Buscar

COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DA FORMA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TEMA DE APRENDIZAGEM
COMPOSIÇÃO E ESTRUTURAÇÃO
DA FORMA
Me. Ana Caroline Siqueira Martins
Me. Carla Cristina Siqueira Martins
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios 
MINHAS METAS
INICIE SUA JORNADA
Olá, caro (a) aluno (a). Seja bem-vindo(a) a este Tema de Aprendizagem. Nele,
abordaremos conteúdos essenciais à atividade de Design, que certamente
proporcionarão expansão intelectual para sua atuação na área. Sempre que
projetamos, traçamos ou esboçamos algo, o conteúdo visual dessa
comunicação é composto por uma série de propriedades visuais, que
constituem a noção básica daquilo que vemos.
Neste Tema de Aprendizagem, abordaremos, fundamentalmente, as
Propriedades da Forma e os diversos elementos que nela se inserem:
Categorias Conceituais, das Fundamentais às Técnicas Visuais Aplicadas, e
Proporcionar conhecimento abrangente acerca dos conceitos e
propriedades relacionados à Teoria da Forma.
►
Compreender os elementos e técnicas existentes por meio das
categorias conceituais.
►
Estabelecer relação entre esses fundamentos e a Comunicação
Visual.
►
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Comunicação Visual. Quando falamos em Forma e suas composições,
devemos partir do pressuposto de que o termo “Forma” permite de�nições
bastante abrangentes.
Para Gomes Filho (2009), autor que guiará nosso aprendizado neste Tema de
Aprendizagem, as signi�cações sobre esse termo admitem sentido
epistemológico, �losó�co, lógico e, por que não, estético. Esse último sentido,
com ligação direta à área do Design, é entendido como a imagem visível do
conteúdo, nos informando a natureza da aparência externa de algo. Logo,
tudo que visualizamos tem uma forma.
Comunicar-se é expressar-se, via comunicação verbal ou não
verbal, por meio de gestos e imagens, ou seja, há um arsenal de
linguagens disponíveis não só para nos comunicarmos
socialmente, mas que também pode ser utilizado na comunicação
de produtos de Design e expressar inúmeros signi�cados.
Sabemos que os aporte teóricos, práticos, culturais e técnicos são de
relevância elementar no entendimento da engrenagem na qual o Design se
estabelece, uma vez que é nesse repertório de conhecimentos múltiplos que
está inserida a leitura visual no construto do projeto. Desse modo, esperamos
que o material contribua de maneira representativa à sua formação, e que lhe
proporcione bons momentos de leitura.
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
PROPRIEDADES DA FORMA
Sobre o conceito de Forma, Gomes Filho (2009, p. 41) nos convida a
compreender que a percepção está na interação entre o objeto físico, o meio
de luz agindo como transmissor de informação, e as condições que
“prevalecem no sistema nervoso do observador, que é, em parte,
determinada pela própria experiência visual”. Portanto, conforme o autor,
para que seja possível perceber uma forma, é necessário que existam
diferenças no campo visual, oriundas de estímulos e contrastes distintos.
Para o autor, as propriedades da Forma podem ser de�nidas por quatro
elementos primários:
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Para Dondis (1997), esses elementos também podem ser compreendidos
como os elementos fundamentais de fonte compositiva para qualquer
Comunicação Visual.
PONTO
Conforme essa autora, o ponto:
Como elemento conceitual, um ponto indica posição, sem dimensão,
comprimento e largura, sendo �xo, estático e sem direção. Pode representar
o início e �m de uma linha, e está onde duas linhas se cruzam. Estamos
habituados a utilizá-lo na escrita, mas ele também é a representação da
partícula geométrica mínima da matéria, e, do ponto de vista simbólico, é
considerado elemento de origem.
ponto;●
linha;●
plano; e●
volume.●
É o elemento pelo qual se iniciam os estudos sobre a Teoria das Formas.●
É a unidade mais simples e irredutivelmente mínima de Comunicação
Visual.
●
É qualquer elemento que funcione como forte centro de atração visual
dentro de um esquema estrutural, seja em uma composição ou em um
objeto.
●
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Como elemento visual, o ponto tem:
Suas características fundamentais são o tamanho – que deve ser
comparativamente pequeno, e o formato – que necessita ser razoavelmente
simples (PARADELLA, 2015, on-line). No desenho grá�co a seguir, por
exemplo, o elemento ponto foi utilizado em variação escalar, conferindo
sensação de espiral em movimento. Veja:
Figura 1 – Exemplo do elemento Ponto
formato;●
cor;●
tamanho; e●
textura.●
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Fonte: Shutterstock
Descrição da imagem: Nove ilustrações de círculos
formados por pontos na cor preta. Cada ilustração tem
pontos de diferentes espessuras.
A bola de golfe, representada pela sua forma esférica e circular, conforme
observado na Figura 2, resume o conceito de ponto como uma unidade
singular e de forte atração visual (GOMES FILHO, 2009). Observe:
Figura 2 – Bola de golfe: exemplo do elemento Ponto
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Fonte: shutterstock
Descrição da imagem: A imagem de fundo preto mostra
nove bolas de golfe: oito bolas brancas (quatro de cada lado).
