Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TEMA DE APRENDIZAGEM COMPOSIÇÃO E ESTRUTURAÇÃO DA FORMA Me. Ana Caroline Siqueira Martins Me. Carla Cristina Siqueira Martins Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios MINHAS METAS INICIE SUA JORNADA Olá, caro (a) aluno (a). Seja bem-vindo(a) a este Tema de Aprendizagem. Nele, abordaremos conteúdos essenciais à atividade de Design, que certamente proporcionarão expansão intelectual para sua atuação na área. Sempre que projetamos, traçamos ou esboçamos algo, o conteúdo visual dessa comunicação é composto por uma série de propriedades visuais, que constituem a noção básica daquilo que vemos. Neste Tema de Aprendizagem, abordaremos, fundamentalmente, as Propriedades da Forma e os diversos elementos que nela se inserem: Categorias Conceituais, das Fundamentais às Técnicas Visuais Aplicadas, e Proporcionar conhecimento abrangente acerca dos conceitos e propriedades relacionados à Teoria da Forma. ► Compreender os elementos e técnicas existentes por meio das categorias conceituais. ► Estabelecer relação entre esses fundamentos e a Comunicação Visual. ► Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Comunicação Visual. Quando falamos em Forma e suas composições, devemos partir do pressuposto de que o termo “Forma” permite de�nições bastante abrangentes. Para Gomes Filho (2009), autor que guiará nosso aprendizado neste Tema de Aprendizagem, as signi�cações sobre esse termo admitem sentido epistemológico, �losó�co, lógico e, por que não, estético. Esse último sentido, com ligação direta à área do Design, é entendido como a imagem visível do conteúdo, nos informando a natureza da aparência externa de algo. Logo, tudo que visualizamos tem uma forma. Comunicar-se é expressar-se, via comunicação verbal ou não verbal, por meio de gestos e imagens, ou seja, há um arsenal de linguagens disponíveis não só para nos comunicarmos socialmente, mas que também pode ser utilizado na comunicação de produtos de Design e expressar inúmeros signi�cados. Sabemos que os aporte teóricos, práticos, culturais e técnicos são de relevância elementar no entendimento da engrenagem na qual o Design se estabelece, uma vez que é nesse repertório de conhecimentos múltiplos que está inserida a leitura visual no construto do projeto. Desse modo, esperamos que o material contribua de maneira representativa à sua formação, e que lhe proporcione bons momentos de leitura. DESENVOLVA SEU POTENCIAL Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios PROPRIEDADES DA FORMA Sobre o conceito de Forma, Gomes Filho (2009, p. 41) nos convida a compreender que a percepção está na interação entre o objeto físico, o meio de luz agindo como transmissor de informação, e as condições que “prevalecem no sistema nervoso do observador, que é, em parte, determinada pela própria experiência visual”. Portanto, conforme o autor, para que seja possível perceber uma forma, é necessário que existam diferenças no campo visual, oriundas de estímulos e contrastes distintos. Para o autor, as propriedades da Forma podem ser de�nidas por quatro elementos primários: Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Para Dondis (1997), esses elementos também podem ser compreendidos como os elementos fundamentais de fonte compositiva para qualquer Comunicação Visual. PONTO Conforme essa autora, o ponto: Como elemento conceitual, um ponto indica posição, sem dimensão, comprimento e largura, sendo �xo, estático e sem direção. Pode representar o início e �m de uma linha, e está onde duas linhas se cruzam. Estamos habituados a utilizá-lo na escrita, mas ele também é a representação da partícula geométrica mínima da matéria, e, do ponto de vista simbólico, é considerado elemento de origem. ponto;● linha;● plano; e● volume.● É o elemento pelo qual se iniciam os estudos sobre a Teoria das Formas.● É a unidade mais simples e irredutivelmente mínima de Comunicação Visual. ● É qualquer elemento que funcione como forte centro de atração visual dentro de um esquema estrutural, seja em uma composição ou em um objeto. ● Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Como elemento visual, o ponto tem: Suas características fundamentais são o tamanho – que deve ser comparativamente pequeno, e o formato – que necessita ser razoavelmente simples (PARADELLA, 2015, on-line). No desenho grá�co a seguir, por exemplo, o elemento ponto foi utilizado em variação escalar, conferindo sensação de espiral em movimento. Veja: Figura 1 – Exemplo do elemento Ponto formato;● cor;● tamanho; e● textura.● Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Fonte: Shutterstock Descrição da imagem: Nove ilustrações de círculos formados por pontos na cor preta. Cada ilustração tem pontos de diferentes espessuras. A bola de golfe, representada pela sua forma esférica e circular, conforme observado na Figura 2, resume o conceito de ponto como uma unidade singular e de forte atração visual (GOMES FILHO, 2009). Observe: Figura 2 – Bola de golfe: exemplo do elemento Ponto Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Fonte: shutterstock Descrição da imagem: A imagem de fundo preto mostra nove bolas de golfe: oito bolas brancas (quatro de cada lado). No centro, uma bola vermelha. LINHA A linha é de�nida por Gomes Filho (2009) como elemento secundário da linguagem visual. Trata-se de uma sucessão de pontos – em movimento ou estendido. O propósito da linha é conformar, contornar e delimitar objetos. Figura 3 – Exemplo do elemento Linha, aliado ao elemento Ponto Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios APROFUNDANDO Linha é o elemento visual que dá origem ao esboço, instrumento fundamental da pré-visualização, sendo um meio de apresentar aquilo que ainda não existe – a não ser na imaginação – contribuindo, assim, para o processo visual. Para o autor, de maneira simbólica, a linha reta está associada ao território do intelecto, pelo qual se revela a vontade e a força de con�guração, determinação e ordem. Assim, expressa o regular, o que a mente apreende, estando voltada ao mundo dos regulamentos, da disciplina, das leis e da vontade racional. Fonte: shutterstock Descrição da imagem: A imagem de fundo cinza claro mostra quatro �guras geométricas formadas por linhas �nas que estão ligadas por pontos na cor preta. No Design, o termo linha, no plural, de�ne estilos e quali�ca nomenclaturas formais, como linhas orgânicas e geométricas, entre outras. Na visão de Fisher (1987), a linha como elemento visual tem comprimento e largura. Sua cor e textura são determinadas pelos elementos utilizados para representá- la, bem como pela maneira como é criada. Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Segundo Kandinsky (2001), as linhas retas têm três movimentos essenciais: horizontal, vertical e diagonal. Todas as outras são variações desse movimento. A linha diagonal é caracterizada como a forma mais concisa da in�nidade de possibilidades dos movimentos e, por esse motivo, tem uma tensão interior maior do que as duas que lhe dão origem. A análise do conceito de linha como elemento visual e espacial é imprescindível à função do Designer, pois possibilita o emprego de sensações díspares, como a de alongar ou alargar visualmente um espaço. Observe: Na ilustração apresentada na Figura 5, há representações de objetos que são desenvolvidas, fundamentalmente, por um esquema de linhas. Veja: Figura 4 – Exemplo do elemento Linha como meio de alargar visualmente um espaço LINHA HORIZONTAL LINHA VERTICAL LINHA DIAGONAL Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Fonte: shutterstock Descrição da imagem: Foto de sala com parede azul claro. Ao centro, sofá cinza claro e almofadas amarelas, cinzas e estampadas. Ao lado de cada exterminada do sofá, há duasmesas de cabeceira brancas com duas gavetas em cada uma. Figura 5 – Elemento Linha aplicado em Design grá�co Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Fonte: shutterstock Descrição da imagem: Ilustração de fundo branco. À esquerda, uma mão branca segura um smartphone. À direita, uma cesta de supermercado vermelha com alças pretas escrito “on-line marketing”. O que liga as duas imagens são ilustrações de diversos itens de consumo coloridos (comidas, eletrodomésticos, brinquedos). Em síntese, um ponto pode ser colocado para andar por uma força, o que o torna uma linha reta, e, se esse mesmo ponto se Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios movimentar por duas forças, teremos linhas curvas (PARADELLA, 2015, on-line). Para Gomes Filho (2009), a linha curva está relacionada ao território dos sentimentos, da suavidade, da �exibilidade e do feminino. O redondo, o curvilíneo e o ondulante encontram-se em oposição ao caráter racionalizante da linha reta. Na imagem do mapa, na Figura 6, há a utilização de linhas retas e curvas como contorno con�gurativo de cada continente, países e fronteiras. O contraste das cores colabora para uma percepção visual facilitada, por indicar, de maneira distinta, o espaço territorial de cada continente. Veja: Figura 6 – Exemplo do elemento Linha em versão reta e curva Fonte: shutterstock Descrição da imagem: Mapa-múndi que mostra cada continente de uma cor. Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Conforme nos informa Paradella (2015, on-line), quanto maior a pressão lateral e contínua exercida sobre a linha, mais ela se desvia até fechar-se em si mesma, formando um círculo. Seguindo esse pensamento, uma linha estendida também pode se transformar em um plano, que é o terceiro elemento primário das propriedades da forma. PLANO Geometricamente falando, o elemento plano tem comprimento e largura. Para Gomes Filho (2009), é de�nido como uma sucessão de linhas em movimento, e não é expressado sem espessura, o que o torna comumente confundido com o elemento sólido - a diferença entre eles é relativa e depende do contexto social observado. Como elemento visual, além de comprimento e largura, o plano tem posição e direção, é limitado por linhas e de�ne os limites extremos de um volume. Em uma superfície bidimensional, todas as formas planas que não são comumente reconhecidas como