique o procedimento 3. Remova as roupas do braço no qual será colocado o manguito 4. Posicione o braço na altura do coração, apoiado, com a palma da mão voltada para cima 5. Realize a assepsia, com algodão embebido em álcool 70% nas olivas e no diafragma do estetoscópio 6. Centralize o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial 7. Palpe a artéria braquial e coloque o estetoscópio sobre ela sem comprimi-la excessivamente 8. Insufle o manguito até o ponto de desaparecimento do pulso radial 9. Proceda a deflação lentamente 10. Determine a pressão sistólica na ausculta do primeiro som (fase I de kortkoff), que é um som fraco seguido de batidas regulares, e em seguida, aumente ligeiramente a velocidade de deflação 11. Determina a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Kortkoff) 12. Ausculte cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do ultimo som, para confirmar seu desaparecimento 13. Informe o valor obtido para o paciente 14. Realize a assepsia com álcool 70% nas olivas e no diafragma do estetoscópio 15. Guarde o material, higienize as mãos e registre o valor obtido TEMPERATURA AXILAR: 1. Higienize as mãos 2. Prepare o material necessário 3. Explique o procedimento ao paciente 4. Realize a assepsia do termômetro utilizando algodão embebecido em álcool 70% 5. Enxugue a axila, caso seja necessário, coloque o termômetro na região axilar com o bulbo em contato direto com a pele do paciente, pedindo ao paciente que mantenha o braço sobre o tórax, com a mão no ombro oposto e o cotovelo rente ao corpo 6. Retire o termômetro após 5min, realize a leitura e memorize o resultado 7. Realize a assepsia do termômetro com algodão embebecido em álcool 70% 8. Higienize as mãos, cheque o procedimento realizado e anote o valor obtido Hipotermia: temperatura abaixo de 35°C Afebril: 36,1°C a 37,2°C Febril: 37,3°C a 37,7°C Febre: 37,8°C a 38,9°C Pirexia: 39°C a 40°C Hiperpirexia: acima de 40°C 05) DESCREVER O EXAME DA TIREOIDE, QUE FAZ PARTE DO EXAME FÍSICO GERAL O exame consiste nos pilares básicos do exame físico: · Inspeção: O paciente deverá estar sentado e a glândula é mais facilmente visualizada quando se estende a cabeça do paciente para trás e com a deglutição. Como a glândula é fixa à fáscia pré-traqueal, ela se desloca para cima com a deglutição do paciente. · Palpação: O Pescoço do paciente deverá ficar com a cabeça discretamente fletida para frente. O primeiro passo na palpação é localizar a glândula. Abordagem posterior Paciente sentado ou em pé e examinador sentado ou em pé, lobo direito palpado pela mão esquerda (polegares que palpam) Abordagem anterior Flexão do pescoço com rotação da cabeça, sempre pedir para o paciente engolir ‘’em seco’’, tireoide se eleva ao deglutir. · Ausculta
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