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Habilidades Medicas UCV - UCVI

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Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 
Exame de Coração 
O exame físico do coração inclui a inspeção, a palpação 
e a ausculta. A posição fundamental do paciente é o 
decúbito dorsal; o médico deve ficar sentado ou de pé, 
do seu lado direito. Outras posições (sentado, decúbito 
lateral e de pé com o tórax inclinado para a frente) 
podem ser necessárias em determinadas ocasiões. 
Pesquisa de abaulamentos, análise do ictus cordis ou 
choque da ponta, análise de batimentos ou movimentos 
visíveis e/ou palpáveis, palpação de bulhas e pesquisa de 
frêmito cardiovascular. 
Para tornar mais fácil o reconhecimento de abaulamento 
(VD/esterno), a observação da região precordial deve 
ser feita em duas incidências: tangencial, com o 
examinador de pé do lado direito do paciente, e frontal, 
o examinador ficando junto aos pés do paciente, que 
permanece deitado. Abaulamento dessa região pode 
indicar a presença de aneurisma da aorta, cardiomegalia, 
derrame pericárdico e alterações da própria caixa 
torácica. O ictus cordis ou choque da ponta é estudado 
pela inspeção e palpação, investigando-se localização, 
extensão, intensidade, mobilidade, ritmo e frequência. 
Frêmitos 
 
Para se auscultar corretamente o coração, devem ser 
obedecidas normas quanto: 
 Ambiente de ausculta 
 Posição do paciente e do examinador 
 Instrução adequada do paciente 
 Escolha correta do receptor 
 Aplicação correta do receptor 
 Relação dos batimentos cardíacos com a 
respiração. 
A posição habitual é o decúbito dorsal com a cabeça 
apoiada em um pequeno travesseiro, com o tórax 
completamente descoberto. O médico posiciona-se do 
lado direito, de pé ou sentado, conforme a altura da cama 
ou da mesa de exame. Outra posição é o paciente 
sentado na beira do leito ou em uma cadeira com o tórax 
ligeiramente inclinado para a frente. Esta última posição 
é mais propícia para a ausculta dos fenômenos 
estetoacústicos originados na base do coração. Uma 
terceira posição é aquela em que o paciente permanece 
deitado em decúbito lateral esquerdo com a mão 
esquerda sob a cabeça (DLE de Pachon). Esta posição é 
mais adequada para se auscultarem os fenômenos da 
área mitral. 
Manobra de Rivero-Carvallo - O examinador deve prestar 
atenção à influência da respiração sobre a intensidade 
dos ruídos cardíacos. A maioria dos sopros ou sons 
originados no coração direito aumenta durante a 
inspiração, em virtude do aumento do retorno de sangue 
nesta fase da respiração. 
Ictus: palpação deitado; palpar com toda a mão (frêmitos) 
e depois com os 2 dedos; até 2 polpas digitais é normal; 
abaixo do mamilo; pode estar globoso ou hipercinético 
(hipertireoidismo – taquicardia) 
Focos de Ausculta 
 O foco ou área mitral (FM) se situa no 4o ou 
5o espaço intercostal esquerdo da linha 
hemiclavicular e corresponde ao ictus cordis ou 
ponta do coração 
 O foco ou área pulmonar (FP) localiza-se no 
2o espaço intercostal esquerdo junto ao esterno 
 O foco ou área aórtica (FAo) localiza-se no 
2o espaço intercostal direito junto ao esterno 
 O foco ou área aórtica acessória localiza-se no 
3o espaço intercostal esquerdo, junto ao esterno 
 O foco ou área tricúspide (FT) corresponde à 
base do apêndice xifoide, ligeiramente para a 
esquerda. 
Auscultar todos os focos e então as regiões vizinhas 
(CARÓTIDA, axila, dorso) 
+ Foco aórtico acessório: 3° EIC esquerdo 
 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 
 
 
Bulhas Cardíacas 
 
 Primeira Bulha 
O principal elemento na formação da 1a bulha cardíaca é 
o fechamento das valvas mitral e tricúspide, o 
componente mitral (M) antecedendo o tricúspide (T). 
A 1a bulha coincide com o ictus cordis e com o pulso 
carotídeo. É de timbre mais grave, e seu tempo de 
duração um pouco maior que o da 2a bulha. Para 
representá-la usamos a expressão onomatopaica TUM. 
Em condições normais a 1a bulha apresenta maior 
intensidade no foco mitral, no qual costuma ser mais forte 
que a 2a bulha. 
 
 Segunda Bulha 
A segunda bulha (B2) é constituída por quatro grupos de 
vibrações, mas somente são audíveis as originadas pelo 
fechamento das valvas aórtica e pulmonar. Ouve-se o 
componente aórtico em toda a região precordial, 
enquanto o ruído originado na pulmonar é auscultado em 
uma área limitada que corresponde ao foco pulmonar e 
à borda esternal esquerda. Por isso, no foco aórtico e na 
ponta do coração a segunda bulha é única pelo simples 
fato de se auscultar apenas o componente aórtico nestes 
focos Normalmente, o componente aórtico (A) precede 
o pulmonar (P) 
 
Reconhecidas a 1a e a 2a bulha cardíaca, o objetivo 
seguinte do examinador é a determinação do ritmo 
cardíaco e do número de batimentos por minuto. 
Havendo apenas duas bulhas, caracteriza-se o ritmo 
binário. Se houver uma 3a bulha fala-se, então, em ritmo 
tríplice. Determina-se a frequência cardíaca contando-se 
o número de batimentos durante um minuto inteiro. 
 