pontos ou linhas são formas enquanto plano. As formas planas possuem uma variedade de formatos que podem ser classi�cados, de acordo com Kandinsky (2001), como: GEOMÉTRICOS ORGÂNICOS RETILÍNEOS IRREGULARES Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Superfícies, fachadas, tecidos e pisos são exemplos de superfícies planas. Na ilustração a seguir, os planos são construídos por fachadas nas quais estão contidos outros planos em unidades menores, como paredes, portas, janelas e escadas, entre outros. Veja: Figura 7 – Representação do elemento Plano como superfície Fonte: shutterstock Descrição da imagem: Ilustração de uma rua com sete prédios de diferentes tamanhos e cores. No centro da ilustração, na frente do “co�ee shop”, há uma bicicleta parada. Figura 8 – Ilustração do elemento Volume CALIGRÁFICOS ACIDENTAIS Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Fonte: shutterstock Descrição da imagem: Três vasos decorativos: preto, marrom e dourado. Cada um tem forma, tamanho e texturas diferentes. VOLUME Um plano estendido transforma-se num volume, que essencialmente tem comprimento, largura e profundidade. Volume é de�nido por Gomes Filho (2009), como algo que se propaga em dimensões espaciais, podendo ser físico e pictórico. Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Observe: Figura 9 – Exemplo do elemento Linha Volume pictórico Fonte: shutterstock Descrição da imagem: Imagem com fundo preto e forma na cor cinza claro, tridimensional e pontiagudo. Aprendemos a visualizar o mundo de maneira tridimensional. Representá-lo no papel (espaço bidimensional), requer algumas habilidades, que incluem a Físico é aquele cuja dimensão é palpável, que se pode pegar, a exemplo de um instrumento musical, bloco de notas, objetos de decoração e uma pessoa entre outros. ● Pictórico é aquele cuja solidez tridimensional é desenvolvida pela criação de uma imagem, seja um desenho, ilustração ou pintura, no emprego de técnicas de luz e sombra, brilho, textura e cores, de forma a representar e ressaltar volumes e partes do objeto. ● Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios utilização do tom e de perspectiva para representar profundidade – sendo essa a terceira dimensão das formas que observamos no mundo. É importante ressaltar que, em um projeto de Design, esses quatro elementos são trabalhados ao mesmo tempo, como artifício para entender o todo. Além desses elementos, Gomes Filho (2009) cita: CATEGORIAS CONCEITUAIS O sistema de Linguagem visual é primoroso. Gomes Filho (2009), acrescenta ao sistema duas classes de categorias conceituais: as Fundamentais e as Técnicas Visuais Aplicadas. No que se refere às Fundamentais, cita: a Forma Real, que se estabelece como a representação real de objetos e coisas, utilizando os limites reais a partir de pontos, linhas, planos e volumes, por meio de fotogra�as, ilustrações, gravuras e pinturas; e ● a Con�guração, cujo esquema de representação dos objetos se dá por meio de sombras, manchas, traços, linhas de contorno, silhuetas etc. ● Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios HARMONIA E DESARMONIA Harmonia, para o autor, é a disposição formal bem-organizada entre todos os elementos do objeto, ocasionando regularidade simples e clara. Como exemplo, é possível citar a igreja de Brasília, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, que evidência, de maneira clara, a utilização do conceito pelo emprego de coerência formal, equilíbrio simétrico por meio da distribuição exatas dos pesos visuais, além de exímia qualidade estética e plástica. Veja: Figura 10 – Igreja de Brasília - exemplo de Harmonia harmonia/desarmonia;● equilíbrio e desequilíbrio visual; e● contraste.● A harmonia por ordem acarreta uniformidade entre as unidades.● A harmonia por regularidade produz elementos absolutamente nivelados em termos de equilíbrio visual. ● Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Fonte: shutterstock Descrição da imagem: Foto diurna da catedral de Brasília: ao fundo, céu azul com nuvens e alguns prédios à direita. Já a desarmonia é o processo oposto: os elementos são desordenados, resultando em discordâncias e inconstância formal por serem irregulares e sem nivelamento, o que, em produto em Design, pode conferir certo estranhamento ao consumidor, causando repulsa ou, pelo contrário, interesse. EQUILÍBRIO E DESEQUILÍBRIO Sobre o elemento Equilíbrio, Gomes Filho (2009), a�rma que ele se dá quando as forças agem ao mesmo tempo sobre ambos os lados dos elementos, proporcionando a sensação de que os dois lados são iguais ou compensados mutuamente. O equilíbrio pode ser compensado por pesos ou pela sua Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios direção, ser iguais ou balanceados. Desse modo, peso e direção são as propriedades que mais o in�uenciam. Figura 11 – Conceito de equilíbrio aplicado em projeto 3D Fonte: shutterstock Descrição da imagem: Ilustração com fundo cinza claro. Oito bolas prateadas e espelhadas distribuídas de forma tridimensional. Essa curiosidade em adquirir conhecimento exige a “aprendizagem de desaprender”, e, a exemplo do Design, é um método. É indispensável organizar um arquivo, anotar experiências, pensamentos, dados, trechos de livros, listar questões, buscar Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios relações, produzir imagens e comparações. Descon�ar daquilo que se sabe. O equilíbrio pode ser:Observe a Figura 12 (DONDIS, 1997). Figura 12 – Ilustração que utiliza do elemento Equilíbrio assimétrico Fonte: shutterstock simétrico, podendo acontecer em um ou mais eixos, nas posições horizontal, vertical, diagonal ou de qualquer inclinação; e ● assimétrico, em que nenhum de seus lados opostos são iguais.● Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Descrição da imagem: Foto de um círculo assimétrico formado por lápis coloridos. O desequilíbrio é o oposto do equilíbrio, ou seja, ocorre quando as forças que agem sobre os corpos não conseguem se equilibrar. Esse estado pode chamar a atenção do observador, inquietando-o e/ou surpreendo-o. Um exemplo típico de desequilíbrio é a Torre de Pisa, na Itália. Essa instabilidade visual, ocasionada pela inclinação, funcionou, nesse caso, como apelo estético (GOMES FILHO, 2009). Como observado na Figura 13. Figura 13 – Torre de Pisa - exemplo de Desequilíbrio Fonte: shutterstock Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Descrição da imagem: Foto diurna da Torre de Pisa. Ao fundo, céu azul com nuvens. À frente da Torre, pessoas distribuídas e um gramado. CONTRASTE O contraste tem grande importância na criação de qualquer produto. Ocorre pela presença ou ausência de luz e tom, pela utilização de diferentes cores, e é o que proporciona forma e realce, con�gurando-se como uma estratégia visual para aferir signi�cados aos objetos. “Em todas as artes, o contraste é uma poderosa ferramenta de expressão, o meio para intensi�car o signi�cado e, portanto, para simpli�car a comunicação” (GOMES FILHO, 2009, p. 62). Para expandir o entendimento (GOMES FILHO, 2009, p. 63): [...] por exemplo, se se quer que uma coisa pareça claramente grande, pode associar uma outra coisa pequena perto desta. Cada elemento visual oferece possibilidades múltiplas na produção de informação visual contratada. Cada polaridade puramente conceitual, pode associar-se mediante elementos e técnicas visuais que são, por sua vez, associados ao seu signi�cado. No Design, a cor é considerada a parte mais emocional do processo visual. Por meio do contraste, a cor colabora para a valorização estética, Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios direcionando a atenção para o objeto como um todo ou para partes interessantes que se queira valorizar. O contraste também pode ser vertical ou horizontal, de movimento, proporção e dinamismo, entre outros, levando em consideração a melhor empregabilidade e os objetivos do projeto. INDICAÇÃO DE LIVRO SOBRE O LIVRO: Design e Comunicação Visual, de Bruno Munari, é uma das mais importantes obras voltadas à Comunicação Visual. Explora novos métodos de ensino sobre o assunto, no que pode ser considerado um manual do Design. Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Sobre Técnicas Visuais Aplicadas, Gomes Filho (2009) propõe que a �nalidade é fornecer subsídios valiosos para a metodologia criativa no desenvolvimento de projetos de qualquer área. Essas técnicas são divididas em: Clareza;● Simplicidade;● Minimidade;● Complexidade;● Profusão;● Coerência;● Incoerência;● Exageração;● Arredondamento;● Transparência Física;● Transparência Sensorial;● Opacidade;● Redundância;● Ambiguidade;● Espontaneidade;● Aleatoriedade;● Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Para tornar inteligível cada uma dessas técnicas, segue de�nição sintetizada de cada uma delas, acompanhada de exemplos dos métodos que consideramos de maior representatividade ao Design. Tais de�nições estão orientadas por Gomes Filho (2009) e Dondis (1997). Observe na sequência. CLAREZA É a manifestação visual bem-organizada, em que há visualização uni�cada, harmoniosa e equilibrada. O objeto pode ter estrutura simples ou complexa, pois mesmo que esteja constituído de forma altamente complexa, a clareza se dá por conta da boa organização formal dos elementos, que seguem padrões de equilíbrio e harmonia, conforme o exemplo a seguir: Fragmentação;● Sutileza;● Diluição;● Distorção;● Profundidade;● Super�cialidade;● Sequencialidade;● Sobreposição;● Ajuste Óptico; e● Ruído Visual.● Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Figura 14 – Exemplo de composição visual utilizando Contraste de cor Fonte: shutterstock Descrição da imagem: Foto de diversos caixotes coloridos, contrastantes. Os caixotes têm tamanhos diferentes e há vasos com plantas em alguns deles. Em outros, objetos decorativos (vasos, caixas). O fundo da imagem é de madeira clara. Figura 15 - Interior do teatro como exemplo de utilização da técnica Clareza Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Fonte: shutterstock Descrição da imagem: Foto de um teatro mostrando o palco, plateia e mezaninos. A cortina vermelha do palco está fechada e há algumas pessoas na plateia. SIMPLICIDADE Livre de complicações, também confere harmonia e uni�cação, mas normalmente contém baixo número de informações ou unidade visuais. São organizações fáceis de serem assimiladas e compreendidas. No pictograma da Figura 16, o conceito da técnica se traduz por ser uma con�guração com poucas unidades, pelo contraste de cor, bem como pelo esquema empregado, que facilita ainda mais a decodi�cação funcional e comunicacional. MINIMIDADE Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios É uma técnica econômica, na qual há pouquíssimos elementos de composição e, por esse motivo, enfatiza as técnicas de Clareza e Simplicidade. O símbolo icônico da marca Nike é um exemplo de Minimidade, sendo que apenas uma alusão à pontuação vírgula con�gura a imagem. COMPLEXIDADE Técnica oposta ao conceito de Simplicidade, a Complexidade tende a ter muitas unidades formais em sua composição, o que pode di�cultar a compreensão rápida do que se quer comunicar. Pensar no desenvolvimento de um simples objeto de decoração, na elaboração de maquetes ou na engrenagem que envolve o funcionamento de um relógio pode ajudar a compreender a prática de tal técnica. Outro exemplo está no objeto de decoração “Pollen IV”, exposto no Milan Design Week, que faz menção ao pólen – estruturado em seu processo projetual por complexas rami�cações. PROFUSÃO A profusão está associada ao fator de Complexidade. A técnica de Profusão está relacionada ao poder da riqueza, estilos formais góticos, barroco, art déco e tantos outros que apresentam elementos visuais rebuscados e detalhes geralmente supér�uos, de cunho decorativo. TEXTURA Elemento visual usualmente utilizado como substituto de qualidades táteis, que podem ser conferidas pela junção de visão e toque. É possível, ainda, que Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios uma textura tenha apenas qualidade visual, sendo “ilusionalmente” desenvolvida como estampa representativa, funcionando como uma experiência sensível e enriquecedora. COERÊNCIA Caracteriza-se por ser uma organização visual integrada, equilibrada e harmoniosa em relação ao seu todo. “Expressa, sobretudo, compatibilidade de estilo e linguagem formal uniforme e consonante, em qualquer objeto” (GOMES FILHO, 2009, p. 82). Na Figura 21, temos essa técnica aplicada em um conceito de família ou linha de produtos, que, por conta do estilo e identidade visual em que os objetos são integrados, os torna coerentes entre eles. A Incoerência é o oposto da Coerência, tendo a organização visual distinta e contraditória, além de objetos desarmoniosos e desintegrados. Figura 16 - Exemplo de utilização da técnica Simplicidade Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Fonte: shutterstock Descrição da imagem: Ilustração de nove objetos na cor preta: cada um está dentro de um quadrado pequeno de cores de fundo diferentes. Figura 17 - Exemplo de utilização da Técnica Minimidade Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Fonte: shutterstock Descriçãoda imagem: Foto de loja com o símbolo da Nike. À esquerda, a fachada é cinza claro com símbolo da Nike em laranja, e à direta é espelhada com símbolo da marca em laranja e fundo preto. Figura 18 - Exemplo de utilização da Técnica Complexidade Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Fonte: Pont Du ([2017], on-line). Descrição da imagem: Foto de objeto decorativo na cor branca, circular com linhas assimétricas. O objeto está em cima de uma mesa branca. Ao fundo, aparece um corte de um quadro colorido. Figura 19 - Templo com Arquitetura tradicional do Marrocos como exemplo de utilização da técnica Profusão Fonte: shutterstock Descrição da imagem: Foto da entrada de templo do Marrocos. Entrada menor em azul com ilustrações coloridas. Na sequência, entrada marrom claro. Figura 20 - Exemplo de Textura em tecidos têxteis Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Fonte: shutterstock Descrição da imagem: Três tecidos dobrados, um em cima do outro: o que está embaixo, laranja. No meio, estampado em preto, branco e rosa. Acima, tecido com fundo preto e listras �nas na cor laranja. Os tecidos têm texturas diferentes. Figura 21 - Jogo de chá em porcelana - exemplo da técnica Coerência Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Fonte: shutterstock Descrição da imagem: Foto de três objetos: no primeiro plano, um bule de chá branco com ilustrações em azul e verde. Atrás, duas xícaras iguais ao bule. Os objetos estão em uma mesa branca com parede branca ao fundo. Figura 22 - Times Square - Exemplo de Exageração Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Fonte: shutterstock Descrição da imagem: Foto diurna da rua Times Square, em Nova Iorque. Há prédios coloridos, de tamanhos diferentes, pessoas andando e carros circulando. EXAGERAÇÃO Conforme o próprio nome exprime, a exageração refere-se à uma expressão visual intensa, ampli�cada e extravagante, conferindo admirável foco de atração em algum elemento no seu todo. A Times Square, maior intersecção comercial de Nova York, é um