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Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Exame de Coração O exame físico do coração inclui a inspeção, a palpação e a ausculta. A posição fundamental do paciente é o decúbito dorsal; o médico deve ficar sentado ou de pé, do seu lado direito. Outras posições (sentado, decúbito lateral e de pé com o tórax inclinado para a frente) podem ser necessárias em determinadas ocasiões. Pesquisa de abaulamentos, análise do ictus cordis ou choque da ponta, análise de batimentos ou movimentos visíveis e/ou palpáveis, palpação de bulhas e pesquisa de frêmito cardiovascular. Para tornar mais fácil o reconhecimento de abaulamento (VD/esterno), a observação da região precordial deve ser feita em duas incidências: tangencial, com o examinador de pé do lado direito do paciente, e frontal, o examinador ficando junto aos pés do paciente, que permanece deitado. Abaulamento dessa região pode indicar a presença de aneurisma da aorta, cardiomegalia, derrame pericárdico e alterações da própria caixa torácica. O ictus cordis ou choque da ponta é estudado pela inspeção e palpação, investigando-se localização, extensão, intensidade, mobilidade, ritmo e frequência. Frêmitos Para se auscultar corretamente o coração, devem ser obedecidas normas quanto: Ambiente de ausculta Posição do paciente e do examinador Instrução adequada do paciente Escolha correta do receptor Aplicação correta do receptor Relação dos batimentos cardíacos com a respiração. A posição habitual é o decúbito dorsal com a cabeça apoiada em um pequeno travesseiro, com o tórax completamente descoberto. O médico posiciona-se do lado direito, de pé ou sentado, conforme a altura da cama ou da mesa de exame. Outra posição é o paciente sentado na beira do leito ou em uma cadeira com o tórax ligeiramente inclinado para a frente. Esta última posição é mais propícia para a ausculta dos fenômenos estetoacústicos originados na base do coração. Uma terceira posição é aquela em que o paciente permanece deitado em decúbito lateral esquerdo com a mão esquerda sob a cabeça (DLE de Pachon). Esta posição é mais adequada para se auscultarem os fenômenos da área mitral. Manobra de Rivero-Carvallo - O examinador deve prestar atenção à influência da respiração sobre a intensidade dos ruídos cardíacos. A maioria dos sopros ou sons originados no coração direito aumenta durante a inspiração, em virtude do aumento do retorno de sangue nesta fase da respiração. Ictus: palpação deitado; palpar com toda a mão (frêmitos) e depois com os 2 dedos; até 2 polpas digitais é normal; abaixo do mamilo; pode estar globoso ou hipercinético (hipertireoidismo – taquicardia) Focos de Ausculta O foco ou área mitral (FM) se situa no 4o ou 5o espaço intercostal esquerdo da linha hemiclavicular e corresponde ao ictus cordis ou ponta do coração O foco ou área pulmonar (FP) localiza-se no 2o espaço intercostal esquerdo junto ao esterno O foco ou área aórtica (FAo) localiza-se no 2o espaço intercostal direito junto ao esterno O foco ou área aórtica acessória localiza-se no 3o espaço intercostal esquerdo, junto ao esterno O foco ou área tricúspide (FT) corresponde à base do apêndice xifoide, ligeiramente para a esquerda. Auscultar todos os focos e então as regiões vizinhas (CARÓTIDA, axila, dorso) + Foco aórtico acessório: 3° EIC esquerdo Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Bulhas Cardíacas Primeira Bulha O principal elemento na formação da 1a bulha cardíaca é o fechamento das valvas mitral e tricúspide, o componente mitral (M) antecedendo o tricúspide (T). A 1a bulha coincide com o ictus cordis e com o pulso carotídeo. É de timbre mais grave, e seu tempo de duração um pouco maior que o da 2a bulha. Para representá-la usamos a expressão onomatopaica TUM. Em condições normais a 1a bulha apresenta maior intensidade no foco mitral, no qual costuma ser mais forte que a 2a bulha. Segunda Bulha A segunda bulha (B2) é constituída por quatro grupos de vibrações, mas somente são audíveis as originadas pelo fechamento das valvas aórtica e pulmonar. Ouve-se o componente aórtico em toda a região precordial, enquanto o ruído originado na pulmonar é auscultado em uma área limitada que corresponde ao foco pulmonar e à borda esternal esquerda. Por isso, no foco aórtico e na ponta do coração a segunda bulha é única pelo simples fato de se auscultar apenas o componente aórtico nestes focos Normalmente, o componente aórtico (A) precede o pulmonar (P) Reconhecidas a 1a e a 2a bulha cardíaca, o objetivo seguinte do examinador é a determinação do ritmo cardíaco e do número de batimentos por minuto. Havendo apenas duas bulhas, caracteriza-se o ritmo binário. Se houver uma 3a bulha fala-se, então, em ritmo tríplice. Determina-se a frequência cardíaca contando-se o número de batimentos durante um minuto