Sopros - Os sopros são produzidos por vibrações 
decorrentes de alterações do fluxo sanguíneo. Em 
condições normais, o sangue flui sob a forma de corrente 
laminar, com velocidade um pouco mais rápida na porção 
central, tal como as águas de um rio sem obstáculos no 
seu leito. 
Os sopros aparecem na dependência de alterações do 
próprio sangue, da parede do vaso ou das câmaras 
cardíacas, principalmente dos aparelhos valvares. 
Os defeitos valvares (estenose e insuficiência) e algumas 
anormalidades congênitas (comunicação interventricular, 
persistência do canal arterial) representam zonas de 
estreitamento entre duas câmaras cardíacas ou entre 
uma câmara e um vaso ou entre dois vasos. 
 
 Sopro Sistólico 
Sopro Aórtico: está fechada quando não deveria; 
estenose aórtica 
Sopro Mitral: está aberta quando não deveria; 
insuficiência mitral 
Sopro Pulmonar: está fechada quando não deveria; 
estenose pulmonar 
Sopro Tricúspide: está aberta quando não deveria; 
insuficiência tricúspide 
 
 Sopro Diastólico 
Sopro Aórtico: está aberta quando não deveria; 
insuficiência aórtica 
Sopro Mitral: está fechada quando não deveria; estenose 
mitral 
Sopro Pulmonar: está aberta quando não deveria; 
insuficiência pulmonar 
Sopro Tricúspide: está fechada quando não deveria; 
estenose tricúspide 
Exame de Tórax 
O exame físico do tórax compreende a avaliação das 
mamas, dos pulmões, do coração e do mediastino, bem 
como das estruturas componentes da caixa torácica – 
pele, tecido celular subcutâneo, linfonodos, panículo 
adiposo, musculatura, sistema vascular superficial, ossos e 
cartilagens. 
Regiões Torácicas: 
 Região supraclavicular 
 Região clavicular 
 Região infraclavicular 
 Região mamária 
 Região inframamária 
 Região supraesternal 
 Região esternal superior 
 Região esternal inferior 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 
 Região axilar 
 Região infra-axilar 
 Região supraescapular 
 Região supraespinhosa 
 Região infraespinhosa 
 Região infraescapular 
 Região interescapulovertebral 
Exame da Pele: 
 Coloração 
 Continuidade 
 Umidade 
 Textura 
 Espessura 
 Temperatura 
 Elasticidade 
 Mobilidade 
 Turgor 
 Sensibilidade 
 Lesões 
 Pelos: distribuição e características 
 
Linfonodos: 
 Palpa-se a axila com a mão oposta, 
aprofundando-a tanto quanto possível à procura 
de linfonodos eventualmente aumentados. 
Procede-se da mesma maneira no outro lado. 
Em seguida, examinam-se as regiões 
infraclaviculares, as fossas supraclaviculares e as 
regiões laterais do pescoço. 
Palpação da axila direita. A paciente fica sentada de frente 
para o examinador, que usa sua mão direita para levantar 
o braço direito da paciente. Com a mão esquerda 
espalmada, faz-se palpação deslizante do oco axilar e nas 
proximidades. Para a axila esquerda, o braço esquerdo é 
levantado com a mão esquerda e palpa-se a axila com a 
mão direita. 
Exame dos Pulmões: 
O exame dos pulmões 
compreende a inspeção, a 
palpação, a percussão e a 
ausculta. 
O paciente deve sentar-se em 
uma banqueta, na mesa de 
exame ou no próprio leito. Oexaminador fica de pé, 
movimentando-se ao seu redor. 
Se o paciente não puder ficar 
sentado, o exame é feito na posição deitada. Em tal 
eventualidade, serão obtidas menos informações. 
 Inspeção: compreende a forma do tórax e a 
presença ou não 
de abaulamentos e depressões, enquanto, na 
inspeção dinâmica, analisam-se o tipo 
respiratório, o ritmo e a frequência da 
respiração, a amplitude dos movimentos 
respiratórios, a presença ou não de tiragem e 
a expansibilidade dos pulmões. É importante 
observar se a respiração é auxiliada pela ação 
dos músculos acessórios, sinal precoce de 
obstrução das vias respiratórias. Os músculos 
acessórios auxiliam na ventilação porque elevam 
a clavícula e a parede torácica anterior, 
aumentando a pressão intratorácica negativa e 
o volume pulmonar. 
 Respiração: ritmo, amplitude, frequência, 
expansibilidade. 
 Palpação: estrutura da parede torácica, 
expansibilidade ou mobilidade e frêmito toracovocal. 
O examinador pousa a mão sobre as regiões do 
tórax, ao mesmo tempo que o paciente pronuncia, 
seguidamente, as palavras “trinta e três”. À medida 
que ele fala, o examinador desloca sua mão de modo 
a percorrer toda a extensão da parede torácica (face 
anterior, faces laterais e face posterior), completando 
o exame com o estudo comparado das regiões 
homólogas. O elemento semiótico de interesse é a 
intensidade do frêmito toracovocal que pode sofrer 
variações, dependendo de muitos fatores 
extrapulmonares: é mais fraco nas mulheres por 
causa do timbre de voz, nas pessoas com parede 
torácica espessa por existir hipertrofia muscular ou 
aumento do panículo adiposo e nas que têm voz 
débil. 
o Frêmito Tóraco Vocal aumentado: 
aumento da densidade do pulmão, como na 
pneumonia ou infarto pulmonar 
o Frêmito Tóraco Vocal diminuído: ar ou 
líquido na cavidade pleural, como no 
pneumotórax, derrame pleural, atelectasia, 
DPOC, etc. 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 
 
