Buscar

Fundamentos de Expressão e Linguagem Bidimensional I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 137 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 137 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 137 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LICENCIATURA EM
 ARTES VISUAIS 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E 
LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I
 
Semestre 3
Prof. Rubens de Souza
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I�
UNIMES VIRTUAL
L782c LOBO, Maurício Nunes
 Curso de Pedagogia: Atividades Curriculares Acadêmicas Adicionais (por)
 Prof. Maurício Nunes Lobo. Semestre 2. Santos:
 UNIMES VIRTUAL. UNIMES. 2006. 22p.
 
 1. Pedagogia 2. Atividades Curriculares Acadêmicas Adicionais.
 
 CDD 371
Universidade Metropolitana de Santos 
Campus II – UNIMES VIRTUAL
Av. Conselheiro Nébias, 536 - Bairro Encruzilhada, Santos - São Paulo
Tel: (13) 3228-3400 Fax: (13) 3228-3410
www.unimesvirtual.com.br
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição.
www.unimesvirtual.com.br
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I �
UNIMES VIRTUAL
UNIMES – Universidade Metropolitana de Santos - Campus I e III
Rua da Constituição, 374 e Rua Conselheiro Saraiva, 31
Bairro Vila Nova, Santos - São Paulo - Tel.: (13) 3226-3400
E-mail: infounimes@unimes.br
Site: www.unimes.br
Prof.ª Renata Garcia de Siqueira Viegas da Cruz
Reitora da UNIMES
Prof. Rubens Flávio de Siqueira Viegas Júnior
Pró-Reitor Administrativo
Prof.ª Rosinha Garcia de Siqueira Viegas
Pró-Reitora Comunitária
Prof.ª Vera Aparecida Taboada de Carvalho Raphaelli
Pró-Reitora Acadêmica
Prof.ª Carmem Lúcia Taboada de Carvalho
Secretária Geral
mailto:infounimes@unimes.br
www.unimes.br
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I�
UNIMES VIRTUAL
EQUIPE UNIMES VIRTUAL
Diretor Executivo
Prof. Eduardo Lobo
Supervisão de Projetos
Prof.ª Deborah Guimarães
Prof.ª Doroti Macedo
Prof.ª Maria Emilia Sardelich
Prof. Sérgio Leite
Grupo de Apoio Pedagógico - GAP
Prof.ª Elisabeth dos Santos Tavares - Supervisão
Prof.ª Denise Mattos Marino
Prof.ª Joice Firmino da Silva
Prof.ª Márcia Cristina Ferrete Rodriguez
Prof.ª Maria Luiza Miguel
Prof. Maurício Nunes Lobo
Prof.ª Neuza Maria de Souza Feitoza
Prof.ª Rita de Cássia Morais de Oliveira
Prof. Thiago Simão Gomes
Angélica Ramacciotti
Leandro César Martins Baron
Grupo de Tecnologia - GTEC
Luiz Felipe Silva dos Reis - Supervisão
André Luiz Velosco Martinho
Carlos Eduardo Lopes
Clécio Almeida Ribeiro
Grupo de Comunicação - GCOM
Ana Beatriz Tostes
Carolina Ferreira
Flávio Celino
Gabriele Pontes
Joice Siqueira
Leonardo Andrade
Lílian Queirós
Marcos Paulo da Silva
Nildo Ferreira
Ronaldo Andrade
Stênio Elias Losada
Tiago Macena
William Souza
Grupo de Design Multimídia - GDM
Alexandre Amparo Lopes da Silva - Supervisão
Francisco de Borja Cruz - Supervisão
Alexandre Luiz Salgado Prado
Lucas Thadeu Rios de Oliveira 
Marcelo da Silva Franco
Secretaria e Apoio Administrativo
Camila Souto
Carolina Faulin de Souza
Dalva Maria de Freitas Pereira
Danúsia da Silva Souza
Raphael Tavares
Sílvia Becinere da Silva Paiva
Solange Helena de Abreu Roque
Viviane Ferreira
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I �
UNIMES VIRTUAL
AULA INAUGURAL
 