inteiro. Sopros - Os sopros são produzidos por vibrações decorrentes de alterações do fluxo sanguíneo. Em condições normais, o sangue flui sob a forma de corrente laminar, com velocidade um pouco mais rápida na porção central, tal como as águas de um rio sem obstáculos no seu leito. Os sopros aparecem na dependência de alterações do próprio sangue, da parede do vaso ou das câmaras cardíacas, principalmente dos aparelhos valvares. Os defeitos valvares (estenose e insuficiência) e algumas anormalidades congênitas (comunicação interventricular, persistência do canal arterial) representam zonas de estreitamento entre duas câmaras cardíacas ou entre uma câmara e um vaso ou entre dois vasos. Sopro Sistólico Sopro Aórtico: está fechada quando não deveria; estenose aórtica Sopro Mitral: está aberta quando não deveria; insuficiência mitral Sopro Pulmonar: está fechada quando não deveria; estenose pulmonar Sopro Tricúspide: está aberta quando não deveria; insuficiência tricúspide Sopro Diastólico Sopro Aórtico: está aberta quando não deveria; insuficiência aórtica Sopro Mitral: está fechada quando não deveria; estenose mitral Sopro Pulmonar: está aberta quando não deveria; insuficiência pulmonar Sopro Tricúspide: está fechada quando não deveria; estenose tricúspide Exame de Tórax O exame físico do tórax compreende a avaliação das mamas, dos pulmões, do coração e do mediastino, bem como das estruturas componentes da caixa torácica – pele, tecido celular subcutâneo, linfonodos, panículo adiposo, musculatura, sistema vascular superficial, ossos e cartilagens. Regiões Torácicas: Região supraclavicular Região clavicular Região infraclavicular Região mamária Região inframamária Região supraesternal Região esternal superior Região esternal inferior Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Região axilar Região infra-axilar Região supraescapular Região supraespinhosa Região infraespinhosa Região infraescapular Região interescapulovertebral Exame da Pele: Coloração Continuidade Umidade Textura Espessura Temperatura Elasticidade Mobilidade Turgor Sensibilidade Lesões Pelos: distribuição e características Linfonodos: Palpa-se a axila com a mão oposta, aprofundando-a tanto quanto possível à procura de linfonodos eventualmente aumentados. Procede-se da mesma maneira no outro lado. Em seguida, examinam-se as regiões infraclaviculares, as fossas supraclaviculares e as regiões laterais do pescoço. Palpação da axila direita. A paciente fica sentada de frente para o examinador, que usa sua mão direita para levantar o braço direito da paciente. Com a mão esquerda espalmada, faz-se palpação deslizante do oco axilar e nas proximidades. Para a axila esquerda, o braço esquerdo é levantado com a mão esquerda e palpa-se a axila com a mão direita. Exame dos Pulmões: O exame dos pulmões compreende a inspeção, a palpação, a percussão e a ausculta. O paciente deve sentar-se em uma banqueta, na mesa de exame ou no próprio leito. Oexaminador fica de pé, movimentando-se ao seu redor. Se o paciente não puder ficar sentado, o exame é feito na posição deitada. Em tal eventualidade, serão obtidas menos informações. Inspeção: compreende a forma do tórax e a presença ou não de abaulamentos e depressões, enquanto, na inspeção dinâmica, analisam-se o tipo respiratório, o ritmo e a frequência da respiração, a amplitude dos movimentos respiratórios, a presença ou não de tiragem e a expansibilidade dos pulmões. É importante observar se a respiração é auxiliada pela ação dos músculos acessórios, sinal precoce de obstrução das vias respiratórias. Os músculos acessórios auxiliam na ventilação porque elevam a clavícula e a parede torácica anterior, aumentando a pressão intratorácica negativa e o volume pulmonar. Respiração: ritmo, amplitude, frequência, expansibilidade. Palpação: estrutura da parede torácica, expansibilidade ou mobilidade e frêmito toracovocal. O examinador pousa a mão sobre as regiões do tórax, ao mesmo tempo que o paciente pronuncia, seguidamente, as palavras “trinta e três”. À medida que ele fala, o examinador desloca sua mão de modo a percorrer toda a extensão da parede torácica (face anterior, faces laterais e face posterior), completando o exame com o estudo comparado das regiões homólogas. O elemento semiótico de interesse é a intensidade do frêmito toracovocal que pode sofrer variações, dependendo de muitos fatores extrapulmonares: é mais fraco nas mulheres por causa do timbre de voz, nas pessoas com parede torácica espessa por existir hipertrofia muscular ou aumento do panículo adiposo e nas que têm voz débil. o Frêmito Tóraco Vocal aumentado: aumento da densidade do pulmão, como na pneumonia ou infarto pulmonar o Frêmito Tóraco Vocal diminuído: ar ou líquido na cavidade pleural, como no pneumotórax, derrame pleural, atelectasia, DPOC, etc. Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Manobra de Rouault Avaliação das bases pulmonares Percussão: bater com um dedo no tórax do abdome. Paciente sentado ou deitado (anterior e lanteral) o Som claro pulmonar – atimpânico o Hipersonoridade pulmonar: aumento de ar nos alvéolos; DPOC, enfisema pulmonar o Submacicez e macicez: diminuição ou desaparecimento da sonoridade pulmonar. Indica desaparecimento do ar nos alvéolos ou presença de anteparo à propagação do som; derrame pleural, consolidação, etc o Timpânico: ar aprisionado no espaço pleural; pneumotórax Ausculta – inspiração, expiração, articulação da palavra e a tosse. Orienta-se a fazer sentado, respirar pela boca com os lábios entreabertos. o Da voz: ausculta-se a voz falada e a voz cochichada. Para isso, o paciente vai falando “trinta e três”, enquanto o examinador percorre o tórax com o receptor do estetoscópio, comparando Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 regiões homólogas, tal como no exame do frêmito toracovocal. Os sons produzidos pela voz e ouvidos na parede torácica constituem o que se chama ressonância vocal. o Respiração traqueal ou brônquica o Respiração broncovesicular o Murmúrio vesicular Aumento do MV: polipneia, hiperventilação Diminuição do MV: alterações no parênquima, obstáculos, dificuldade para respirar, perturbação da transmissão... Sulco nasal transverso – sinal de rinite alérgica Sibilos – obstrução das vias aéreas inferiores (fino calibre) = broncoespasmo Ronco – secreção Estertores Grossos – secreção, pus e líquido nas vias aéreas superiores Crepitantes – líquido no alvéolo Ruídos Adventícios: Estertores o Finos ou Crepitantes: velcro; ocorrem no final da inspiração; não se modificam com a tosse; bases pulmonares; pneumonia – há líquido no alvéolo (pus, secreção…) o Grossos: sofrem alteração com a tosse; DPOC, bronquiectasias, bronquites; secreção, pus e líquido nas vias aéreas superiores; Roncos: há estreitamento dos ductos, seja por espasmo, edema ou secreção; asma brônquica, bronquites, bronquiectasia, obstruções (neoplasia); Sibilos: vibrações nas paredes bronquiolares; são múltiplos e por todo o tórax; asma, DPOC, bronquite. Estridor: obstrução da laringe/traqueia; difteria, laringite aguda, câncer de laringe, estenose de tranqueia; piora com a respiração forçada. o Ressonância Vocal: aumentada: consolidação; reduzida: atelectasias, derrames pleurais, pneumotórax... Atrito Pleural: o Pleurite com exsudação, faz com que os folhetos parietal e visceral da pleura emitam um ruído irregular, descontínuo, mais intenso na inspiração, comparado ao ranger de couro atritado. o Pleurite seca (o derrame pleural determina o seu desaparecimento) Ausculta da voz: o Pectorilóquia Fônica – audível o “33” perfeitamente; consolidações o Pectorilóquia Áfona – percepção nítida das sílabas cochichadas; o Pectorilóquia Egofônica: voz anasalada; limite superior de derrames pleurais Pneumotórax História Clínica: ar na cavidade pleural, acarretando colabamento do pulmão parcial ou completo. Sinais e Sintomas: pode ser assintomático; dispneia e dor pleurítica; ausência de frêmito tátil, hipersonoridade à percussão e diminuição do murmúrio vesicular no lado com pneumotórax Exame Físico: realizar o exame de tórax completo, com inspeção do paciente, palpação, ausculta e percussão. Caso necessário, solicitar exames complementares, como radiografia. Pneumonia História Clínica: inflamação aguda nos pulmões, geralmente causada por bactéria. Sinais e Sintomas: febre alta, tosse, dor no tórax, falta de ar, confusão mental, mal-estar generalizado, secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada, fraqueza, alterações na PA Exame Físico: realizar o exame de tórax completo, com inspeção do paciente, palpação, ausculta e percussão. Geralmente a radiografia de tórax é necessária. Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Derrame Pleural História Clínica: acúmulo anormal de líquido dentro do espaço pleural. Sinais e Sintomas: podem ser assintomáticos; dispneia, dor torácica pleurítica, dor aguda que piora com a inspiração. Exame Físico: realizar o exame de tórax completo, com inspeção do paciente, palpação, ausculta e percussão Geralmente, o exame revela ausência de frêmito tátil, macicez à percussão e diminuição dos sons respiratórios no lado do derrame. Asma História Clínica: doença respiratória crônica causada por inflamação difusa das vias respiratórias. Sinais e Sintomas: broncoconstrição, dispneia, sibilos, opressão torácica, respiração curta e rápida. Os sintomas pioram à noite e nas primeiras horas da manhã ou em resposta à prática de exercícios físicos, à exposição a alérgenos, à poluição ambiental e a mudanças climáticas. Exame Físico: realizar o exame de tórax completo, com inspeção do paciente, palpação, ausculta e percussão. Caso necessário, pedir exames como a