Manobra de Rouault 
 
Avaliação das bases pulmonares 
 
 
 Percussão: bater com um dedo no tórax do abdome. 
Paciente sentado ou deitado (anterior e lanteral) 
 
 
o Som claro pulmonar – atimpânico 
o Hipersonoridade pulmonar: aumento de 
ar nos alvéolos; DPOC, enfisema 
pulmonar 
o Submacicez e macicez: diminuição ou 
desaparecimento da sonoridade 
pulmonar. Indica desaparecimento do ar 
nos alvéolos ou presença de anteparo à 
propagação do som; derrame pleural, 
consolidação, etc 
o Timpânico: ar aprisionado no espaço 
pleural; pneumotórax 
 
 
 Ausculta – inspiração, expiração, articulação da 
palavra e a tosse. Orienta-se a fazer sentado, 
respirar pela boca com os lábios entreabertos. 
o Da voz: ausculta-se a voz falada e a voz 
cochichada. Para isso, o paciente vai 
falando “trinta e três”, enquanto o 
examinador percorre o tórax com o 
receptor do estetoscópio, comparando 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 
regiões homólogas, tal como no exame 
do frêmito toracovocal. Os sons 
produzidos pela voz e ouvidos na 
parede torácica constituem o que se 
chama ressonância vocal. 
o Respiração traqueal ou brônquica 
o Respiração broncovesicular 
o Murmúrio vesicular 
 Aumento do MV: polipneia, hiperventilação 
 Diminuição do MV: alterações no parênquima, 
obstáculos, dificuldade para respirar, 
perturbação da transmissão... 
 Sulco nasal transverso – sinal de rinite alérgica 
 Sibilos – obstrução das vias aéreas inferiores 
(fino calibre) = broncoespasmo 
 Ronco – secreção 
 Estertores Grossos – secreção, pus e líquido 
nas vias aéreas superiores 
 Crepitantes – líquido no alvéolo 
Ruídos Adventícios: 
 Estertores 
o Finos ou Crepitantes: velcro; ocorrem 
no final da inspiração; não se 
modificam com a tosse; bases 
pulmonares; pneumonia – há líquido no 
alvéolo (pus, secreção…) 
o Grossos: sofrem alteração com a 
tosse; DPOC, bronquiectasias, 
bronquites; secreção, pus e líquido nas 
vias aéreas superiores; 
 Roncos: há estreitamento dos ductos, seja por 
espasmo, edema ou secreção; asma brônquica, 
bronquites, bronquiectasia, obstruções 
(neoplasia); 
 Sibilos: vibrações nas paredes bronquiolares; 
são múltiplos e por todo o tórax; asma, DPOC, 
bronquite. 
 Estridor: obstrução da laringe/traqueia; difteria, 
laringite aguda, câncer de laringe, estenose de 
tranqueia; piora com a respiração forçada. 
o Ressonância Vocal: aumentada: 
consolidação; reduzida: atelectasias, 
derrames pleurais, pneumotórax... 
 Atrito Pleural: 
o Pleurite com exsudação, faz com que 
os folhetos parietal e visceral da pleura 
emitam um ruído irregular, 
descontínuo, mais intenso na 
inspiração, comparado ao ranger de 
couro atritado. 
o Pleurite seca (o derrame pleural 
determina o seu desaparecimento) 
 Ausculta da voz: 
o Pectorilóquia Fônica – audível o “33” 
perfeitamente; consolidações 
o Pectorilóquia Áfona – percepção nítida 
das sílabas cochichadas; 
o Pectorilóquia Egofônica: voz anasalada; 
limite superior de derrames pleurais 
 
Pneumotórax 
 
História Clínica: ar na cavidade pleural, acarretando 
colabamento do pulmão parcial ou completo. 
Sinais e Sintomas: pode ser assintomático; dispneia e dor 
pleurítica; ausência de frêmito tátil, hipersonoridade à 
percussão e diminuição do murmúrio vesicular no lado 
com pneumotórax 
Exame Físico: realizar o exame de tórax completo, com 
inspeção do paciente, palpação, ausculta e percussão. 
Caso necessário, solicitar exames complementares, 
como radiografia. 
 
Pneumonia 
História Clínica: inflamação aguda nos pulmões, 
geralmente causada por bactéria. 
Sinais e Sintomas: febre alta, tosse, dor no tórax, falta de 
ar, confusão mental, mal-estar generalizado, secreção de 
muco purulento de cor amarelada ou esverdeada, 
fraqueza, alterações na PA 
Exame Físico: realizar o exame de tórax completo, com 
inspeção do paciente, palpação, ausculta e percussão. 
Geralmente a radiografia de tórax é necessária. 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 
 
Derrame Pleural 
História Clínica: acúmulo anormal de líquido dentro do 
espaço pleural. 
Sinais e Sintomas: podem ser assintomáticos; dispneia, 
dor torácica pleurítica, dor aguda que piora com a 
inspiração. 
Exame Físico: realizar o exame de tórax completo, com 
inspeção do paciente, palpação, ausculta e percussão 
Geralmente, o exame revela ausência de frêmito tátil, 
macicez à percussão e diminuição dos sons respiratórios 
no lado do derrame. 
 
Asma 
História Clínica: doença respiratória crônica causada por 
inflamação difusa das vias respiratórias. 
Sinais e Sintomas: broncoconstrição, dispneia, sibilos, 
opressão torácica, respiração curta e rápida. Os sintomas 
pioram à noite e nas primeiras horas da manhã ou em 
resposta à prática de exercícios físicos, à exposição a 
alérgenos, à poluição ambiental e a mudanças climáticas. 
Exame Físico: realizar o exame de tórax completo, com 
inspeção do paciente, palpação, ausculta e percussão. 
Caso necessário, pedir exames como a espirometria. 
 