No centro, uma bola vermelha.
LINHA
A linha é de�nida por Gomes Filho (2009) como elemento secundário da
linguagem visual. Trata-se de uma sucessão de pontos – em movimento ou
estendido. O propósito da linha é conformar, contornar e delimitar objetos.
Figura 3 – Exemplo do elemento Linha, aliado ao elemento
Ponto
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
APROFUNDANDO
Linha é o elemento visual que dá origem ao esboço, instrumento fundamental
da pré-visualização, sendo um meio de apresentar aquilo que ainda não existe
– a não ser na imaginação – contribuindo, assim, para o processo visual. Para
o autor, de maneira simbólica, a linha reta está associada ao território do
intelecto, pelo qual se revela a vontade e a força de con�guração,
determinação e ordem. Assim, expressa o regular, o que a mente apreende,
estando voltada ao mundo dos regulamentos, da disciplina, das leis e da
vontade racional.
Fonte: shutterstock
Descrição da imagem: A imagem de fundo cinza claro
mostra quatro �guras geométricas formadas por linhas �nas
que estão ligadas por pontos na cor preta.
No Design, o termo linha, no plural, de�ne estilos e quali�ca nomenclaturas
formais, como linhas orgânicas e geométricas, entre outras. Na visão de
Fisher (1987), a linha como elemento visual tem comprimento e largura. Sua
cor e textura são determinadas pelos elementos utilizados para representá-
la, bem como pela maneira como é criada.
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Segundo Kandinsky (2001), as linhas retas têm três movimentos essenciais:
horizontal, vertical e diagonal. Todas as outras são variações desse
movimento.
A linha diagonal é caracterizada como a forma mais concisa da in�nidade de
possibilidades dos movimentos e, por esse motivo, tem uma tensão interior
maior do que as duas que lhe dão origem. A análise do conceito de linha
como elemento visual e espacial é imprescindível à função do Designer, pois
possibilita o emprego de sensações díspares, como a de alongar ou alargar
visualmente um espaço. Observe:
Na ilustração apresentada na Figura 5, há representações de objetos que
são desenvolvidas, fundamentalmente, por um esquema de linhas. Veja:
Figura 4 – Exemplo do elemento Linha como meio de alargar
visualmente um espaço
LINHA HORIZONTAL 
LINHA VERTICAL 
LINHA DIAGONAL 
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Fonte: shutterstock
Descrição da imagem: Foto de sala com parede azul claro.
Ao centro, sofá cinza claro e almofadas amarelas, cinzas e
estampadas. Ao lado de cada exterminada do sofá, há duasmesas de cabeceira brancas com duas gavetas em cada uma.
Figura 5 – Elemento Linha aplicado em Design grá�co
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Fonte: shutterstock
Descrição da imagem: Ilustração de fundo branco. À
esquerda, uma mão branca segura um smartphone. À direita,
uma cesta de supermercado vermelha com alças pretas
escrito “on-line marketing”. O que liga as duas imagens são
ilustrações de diversos itens de consumo coloridos (comidas,
eletrodomésticos, brinquedos).
Em síntese, um ponto pode ser colocado para andar por uma força,
o que o torna uma linha reta, e, se esse mesmo ponto se
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
movimentar por duas forças, teremos linhas curvas (PARADELLA,
2015, on-line).
Para Gomes Filho (2009), a linha curva está relacionada ao território dos
sentimentos, da suavidade, da �exibilidade e do feminino. O redondo, o
curvilíneo e o ondulante encontram-se em oposição ao caráter racionalizante
da linha reta. Na imagem do mapa, na Figura 6, há a utilização de linhas
retas e curvas como contorno con�gurativo de cada continente, países e
fronteiras. O contraste das cores colabora para uma percepção visual
facilitada, por indicar, de maneira distinta, o espaço territorial de cada
continente. Veja:
Figura 6 – Exemplo do elemento Linha em versão reta e curva
Fonte: shutterstock
Descrição da imagem: Mapa-múndi que mostra cada
continente de uma cor.
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Conforme nos informa Paradella (2015, on-line), quanto maior a pressão
lateral e contínua exercida sobre a linha, mais ela se desvia até fechar-se em
si mesma, formando um círculo. Seguindo esse pensamento, uma linha
estendida também pode se transformar em um plano, que é o terceiro
elemento primário das propriedades da forma.
PLANO
Geometricamente falando, o elemento plano tem comprimento e largura.
Para Gomes Filho (2009), é de�nido como uma sucessão de linhas em
movimento, e não é expressado sem espessura, o que o torna comumente
confundido com o elemento sólido - a diferença entre eles é relativa e
depende do contexto social observado.
Como elemento visual, além de comprimento e largura, o plano tem posição e
direção, é limitado por linhas e de�ne os limites extremos de um volume. Em
uma superfície bidimensional, todas as formas planas que não são
comumente reconhecidas como pontos ou linhas são formas enquanto
plano. As formas planas possuem uma variedade de formatos que podem ser
classi�cados, de acordo com Kandinsky (2001), como:
GEOMÉTRICOS 
ORGÂNICOS 
RETILÍNEOS 
IRREGULARES 
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Superfícies, fachadas, tecidos e pisos são exemplos de superfícies planas.