espirometria. Exame Físico Abdômen Regiões abdominais: (1) hipocôndrio direito; (2) epigástrio; (3) hipocôndrio esquerdo; (4) flanco direito; (5) mesogástrio ou região umbilical; (6) flanco esquerdo; (7) fossa ilíaca direita; (8) hipogástrio; (9) fossa ilíaca esquerda. Inspeção As premissas básicas para a inspeção do abdome são iluminação adequada, desnudamento dessa área corporal e conhecimento de suas características normais, especialmente a projeção dos órgãos na parede abdominal. Além das lesões elementares da pele e da circulação venosa colateral superficial, deve-se investigar a coloração da pele, a presença de estrias, manchas hemorrágicas e a distribuição dos pelos, bem como a eventual existência de soluções de continuidade da parede, representadas pela diástase dos músculos retos anteriores do abdome e pelas hérnias. A diástase dos músculos retos anteriores é caracterizada pela seguinte manobra: estando o paciente em decúbito dorsal, pede- se a ele para contrair a musculatura abdominal, seja elevando as duas pernas estendidas,seja levantando do travesseiro a cabeça, sem mover o tórax. Esta mesma manobra serve também para se investigar a presença de hérnias da parede abdominal. As hérnias inguinais e crurais tornam-se evidentes quando o paciente sopra com força sua própria mão, posicionada na boca para impedir a eliminação do ar. À inspeção abdominal, os seguintes parâmetros devem ser investigados: forma e volume do abdome, cicatriz umbilical, abaulamentos ou retrações localizadas, veias superficiais, cicatrizes da parede abdominal e movimentos. Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 - Forma e Volume do Abdome: atípico, normal, globoso, protuberante, pendular ou ptótico, em avental, escavado - Cicatriz Umbilical - Veias Superficiais - Cicatrizes da parede Abdominal - Movimentos: respiratórios, pulsações, peristálticos. Ausculta Ausculta-se os 4 quadrantes; avalia-se os ruídos hidroaéreos; o som característico é o de borbulhamento. Percussão Na percussão do abdome, a posição fundamental do paciente é o decúbito dorsal. Som timpânico em quase todo o abdome, por conta dos intestinos; som maciço no fígado e em patologias como esplenomegalia. Sinal de Giordano: cálculo Renal Palpação Como norma básica, efetua-se a palpação do abdome com o paciente em decúbito dorsal, usando-se a técnica da palpação com a mão espalmada. Em determinadas condições o paciente deve assumir outras posições, assim como o examinador poderá utilizar técnicas palpatórias diferentes. A palpação abdominal tem por objetivo: - Avaliar o estado da parede abdominal - Explorar a sensibilidade abdominal, provocando ou exacerbando uma dor, relatada ou não pelo paciente durante a anamnese - Reconhecer as condições anatômicas das vísceras abdominais e detectar alterações de sua consistência. Em condições normais, não se consegue distinguir pela palpação todos os órgãos intra-abdominais. Nas pessoas magras, se a parede abdominal estiver bem relaxada, é possível reconhecer o fígado, os rins, a aorta abdominal, o ceco, o cólon transverso e o sigmoide. Em contrapartida, o estômago, o duodeno, o intestino delgado, o pâncreas, as vias biliares e o peritônio não são reconhecíveis pela palpação, exceto em situações especiais e transitórias, como, por exemplo, quando uma alça intestinal contém um volume gasoso apreciável. A palpação sistemática do abdome compreende quatro etapas que devem ser cumpridas, uma após a outra: palpação superficial, palpação profunda, palpação do fígado, palpação do baço e de outros órgãos, além de manobras especiais. Superficial → pontas dos dedos Profundo → 2 mãos sobrepostas; pesquisa de cistos, hérnias Fígado → mãos em garra (2 cm no rebordo costal) - Pontos dolorosos: Vocabulário: Dor visceral: dor causada por distensão ou estiramento dos órgãos/vísceras; é um desconforto difuso por todo o abdome Dor parietal: irritação do peritônio parietal; é uma dor muito bem localizada Dor irradiada: dores localizadas distantes da sua causa de origem; há um “caminho” percorrido, como em hérnia de disco Dor referida: dor sentida numa área do corpo que nem sempre representa exatamente o local do problema; não há um “caminho” percorrido; exemplo: colecistite aguda Disfagia: dor ou perturbação na deglutição Regurgitação: que vai em direção contrária à normal; Náuseas: desconforto na região de estômago, com tendência a provocar vômito/êmese Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Vômitos: emissão pela boca de conteúdo gástrico; êmese Epigastralgia: dor na região epigástrica Azia: queimação, sensação de ardor Sinal de Murphy: positivo quando a palpação da vesícula biliar causa dor intensa em inspiração profunda, indicando colecistite aguda. Sinal de Courvoisier: positivo quando há icterícia e distensão da vesícula biliar sem a presença de dor; indica