Exame Físico Abdômen 
 
Regiões abdominais: (1) hipocôndrio direito; (2) epigástrio; 
(3) hipocôndrio esquerdo; (4) flanco direito; (5) 
mesogástrio ou região umbilical; (6) flanco esquerdo; (7) 
fossa ilíaca direita; (8) hipogástrio; (9) fossa ilíaca esquerda. 
 Inspeção 
As premissas básicas para a inspeção do abdome são 
iluminação adequada, desnudamento dessa área corporal 
e conhecimento de suas características normais, 
especialmente a projeção dos órgãos na parede 
abdominal. Além das lesões elementares da pele e da 
circulação venosa colateral superficial, deve-se investigar 
a coloração da pele, a presença de estrias, manchas 
hemorrágicas e a distribuição dos pelos, bem como a 
eventual existência de soluções de continuidade da 
parede, representadas pela diástase dos músculos retos 
anteriores do abdome e pelas hérnias. A diástase dos 
músculos retos anteriores é caracterizada pela seguinte 
manobra: estando o paciente em decúbito dorsal, pede-
se a ele para contrair a musculatura abdominal, seja 
elevando as duas pernas estendidas,seja levantando do 
travesseiro a cabeça, sem mover o tórax. 
Esta mesma manobra serve também para se investigar 
a presença de hérnias da parede abdominal. As hérnias 
inguinais e crurais tornam-se evidentes quando o 
paciente sopra com força sua própria mão, posicionada 
na boca para impedir a eliminação do ar. 
À inspeção abdominal, os seguintes parâmetros devem 
ser investigados: forma e volume do abdome, cicatriz 
umbilical, abaulamentos ou retrações localizadas, veias 
superficiais, cicatrizes da parede abdominal e movimentos. 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 
- Forma e Volume do Abdome: atípico, normal, globoso, 
protuberante, pendular ou ptótico, em avental, escavado 
- Cicatriz Umbilical 
- Veias Superficiais 
- Cicatrizes da parede Abdominal 
- Movimentos: respiratórios, pulsações, peristálticos. 
 Ausculta 
Ausculta-se os 4 quadrantes; avalia-se os ruídos 
hidroaéreos; o som característico é o de borbulhamento. 
 Percussão 
Na percussão do abdome, a posição fundamental do 
paciente é o decúbito dorsal. Som timpânico em quase 
todo o abdome, por conta dos intestinos; som maciço no 
fígado e em patologias como esplenomegalia. 
Sinal de Giordano: cálculo Renal 
 Palpação 
Como norma básica, efetua-se a palpação do abdome 
com o paciente em decúbito dorsal, usando-se a técnica 
da palpação com a mão espalmada. 
Em determinadas condições o paciente deve assumir 
outras posições, assim como o examinador poderá 
utilizar técnicas palpatórias diferentes. 
A palpação abdominal tem por objetivo: 
- Avaliar o estado da parede abdominal 
- Explorar a sensibilidade abdominal, provocando ou 
exacerbando uma dor, relatada ou não pelo paciente 
durante a anamnese 
- Reconhecer as condições anatômicas das vísceras 
abdominais e detectar alterações de sua consistência. 
Em condições normais, não se consegue distinguir pela 
palpação todos os órgãos intra-abdominais. Nas pessoas 
magras, se a parede abdominal estiver bem relaxada, é 
possível reconhecer o fígado, os rins, a aorta abdominal, 
o ceco, o cólon transverso e o sigmoide. 
Em contrapartida, o estômago, o duodeno, o intestino 
delgado, o pâncreas, as vias biliares e o peritônio não são 
reconhecíveis pela palpação, exceto em situações 
especiais e transitórias, como, por exemplo, quando uma 
alça intestinal contém um volume gasoso apreciável. 
 
A palpação sistemática do abdome compreende quatro 
etapas que devem ser cumpridas, uma após a 
outra: palpação superficial, palpação profunda, palpação 
do fígado, palpação do baço e de outros órgãos, além 
de manobras especiais. 
Superficial → pontas dos dedos 
Profundo → 2 mãos sobrepostas; pesquisa de cistos, 
hérnias 
Fígado → mãos em garra (2 cm no rebordo costal) 
 
- Pontos dolorosos: 
 
 
 