Caro aluno, seja bem-vindo à disciplina Fundamentos de Expressão e 
Linguagem Bidimensional I.
Esta disciplina abordará os fundamentos da representação gráfica bidi-
mensional: ponto, linha, plano e suas relações técnicas e procedimentais 
gráficas. O objetivo é propor a investigação dos aspectos históricos e téc-
nicos da perspectiva, relacionando-os aos artistas e obras que fizeram uso 
da mesma.
Aborda, também, a investigação histórica dos materiais expressivos, com 
ênfase no desenho, propondo o estudo de qualidades técnicas dos mate-
riais expressivos, explicitando as relações com as obras da história da 
arte e os artistas que adoram esse material.
A idéia do curso é refletir e exercer, junto com o aluno, práticas de leitu-
ra e escrita em ambientes digitais interativos. A partir dessas vivências, 
pretende-se derivar decorrências e estratégias de abordagem da circula-
ção, compreensão e produção de representações artísticas em diferentes 
materiais. 
A disciplina tem duração de 80 horas e está dividida em quatro unidades. 
Espero que possamos aproveitar toda nossa convivência e troca de co-
nhecimento.
Um grande abraço,
Prof. Rubens de Souza
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I�
UNIMES VIRTUAL
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I �
UNIMES VIRTUAL
Índice
Unidade I - Representação Bidimensional ......................................................... 11
Aula: 01 - Importância do desenho .............................................................................. 12
Aula: 02 - Tipos de desenhos ...................................................................................... 14
Aula: 03 - Elementos do desenho ................................................................................ 17
Aula: 04 - Elementos visuais ....................................................................................... 20
Aula: 05 - Elementos relacionais ................................................................................. 23
Aula: 06 - Forma do desenho ...................................................................................... 27
Aula: 07 - Conteúdo e forma ....................................................................................... 31
Aula: 08 - Composição ................................................................................................ 33
Aula: 09 - Composição de forma ................................................................................. 36
Resumo Unidade I ....................................................................................................... 39
Unidade II - Composição Visual ......................................................................... 43 
Aula: 10 - Ponto de atenção ........................................................................................ 44
Aula: 11 - Equilíbrio ..................................................................................................... 49
Aula: 12 - Desequilíbrio ............................................................................................... 53
Aula: 13 - Cor .............................................................................................................. 57
Aula: 14 - O exprimir e o processo criativo ................................................................. 63
Aula: 15 - Harmonia das cores .................................................................................... 69
Aula: 16 - Textura ........................................................................................................ 71
Aula: 17 - Escala de medida ................................................................................................ 74
Aula: 18 - Dimensões .................................................................................................. 77
Aula: 19 - Perspectiva ................................................................................................. 79
Aula: 20 - Processo de criação .................................................................................... 82
Resumo Unidade II ...................................................................................................... 86
Unidade III - Composição Visual e os Recursos Tecnológicos ........................... 89 
Aula: 21 - Influência da informática ............................................................................. 90
Aula: 22 - Suporte digital ............................................................................................. 93
Aula: 23 - Arte digital .................................................................................................. 96
Aula: 24 - Suporte digital II ........................................................................................ 100
Aula: 25 - Fundamentos da linguagemvisual ............................................................ 105
Aula: 26 - Forma........................................................................................................ 109
Resumo Unidade III ................................................................................................... 112
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I10
UNIMES VIRTUAL
Unidade IV - Anatomia .................................................................................... 115 
Aula: 27 - Importância do desenho ............................................................................ 116
Aula: 28 - Anatomia – parte I .................................................................................... 118
Aula: 29 - Anatomia – parte II ................................................................................... 121
Aula: 30 - Anatomia – parte III .................................................................................. 126
Aula: 31 - Figura humana – silhueta .......................................................................... 130
Aula: 32 - Figura humana – luz e sombra .................................................................. 133
Resumo Unidade IV ................................................................................................... 136
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I 11
UNIMES VIRTUAL
Unidade I
Representação Bidimensional
Objetivos
Identificar os elementos básicos das artes visuais (ponto, linha, cor, textura, for-
ma e volume) e possibilitar a criação de códigos e análises de soluções. 
Plano de Estudo
Esta unidade conta com as seguintes aulas:
Aula: 01 - Importância do desenho
Aula: 02 - Tipos de desenhos
Aula: 03 - Elementos do desenho
Aula: 0� - Elementos visuais
Aula: 0� - Elementos relacionais
Aula: 0� - Forma do desenho
Aula: 0� - Conteúdo e forma
Aula: 0� - Composição
Aula: 0� - Composição de forma
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I12
UNIMES VIRTUAL
Aula: 01
Temática: Importância do desenho
Nesta aula, estudaremos os fundamentos do desenho e sua 
influência na vida do homem.
 
Quantos de nós vemos?
Donis A. Dondis (2000, p.6) afirma que:
 
A primeira experiência por que passa uma criança 
em seu processo de aprendizagem ocorre através 
da consciência tátil. Além desse conhecimento “ma-
nual”, o reconhecimento inclui olfato, a audição e o 
paladar, num intenso e fecundo contato com o meio 
ambiente. Esses sentidos são rapidamente intensifi-
cados e superados pelo plano icônico – a capacidade 
de ver, reconhecer e compreender, em termos visu-
ais, as forças ambientais e emocionais. Praticamente 
desde nossa primeira experiência no mundo, passa-
mos a organizar nossas preferências e nossos temo-
res, com base naquilo que vemos. Ou naquilo que 
queremos ver. Essa descrição é apenas a ponta do 
iceberg, e não dá, de forma alguma, a exata medida 
do poder e da importância que o sentido visual exerce 
sobre nossa vida. Nós aceitamos sem nos dar conta 
de que ele pode ser aperfeiçoado no processo básico 
de observação, ou ampliado até converter-se num in-
comparável instrumento de comunicação humana. 
Aceitamos a capacidade de ver da mesma maneira como a vivenciamos 
– sem esforço.
Nossa experiência visual fundamenta-se no aprendizado para que possa-
mos compreender o meio ambiente e reagir a ele. Portanto, a informação 
visual é o mais antigo registro da história humana. 
Assim, os elementos contidos numa obra de arte são freqüentemente cha-
mados de forma. O termo forma é também empregado para designar mate-
rial visual que os olhos recebem, e organizam, de modo que a mente humana 
possa captá-los numa composição. Os estudos de como os elementos visu-
ais e táteis funcionam ou se estruturam na arte chamam-se análise visual.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I 13
UNIMES VIRTUAL
A partir de tais análises, sabe-se que, nas representações gráficas, os 
elementos pertencentes ao desenho adquirem simbologia, como é o caso 
da linha. A linha reta, ascensorial, expressa espiritualidade, elevação, e 
esse costume foi vastamente utilizado no período gótico. Já a linha curva 
expressa movimento, vida, sensualidade, e sua maneira desenvolveu-se 
no barroco. No período moderno, a linha assume novo caráter para atender 
às expectativas de sua época, em que a razão, a segurança, a calma e a 
solidez são percebidas em suas horizontalidades.
 
Os exemplos são importantes para a percepção do observa-
dor, e não somente para a variedade no momento da criação 
dos artistas. .
 