Na ilustração a seguir, os planos são construídos por fachadas nas quais
estão contidos outros planos em unidades menores, como paredes, portas,
janelas e escadas, entre outros. Veja:
Figura 7 – Representação do elemento Plano como superfície
Fonte: shutterstock
Descrição da imagem: Ilustração de uma rua com sete
prédios de diferentes tamanhos e cores. No centro da
ilustração, na frente do “co�ee shop”, há uma bicicleta
parada.
Figura 8 – Ilustração do elemento Volume
CALIGRÁFICOS 
ACIDENTAIS 
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Fonte: shutterstock
Descrição da imagem: Três vasos decorativos: preto, marrom
e dourado. Cada um tem forma, tamanho e texturas
diferentes.
VOLUME
Um plano estendido transforma-se num volume, que essencialmente tem
comprimento, largura e profundidade. Volume é de�nido por Gomes Filho
(2009), como algo que se propaga em dimensões espaciais, podendo ser
físico e pictórico.
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Observe:
Figura 9 – Exemplo do elemento Linha Volume pictórico
Fonte: shutterstock
Descrição da imagem: Imagem com fundo preto e forma na
cor cinza claro, tridimensional e pontiagudo.
Aprendemos a visualizar o mundo de maneira tridimensional. Representá-lo
no papel (espaço bidimensional), requer algumas habilidades, que incluem a
Físico é aquele cuja dimensão é palpável, que se pode pegar, a exemplo de
um instrumento musical, bloco de notas, objetos de decoração e uma
pessoa entre outros.
●
Pictórico é aquele cuja solidez tridimensional é desenvolvida pela criação
de uma imagem, seja um desenho, ilustração ou pintura, no emprego de
técnicas de luz e sombra, brilho, textura e cores, de forma a representar e
ressaltar volumes e partes do objeto.
●
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
utilização do tom e de perspectiva para representar profundidade – sendo
essa a terceira dimensão das formas que observamos no mundo. É
importante ressaltar que, em um projeto de Design, esses quatro elementos
são trabalhados ao mesmo tempo, como artifício para entender o todo. Além
desses elementos, Gomes Filho (2009) cita:
CATEGORIAS CONCEITUAIS
O sistema de Linguagem visual é primoroso. Gomes Filho (2009), acrescenta
ao sistema duas classes de categorias conceituais: as Fundamentais e as
Técnicas Visuais Aplicadas. No que se refere às Fundamentais, cita:
a Forma Real, que se estabelece como a representação real de objetos e
coisas, utilizando os limites reais a partir de pontos, linhas, planos e
volumes, por meio de fotogra�as, ilustrações, gravuras e pinturas; e
●
a Con�guração, cujo esquema de representação dos objetos se dá por
meio de sombras, manchas, traços, linhas de contorno, silhuetas etc.
●
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
HARMONIA E DESARMONIA
Harmonia, para o autor, é a disposição formal bem-organizada entre todos
os elementos do objeto, ocasionando regularidade simples e clara.
Como exemplo, é possível citar a igreja de Brasília, projetada pelo arquiteto
Oscar Niemeyer, que evidência, de maneira clara, a utilização do conceito
pelo emprego de coerência formal, equilíbrio simétrico por meio da
distribuição exatas dos pesos visuais, além de exímia qualidade estética e
plástica. Veja:
Figura 10 – Igreja de Brasília - exemplo de Harmonia
harmonia/desarmonia;●
equilíbrio e desequilíbrio visual; e●
contraste.●
A harmonia por ordem acarreta uniformidade entre as unidades.●
A harmonia por regularidade produz elementos absolutamente nivelados
em termos de equilíbrio visual.
●
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Fonte: shutterstock
Descrição da imagem: Foto diurna da catedral de Brasília: ao
fundo, céu azul com nuvens e alguns prédios à direita.
Já a desarmonia é o processo oposto: os elementos são desordenados,
resultando em discordâncias e inconstância formal por serem irregulares e
sem nivelamento, o que, em produto em Design, pode conferir certo
estranhamento ao consumidor, causando repulsa ou, pelo contrário,
interesse.
EQUILÍBRIO E DESEQUILÍBRIO
Sobre o elemento Equilíbrio, Gomes Filho (2009), a�rma que ele se dá quando
as forças agem ao mesmo tempo sobre ambos os lados dos elementos,
proporcionando a sensação de que os dois lados são iguais ou compensados
mutuamente. O equilíbrio pode ser compensado por pesos ou pela sua
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
direção, ser iguais ou balanceados. Desse modo, peso e direção são as
propriedades que mais o in�uenciam.
Figura 11 – Conceito de equilíbrio aplicado em projeto 3D
Fonte: shutterstock
Descrição da imagem: Ilustração com fundo cinza claro. Oito
bolas prateadas e espelhadas distribuídas de forma
tridimensional.
Essa curiosidade em adquirir conhecimento exige a “aprendizagem
de desaprender”, e, a exemplo do Design, é um método. É
indispensável organizar um arquivo, anotar experiências,
pensamentos, dados, trechos de livros, listar questões, buscar
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
relações, produzir imagens e comparações. Descon�ar daquilo que
se sabe.