exemplo simbólico, em que os inúmeros e enormes painéis de led agregados às fachadas dos edifícios, ao mesmo tempo em que chamam a atenção, escondem a arquitetura dos prédios nos quais foram inseridos. No desenvolvimento do calçado conceito a seguir, também se nota que está empregado o conceito Exageração, pois a altura do salto é desproporcional se comparado aos calçados tradicionais. Con�ra nas �guras a seguir. ARREDONDAMENTO Caracteriza-se pela suavidade, delicadeza e maciez que as formas transmitem. O arredondamento está ligado à continuidade, fazendo com que os olhos percorram de maneira tranquila a con�guração do objeto. Técnica bastante utilizada na atividade do Designer no desenho de linhas de automóveis, eletrodomésticos, utensílios de variedades e logomarcas. O exemplo da �gura a seguir transmite equilíbrio visual por meio dessa técnica, pela boa continuidade das linhas, ordem cromática e formas suaves. Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios TRANSPARÊNCIA FÍSICA E SENSORIAL A técnica de transparência física caracteriza-se pela utilização de matérias- primas especí�cas em objetos, as quais possibilitam visualização, parcial ou total, do que está no interior ou por trás de tais objetos. Na Transparência sensorial, a sensação é muito semelhante à realidade dos objetos visualizados. Porém, é produzida por uso de técnicas tradicionais com a pintura translúcida e computacionais. EU INDICO Recomendo fortemente que você assista ao episódio “Abstract: The Art of Design”, que discorre sobre a carreira de uma das mais renomadas Designers do mundo, Paula Scher. Perpassa sobre seu processo criativo, bem como ensina sobre identidade visual, com exemplos de grandes empresas. Acesse aqui. OPACIDADE É o oposto da transparência, ou seja, nela não se pode visualizar o que está por trás do objeto sobreposto. PROFUNDIDADE Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios https://www.youtube.com/watch?v=LCfBYE97rFk https://www.youtube.com/watch?v=LCfBYE97rFk É caracterizada, principalmente, pelas variações de imagens retilíneas, provocando uma percepção de profundidade ou distância. “A perspectiva geralmente apresenta sucessões de �guras identi�cadas em elementos diversos, como linhas, planos, cores, texturas, brilhos, sombras dentre outros, feita via fotogra�a ou desenho” (GOMES FILHO, 2009, p. 97). Na Figura 27, destaca-se o conceito em construção arquitetônica, que pode ser naturalmente aplicado em projeto de Design. RUÍDO VISUAL Ocorre quando existe alguma interferência ou até mesmo algo inesperado que atrapalha, em partes, a harmonia visual do objeto. O exemplo da região Times Square, em Nova York, que vimos anteriormente, também pode ser aceito como Ruído Visual. No entanto, essa técnica também pode ser empregada de maneira inteligente e criativa, com o objetivo de valorizar o projeto. No projeto escultural da Figura 28, a letra O, da palavra em inglês love, foi intencionalmente inclinada como forma de chamar a atenção para o inusitado, fortalecendo a mensagem atraente da obra. Nesse caso, tal técnica foi utilizada propositadamente, de maneira consciente e estratégica. Figura 23 - Calçado conceito - Exemplo de Exageração Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Fonte: shutterstock Descrição da imagem: Sapato marrom com salto alto e espesso, com cadarços. Figura 24 - Trem Bala - Exemplo de utilização da Técnica Arredondamento Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Fonte: shutterstock Descrição da imagem: Foto de trem de alta velocidade em terminal. Trem branco e laranja com vidros pretos. Figura 25 - Objeto com Transparência Física Fonte: shutterstock Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Descrição da imagem: Foto de mesa de madeira na cor clara com jarra de vidro em cima. A jarra está com bebida e frutas e folhas. Atrás, quatro laranjas cortadas. Figura 26 - Imagem grá�ca com Transparência Sensorial Fonte: shutterstock Descrição da imagem: Imagem com mescla de triângulos sobrepostos azuis e rosas. Figura 27 - Exemplo de aplicação do conceito Profundidade Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Fonte: shutterstock Descrição da imagem: Foto que mostra quadrados um sobre o outro, coloridos, mostrando profundidade. Figura 28 - Aplicação da Técnica Ruído Visual Fonte: shutterstock Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Descrição da imagem: Foto da escultura em rua de Nova Iorque escrito “LO VE”. As letras são vermelhas sob um suporte preto. Ao fundo, prédios. COMUNICAÇÃO VISUAL Os estudos de Comunicação Visual em Design, se comparados aos elementos fundamentais, compõem um campo de conhecimento relativamente novo, que está sendo aprimorado constantemente com o objetivo de se adequar às novas manifestações, ferramentas e exigências da área, ampliando, com isso, possibilidades de expressão e criatividade. A linguagem separa, nacionaliza; o visual uni�ca. A linguagem é complexa e difícil; o visual tem a velocidade da luz e pode expressar instantaneamente um grande número de ideias. (Donis