 
 
Escultura barroca
 
A percepção visual deve preceder a execução das represen-
tações gráficas. Portanto, será necessário estudarmos as 
partes que compõem o todo do desenho, e, assim, chegar-
mos à sua totalidade para compararmos as instâncias existentes entre si.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I1�
UNIMES VIRTUAL
Aula: 02
Temática: Tipos de desenhos
Verificamos que há diferentes tipos de representações gráfi-
cas, portanto, nesta unidade, vamos conhecer alguns tipos 
de desenho, utilizados em diferentes áreas profissionais. 
Desenho à mão livre
 
Caricatura 
Segundo Hallawell, desenho é a interpretação de qualquer realidade, seja 
ela visual, emocional, intelectual etc., por meio da representação gráfica.
Portanto, seu aprendizado baseia-se em conhecer a sintaxe da linguagem 
visual. Com o desenho, podem-se desenvolver composições visuais bi ou 
tridimensionais. Os fundamentos do desenho propiciam ao desenhista di-
ferentes habilidades como o desenho de observação, entre outras.
Desenho técnico
 
Desenho técnico de objeto
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I 1�
UNIMES VIRTUAL
O desenho técnico é uma representação gráfica que tem objetivos preci-
sos para as necessidades geradas pelas diferentes modalidades da enge-
nharia e arquitetura. Para todos eles, o desenho técnico representa for-
mas, dimensões e posições de objetos, a partir de técnicas específicas de 
representações que estão alicerçadas no desenho geométrico.
Perspectiva
Perspectiva de prédio
A perspectiva desenvolve representações gráficas em três dimensões, 
profundidade e volume. Existem vários tipos de perspectivas e sua utiliza-
ção se dará para os critérios artísticos e para diferentes modalidades da 
engenharia e arquitetura.
Desenho geométrico
 
 
Pentágono inscrito em uma circunferência
O desenho geométrico parte da matemática para a resolução de problemas 
ligados à lógica. A palavra geometria é composta por dois radicais gregos: 
geos (terra) e metron (medida). Surgiu em função da necessidade humana 
de medir terrenos. No entanto, a geometria serve até os dias atuais para 
solucionar problemas métricos, como cálculos de áreas de figuras planas 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I1�
UNIMES VIRTUAL
e volumes de corpos sólidos. Outros campos da geometria são: geometria 
descritiva, analítica, euclidiana, entre outras.
 
Até aqui, tivemos um breve panorama de algumas das mo-
dalidades do desenho. Certamente, iremos explorar melhor 
esse tema nas próximas aulas. No entanto, quando falamos 
sobre linguagem visual do desenho, é preciso ressaltar que ela propicia 
inúmeras maneiras de interpretações.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I 1�
UNIMES VIRTUAL
Aula: 03
Temática: Elementos do desenho
Nesta aula, estudaremos os elementos do desenho. Boa 
aula!
Elementos do desenho
Podemos, então, destacar os elementos do desenho e agrupá-los da se-
guinte forma:
A) Elementos conceituais.
B) Elementos visuais.
C) Elementos relacionais.
D) Elementos práticos.
Elementos conceituais 
Os elementos conceituais só existem na teoria, ou seja, não são visíveis. 
Por exemplo: sempre que identificamos um formato qualquer, percebemos 
que há um plano o qual envolve seu volume. Assim, podemos teorizar 
e refletir sobre alguns desses elementos. O ponto, a linha, o plano e os 
volumes fazem parte dos elementos do desenho a partir deseu caráter 
conceitual. 
Vejamos:
Ponto – Um ponto determina posição. Ele não tem comprimento nem lar-
gura. Não ocupa nenhuma área ou espaço. É o início e o fim de uma linha, 
e, sempre que houver duas ou mais alinhas que se cruzem, um ponto será 
formado. Identificamos o Ponto com letras maiúsculas do nosso alfabeto.
 
 
 
 
 
Representação do Ponto
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I1�
UNIMES VIRTUAL
Linha – À medida em que um ponto se movimenta, sua trajetória se torna 
uma linha. A linha não tem largura. Tem posição e direção. É limitado por 
pontos, e forma o contorno do plano. A linha é identificada por letras mi-
núsculas do nosso alfabeto.
 
Representação da linha
Plano – A trajetória de uma linha em movimento, diferente de sua direção 
intrínseca, torna-se um plano. Um plano tem comprimento e largura, mas 
não tem espessura. Tem posição e direção. É limitado por linhas. Define os 
limites externos de um volume.
 
 
 Representação de plano
Volume – A trajetória de um plano se torna volume. Tem posição no espa-
ço e é limitado por planos. No desenho bidimensional o volume é ilusório.
 
 
Representação do volume
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I 1�
UNIMES VIRTUAL
Verificamos que, para que haja sua execução, o desenho 
possui elementos importantes. Observar atentamente tais 
elementos propicia novas possibilidades na elaboração do 
desenho. Na próxima aula, verificaremos outros!
Até a próxima aula!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I20
UNIMES VIRTUAL
Aula: 0�
Temática: Elementos visuais
Quando os Elementos Conceituais se tornam visíveis, eles 
assumem mais características, ou seja, percebemos seu 
formato, seu tamanho, sua cor e sua textura. Cada repre-
sentação será determinada pelo tipo de material usado.
Formato – Tudo que observamos tem um formato que proporciona sua 
identificação.
 
 
Demonstração de formatos
Tamanho – Todos os formatos têm tamanho.
O tamanho dos objetos é relativo, se descrevermos em termos de grande-
za ou pequenez.
Cor – Os formatos se distinguem em seu entorno devido a cor. A cor aqui 
é utilizada em seu sentido amplo, que compreende todos os matizes e tons 
de cinza.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I 21
UNIMES VIRTUAL
Identificação de formatos a partir de suas cores
Textura – A textura se refere às características da superfície de um for-
mato e apresenta várias características, como: liso, áspero, simples, com-
posto, entre outros.
Exemplos de texturas
 
Pesquisa E Leitura
Fonte:
DONDIS, D. A. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo: Martins Fontes, 
2000.
Elabore a leitura do capítulo 1: O caráter do conteúdo do alfabeto visual.
 