O equilíbrio pode ser:Observe a Figura 12 (DONDIS, 1997).
Figura 12 – Ilustração que utiliza do elemento Equilíbrio
assimétrico
Fonte: shutterstock
simétrico, podendo acontecer em um ou mais eixos, nas posições
horizontal, vertical, diagonal ou de qualquer inclinação; e
●
assimétrico, em que nenhum de seus lados opostos são iguais.●
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Descrição da imagem: Foto de um círculo assimétrico
formado por lápis coloridos.
O desequilíbrio é o oposto do equilíbrio, ou seja, ocorre quando as forças que
agem sobre os corpos não conseguem se equilibrar. Esse estado pode
chamar a atenção do observador, inquietando-o e/ou surpreendo-o. Um
exemplo típico de desequilíbrio é a Torre de Pisa, na Itália. Essa instabilidade
visual, ocasionada pela inclinação, funcionou, nesse caso, como apelo
estético (GOMES FILHO, 2009). Como observado na Figura 13.
Figura 13 – Torre de Pisa - exemplo de Desequilíbrio
Fonte: shutterstock
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Descrição da imagem: Foto diurna da Torre de Pisa. Ao
fundo, céu azul com nuvens. À frente da Torre, pessoas
distribuídas e um gramado.
CONTRASTE
O contraste tem grande importância na criação de qualquer produto. Ocorre
pela presença ou ausência de luz e tom, pela utilização de diferentes cores, e
é o que proporciona forma e realce, con�gurando-se como uma estratégia
visual para aferir signi�cados aos objetos. “Em todas as artes, o contraste é
uma poderosa ferramenta de expressão, o meio para intensi�car o signi�cado
e, portanto, para simpli�car a comunicação” (GOMES FILHO, 2009, p. 62). Para
expandir o entendimento (GOMES FILHO, 2009, p. 63):
[...] por exemplo, se se quer que uma coisa pareça claramente grande,
pode associar uma outra coisa pequena perto desta. Cada elemento
visual oferece possibilidades múltiplas na produção de informação
visual contratada. Cada polaridade puramente conceitual, pode
associar-se mediante elementos e técnicas visuais que são, por sua
vez, associados ao seu signi�cado.
No Design, a cor é considerada a parte mais emocional do processo visual.
Por meio do contraste, a cor colabora para a valorização estética,
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
direcionando a atenção para o objeto como um todo ou para partes
interessantes que se queira valorizar. O contraste também pode ser vertical
ou horizontal, de movimento, proporção e dinamismo, entre outros, levando
em consideração a melhor empregabilidade e os objetivos do projeto.
INDICAÇÃO DE LIVRO
SOBRE O LIVRO:
Design e Comunicação Visual, de Bruno Munari, é uma das mais
importantes obras voltadas à Comunicação Visual. Explora novos
métodos de ensino sobre o assunto, no que pode ser considerado um
manual do Design.

Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Sobre Técnicas Visuais Aplicadas, Gomes Filho (2009) propõe que a �nalidade
é fornecer subsídios valiosos para a metodologia criativa no desenvolvimento
de projetos de qualquer área. Essas técnicas são divididas em:
Clareza;●
Simplicidade;●
Minimidade;●
Complexidade;●
Profusão;●
Coerência;●
Incoerência;●
Exageração;●
Arredondamento;●
Transparência Física;●
Transparência Sensorial;●
Opacidade;●
Redundância;●
Ambiguidade;●
Espontaneidade;●
Aleatoriedade;●
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Para tornar inteligível cada uma dessas técnicas, segue de�nição sintetizada
de cada uma delas, acompanhada de exemplos dos métodos que
consideramos de maior representatividade ao Design. Tais de�nições estão
orientadas por Gomes Filho (2009) e Dondis (1997). Observe na sequência.
CLAREZA
É a manifestação visual bem-organizada, em que há visualização uni�cada,
harmoniosa e equilibrada. O objeto pode ter estrutura simples ou complexa,
pois mesmo que esteja constituído de forma altamente complexa, a clareza
se dá por conta da boa organização formal dos elementos, que seguem
padrões de equilíbrio e harmonia, conforme o exemplo a seguir:
Fragmentação;●
Sutileza;●
Diluição;●
Distorção;●
Profundidade;●
Super�cialidade;●
Sequencialidade;●
Sobreposição;●
Ajuste Óptico; e●
Ruído Visual.●
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Figura 14 – Exemplo de composição visual utilizando
Contraste de cor
Fonte: shutterstock
Descrição da imagem: Foto de diversos caixotes coloridos,
contrastantes. Os caixotes têm tamanhos diferentes e há
vasos com plantas em alguns deles. Em outros, objetos
decorativos (vasos, caixas). O fundo da imagem é de madeira
clara.
Figura 15 - Interior do teatro como exemplo de utilização da
técnica Clareza
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Fonte: shutterstock
Descrição da imagem: Foto de um teatro mostrando o palco,
plateia e mezaninos. A cortina vermelha do palco está
fechada e há algumas pessoas na plateia.