A. Dondis) Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios A nossa leitura de mundo é, antes de tudo, visual. Com a proliferação de inúmeros apelos visuais expressos em todos os ambientes que nos afetam diariamente, é gerada uma “concorrência”, no sentido de tentar buscar impacto efetivo no momento de idealizar e comunicar uma marca ou produto. De acordo com Munari (1997), tudo o que nossos olhos veem pode ser considerado Comunicação Visual, e todos os aspectos inseridos nessa comunicação têm em comum a objetividade. INDICAÇÃO DE LIVRO Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Se a imagem escolhida para transmitir certa mensagem não for objetiva,as chances de que haja uma comunicação direta diminuem consideravelmente. Para tanto, é necessário que a imagem usada seja legível para a maioria de maneira semelhante. Caso contrário, não existirá comunicação. Vale pontuar que a Comunicação Visual pode ser casual ou intencional. A casual geralmente é interpretada livremente pelo receptor, e a intencional deveria, preferencialmente, ser recebida na totalidade da signi�cação pretendida pelo emissor. Para o autor, o conceito de Comunicação Visual é muito vasto (MUNARI, 1997, p. 8): SOBRE O LIVRO: Sinopse: O livro “Sintaxe da Linguagem Visual”, de Charles Donis A. Dondis, colabora para o conhecimento de artes correlacionadas à comunicação visual. A Linguagem utilizada é clara e objetiva, o que propicia um método de ensino e�caz. Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios [...]vai desde o desenho até a fotogra�a, as artes plásticas, o cinema; desde as formas abstratas até as reais, de imagens estáticas a imagens em movimento, de imagens simples a imagens complexas, desde problemas de percepção visual que concerne ao lado psicológico do tema, como relações entre �gura e fundo, mimetismo, moiré, ilusões óticas, movimento aparente, imagens e ambiente, permanência retiniana e imagens póstumas. Tema que compreende todas as artes grá�cas, todas as expressões grá�cas, desde a forma dos caracteres até a paginação de um cotidiano, desde os limites da legibilidade das palavras a todos os meios que facilitam a leitura de um texto. Para ele, o processo de Comunicação, seja visual ou não, é estabelecido de acordo com três elementos básicos: Emissor, Receptor e Mensagem. Jakobson (1995), vai além, ao defender que a Comunicação Visual está inserida no sistema completo e geral da Comunicação. Em linhas gerais e seguindo esquema de comunicação proposto por ele, são seis os fatores primordiais: EMISSOR OU DESTINADOR RECEPTOR OU DESTINATÁRIO Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios É um conjunto de sinais estruturados que pode ser verbal ou não-verbal. Trata-se da maneira pela qual a mensagem se organiza. Reproduzir esse esquema comunicacional enquanto se desenvolve um produto proporcionará um maior respaldo analítico às decisões, uma vez que estabelece um olhar panorâmico e orientado aos fatores que envolvem a profunda atividade de criação em Design. Nesse sentido, Murari (1983), propõe que o primeiro passo no processo criativo é evitar o comportamento artístico-romântico, em que o Designer sai desesperadamente atrás de uma solução rápida. Ao contrário, o pro�ssional deve, antes de agir, questionar as possibilidades de resolução do problema, seja ele de comunicação ou projetual. “O Designer não tem uma visão pessoal do mundo no sentido artístico, mas um método para abordar os vários problemas quando se trata de projetar” (MUNARI, 1983, p. 33). MENSAGEM CÓDIGO REFERENTE CANAL Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Dondis (1997) narra que a evolução da comunicação começou com imagens, passando para pictogramas, unidades fonéticas e, �nalmente, chegou ao que atualmente é chamado de alfabeto. Todavia, há uma busca permanente em encontrar maior e�ciência comunicacional. Isso não signi�ca o �m da linguagem verbal – já que a Comunicação Visual não obtém uma lógica tão precisa como a linguagem verbal – mas o desenvolvimento de novos meios e conjunturas. Assim, dentre todos os meios de Comunicação, o visual é o único que não “dispõe de um conjunto de normas e preceitos, de metodologia e nem de um único sistema com critérios de�nidos, tanto para a expressão quanto para o entendimento dos métodos visuais” (DONDIS, 1997, p. 18). Entretanto, a autora a�rma que a sintaxe visual existe. Conforme visto na seção anterior, os elementos básicos e as categorias conceituais fundamentais aplicadas do Design são colocados à tona para serem utilizados como recurso de desenvolvimento de mensagens visuais claras e envolventes e, além disso, como artifícios agregadores à comunicação verbal. Qualquer acontecimento visual é uma forma com conteúdo, sendo o conteúdo muito in�uenciado pela importância das partes constitutivas, como o tom, a cor, a textura, a proporção e suas relações compositivas com o signi�cado. A autora acrescenta ainda que a forma e o conteúdo inseridos em uma Comunicação Visual são componentes imprescindíveis e indissociáveis, sendo o conteúdo a mensagem a ser propagada, a