Exercícios
 
1) Em uma folha de papel canson, desenhe um formato qualquer. Em ou-
tras palavras, faça um desenho livre figurativo.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I22
UNIMES VIRTUAL
Lembrete:
Há muitas maneiras para interpretar a linguagem visual. Desenhar é um 
processo interligado ao processo de ver. Portanto, a capacidade de dese-
nhar depende da capacidade de ver. Vale dizer que, para desenhar, neces-
sitamos de técnicas, ou seja, é possível ensinar alguém a desenhar, uma 
vez que essa pessoa tenha apreendido tais técnicas.
Há vários tipos de desenho. 
 
 
Visite o site
http://www.itaucultural.org.br/ - último acesso em 09/08/2007
Verifique as diferentes obras artísticas existentes lá.
 
Percebemos, então, a importância dos elementos visuais. 
Os elementos identificados nesta aula são facilmente per-
cebidos, porém devemos explorá-los dentro de critérios me-
todológicos. Observe que será possível desenvolver trabalhos, de modo 
específico, utilizando cada um dos elementos.
http://www.itaucultural.org.br/
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I 23
UNIMES VIRTUAL
Aula: 0�
Temática: Elementos relacionais
Os elementos relacionais determinam a localização, e inter-
relações, dos formatos em um desenho. Sua percepção se 
dá a partir da direção, posição, espaço e gravidade.
Direção – A direção de um formato depende do modo como está relacio-
nado com o observador e com a moldura que o contém ou com demais 
formatos.
Os formatos identificam direção oposta
Posição – A posição de um formato é entendida pela sua relação com a 
moldura.
 
 
Exemplo de posição de formato
 
Espaço – Formatos de qualquer tamanho ocupam espaço. Portanto, o es-
paço pode ser ocupado ou deixado vazio.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I2�
UNIMES VIRTUAL
 
Exemplo de espaço com pouco e muito preenchimento.
Gravidade – A percepção de gravidade não é visual, mas psicológica. 
Assim sendo, atribuímos peso, leveza, estabilidade ou instabilidade a for-
matos individuais ou aos grupos.
Exemplo de Gravidade
 
Lembrete
 
Forma e Desenho
As Duas maneiras básicas de mudar externamente uma forma são por 
variações nos cantos e nas bordas
 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I 2�
UNIMES VIRTUAL
Extensão - Uma forma pode ser estendida por uma margem ou por cama-
das concêntricas. A criação de uma moldura de determinado formato, o 
acréscimo como segundo plano, ou a introdução de camadas subseqüen-
tes também podem ser utilizadas como extensões.
 
Superposição
Formas podem ser superpostas a determinada situação sem alterar seu 
formato geral.
Transfiguração
Uma forma pode ser transfigurada pela mudança total ou parcial em algo 
figurativo.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I2�
UNIMES VIRTUAL
Observamos a sutileza dos elementos relacionais. Eles orien-
tam os formatos dentro de diferentes configurações em um 
desenho. Os parâmetros servem tanto para as composições 
quanto para análises de trabalhos elaborados.
Exercitando o conhecimento
Observe a obra:
A imagem abaixo é uma obra de Jacques Louis David, chamada de A 
morte de Sócrates, de 1787, em Óleo sobre tela e mede 1,30 X 1,96 m. 
Encontra-se no Museu Metropolitano de Arte Nova York.
Imagem também disponível em: http://faculty.washington.edu/smco-
hen/320/SocratesDeath.jpg - último acesso em 09/08/2007
A obra mostra Sócrates em vias de beber um cálice de veneno. Observa-
mos, também, que Sócrates é comparado à figura de Jesus Cristo (exis-
tem doze discípulos na cena).
 
Até a próxima aula, e não se esqueça de visitar o site su-
gerido, pois será muito importante para o seu processo de 
aprendizagem.
http://faculty.washington.edu/smcohen/320/SocratesDeath.jpg
http://faculty.washington.edu/smcohen/320/SocratesDeath.jpg
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I 2�
UNIMES VIRTUAL
Aula: 0�
Temática: Forma do desenho
Até aqui, estudamos os elementos básicos do desenho, os 
quais fazem parte da composição de todos os materiais e 
mensagens visuais. Portanto, o ponto age como unidade mí-
nima e a linha age como articulador imprescindível para a forma, seja na 
gestualidade do esboço seja na rigidez de um projeto técnico.
Assim, verificaremos nesta aula a constituição dos elementos visuais, que 
normalmente são denominados de “forma”.
Nesse sentido, forma não é apenas uma figura que é vista, mas um for-
mato com tamanho, cor e textura definidos. Assim, ponto, linha ou plano, 
quando visíveis, tornam-se forma.
Em uma superfície bidimensional, todas as formas planas são limitadas 
por pontos e linhas, as quais constituem suas bordas. 
As formas planas têm variedades de formatos que podem ser classificados.
Verifique:
Formas geométricas desenvolvidas matematicamente
 
Formas orgânicas
 
 
Limitados por linhas curvas livres, sugerem gestualidade e crescimento.
Ex. 01:
Ex. 02:
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I2�
UNIMES VIRTUAL
Formas retilíneas
 
Limitados por linhas retas sem estabelecer relação matemática
Formas irregulares
Construídos por linhas retas e curvas. Não se relacionam umas com as 
outras matematicamente.
Formas feitas à mão
Caligráficos, ou feitos à mão livre, sem auxílio de instrumentos.
Formas acidentaisObtidos acidentalmente ou por meio de materiais que possibilitam efeitos 
especiais.
Ex. 03:
Ex. 04:
Ex. 05:
Ex. 06:
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I 2�
UNIMES VIRTUAL
Formas positivas e negativas
Normalmente uma forma ocupa um determinado espaço, mas também 
pode ser vista como um espaço vazio circundado pelo espaço.
 