SIMPLICIDADE
Livre de complicações, também confere harmonia e uni�cação, mas
normalmente contém baixo número de informações ou unidade visuais. São
organizações fáceis de serem assimiladas e compreendidas. No pictograma
da Figura 16, o conceito da técnica se traduz por ser uma con�guração com
poucas unidades, pelo contraste de cor, bem como pelo esquema
empregado, que facilita ainda mais a decodi�cação funcional e
comunicacional.
MINIMIDADE
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
É uma técnica econômica, na qual há pouquíssimos elementos de
composição e, por esse motivo, enfatiza as técnicas de Clareza e
Simplicidade. O símbolo icônico da marca Nike é um exemplo de Minimidade,
sendo que apenas uma alusão à pontuação vírgula con�gura a imagem.
COMPLEXIDADE
Técnica oposta ao conceito de Simplicidade, a Complexidade tende a ter
muitas unidades formais em sua composição, o que pode di�cultar a
compreensão rápida do que se quer comunicar. Pensar no desenvolvimento
de um simples objeto de decoração, na elaboração de maquetes ou na
engrenagem que envolve o funcionamento de um relógio pode ajudar a
compreender a prática de tal técnica. Outro exemplo está no objeto de
decoração “Pollen IV”, exposto no Milan Design Week, que faz menção ao
pólen – estruturado em seu processo projetual por complexas rami�cações.
PROFUSÃO
A profusão está associada ao fator de Complexidade. A técnica de Profusão
está relacionada ao poder da riqueza, estilos formais góticos, barroco, art
déco e tantos outros que apresentam elementos visuais rebuscados e
detalhes geralmente supér�uos, de cunho decorativo.
TEXTURA
Elemento visual usualmente utilizado como substituto de qualidades táteis,
que podem ser conferidas pela junção de visão e toque. É possível, ainda, que
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
uma textura tenha apenas qualidade visual, sendo “ilusionalmente”
desenvolvida como estampa representativa, funcionando como uma
experiência sensível e enriquecedora.
COERÊNCIA
Caracteriza-se por ser uma organização visual integrada, equilibrada e
harmoniosa em relação ao seu todo. “Expressa, sobretudo, compatibilidade
de estilo e linguagem formal uniforme e consonante, em qualquer objeto”
(GOMES FILHO, 2009, p. 82). Na Figura 21, temos essa técnica aplicada em
um conceito de família ou linha de produtos, que, por conta do estilo e
identidade visual em que os objetos são integrados, os torna coerentes entre
eles. A Incoerência é o oposto da Coerência, tendo a organização visual
distinta e contraditória, além de objetos desarmoniosos e desintegrados.
Figura 16 - Exemplo de utilização da técnica Simplicidade
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Fonte: shutterstock
Descrição da imagem: Ilustração de nove objetos na cor
preta: cada um está dentro de um quadrado pequeno de
cores de fundo diferentes.
Figura 17 - Exemplo de utilização da Técnica Minimidade
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Fonte: shutterstock
Descriçãoda imagem: Foto de loja com o símbolo da Nike. À
esquerda, a fachada é cinza claro com símbolo da Nike em
laranja, e à direta é espelhada com símbolo da marca em
laranja e fundo preto.
Figura 18 - Exemplo de utilização da Técnica Complexidade
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Fonte: Pont Du ([2017], on-line).
Descrição da imagem: Foto de objeto decorativo na cor
branca, circular com linhas assimétricas. O objeto está em
cima de uma mesa branca. Ao fundo, aparece um corte de um
quadro colorido.
Figura 19 - Templo com Arquitetura tradicional do Marrocos
como exemplo de utilização da técnica Profusão
Fonte: shutterstock
Descrição da imagem: Foto da entrada de templo do
Marrocos. Entrada menor em azul com ilustrações coloridas.
Na sequência, entrada marrom claro.
Figura 20 - Exemplo de Textura em tecidos têxteis
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Fonte: shutterstock
Descrição da imagem: Três tecidos dobrados, um em cima
do outro: o que está embaixo, laranja. No meio, estampado em
preto, branco e rosa. Acima, tecido com fundo preto e listras
�nas na cor laranja. Os tecidos têm texturas diferentes.
Figura 21 - Jogo de chá em porcelana - exemplo da técnica
Coerência
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Fonte: shutterstock
Descrição da imagem: Foto de três objetos: no primeiro
plano, um bule de chá branco com ilustrações em azul e
verde. Atrás, duas xícaras iguais ao bule. Os objetos estão em
uma mesa branca com parede branca ao fundo.
Figura 22 - Times Square - Exemplo de Exageração
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Fonte: shutterstock
Descrição da imagem: Foto diurna da rua Times Square, em
Nova Iorque. Há prédios coloridos, de tamanhos diferentes,
pessoas andando e carros circulando.
EXAGERAÇÃO
Conforme o próprio nome exprime, a exageração refere-se à uma expressão
visual intensa, ampli�cada e extravagante, conferindo admirável foco de
atração em algum elemento no seu todo. A Times Square, maior intersecção
comercial de Nova York, é um exemplo simbólico, em que os inúmeros e
enormes painéis de led agregados às fachadas dos edifícios, ao mesmo
tempo em que chamam a atenção, escondem a arquitetura dos prédios nos
quais foram inseridos. No desenvolvimento do calçado conceito a seguir,
também se nota que está empregado o conceito Exageração, pois a altura do
salto é desproporcional se comparado aos calçados tradicionais. Con�ra nas
�guras a seguir.