Vocabulário: 
Dor visceral: dor causada por distensão ou estiramento 
dos órgãos/vísceras; é um desconforto difuso por todo 
o abdome 
Dor parietal: irritação do peritônio parietal; é uma dor 
muito bem localizada 
Dor irradiada: dores localizadas distantes da sua causa de 
origem; há um “caminho” percorrido, como em hérnia 
de disco 
Dor referida: dor sentida numa área do corpo que nem 
sempre representa exatamente o local do problema; não 
há um “caminho” percorrido; exemplo: colecistite aguda 
Disfagia: dor ou perturbação na deglutição 
Regurgitação: que vai em direção contrária à normal; 
Náuseas: desconforto na região de estômago, com 
tendência a provocar vômito/êmese 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 
Vômitos: emissão pela boca de conteúdo gástrico; 
êmese 
Epigastralgia: dor na região epigástrica 
Azia: queimação, sensação de ardor 
Sinal de Murphy: positivo quando a palpação da vesícula 
biliar causa dor intensa em inspiração profunda, indicando 
colecistite aguda. 
Sinal de Courvoisier: positivo quando há icterícia e 
distensão da vesícula biliar sem a presença de dor; indica 
câncer pancreático. 
Ponto de Mc Burney: ponto situado entre o umbigo e a 
espinha ilíaca ântero-superior. Quando há apendicite 
aguda, pode ser percebida sensibilidade e dor em tal 
ponto. 
Sinal de Rovsing: Quando se suspeita de apendicite aguda 
este ponto deve ser comprimido, fazendo-se uma 
pressão progressiva, lenta e contínua, procurando-se 
averiguar se isso provoca sensação dolorosa. Dando 
continuidade ao exame, descomprime-se bruscamente a 
região, com o que se determina um estiramento rápido 
do peritônio, o qual, se estiver inflamado, despertará uma 
dor aguda e intensa. 
Sinal de Blumberg: dor à compressão e descompressão 
do ponto de Mc Burney. É positivo quando causa dor em 
ambas, sendo essa maior na descompressão. 
Irritação peritoneal: peritonite; é a inflamação por bactéria 
ou fungo do peritônio, tecido que reveste e recobre 
órgãos e a cavidade peritoneal. 
Sinal de Giordano: punho-percussão na altura da loja renal 
(flancos). Se a manobra evidenciar sinal de dor aguda, em 
pontada, no paciente, o sinal de Giordano é positivo, o 
que indica grande probabilidade doença renal (litíase e 
pielonefrite aguda). 
Pancreatite Aguda 
História Clínica: inflamação aguda do pâncreas e, em 
algumas vezes, dos tecidos adjacentes. Os fatores 
desencadeantes mais comuns são cálculos biliares e 
ingestão excessiva de álcool 
Sinais e Sintomas: dor epigástrica, aumento da frequência 
cardíaca, respiração rápida e curta, pode apresentar 
icterícia (por conta da obstrução do ducto biliar); 
Exame Físico: realizar o exame de abdome completo, 
com inspeção do paciente, palpação, ausculta e 
percussão, além de dosagem sérica de amilase e lipase. 
Pode apresentar distensão abdominal e diminuição dos 
sons intestinais. 
Colecistite Aguda 
História Clínica: inflamação aguda da vesícula biliar que se 
desenvolve em horas, geralmente como resultado da 
obstrução do ducto cístico por um cálculo. 
Sinais e Sintomas: dor em hipocôndrio direito do 
abdome, algumas vezes acompanhada de febre, calafrios, 
náuseas e vômitos 
Exame Físico: realizar o exame de abdome completo, 
com inspeção do paciente, palpação, ausculta e 
percussão; ultrassonografia abdominal detecta os cálculos 
e algumas vezes a inflamação local associada. O 
tratamento envolve a administração de antibióticos e a 
colecistectomia. 
Apendicite Aguda 
História Clínica: inflamação aguda do apêndice 
vermiforme 
Sinais e Sintomas: Dor epigástrica ou periumbilical 
seguida por náuseas, vômitos e anorexia; Sensibilidade 
direta e à descompressão no quadrante inferior direito 
localizada no ponto de Mc Burney 
Exame Físico: realizar o exame de abdome completo, 
com inspeção do paciente, palpação, ausculta e 
percussão; testa-se o Sinal de Blumberg ao inspecionar 
o Ponto de Mc Burney. 
Cálculos Urinários – Cólica Renouretral 
História Clínica: cálculos urinários podem permanecer no 
interior do parênquima renal ou do sistema coletor renal 
ou atravessar os ureteres ou a bexiga. Durante a 
eliminação, cálculos podem irritar o ureter e podem ali 
se alojar, obstruindo o fluxo urinário. 
Sinais e Sintomas: são frequentemente assintomáticos, a 
menos que causem obstrução e/ou infecção. Dor 
intensa, muitas vezes acompanhada de náuseas e 
vômitos; a cólica é de intensidade variável, mas é 
tipicamente excruciante e intermitente, muitas vezes 
ocorre ciclicamente, e dura 20 a 60 minutos 
Exame Físico: realizar o exame de abdome completo, 
com inspeção do paciente, palpação, ausculta e 
percussão; O diagnóstico baseia-se no exame de urina e 