informação; e a forma a representação desse conteúdo, seguindo especi�cações, modi�cando-se de um meio para outro, em Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios diferentes formatos, e dependente dos elementos que a compõe. Letras, símbolos, imagens e suas representações realistas ou abstratas, e o caráter compositivo da forma conferem propriedades de controle das respostas obtidas no processo. A�nal, a forma é afetada pelo conteúdo, bem como a mensagem enviada pelo emissor pode ser modi�cada pelo observador. Figura 29 – Imagem ilustrativa Design Grá�co Fonte: shutterstock Descrição da imagem: Imagem com fundo preto, mostra uma mão segurando um giz branco e palavras em inglês escritas aleatoriamente em branco, azul e amarelo. A Comunicação Visual tem relação direta com o Design grá�co, sendo base fundamental para a atividade e execução de projetos. Para Costa (1996, p. Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios 12-13), as mensagens visuais, resultantes do Design Grá�co apresentam realidade material: [...] estão, em um momento dado, em um determinado lugar; têm uma determinada duração, uma determinada entidade física (o aspecto que concerne à sua produção e difusão). Têm também uma realidade semiótica: referem-se a coisas, objetos, produtos, idéias; neste sentido possuem uma determinada pregnância formal e uma determinada capacidade de implicação psicológica. Logo, [...] mensagem visual é um conjunto de signos extraídos de um código visual determinado, organizados de acordo com determinada ordem. Por meio desses signos e suas regras combinatórias, se constrói o ‘sentido’, emerge o signi�cado, a informação, isto é, a mensagem propriamente dita. COSTA, 1996, P. 12-13 Por �m, o autor esclarece que o Designer, em especial o grá�co, deve ser um pro�ssional de Comunicação por excelência, tendo boa formação técnica, �exibilidade psicológica, sensibilidade e criatividade. É essencial que obtenha a habilidade de transformar dados simbólicos em projetos funcionais, a �m de “originar” soluções, fazendo, assim, parte de um processo técnico e mental de estratégias de produtos, marcas ou mensagens, sem esquecer que a maior orientação está no consumidor alvo. É para esse público que o pro�ssional do Design trabalha e, para tanto, deve conhecer suas necessidades, características e o que valoriza, para tornar imediata a Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios recepção e decodi�cação da mensagem, alinhavando os diversos sistemas de códigos envolvidos, traduzindo e criando produtos pertinentes. NOVOS DESAFIOS Querido(a) aluno(a). Finalizamos aqui este Tema de Aprendizagem. Aprendemos sobre Composição e Estruturação da Forma, suas propriedades, categorias e técnicas conceituais, das fundamentais às aplicadas, seguindo, em especial e de maneira objetiva e atualizada, os fundamentos de Gomes Filho (2009). No complexo desenvolvimento de Linguagem, vimos que existem métodos, técnicas, processos, meios e sistemas normativos para a captação e utilização de elementos que auxiliam na organização mental e na criação do Designer. Nesse tocante, houve exposição de conteúdo sobre Comunicação Visual que, a nosso ver, se encarrega de elucidar o esquema comunicativo no qual o Design está inserido, e quais precisam ser seus princípios norteadores, propiciando leitura sintética e orientada dos fatores que o envolvem, bem como estabelecendo uma possibilidade de formação de linguagemvisual e expressão que vise autenticidade. Acreditamos ser necessário que haja abstração e questionamento constante para construir pensamentos e elementos diferentes em Design, para, então, chegar à essência dessa área. Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios O questionamento é o ponto central da nossa existência e é nesse exercício de pensar de forma crítica, utilizar métodos de alargamento criativo nas atividades cotidianas e, sobretudo, de fazer escolhas amparadas no conhecimento teórico e prático, que é criada a possibilidade de se re�etir sobre nossas potencialidades e talentos. Charles Jones nos revela uma citação bem apropriada, em que diz: “daqui a 5 anos você estará bem próximo de ser a mesma pessoa que é hoje, exceto por duas coisas: os livros que ler e as pessoas de quem se aproximar”. Esperamos, assim, que o conhecimento desenvolvido neste Tema de Aprendizagem seja de grande valia no seu processo de expansão intelectual. REFERÊNCIAS COSTA, Joan. Imagem Global. Barcelona: Ceac, 1996. DONDIS, Donis A. Sintaxe da linguagem visual. Trad. Je�erson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 1997. GOMES FILHO, João. Gestalt do objeto. São Paulo: Escrituras, 2009. FISHER, Ernest. A Necessidade da Arte. 9. ed. Trad. Leandro Kondel. Rio de Ja neiro. Guanabara, 1987. JAKOBSON, Roman. Linguística e comunicação. São Paulo: Cultrix, 1995. Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios Avançar E D U C A Ç Ã O P R E S E N C I A L E A D IS T  N C I A UniCesumar © Todos os direitos reservados. Inicie sua jornada Desenvolva seu Potencial Novos Desafios
Compartilhar