ARREDONDAMENTO
Caracteriza-se pela suavidade, delicadeza e maciez que as formas
transmitem. O arredondamento está ligado à continuidade, fazendo com que
os olhos percorram de maneira tranquila a con�guração do objeto. Técnica
bastante utilizada na atividade do Designer no desenho de linhas de
automóveis, eletrodomésticos, utensílios de variedades e logomarcas. O
exemplo da �gura a seguir transmite equilíbrio visual por meio dessa técnica,
pela boa continuidade das linhas, ordem cromática e formas suaves.
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
TRANSPARÊNCIA FÍSICA E SENSORIAL
A técnica de transparência física caracteriza-se pela utilização de matérias-
primas especí�cas em objetos, as quais possibilitam visualização, parcial ou
total, do que está no interior ou por trás de tais objetos. Na Transparência
sensorial, a sensação é muito semelhante à realidade dos objetos
visualizados. Porém, é produzida por uso de técnicas tradicionais com a
pintura translúcida e computacionais.
EU INDICO
Recomendo fortemente que você assista ao episódio “Abstract: The Art of
Design”, que discorre sobre a carreira de uma das mais renomadas Designers
do mundo, Paula Scher. Perpassa sobre seu processo criativo, bem como
ensina sobre identidade visual, com exemplos de grandes empresas. Acesse
aqui.
OPACIDADE
É o oposto da transparência, ou seja, nela não se pode visualizar o que está
por trás do objeto sobreposto.
PROFUNDIDADE
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
https://www.youtube.com/watch?v=LCfBYE97rFk
https://www.youtube.com/watch?v=LCfBYE97rFk
É caracterizada, principalmente, pelas variações de imagens retilíneas,
provocando uma percepção de profundidade ou distância. “A perspectiva
geralmente apresenta sucessões de �guras identi�cadas em elementos
diversos, como linhas, planos, cores, texturas, brilhos, sombras dentre
outros, feita via fotogra�a ou desenho” (GOMES FILHO, 2009, p. 97). Na
Figura 27, destaca-se o conceito em construção arquitetônica, que pode ser
naturalmente aplicado em projeto de Design.
RUÍDO VISUAL
Ocorre quando existe alguma interferência ou até mesmo algo inesperado
que atrapalha, em partes, a harmonia visual do objeto. O exemplo da região
Times Square, em Nova York, que vimos anteriormente, também pode ser
aceito como Ruído Visual. No entanto, essa técnica também pode ser
empregada de maneira inteligente e criativa, com o objetivo de valorizar o
projeto. No projeto escultural da Figura 28, a letra O, da palavra em inglês
love, foi intencionalmente inclinada como forma de chamar a atenção para o
inusitado, fortalecendo a mensagem atraente da obra. Nesse caso, tal
técnica foi utilizada propositadamente, de maneira consciente e estratégica.
Figura 23 - Calçado conceito - Exemplo de Exageração
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Fonte: shutterstock
Descrição da imagem: Sapato marrom com salto alto e
espesso, com cadarços.
Figura 24 - Trem Bala - Exemplo de utilização da Técnica
Arredondamento
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Fonte: shutterstock
Descrição da imagem: Foto de trem de alta velocidade em
terminal. Trem branco e laranja com vidros pretos.
Figura 25 - Objeto com Transparência Física
Fonte: shutterstock
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Descrição da imagem: Foto de mesa de madeira na cor clara
com jarra de vidro em cima. A jarra está com bebida e frutas e
folhas. Atrás, quatro laranjas cortadas.
Figura 26 - Imagem grá�ca com Transparência Sensorial
Fonte: shutterstock
Descrição da imagem: Imagem com mescla de triângulos
sobrepostos azuis e rosas.
Figura 27 - Exemplo de aplicação do conceito Profundidade
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Fonte: shutterstock
Descrição da imagem: Foto que mostra quadrados um sobre
o outro, coloridos, mostrando profundidade.
Figura 28 - Aplicação da Técnica Ruído Visual
Fonte: shutterstock
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Descrição da imagem: Foto da escultura em rua de Nova
Iorque escrito “LO VE”. As letras são vermelhas sob um
suporte preto. Ao fundo, prédios.
COMUNICAÇÃO VISUAL
Os estudos de Comunicação Visual em Design, se comparados aos
elementos fundamentais, compõem um campo de conhecimento
relativamente novo, que está sendo aprimorado constantemente com o
objetivo de se adequar às novas manifestações, ferramentas e exigências da
área, ampliando, com isso, possibilidades de expressão e criatividade.