câncer pancreático. Ponto de Mc Burney: ponto situado entre o umbigo e a espinha ilíaca ântero-superior. Quando há apendicite aguda, pode ser percebida sensibilidade e dor em tal ponto. Sinal de Rovsing: Quando se suspeita de apendicite aguda este ponto deve ser comprimido, fazendo-se uma pressão progressiva, lenta e contínua, procurando-se averiguar se isso provoca sensação dolorosa. Dando continuidade ao exame, descomprime-se bruscamente a região, com o que se determina um estiramento rápido do peritônio, o qual, se estiver inflamado, despertará uma dor aguda e intensa. Sinal de Blumberg: dor à compressão e descompressão do ponto de Mc Burney. É positivo quando causa dor em ambas, sendo essa maior na descompressão. Irritação peritoneal: peritonite; é a inflamação por bactéria ou fungo do peritônio, tecido que reveste e recobre órgãos e a cavidade peritoneal. Sinal de Giordano: punho-percussão na altura da loja renal (flancos). Se a manobra evidenciar sinal de dor aguda, em pontada, no paciente, o sinal de Giordano é positivo, o que indica grande probabilidade doença renal (litíase e pielonefrite aguda). Pancreatite Aguda História Clínica: inflamação aguda do pâncreas e, em algumas vezes, dos tecidos adjacentes. Os fatores desencadeantes mais comuns são cálculos biliares e ingestão excessiva de álcool Sinais e Sintomas: dor epigástrica, aumento da frequência cardíaca, respiração rápida e curta, pode apresentar icterícia (por conta da obstrução do ducto biliar); Exame Físico: realizar o exame de abdome completo, com inspeção do paciente, palpação, ausculta e percussão, além de dosagem sérica de amilase e lipase. Pode apresentar distensão abdominal e diminuição dos sons intestinais. Colecistite Aguda História Clínica: inflamação aguda da vesícula biliar que se desenvolve em horas, geralmente como resultado da obstrução do ducto cístico por um cálculo. Sinais e Sintomas: dor em hipocôndrio direito do abdome, algumas vezes acompanhada de febre, calafrios, náuseas e vômitos Exame Físico: realizar o exame de abdome completo, com inspeção do paciente, palpação, ausculta e percussão; ultrassonografia abdominal detecta os cálculos e algumas vezes a inflamação local associada. O tratamento envolve a administração de antibióticos e a colecistectomia. Apendicite Aguda História Clínica: inflamação aguda do apêndice vermiforme Sinais e Sintomas: Dor epigástrica ou periumbilical seguida por náuseas, vômitos e anorexia; Sensibilidade direta e à descompressão no quadrante inferior direito localizada no ponto de Mc Burney Exame Físico: realizar o exame de abdome completo, com inspeção do paciente, palpação, ausculta e percussão; testa-se o Sinal de Blumberg ao inspecionar o Ponto de Mc Burney. Cálculos Urinários – Cólica Renouretral História Clínica: cálculos urinários podem permanecer no interior do parênquima renal ou do sistema coletor renal ou atravessar os ureteres ou a bexiga. Durante a eliminação, cálculos podem irritar o ureter e podem ali se alojar, obstruindo o fluxo urinário. Sinais e Sintomas: são frequentemente assintomáticos, a menos que causem obstrução e/ou infecção. Dor intensa, muitas vezes acompanhada de náuseas e vômitos; a cólica é de intensidade variável, mas é tipicamente excruciante e intermitente, muitas vezes ocorre ciclicamente, e dura 20 a 60 minutos Exame Físico: realizar o exame de abdome completo, com inspeção do paciente, palpação, ausculta e percussão; O diagnóstico baseia-se no exame de urina e em tomografia computadorizada espiral sem contraste. Comunicação de Más Notícias Tarefa complexa no exercício da prática médica; Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Acompanha as mudanças ocorridas no campo biomédico e social; Não se trata de uma simples informação de diagnóstico; Relação médico-paciente comunicação Comunicação e comunhão são palavras que compartilham da mesma origem etimológica: ideia de união, ligação e compartilhamento. Comunicação – a capacidade de trocar ou discutir ideias, de dialogar, com vista ao bom entendimento entrepessoas. Comunicar – pôr em contato ou relação; ligar; unir. Dimensão simbólica Dimensão linguística Dimensão Existencial: as emoções, os sentimentos e os valores adquiridos. Referente à experiência singular de cada um em sua existência. Tudo é linguagem. O que são consideradas más notícias? Qualquer informação que envolva uma mudança drástica na perspectiva de futuro em um sentido negativo. Afeta o domínio cognitivo, emocional, espiritual e comportamental. Altera a dinâmica familiar. Doenças graves Gravidez? Aborto Amputação Infertilidade Resposta ineficaz ao tratamento Contra indicação para cirurgia Contra indicação para o tratamento Falta de outros tratamentos possíveis Pode Interferir: Nível de compreensão da informação pelo paciente Satisfação pelos cuidados médicos Nível de