 
Em representações brancas e pretas, consideramos o preto como espaço 
ocupado e o branco como não ocupado. Assim, na ilustração acima, te-
mos as figuras “A” e “B”, como formas positivas e as “C” e “D” negativas, 
respectivamente. 
Contudo, quando há intersecções de imagens, a visualização tende a ficar 
mais complexa, como veremos a seguir.
 
Exemplo de intersecção. As instâncias que determinam o positivo e o ne-
gativo ficam complexas à medida que maiores inferências são atribuídas 
à representação.
 
Exercício
1) Desenvolver composição visual a partir de colagem.
Material:
Uma folha de papel canson.
Uma folha de papel off set 120 gramas (cartolina), ou papel color plus, em 
cor preta.
Cola e tesoura.
Ex. 07:
Ex. 08:
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I30
UNIMES VIRTUAL
Instruções:
Com o material em mãos, recorte duas formas geométricas, duas formas 
orgânicas e duas formas retilíneas. A partir de uma folha de papel canson, 
cole as formas estabelecendo os seguintes critérios:
1.1 - Na folha de papel canson cole as formas que lhe forem mais conve-
nientes, porém somente as formas positivas.
1.2 – Em outra folha de e papel preto cole formas aleatórias negativas.
1.3 – Em outra folha de papel canson crie intersecções das formas. Ver 
figuras Ex.08.
 
Verifique que outros elementos já mencionados contribuem 
para a elaboração da forma como a cor, a direção e outros.
Portanto, o formato geral se refere à sua aparência e é descrita por retas, 
curvas, feitas à mão livre ou por meio de instrumentos como régua, com-
passo, computador e outros.
A figura 9 é Agulha, uma obra de Regina Silveira (série Armarinhos), 2002, 
plotter e vinil adesivo e dimensões variáveis. Acesse o link abaixo.
http://reginasilveira.uol.com.br/gravurasgrafias/01.jpg - último acesso em 
09/08/2007
A imagem contida no link acima trabalha com a projeção de sombras utili-
zando-se, também, da forma em positivo.
Nesta aula, acompanhamos algumas formas de desenho 
que você irá encontrar em diversos espaços públicos e pri-
vados.
http://reginasilveira.uol.com.br/gravurasgrafias/01.jpg
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I 31
UNIMES VIRTUAL
Aula: 0�
Temática: Conteúdo e Forma
Nesta aula, estudaremos alguns itens essenciais para esta-
belecer a comunicação visual.
O conteúdo e a forma são os componentes básicos e irredutíveis de todos 
os conteúdos comunicacionais (a dança, a poesia, a prosa), bem como as 
artes visuais. 
O conteúdo é fundamentalmente o que está sendo, direta ou indiretamen-
te, expresso; é o caráter da comunicação, ou seja, a mensagem.
Na comunicação visual, o conteúdo nunca está dissociado da forma. Os 
formatos que se alteram e os meios de comunicação de massa são espe-
cíficos a cada conteúdo. Assim, nós teremos a mídia impressa (jornal, re-
vista, livro etc.), a mídia eletrônica (TV, rádio, cinema) e a digital (Internet 
e seus dispositivos). 
Para todos os meios, verifica-se que a mensagem é composta segundo o 
objetivo de: contar, expressar, explicar, dirigir, inspirar etc.
Assim, a composição visual vai sendo solicitada à medida que determi-
nados conteúdos sejam elaborados e necessitem de sua fundamentação. 
Portanto, o resultado de toda experiência visual, na natureza e, basicamen-
te, no design, está na interação de polaridades duplas: primeiro, as forças 
do conteúdo (mensagem e significado) e da forma (design, meio e orde-
nação); em segundo lugar, o efeito recíproco entre articulador (designer, 
artista) e receptor (público).
A forma é afetada pelo conteúdo; o conteúdo é afetado pela forma. A men-
sagem é emitida pelo criador e modificada pelo observador. 
Na mídia impressa temos os originais.
Em artes gráficas, um original é qualquer tipo de imagem que se pretende 
reproduzir por meio de processos de pré-impressão e de impressão.
Nesta acepção, o original é geralmente uma representação bidimensional, 
como uma fotografia, um desenho ou uma pintura, um texto e assim por 
diante, podendo ser em preto e branco e em cores para reprodução na 
mídia impressa.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I32
UNIMES VIRTUAL
O criador (designer, artista), necessita, além de dominar técnicas especí-
ficas, de:
Compreensão: é a capacidade de entender a mensagem literal contida em 
uma comunicação.
Análise: é a capacidade de desdobrar o material em suas partes consti-
tutivas, percebendo-se suas inter-relações e modos de organização. É a 
capacidade de decompor um todo em suas partes.
Síntese: é a capacidade de colocar em ordem os pensamentos essen-
ciais da mensagem. A síntese manifesta-se pela reconstituição do todo 
decomposto pela análise, eliminando-se o que é secundário e fixando-se 
no essencial.
Avaliação: é a capacidade de emitir um juízo de valor e de verdade a res-
peito das idéias essenciais de uma mensagem. Manifestam-se por meio 
de julgamento, crítica, relações lógicas e aplicação científica.
Aplicação: manifesta-se pela habilidade de associar-se a assuntos parale-
los ou utilizar-se de princípios apreendidos num contexto semelhante. É a 
capacidade que nos garante o entendimento do assunto ou da mensagem, 
e nos permite projetar novas idéias a partir dos conhecimentos.
A mensagem, e o método para expressá-la, depende grandemente da 
compreensão e da capacidade de usar as técnicas visuais e os instrumen-
tos da composição visual.
 