em tomografia computadorizada espiral sem contraste. 
Comunicação de Más Notícias 
 Tarefa complexa no exercício da prática médica; 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 
 Acompanha as mudanças ocorridas no campo 
biomédico e social; 
 Não se trata de uma simples informação de 
diagnóstico; 
 Relação médico-paciente comunicação 
 Comunicação e comunhão são palavras que 
compartilham da mesma origem etimológica: 
ideia de união, ligação e compartilhamento. 
 Comunicação – a capacidade de trocar ou 
discutir ideias, de dialogar, com vista ao bom 
entendimento entrepessoas. 
 Comunicar – pôr em contato ou relação; ligar; 
unir. 
 Dimensão simbólica 
 Dimensão linguística 
 Dimensão Existencial: as emoções, os 
sentimentos e os valores adquiridos. Referente à 
experiência singular de cada um em sua 
existência. Tudo é linguagem. 
O que são consideradas más notícias? 
 Qualquer informação que envolva uma mudança 
drástica na perspectiva de futuro em um sentido 
negativo. 
 Afeta o domínio cognitivo, emocional, espiritual e 
comportamental. 
 Altera a dinâmica familiar. 
 Doenças graves 
 Gravidez? 
 Aborto 
 Amputação 
 Infertilidade 
 Resposta ineficaz ao tratamento 
 Contra indicação para cirurgia 
 Contra indicação para o tratamento 
 Falta de outros tratamentos possíveis 
Pode Interferir: 
 Nível de compreensão da informação pelo 
paciente 
 Satisfação pelos cuidados médicos 
 Nível de esperança 
 Ajustamento psicológico 
 Ausência nos currículos da faculdade médica 
 Falta de preparo dos profissionais de saúde 
 Difícil prever a reação do paciente 
 Angústia e temor da morte, inerentes à 
condição humana 
 Morte = Fracasso Terapêutico 
Câncer 
 Doença vergonhosa 
 Caroço 
 Massa 
 “Aquela doença” 
Doença revestida de simbolismos negativos: 
 Punição e culpa 
 Teorias Psicológicas: responsabilidade do sujeito 
na produção e remissão da doença 
 “O câncer é um inimigo a ser combatido.” 
 “O tratamento é uma luta a ser travada.” 
 “A quimioterapia é uma guerra química.” 
Porque o médico acha difícil dar más notícias? 
 Medo de causar dor 
 Medo de provocar desesperança 
 Medo/vergonha de admitir o fracasso 
terapêutico 
 Medo de ser processado 
 Medo das reações emocionais do paciente 
 Medo de expressar suas próprias emoções 
 Medo pessoal da doença e da morte 
Comunicação de más notícias 
 TABU: 
Há a crença generalizada de que a revelação de um 
diagnóstico sombrio afetará negativamente a evolução 
do paciente ou sua colaboração com o plano terapêutico. 
História da Comunicação de Más notícias 
Desde Hipócrates encontramos orientações a seus 
discípulos para esconder a maioria das informações ao 
paciente, não devendo revelar nada sobre sua condição 
futura ou presente. 
No juramento Hipocrático, o dever ético de não produzir 
ou evitar todo tipo de dor, física ou moral, pode ser uma 
das justificativas para a tentativa de reduzir, ou mesmo 
alterar, as informações dolorosas dadas ao paciente. 
Nos fins do séc. XIX, o código de ética médica Americano 
incentivava a ocultação da verdade ao paciente: “É, 
portanto, um dever sagrado guardar-se com cuidado a 
esse respeito, evitar todas as coisas que têm tendência 
a desencorajar o paciente, e a deprimir seu espírito.” 
 MODELO ANTIGO X MODELO ATUAL 
Um século depois observamos mudanças na orientação: 
“O médico deve lidar honestamente com o paciente e 
seus colegas. O paciente tem o direito de saber seu 
estado clínico, passado e presente, e de ficar livre de 
quaisquer crenças errôneas relativas à sua condição.” 
É vetado ao médico: 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 
Art.59: “Deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o 
prognóstico, os riscos e objetivos do tratamento, salvo 
quando a comunicação direta ao mesmo possa 
provocar-lhe dano, devendo, nesse caso, a comunicação 
ser feita ao seu responsável legal.” 
Art.70: “Negar ao paciente acesso a seu prontuário 
médico, ficha clínica ou similar, bem como deixar de dar 
explicações necessárias a sua compreensão, salvo 
quando ocasionar riscos para o paciente e para terceiros.” 
Por que comunicar? 
 Fortalece a relação médico-paciente 
 Reduz a incerteza da situação vivida pelo 
paciente 
 Oferece uma direção ao doente e sua família 
 Minimiza sentimentos de isolamento, solidão e 
medo 
 Grande maioria das pessoas quer saber 
E se eu disser uma mentirinha? 
A mentira pode ocorrer na tentativa de minimizar o 
sofrimento do paciente e, provavelmente dos 
profissionais e familiares, mas há consequências que 
interferirão na qualidade da relação médico-paciente e, 
especialmente, na forma como o paciente conduzirá seu 
tratamento e os momentos finais de sua vida. 
Comunicação 
 