esperança Ajustamento psicológico Ausência nos currículos da faculdade médica Falta de preparo dos profissionais de saúde Difícil prever a reação do paciente Angústia e temor da morte, inerentes à condição humana Morte = Fracasso Terapêutico Câncer Doença vergonhosa Caroço Massa “Aquela doença” Doença revestida de simbolismos negativos: Punição e culpa Teorias Psicológicas: responsabilidade do sujeito na produção e remissão da doença “O câncer é um inimigo a ser combatido.” “O tratamento é uma luta a ser travada.” “A quimioterapia é uma guerra química.” Porque o médico acha difícil dar más notícias? Medo de causar dor Medo de provocar desesperança Medo/vergonha de admitir o fracasso terapêutico Medo de ser processado Medo das reações emocionais do paciente Medo de expressar suas próprias emoções Medo pessoal da doença e da morte Comunicação de más notícias TABU: Há a crença generalizada de que a revelação de um diagnóstico sombrio afetará negativamente a evolução do paciente ou sua colaboração com o plano terapêutico. História da Comunicação de Más notícias Desde Hipócrates encontramos orientações a seus discípulos para esconder a maioria das informações ao paciente, não devendo revelar nada sobre sua condição futura ou presente. No juramento Hipocrático, o dever ético de não produzir ou evitar todo tipo de dor, física ou moral, pode ser uma das justificativas para a tentativa de reduzir, ou mesmo alterar, as informações dolorosas dadas ao paciente. Nos fins do séc. XIX, o código de ética médica Americano incentivava a ocultação da verdade ao paciente: “É, portanto, um dever sagrado guardar-se com cuidado a esse respeito, evitar todas as coisas que têm tendência a desencorajar o paciente, e a deprimir seu espírito.” MODELO ANTIGO X MODELO ATUAL Um século depois observamos mudanças na orientação: “O médico deve lidar honestamente com o paciente e seus colegas. O paciente tem o direito de saber seu estado clínico, passado e presente, e de ficar livre de quaisquer crenças errôneas relativas à sua condição.” É vetado ao médico: Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Art.59: “Deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e objetivos do tratamento, salvo quando a comunicação direta ao mesmo possa provocar-lhe dano, devendo, nesse caso, a comunicação ser feita ao seu responsável legal.” Art.70: “Negar ao paciente acesso a seu prontuário médico, ficha clínica ou similar, bem como deixar de dar explicações necessárias a sua compreensão, salvo quando ocasionar riscos para o paciente e para terceiros.” Por que comunicar? Fortalece a relação médico-paciente Reduz a incerteza da situação vivida pelo paciente Oferece uma direção ao doente e sua família Minimiza sentimentos de isolamento, solidão e medo Grande maioria das pessoas quer saber E se eu disser uma mentirinha? A mentira pode ocorrer na tentativa de minimizar o sofrimento do paciente e, provavelmente dos profissionais e familiares, mas há consequências que interferirão na qualidade da relação médico-paciente e, especialmente, na forma como o paciente conduzirá seu tratamento e os momentos finais de sua vida. Comunicação 1º - Reunir toda a informação disponível do enfermo e de sua doença. O médico deve se inteirar do nível de conhecimento do doente a respeito de sua doença, suas expectativas, bem como sua disposição para ouvir más notícias. 2º - Fornecer informação clara de acordo com as necessidades e desejos do paciente. 3º - Dar suporte ao paciente, empregando habilidades para reduzir o impacto emocional 4º - Desenvolver como estratégia, um plano de tratamento, com a contribuição e cooperação do paciente. Preparar para a entrevista Descobrir o que o paciente sabe Identificar o que o paciente quer saber Oferecer a informação ao paciente Responder às reações do paciente Estratégia e resumo Plano de tratamento Avaliar o estado emocional e psicológico do paciente Dar informação de forma gradual Descobrir o que o paciente sabe sobre sua doença Descobrir o quanto o paciente quer saber Dividir, compartilhar a informação Ser realista, evitando a tentação de minimizar o problema Não discutir com a negação, aceitar as ambivalências Não estabelecer limites nem prazos Ajudar a manter a esperança Avaliar como o paciente se sente após receber as notícias Assegurar que o paciente tenha suporte emocional de outras pessoas Planejar e assegurar o acompanhamento do paciente Programar outro encontro com o paciente Habilidades em Comunicação Escuta ativa Processo de duas vias Atitude empática e suportiva Percepção da perspectiva a partir da qual o paciente está se expressando. Atenção ao canal não-verbal: postura, gestos, tom de voz, proximidade e contato físico. Família Diagnóstico grave. O que contar? Como contar? Padrão de comunicação familiar Tentando evitar a dor subestima-se a capacidade de