Vimos que a comunicação visual tem propósito mediante 
diferentes necessidades. Ainda há uma inter-relação entre o 
criador e o observador.
Até o próximo encontro!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I 33
UNIMES VIRTUAL
Aula: 0�
Temática: Composição
Na aula anterior, verificamos a importância dos conteúdos 
enviados aos diferentes meios de comunicação.
Nesta aula, daremos seqüência ao tema da aula anterior
Composição
A mensagem tem o objetivo de contar, expressar, explicar, dirigir, inspirar 
e afetar. Na busca de qualquer objetivo, fazem-se escolhas com as quais 
se pretende reforçar e intensificar as intenções expressivas, para que se 
possa deter o controle máximo das respostas. Isto exige alguma habilida-
de.
A composição é o meio interpretativo de controlar a re-interpretação de 
uma mensagem visual por parte de quem a recebe. O significado se encon-
tra tanto no olho do observador quanto no talento do criador.
 
CONTEÚDO
MENSAGEM E SIGNIFICADO
 
FORMA
MEIO E ORDENAÇÃO
LEITOR / OBSERVADOR
 
A forma é afetada pelo conteúdo; o conteúdo é afetado pela forma. A men-
sagem é emitida pelo criador e modificada pelo observador.
Os componentes da composição são aspectos tangentes da imagem. Seja 
numa estrutura de formulação visual abstrata, seja substituída por deta-
lhes representacionais, ou realistas elaboradas por palavras ou símbolos, 
sua “substância” visual é fundamental.
A mensagem e o significado não se encontram na substância física, mas 
sim na composição.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I3�
UNIMES VIRTUAL
 
A concisa história de um projeto pedagógico para o design
Na Europa, formaram-se dois eixos artísticos de diferentes orientações e 
que marcaram atuação nas primeiras décadas do século XX.
Grupos, pelo choque da Primeira Guerra Mundial, fundaram-se na utopia, e 
nas vertentes construtivistas destes eixos, pelo desejo de integração so-
cial por meio da arte, numa aproximação às questões abertas pela indus-
trialização. Foi dentro desse eixo que atuou a escola Bauhaus, fundada na 
Alemanha, em 1919, pelo arquiteto Walter Gropius e que, com movimen-
tos como o construtivismo Russo e De Stijl, determinou novas práticas da 
vida moderna.
Bauhaus, durante seus quatorze anosde existência, desenvolveu pesqui-
sas visuais de comunicação e estética.
 
Para a escola Bauhaus, desde seu primeiro momen-
to, constituem comunicação: o traçado da cidade, as 
formas dos edifícios, dos veículos, dos móveis, dos 
objetos, das roupas, a publicidade, as marcas de fá-
brica, o invólucro das mercadorias, todos os tipos de 
artes gráficas; espetáculos de teatro, cinema, espor-
tes. Tudo que se inclui no vasto âmbito da comunica-
ção visual é, na Bauhaus, objeto de análise e projeto. 
(Argan, 1992, p. 271)
Algumas colocações são importantes e anteriores à sua formação. Do final 
do século XIX ao período da primeira guerra, a Alemanha teve uma posi-
ção de liderança no processo industrial e nos métodos de serialização dos 
objetos.
Em 1915, Walter Gropius promoveu a reestruturação da escola superior de 
Belas Artes e foi criada a Bauhaus. Sua metodologia didática teve como 
base o chamado ensino bipolar ou ensino de duas vias. Promoveu a inte-
gração das áreas técnicas com as áreas artísticas.
 
 
Paralelas? 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I 3�
UNIMES VIRTUAL
 
Qual vertical é maior? 
 
Consulte o livro de Rudolf Arnheim e leia o capítulo 2.
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12. ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
 
Composição é a ordenação de elementos. É o resultado da 
melhor organização dos elementos visuais e suas relações.
Até o próximo encontro!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I3�
UNIMES VIRTUAL
Aula: 0�
Temática: Composição de forma
No desenho, é possível criar formas figurativas ou abstra-
tas. Com isso, podemos criar uma série de composições em 
diferentes relações. Um bom exemplo são as formas singu-
lares normalmente identificadas como um plano chapado e com detalhes 
ou formato com textura. 
 
 
A figura 1 A é composta por um formato de plano chapado; na 1 B obser-
vamos alguns detalhes internos; na 1 C há uma textura em seu preenchi-
mento.
Formas compostas
Podemos estabelecer formas compostas à medida que surgem novas pos-
sibilidades compositivas, como: formas sobrepostas, formas separadas, 
formas unidas. Tais composições ainda podem variar de acordo com sua 
posição no plano. Observe:
 
 
Na figura 2 A temos uma composição em que os formatos encontram-se 
separados, no entanto, variam a posição de seus elementos. 
Observamos na figura 2 B que sua posição alterna, porém 
sua direção é a mesma. Na figura 2 C, as variações aconte-
cem em sua posição e direção. Neste caso houve um efeito 
de rotação. Vale dizer que são possíveis novas variedades.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I 3�
UNIMES VIRTUAL
Nas composições também podemos agrupar elementos, alternadamente, 
ou estabelecer critérios, como os descritos acima.
 
 
Na figura 3 A, temos elementos de repetição, e, na figura 3 B, conquis-
tamos um efeito de gradação de tamanho. Observe que são as mesmas 
formas do exemplo 3 A em mesma direção e tamanho. 
Podemos, ainda, estabelecer composições com elementos distintos que 
se repetem aleatoriamente.
 
 
Na figura A observamos uma obra de Joan Miro – Maravillas com varia-
ciones acrósticas em Jardin de Miró. Tentamos estabelecer elementos 
distintos que seguem parcialmente a composição feita por Miró. 
A elaboração da composição é um processo investigativo. Não basta, so-
mente, a inspiração do artista. Será necessário que a obra possua elemen-
tos da comunicação visual cuidadosamente elaborados.
O pré-conhecimento de alguns estudos facilitará tanto para o autor quanto 
para o receptor da obra.
A composição tem, não só, de relacionar entre si os elementos de cada 
ordem: forma, cor, luz etc, como garantir a sua síntese na unidade superior 
da obra. Ela será tanto mais complexa quanto maior for o artista.
 