A linguagem separa, nacionaliza; o visual uni�ca. A linguagem é
complexa e difícil; o visual tem a velocidade da luz e pode expressar
instantaneamente um grande número de ideias. (Donis A. Dondis)
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
A nossa leitura de mundo é, antes de tudo, visual. Com a proliferação de
inúmeros apelos visuais expressos em todos os ambientes que nos afetam
diariamente, é gerada uma “concorrência”, no sentido de tentar buscar
impacto efetivo no momento de idealizar e comunicar uma marca ou
produto. De acordo com Munari (1997), tudo o que nossos olhos veem pode
ser considerado Comunicação Visual, e todos os aspectos inseridos nessa
comunicação têm em comum a objetividade.
INDICAÇÃO DE LIVRO
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Se a imagem escolhida para transmitir certa mensagem não for objetiva,as
chances de que haja uma comunicação direta diminuem consideravelmente.
Para tanto, é necessário que a imagem usada seja legível para a maioria de
maneira semelhante. Caso contrário, não existirá comunicação. Vale pontuar
que a Comunicação Visual pode ser casual ou intencional. A casual
geralmente é interpretada livremente pelo receptor, e a intencional deveria,
preferencialmente, ser recebida na totalidade da signi�cação pretendida pelo
emissor. Para o autor, o conceito de Comunicação Visual é muito vasto
(MUNARI, 1997, p. 8):
SOBRE O LIVRO:
Sinopse: O livro “Sintaxe da Linguagem Visual”, de Charles Donis A.
Dondis, colabora para o conhecimento de artes correlacionadas à
comunicação visual. A Linguagem utilizada é clara e objetiva, o que
propicia um método de ensino e�caz.

Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
[...]vai desde o desenho até a fotogra�a, as artes plásticas, o cinema;
desde as formas abstratas até as reais, de imagens estáticas a
imagens em movimento, de imagens simples a imagens complexas,
desde problemas de percepção visual que concerne ao lado
psicológico do tema, como relações entre �gura e fundo, mimetismo,
moiré, ilusões óticas, movimento aparente, imagens e ambiente,
permanência retiniana e imagens póstumas. Tema que compreende
todas as artes grá�cas, todas as expressões grá�cas, desde a forma
dos caracteres até a paginação de um cotidiano, desde os limites da
legibilidade das palavras a todos os meios que facilitam a leitura de
um texto.
Para ele, o processo de Comunicação, seja visual ou não, é estabelecido de
acordo com três elementos básicos: Emissor, Receptor e Mensagem.
Jakobson (1995), vai além, ao defender que a Comunicação Visual está
inserida no sistema completo e geral da Comunicação. Em linhas gerais e
seguindo esquema de comunicação proposto por ele, são seis os fatores
primordiais:
EMISSOR OU DESTINADOR
RECEPTOR OU DESTINATÁRIO
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
É um conjunto de sinais estruturados que pode ser verbal ou não-verbal.
Trata-se da maneira pela qual a mensagem se organiza.
Reproduzir esse esquema comunicacional enquanto se desenvolve um
produto proporcionará um maior respaldo analítico às decisões, uma vez que
estabelece um olhar panorâmico e orientado aos fatores que envolvem a
profunda atividade de criação em Design. Nesse sentido, Murari (1983),
propõe que o primeiro passo no processo criativo é evitar o comportamento
artístico-romântico, em que o Designer sai desesperadamente atrás de uma
solução rápida. Ao contrário, o pro�ssional deve, antes de agir, questionar as
possibilidades de resolução do problema, seja ele de comunicação ou
projetual.
“O Designer não tem uma visão pessoal do mundo no sentido
artístico, mas um método para abordar os vários problemas
quando se trata de projetar” (MUNARI, 1983, p. 33).
MENSAGEM
CÓDIGO
REFERENTE
CANAL
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
Dondis (1997) narra que a evolução da comunicação começou com imagens,
passando para pictogramas, unidades fonéticas e, �nalmente, chegou ao que
atualmente é chamado de alfabeto. Todavia, há uma busca permanente em
encontrar maior e�ciência comunicacional. Isso não signi�ca o �m da
linguagem verbal – já que a Comunicação Visual não obtém uma lógica tão
precisa como a linguagem verbal – mas o desenvolvimento de novos meios e
conjunturas. Assim, dentre todos os meios de Comunicação, o visual é o
único que não “dispõe de um conjunto de normas e preceitos, de
metodologia e nem de um único sistema com critérios de�nidos, tanto para a
expressão quanto para o entendimento dos métodos visuais” (DONDIS, 1997,
p. 18).
Entretanto, a autora a�rma que a sintaxe visual existe. Conforme visto na
seção anterior, os elementos básicos e as categorias conceituais
fundamentais aplicadas do Design são colocados à tona para serem
utilizados como recurso de desenvolvimento de mensagens visuais claras e
envolventes e, além disso, como artifícios agregadores à comunicação
verbal. Qualquer acontecimento visual é uma forma com conteúdo, sendo o
conteúdo muito in�uenciado pela importância das partes constitutivas, como
o tom, a cor, a textura, a proporção e suas relações compositivas com o
signi�cado.
A autora acrescenta ainda que a forma e o conteúdo inseridos em
uma Comunicação Visual são componentes imprescindíveis e
indissociáveis, sendo o conteúdo a mensagem a ser propagada, a
informação; e a forma a representação desse conteúdo, seguindo
especi�cações, modi�cando-se de um meio para outro, em
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
diferentes formatos, e dependente dos elementos que a compõe.