1º - Reunir toda a informação disponível do enfermo e 
de sua doença. O médico deve se inteirar do nível de 
conhecimento do doente a respeito de sua doença, 
suas expectativas, bem como sua disposição para ouvir 
más notícias. 
2º - Fornecer informação clara de acordo com as 
necessidades e desejos do paciente. 
3º - Dar suporte ao paciente, empregando habilidades 
para reduzir o impacto emocional 
4º - Desenvolver como estratégia, um plano de 
tratamento, com a contribuição e cooperação do 
paciente. 
Preparar para a entrevista 
 Descobrir o que o paciente sabe 
 Identificar o que o paciente quer saber 
 Oferecer a informação ao paciente 
 Responder às reações do paciente 
 Estratégia e resumo 
 Plano de tratamento 
 Avaliar o estado emocional e psicológico do 
paciente 
 Dar informação de forma gradual 
 Descobrir o que o paciente sabe sobre sua 
doença 
 Descobrir o quanto o paciente quer saber 
 Dividir, compartilhar a informação 
 Ser realista, evitando a tentação de minimizar o 
problema 
 Não discutir com a negação, aceitar as 
ambivalências 
 Não estabelecer limites nem prazos 
 Ajudar a manter a esperança 
 Avaliar como o paciente se sente após receber 
as notícias 
 Assegurar que o paciente tenha suporte 
emocional de outras pessoas 
 Planejar e assegurar o acompanhamento do 
paciente 
 Programar outro encontro com o paciente 
Habilidades em Comunicação 
 Escuta ativa 
 Processo de duas vias 
 Atitude empática e suportiva 
 Percepção da perspectiva a partir da qual o 
paciente está se expressando. 
 Atenção ao canal não-verbal: postura, gestos, 
tom de voz, proximidade e contato físico. 
Família 
 Diagnóstico grave. 
 O que contar? 
 Como contar? 
 Padrão de comunicação familiar 
 Tentando evitar a dor subestima-se a capacidade 
de enfrentamento e resiliência do paciente. 
 Lembrete: a tristeza, a raiva, o medo, a angústia 
e a dor são inerentes à condição. 
Ética 
Ética Principialista: Beneficência, Não-Maleficência, 
Autonomia e Justiça Princípios válidos prima-facie 
AUTONOMIA 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 
 O paciente autônomo é o que pode seguir um 
plano de tratamento, de acordo com suas 
próprias escolhas, a partir das elucidações 
desenvolvidas na relação com seu médico. 
 Comunicação com o Paciente 
 Relação Médico-Paciente 
 Princípio de Respeito à Autonomia. 
 Ser autônomo não é o mesmo que ser 
respeitado como um sujeito autônomo. 
 Maior responsabilidade e investimento na relação 
médico-paciente. 
 Não se trata apenas de um reconhecimento de 
que o outro tem o direito de ser autônomo, mas 
sim de criar condições, a partir da relação 
estabelecida, para que o outro tenha os recursos 
necessários e desenvolva a capacidade de 
exercê-lo. 
 Comunicação 
 Recursos 
 Tomada de Decisões. 
 O estilo, bem como os instrumentos e recursos 
utilizados na comunicação com o doente, serão 
fortes aliados e determinantes no estímulo e no 
respeito ao exercício de sua autonomia. 
 Modelo de Relação Médico-Paciente: 
o Paternalista 
o Informativo 
o Compartilhado 
 O respeito à autonomia do doente, se traduz em 
habilitá-lo a exercer sua autonomia, suportando 
suas escolhas pessoais e acompanhando-o 
durante o tratamento, ainda que este esteja 
embasado em valores e crenças diversos aos do 
médico. 
 Câncer: Evolução rápida? 
 Foco na comunicação do diagnóstico e 
prognóstico 
 Fase inicial da doença. 
 Paciente com funções preservadas, de forma a 
não impedir, ou não deixar dúvidas quanto a sua 
capacidade de tomar decisões autonomamente. 
 Relacionamentos 
 Com quem compartilhar e reparar suas 
relações? 
 Organização de assuntos afetivos e econômicos 
 Sonhos e desejos que quer e pode realizar 
Cuidados Paliativos 
Conceito: “É uma abordagem que promove a qualidade de 
vidade seus pacientes e familiares, que enfrentam doenças 
que ameaçam a continuidade da vida, por meio da 
prevenção e do alívio do sofrimento. 
Requer identificação precoce, avaliação e tratamento da 
dor e de outros problemas de natureza física, psicossocial 
e espiritual.” 
"Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida 
por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria 
da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante 
de uma doença que ameace a vida, por meio da 
prevenção e alívio do sofrimento, da identificação 
precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e 
demais sintomas físicos, sociais, psicológicos espirituais.” 
Cenário Internacional 
 Saúde Pública Internacional Ø Sistema de saúde 
da Inglaterra com 63 anos de história; 
 Governo investe 8,4% do PIB na saúde; 
 Estudos mostram que 21% da verba destinada a 
saúde dos municípios são usadas nos últimos 6 
meses de vida com ocupação de 24% dos leitos 
hospitalares; 
 O custo da saúde vem aumentando anualmente 
devido ao envelhecimento da população e 
elevado custo das drogas; 
 Cuidado Paliativo da mais alta qualidade técnica. 
 O paciente é soberano quanto às suas decisões. 
 Cuidados Paliativos proporcionam cuidado ao 
Paciente, com o objetivo de oferecer qualidade 
de vida e manutenção da dignidade humana 
durante o curso da doença, na terminalidade, na 
morte e durante o período de luto familiar. 
Terminalidade da Vida 
A palavra ORTOTANÁSIA se refere às atitudes 
assumidas na perspectivas do bem-estar do doente, 
quando todas as possibilidades de diagnóstico e 
tratamento de uma enfermidade grave e incurável forem 
progressivamente vencidas. (Cuidados Paliativos) 
O conceito de ortotanásia envolve a arte de bem morrer; 
é uma maneira de “enfrentar” o morrer, que rejeita a 
morte infeliz e as ciladas da eutanásia e da distanásia. 
Indicação de cuidados paliativos 
 Pacientes que esgotaram todas as possibilidades 
de tratamento de manutenção ou 
prolongamento de vida. 
 Há sofrimento moderado a intenso. 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 
 Opção por manutenção de conforto e dignidade 
da vida. 
 Objetivo Primordial → melhorar sintomas e a 
qualidade de Vida. Não se faz mais intervenções 
Os cuidados paliativos constituem-se numa abordagem 
que melhora a qualidade de vida dos pacientes e de seus 
familiares que enfrentam um problema associado ao 
diagnóstico de uma Doença que resulta ameaça a sua 
Vida, através da prevenção e alívio do sofrimento por 
meio da identificação precoce de sintomas que causem 
desconforto físico, psíquico e espiritual. 
Os Cuidados Paliativos tem como fundamento atender as 
necessidades do pacientes e de sua Família, 
independente do prognóstico. 
Princípios 
1. Promover o alívio da Dor e de outros sintomas 
desagradáveis. 
2. Afirmar a vida e considerar a morte como um 
processo normal da Vida. 
3. Não acelerar nem adiar a morte. 
4. Integrar os aspectos psicológicos e espirituais 
nos cuidados aos pacientes. 
5. Oferecer um sistema de suporte que possibilite 
ao paciente viver tão ativamente quanto possível 
até o momento de sua morte. 
6. Oferecer sistema de suporte para auxiliar os 
familiares durante a doença do paciente e o luto. 
7. Melhorar a qualidade de vida e influenciar 
positivamente o curso da doença. 
8. Iniciar o mais precocemente possível o Cuidado 
Paliativo, juntamente com outras medidas de 
prolongamento da vida e incluir todas as 
investigações necessárias para melhor 
compreender e controlar situações clínicas 
estressantes. 
Como estabelecer estratégias antes da finitude? 
 História natural da doença. 
 Avaliação da Independência e autonomia do 
indivíduo. 
 Necessidade de equipe multidisciplinar 
 Relacionamento estreito entre equipe médica, 
paciente e familiares. 
Necessidade de tomada de decisão entre Equipe, 
Paciente e sua Família 
 Avaliar a percepção do prognóstico por parte 
do paciente e familiares. 
 Compreensão das opções Terapêuticas 
disponíveis e possíveis. 
 Evitar incongruência entre as expectativas dos 
pacientes e Familiares. 
 Preferências entre opções terapêuticas. 
 