Exercício
 
1) Material: lápis 6 B e papel canson formato A 4.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I3�
UNIMES VIRTUAL
Escolha um formato qualquer e o desenhe estabelecendo os critérios es-
tudados nesta unidade.
2) Material: cola, tesoura, fotografia de revista e folha de papel canson 
formato A 4.
Escolha qualquer fotografia retirada de uma revista. Recorte partes signi-
ficativas da fotografia. Se houver a necessidade de mais imagem, você 
pode procurar.
Coloque os recortes sobre a folha de papel canson e planeje sua composi-
ção. Somente depois de ter definido, comece a colar as imagens.
Busque, na Internet, informações sobre: Almir Mavgnier/ Al-
fredo Volpi/ Beatriz Milhazes.
Boa sorte!
 
Consulte o livro de Rudolf Arnheim e leia o capítulo 2.
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12. ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
Até o próximo encontro!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I 3�
UNIMES VIRTUAL
 
Resumo - Unidade I
Nesta unidade, você acompanhou as aulas que abordaram 
a importância da representação gráfica na vida do ser hu-
mano. Depois, analisamos os elementos pertencentes ao 
desenho, bem como seus tipos. Com isso, percebemos que o desenho 
tem forma e função distinta para cada expressão e compõe mensagens 
visuais. A partir da linha, como articulador imprescindível para a forma, da 
gestualidade do esboço ou da rigidez de um desenho usado para o projeto 
técnico, são oferecidos elementos básicos da comunicação visual.
Você viu, também, aspectos relacionados à forma, a qual não é apenas 
uma simples figura, mas possui formato, tamanho, cor e textura. 
Portanto, nas representações bidimensionais, todas as formas planas são 
limitadas por pontos e linhas, as quais constituem seus contornos, e po-
demos classificá-los.
Estudamos juntos os aspectos compositivos e alguns cuidados mínimos 
para sua elaboração, ou seja, a composição é a correlação de vários fato-
res, como forma, luz, cor etc.
Diante dos estudos elaborados nesta unidade, percebemos que o dese-
nho pode ser apreendido, mais facilmente, à medida que deciframos cada 
forma visual. Sua elaboração é um processo de criação que tem objetivos 
específicos.
Espero que tenha gostado dessa unidade, e que se sinta entusiasmado 
para pesquisar e desenvolver desenhos. Fique atento, pois nas próximas 
unidades abordaremos novos aspectos.
Até a próxima unidade!
 
Referências Bibliográficas
 
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. 12 ed. São Paulo: EDUSP, 1998.
DONDIS, D. A. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo: Martins Fontes, 
2000.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I�0
UNIMES VIRTUAL
HALLAWELL, P. À Mão Livre: a linguagem do desenho. Vol. I e II. São 
Paulo: Melhoramentos, 1994.
MAYER, R. Manual do artista. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
MOLINA, J. J. G. Lãs Lecciones del Dibujo. Madrid: Ediciones Cátedra, 
1987.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I �1
UNIMES VIRTUAL
Exercício de auto-avaliação I
1) A perspectiva é uma representação gráfica que:
Desenvolve representações de três desenhos.
Identifica a altura, a profundidade e a largura do objeto representado.
Identifica os volumes do objeto.
É a representação gráfica elaborada com sombreamento.
2) O desenho geométrico parte da matemática para a resolução de problemas ligados à 
lógica. A palavra geometria é composta por duas palavras gregas: geos (terra) e metron 
(medida). Portanto, podemos afirmar que:
A afirmativa é correta.
A afirmativa é falsa.
Identifica a altura, profundidade e a largura do objeto representado a partir de cálculos.
É a união do desenho e da matemática para solucionar problemas.
3) Podemos, então, destacar os elementos do desenho e agrupá-los da seguinte forma:
Elementos conceituais, visuais, relacionais e práticos.
Linha, ponto e plano.
Linha, volume e perspectiva.
Técnicas artísticas.
�) Assinale a alternativa correta:
Nossa experiência visual fundamenta-se no aprendizado para que possamos compreen-
der o meio ambiente e reagir a ele.
Ponto não tem dimensão, por isso não possui dimensão num plano.
Os elementos relacionais de uma representação gráfica nunca se aplicam a um desenho.
A percepção visual não deve preceder a execução das representaçõesgráficas.
�) Segundo Hallawell:
desenho é a interpretação de qualquer realidade, seja ela visual, emocional, intelectual 
etc., por meio da representação gráfica .
os fundamentos do desenho propiciam ao desenhista diferentes habilidades, exceto o 
desenho de observação; 
a arte gráfica é uma representação técnica que rompe com as estruturas geométricas;
a geometria surgiu da paixão humana pela estética.
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
d)
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I�2
UNIMES VIRTUAL
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I �3
UNIMES VIRTUAL
Unidade II
Composição Visual
Objetivos
Conhecer os fundamentos básicos do desenho e o uso de materiais específicos, 
introduzindo o estudo da representação espacial no plano. 
Plano de Estudo
Esta unidade conta com as seguintes aulas:
Aula: 10 - Ponto de atenção
Aula: 11 - Equilíbrio
Aula: 12 - Desequilíbrio
Aula: 13 - Cor
Aula: 1� - Harmonia das cores
Aula: 1� - Forma
Aula: 1� - Textura
Aula: 1� - Escala de medida
Aula: 1� - Dimensões
Aula: 1� - Perspectiva
Aula: 20 - Processo de criação
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I��
UNIMES VIRTUAL
Aula: 10
Temática: Ponto de atenção
 