Letras, símbolos, imagens e suas representações realistas ou
abstratas, e o caráter compositivo da forma conferem
propriedades de controle das respostas obtidas no processo.
A�nal, a forma é afetada pelo conteúdo, bem como a mensagem
enviada pelo emissor pode ser modi�cada pelo observador.
Figura 29 – Imagem ilustrativa Design Grá�co
Fonte: shutterstock
Descrição da imagem: Imagem com fundo preto, mostra
uma mão segurando um giz branco e palavras em inglês
escritas aleatoriamente em branco, azul e amarelo.
A Comunicação Visual tem relação direta com o Design grá�co, sendo base
fundamental para a atividade e execução de projetos. Para Costa (1996, p.
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
12-13), as mensagens visuais, resultantes do Design Grá�co apresentam
realidade material:
[...] estão, em um momento dado, em um determinado lugar; têm uma
determinada duração, uma determinada entidade física (o aspecto
que concerne à sua produção e difusão). Têm também uma realidade
semiótica: referem-se a coisas, objetos, produtos, idéias; neste sentido
possuem uma determinada pregnância formal e uma determinada
capacidade de implicação psicológica. Logo, [...] mensagem visual é
um conjunto de signos extraídos de um código visual determinado,
organizados de acordo com determinada ordem. Por meio desses
signos e suas regras combinatórias, se constrói o ‘sentido’, emerge o
signi�cado, a informação, isto é, a mensagem propriamente dita.
COSTA, 1996, P. 12-13
Por �m, o autor esclarece que o Designer, em especial o grá�co, deve ser um
pro�ssional de Comunicação por excelência, tendo boa formação técnica,
�exibilidade psicológica, sensibilidade e criatividade. É essencial que obtenha
a habilidade de transformar dados simbólicos em projetos funcionais, a �m
de “originar” soluções, fazendo, assim, parte de um processo técnico e
mental de estratégias de produtos, marcas ou mensagens, sem esquecer que
a maior orientação está no consumidor alvo. É para esse público que o
pro�ssional do Design trabalha e, para tanto, deve conhecer suas
necessidades, características e o que valoriza, para tornar imediata a
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
recepção e decodi�cação da mensagem, alinhavando os diversos sistemas
de códigos envolvidos, traduzindo e criando produtos pertinentes.
NOVOS DESAFIOS
Querido(a) aluno(a). Finalizamos aqui este Tema de Aprendizagem.
Aprendemos sobre Composição e Estruturação da Forma, suas propriedades,
categorias e técnicas conceituais, das fundamentais às aplicadas, seguindo,
em especial e de maneira objetiva e atualizada, os fundamentos de Gomes
Filho (2009). No complexo desenvolvimento de Linguagem, vimos que
existem métodos, técnicas, processos, meios e sistemas normativos para a
captação e utilização de elementos que auxiliam na organização mental e na
criação do Designer.
Nesse tocante, houve exposição de conteúdo sobre Comunicação
Visual que, a nosso ver, se encarrega de elucidar o esquema
comunicativo no qual o Design está inserido, e quais precisam ser
seus princípios norteadores, propiciando leitura sintética e
orientada dos fatores que o envolvem, bem como estabelecendo
uma possibilidade de formação de linguagemvisual e expressão
que vise autenticidade. Acreditamos ser necessário que haja
abstração e questionamento constante para construir
pensamentos e elementos diferentes em Design, para, então,
chegar à essência dessa área.
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
O questionamento é o ponto central da nossa existência e é nesse exercício
de pensar de forma crítica, utilizar métodos de alargamento criativo nas
atividades cotidianas e, sobretudo, de fazer escolhas amparadas no
conhecimento teórico e prático, que é criada a possibilidade de se re�etir
sobre nossas potencialidades e talentos. Charles Jones nos revela uma
citação bem apropriada, em que diz: “daqui a 5 anos você estará bem
próximo de ser a mesma pessoa que é hoje, exceto por duas coisas: os livros
que ler e as pessoas de quem se aproximar”. Esperamos, assim, que o
conhecimento desenvolvido neste Tema de Aprendizagem seja de grande
valia no seu processo de expansão intelectual.
REFERÊNCIAS
COSTA, Joan. Imagem Global. Barcelona: Ceac, 1996.
DONDIS, Donis A. Sintaxe da linguagem visual. Trad. Je�erson Luiz Camargo.
São Paulo: Martins Fontes, 1997.
GOMES FILHO, João. Gestalt do objeto. São Paulo: Escrituras, 2009.
FISHER, Ernest. A Necessidade da Arte. 9. ed. Trad. Leandro Kondel. Rio de Ja
neiro. Guanabara, 1987.
JAKOBSON, Roman. Linguística e comunicação. São Paulo: Cultrix, 1995.
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios
 Avançar
E D U C A Ç Ã O P R E S E N C I A L E A D IS T Â N C I A
UniCesumar © Todos os direitos
reservados.
Inicie sua
jornada
Desenvolva seu
Potencial
Novos
Desafios

Outros materiais

Outros materiais