 
 
Terminalidade da Vida 
 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 
Autonomia – pressupõe o princípio lapidar de liberdade 
de escolha 
 Direito a verdade (direito a não saber - não-
maleficência); Esconder a verdade do paciente é 
privá-lo da condição de sujeito e cercear sua 
autonomia. 
 Direito ao Diálogo; Não fugir do paciente terminal 
- respeito à dignidade 
 Direito a Decisão; É o exercício do direito que 
todo ser humano tem de responder sobre si 
mesmo 
MORTE: 
 Evolução da tecnologia na ciência → manter as 
funções vitais essenciais para o prolongamento 
da vida 
 Conceito de parada cardiorrespiratória → morte 
cerebral 
 Comunidade científica mundial aceita a morte 
como cessação irreversível do Tronco Cerebral. 
"Alinho-me pois à tese defendida pelo Conselho Federal 
de Medicina em todo o processo e pelo Ministério Público 
Federal nas sua alegações finais, haja vista que traduz, 
na perspectiva da resolução questionada, a interpretação 
mais adequada do Direito em face do atual estado de arte 
da medicina. 
E o faço com base nas razões da bem-lançada manifestação da 
ilustre procuradora da República Luciana Loureiro Oliveira - MPF"
 
“A renúncia a meios extraordinários ou 
desproporcionados não equivale ao suicídio ou à 
eutanásia; exprime, antes, a aceitação da condição 
humana diante da morte”. 
 
C
R
E
M
E
S
P
Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo
Houve um tempo em que nosso poder perante a
morte era muito pequeno. E, por isso, os homens e
as mulheres dedicavam-se a ouvir a sua voz e
podiam tornar-se sábios na arte de viver. Hoje, nosso
poder aumentou. A morte foi definida como inimiga a
ser derrotada. Fomos possuídos pela fantasia
onipotente de nos livrarmos de seu toque. Com isso,
nos tornamos surdos às lições que ela pode nos
ensinar.”
Rubem Alves
Terminalidade da Vida
 
Acolhimento 
 Ação ou efeito de acolher. 
 Modo de receber ou maneira de ser recebido. 
 Comunicação interpessoal. 
 Compreensão dos conflitos existenciais. 
 Cuidar. 
 Amparar. 
 Confortar. 
 Ser compreendido pelos profissionais: busca de 
uma relação alicerçada por compaixão, 
humildade, respeito e empatia. 
A espiritualidade pode ser definida como uma 
“propensão humana a buscar significado para a vida por 
meio de conceitos que transcendem o tangível, à 
procura de um sentido de conexão com algo maior que 
si próprio”. 
A espiritualidade pode ou não estar ligada a uma vivência 
religiosa. 
 Cuidado Paliativo é a principal ferramenta ética, 
científica, espiritual e filosófica 
 Ação multidisciplinar! 
 Humanismo! 
Depressão e Suicídio 
Depressão 
 É uma das doenças mais comuns e 
incapacitantes do mundo. 
 Acomete 4,4% da população mundial e 5,8% 
dos brasileiros. 
Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 
 350 milhões de pessoas convivem com a 
depressão em suas vidas. 
 
 
Suicídio 
 A cada 40 segundos uma pessoa comete 
suicídio no mundo. 
 A cada 3 segundos uma pessoa atenta contra a 
própria vida. 
 Suicídios Consumados: Homens 3 x 1 Mulheres 
 Tentativas de Suicídio: Mulheres 3 x 1 Homens 
 Após um suicídio, aproximadamente 6 pessoas 
próximas adoecem. 
 As tentativas de suicídio ocorrem 20-30x mais. 
 A presença do consumo de substâncias 
psicoativas, principalmente o álcool, podem 
potencializar e aumentar a probabilidade de 
tentativas de suicídio. 
 É a segunda causa de morte entre jovens de 15 
a 29 anos; TUREKI (2015) 
 4 milhões de adolescentes tentam suicídio e pelo 
menos 100.000 obtêm êxito; (OMS, 1998; SMS 
2006). 
 Em torno de 2/3 das pessoas que cometeram 
suicídio consultaram um médico no mês anterior 
ao suicídio; 
 Poucas pessoas espontaneamente relatam seus 
pensamentos e/ou intenções suicidas aos seus 
médicos; 
 1 em 6 com depressão morrem de suicídio (15%). 
 
 
Comofalar sobre o assunto? 
 Tem obtido prazer nas coisas que tem 
realizado? Sente-se útil na vida? 
 Sente que a vida perdeu o sentido? 
 A situação pode melhorar? 
 Pensou que seria melhor morrer? 
 Tem pensamentos de pôr fim à própria vida? 
 São ideias passageiras ou persistentes? 
 Você conseguiria se controlar, caso essa 
vontade viesse? 
 Conseguiria avisar alguém? Quem?

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