enfrentamento e resiliência do paciente. Lembrete: a tristeza, a raiva, o medo, a angústia e a dor são inerentes à condição. Ética Ética Principialista: Beneficência, Não-Maleficência, Autonomia e Justiça Princípios válidos prima-facie AUTONOMIA Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 O paciente autônomo é o que pode seguir um plano de tratamento, de acordo com suas próprias escolhas, a partir das elucidações desenvolvidas na relação com seu médico. Comunicação com o Paciente Relação Médico-Paciente Princípio de Respeito à Autonomia. Ser autônomo não é o mesmo que ser respeitado como um sujeito autônomo. Maior responsabilidade e investimento na relação médico-paciente. Não se trata apenas de um reconhecimento de que o outro tem o direito de ser autônomo, mas sim de criar condições, a partir da relação estabelecida, para que o outro tenha os recursos necessários e desenvolva a capacidade de exercê-lo. Comunicação Recursos Tomada de Decisões. O estilo, bem como os instrumentos e recursos utilizados na comunicação com o doente, serão fortes aliados e determinantes no estímulo e no respeito ao exercício de sua autonomia. Modelo de Relação Médico-Paciente: o Paternalista o Informativo o Compartilhado O respeito à autonomia do doente, se traduz em habilitá-lo a exercer sua autonomia, suportando suas escolhas pessoais e acompanhando-o durante o tratamento, ainda que este esteja embasado em valores e crenças diversos aos do médico. Câncer: Evolução rápida? Foco na comunicação do diagnóstico e prognóstico Fase inicial da doença. Paciente com funções preservadas, de forma a não impedir, ou não deixar dúvidas quanto a sua capacidade de tomar decisões autonomamente. Relacionamentos Com quem compartilhar e reparar suas relações? Organização de assuntos afetivos e econômicos Sonhos e desejos que quer e pode realizar Cuidados Paliativos Conceito: “É uma abordagem que promove a qualidade de vidade seus pacientes e familiares, que enfrentam doenças que ameaçam a continuidade da vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento. Requer identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e de outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual.” "Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos espirituais.” Cenário Internacional Saúde Pública Internacional Ø Sistema de saúde da Inglaterra com 63 anos de história; Governo investe 8,4% do PIB na saúde; Estudos mostram que 21% da verba destinada a saúde dos municípios são usadas nos últimos 6 meses de vida com ocupação de 24% dos leitos hospitalares; O custo da saúde vem aumentando anualmente devido ao envelhecimento da população e elevado custo das drogas; Cuidado Paliativo da mais alta qualidade técnica. O paciente é soberano quanto às suas decisões. Cuidados Paliativos proporcionam cuidado ao Paciente, com o objetivo de oferecer qualidade de vida e manutenção da dignidade humana durante o curso da doença, na terminalidade, na morte e durante o período de luto familiar. Terminalidade da Vida A palavra ORTOTANÁSIA se refere às atitudes assumidas na perspectivas do bem-estar do doente, quando todas as possibilidades de diagnóstico e tratamento de uma enfermidade grave e incurável forem progressivamente vencidas. (Cuidados Paliativos) O conceito de ortotanásia envolve a arte de bem morrer; é uma maneira de “enfrentar” o morrer, que rejeita a morte infeliz e as ciladas da eutanásia e da distanásia. Indicação de cuidados paliativos Pacientes que esgotaram todas as possibilidades de tratamento de manutenção ou prolongamento de vida. Há sofrimento moderado a intenso. Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Opção por manutenção de conforto e dignidade da vida. Objetivo Primordial → melhorar sintomas e a qualidade de Vida. Não se faz mais intervenções Os cuidados paliativos constituem-se numa abordagem que melhora a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares que enfrentam um problema associado ao diagnóstico de uma Doença que resulta ameaça a sua Vida, através da prevenção e alívio do sofrimento por meio da identificação precoce de sintomas que causem desconforto físico, psíquico e espiritual. Os Cuidados Paliativos tem como fundamento atender as necessidades do pacientes e de sua Família, independente do prognóstico. Princípios 1. Promover o alívio da Dor e de outros sintomas desagradáveis. 2. Afirmar a vida e considerar a morte como um processo normal da Vida. 3. Não acelerar nem adiar a morte. 4. Integrar os aspectos psicológicos e espirituais nos cuidados aos pacientes. 5. Oferecer um sistema de suporte que possibilite ao paciente viver tão ativamente quanto possível até o momento de sua morte. 6. Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença do paciente e o luto. 7. Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença. 8. Iniciar o mais precocemente possível o Cuidado Paliativo, juntamente com outras medidas de prolongamento da vida e incluir todas as investigações necessárias para melhor compreender e controlar situações clínicas estressantes. Como estabelecer estratégias antes da finitude? História natural da doença. Avaliação da Independência e autonomia do indivíduo. Necessidade de equipe multidisciplinar Relacionamento estreito entre equipe médica, paciente e familiares. Necessidade de tomada de decisão entre Equipe, Paciente e sua Família Avaliar a percepção do prognóstico por parte do paciente e familiares. Compreensão das opções Terapêuticas disponíveis e possíveis. Evitar incongruência entre as expectativas dos pacientes e Familiares. Preferências entre opções terapêuticas. Terminalidade da Vida Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Autonomia – pressupõe o princípio lapidar de liberdade de escolha Direito a verdade (direito a não saber - não- maleficência); Esconder a verdade do paciente é privá-lo da condição de sujeito e cercear sua autonomia. Direito ao Diálogo; Não fugir do paciente terminal - respeito à dignidade Direito a Decisão; É o exercício do direito que todo ser humano tem de responder sobre si mesmo MORTE: Evolução da tecnologia na ciência → manter as funções vitais essenciais para o prolongamento da vida Conceito de parada cardiorrespiratória → morte cerebral Comunidade científica mundial aceita a morte como cessação irreversível do Tronco Cerebral. "Alinho-me pois à tese defendida pelo Conselho Federal de Medicina em todo o processo e pelo Ministério Público Federal nas sua alegações finais, haja vista que traduz, na perspectiva da resolução questionada, a interpretação mais adequada do Direito em face do atual estado de arte da medicina. E o faço com base nas razões da bem-lançada manifestação da ilustre procuradora da República Luciana Loureiro Oliveira - MPF" “A renúncia a meios extraordinários ou desproporcionados não equivale ao suicídio ou à eutanásia; exprime, antes, a aceitação da condição humana diante da morte”. C R E M E S P Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo Houve um tempo em que nosso poder perante a morte era muito pequeno. E, por isso, os homens e as mulheres dedicavam-se a ouvir a sua voz e podiam tornar-se sábios na arte de viver. Hoje, nosso poder aumentou. A morte foi definida como inimiga a ser derrotada. Fomos possuídos pela fantasia onipotente de nos livrarmos de seu toque. Com isso, nos tornamos surdos às lições que ela pode nos ensinar.” Rubem Alves Terminalidade da Vida Acolhimento Ação ou efeito de acolher. Modo de receber ou maneira de ser recebido. Comunicação interpessoal. Compreensão dos conflitos existenciais. Cuidar. Amparar. Confortar. Ser compreendido pelos profissionais: busca de uma relação alicerçada por compaixão, humildade, respeito e empatia. A espiritualidade pode ser definida como uma “propensão humana a buscar significado para a vida por meio de conceitos que transcendem o tangível, à procura de um sentido de conexão com algo maior que si próprio”. A espiritualidade pode ou não estar ligada a uma vivência religiosa. Cuidado Paliativo é a principal ferramenta ética, científica, espiritual e filosófica Ação multidisciplinar! Humanismo! Depressão e Suicídio Depressão É uma das doenças mais comuns e incapacitantes do mundo. Acomete 4,4% da população mundial e 5,8% dos brasileiros. Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 350 milhões de pessoas convivem com a depressão em suas vidas. Suicídio A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo. A cada 3 segundos uma pessoa atenta contra a própria vida. Suicídios Consumados: Homens 3 x 1 Mulheres Tentativas de Suicídio: Mulheres 3 x 1 Homens Após um suicídio, aproximadamente 6 pessoas próximas adoecem. As tentativas de suicídio ocorrem 20-30x mais. A presença do consumo de substâncias psicoativas, principalmente o álcool, podem potencializar e aumentar a probabilidade de tentativas de suicídio. É a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos; TUREKI (2015) 4 milhões de adolescentes tentam suicídio e pelo menos 100.000 obtêm êxito; (OMS, 1998; SMS 2006). Em torno de 2/3 das pessoas que cometeram suicídio consultaram um médico no mês anterior ao suicídio; Poucas pessoas espontaneamente relatam seus pensamentos e/ou intenções suicidas aos seus médicos; 1 em 6 com depressão morrem de suicídio (15%). Comofalar sobre o assunto? Tem obtido prazer nas coisas que tem realizado? Sente-se útil na vida? Sente que a vida perdeu o sentido? A situação pode melhorar? Pensou que seria melhor morrer? Tem pensamentos de pôr fim à própria vida? São ideias passageiras ou persistentes? Você conseguiria se controlar, caso essa vontade viesse? Conseguiria avisar alguém? Quem?
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