Estudaremos, nesta unidade, algumas instâncias que deter-
minam a composição visual1.
Inicialmente, podemos imaginar o espaço, que, no seu sentido genérico, é 
uma extensão não limitada nem circunscrita, que tem uma indeterminada 
capacidade de conter objetos. Na comunicação visual, o espaço limita-
do chama-se formato, ou seja, superfície limitada em uma determinada 
forma, do mesmo modo que a parte contida pelo formato, em linguagem 
gráfica, é chamada de espaço.
A escolha de um formato é a primeira questão a ser resolvida. No início de 
nossas experiências, será melhor escolhermos um formato prático para a 
finalidade que desejamos.
A nossa folha de papel canson pode ser um excelente formato; a tela de 
um pintor representa outro, ou, ainda, a tela do computador possibilita 
novas vivências.
Após termos escolhido um formato adequado, podemos indagar sobre o 
ponto de atenção do observador, ou seja, qual é o centro ótico?
O processo da composição visual é tarefa que requer atenção para equa-
cionar questões compositivas. Apesar de o modo visual não oferecer es-
truturas rígidas e absolutas, podemos criar parâmetros norteadores que 
contribuirão para resultados satisfatórios. 
 
1 Aquela que se caracteriza pela ênfase nos aspectos gráfico-visuais da mensagem que 
está sendo transmitida.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I ��
UNIMES VIRTUAL
 
O olhar tende a ficar ligeiramente acima do centro geométrico determinado 
pelo cruzamento das diagonais.
O centro ótico tende a percorrer a área central de um formato. Verifique na 
figura abaixo.
 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I��
UNIMES VIRTUAL
Também não podemos esquecer de que nós, ocidentais, temos um sentido 
de leitura determinado, como mostram as setas em verde na Figura 2.
O ponto de atenção pode variar de acordo com a criação do artista!
 
Verifique o exemplo abaixo:
 
Observe que o ponto de atenção da ilustração acima lança o olhar para fora 
do formato. A ilustração do avião atua como uma seta que indica a direção 
que devemos observar.
Acesse a Figura de Lasar Segal, Menino com lagartixas 
– Óleo sobre tela, 61 X 98, 1924, por meio do link abaixo:
http://www.horizonte.unam.mx/brasil/plastica/segall1.html - último aces-
so em 09/08/2007
http://www.horizonte.unam.mx/brasil/plastica/segall1.html
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I ��
UNIMES VIRTUAL
Note que, na obra do grande artista Lasar Segal, o menino 
conduz nosso olhar para lado direito inferior da tela. A pre-
dominância dos tons verdes destaca mais a roupa vermelha 
do menino. Esse recurso de contraste determina o ponto de atenção.
Outro aspecto relevante é a percepção visual, em que a tonalidade de tudo 
que enxergamos é uma resposta da incidência da luz sobre as coisas.
 
Lembrete
Percepção visual
Os elementos visuais são revelados pela luz, portanto, linha, cor, forma, 
direção, textura, dimensão, movimento, entre outros, definirão aquilo que 
está sendo concebido.
 
 
Basicamente, há dois tipos de luz: a luz natural (solar) e a luz artificial. As 
sombras podem ser próprias ou projetadas.
Nas próximas aulas exploraremos mais esse tema.
 
Exercícios
 
1) Materiais: Uma folha de papel canson, formato A4 (21,0 X 29,7 cm), 
lápis 2 B (da marca Faber Castel), Nanquim de cor preta (existem várias 
marcas de nanquim, por isso sugerimos a marca Acrilex) e pincel (núme-
ros 2 e 8, pêlo de marta e da marca Tigre).
Ainda trabalhando com formas em positivo e negativo, você deverá criar 
qualquer desenho figurativo, ou abstrato, e estabelecer diferentes pon-
tos de atenção. Crie o mínimo de dois positivos e dois negativos. Veja os 
exemplos e crie o seu:
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I��
UNIMES VIRTUAL
 
 
Lembrete
Verificamos que, de um lado, tem-se uma nova geração de profissionais 
necessitando principalmente de um aprofundamento de conceitos funda-
mentais na linguagem visual que trabalha com o verbal e o não-verbal, 
desmistificando o uso de determinados softwares como único recurso ca-
paz de habilitar ao exercício pleno dessa atividade. De outro lado, verifica-
se a necessidade de perceber a computação gráfica como uma ferramenta 
a mais no processo de criação, aliada às diferentes áreas. Nota-se que 
uma nova linguagem visual está, ao mesmo tempo, sendo criada a partir 
dos diversos softwares utilizados na área gráfica e virtual, e que os recur-
sos tecnológicos podem enriquecer, ainda mais, os resultados aos quais 
se pretende chegar. Para tanto, é importante analisar os paradigmas das 
novas tecnologias e suas contribuições para comunicação e a arte. 
Boa sorte e até o próximo encontro!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I ��
UNIMES VIRTUAL
Aula: 11
Temática: Equilíbrio
Como já foi visto, a forma é um meio de comunicação e as 
representações gráficas elaboradas têm ponto de atenção, 
em que o observador ficará mais estimulado a ver.
Ainda dentro desse objetivo, iremos estudar mais algumas particularida-
des da informação visual.
Equilíbrio 
O ser humano tem necessidade do equilíbrio. Essa influência é entendida 
tanto pela psicologia quanto pela física, ou seja, há a necessidade de ter-
mos os pés firmes sobre o solo e permanecermos ereto.
O equilíbrio na composição gráfica é uma referência presente na avaliação 
visual.
O equilíbrio impõe a estabilidade pela anulação mútua de forças opostas. 
É um fator tão sensível que, quando existe, só o percebemos pela ênfase 
que dá harmonia, e por outro lado, se violado, experimentamos a sensação 
de desagrado, (discrepância).
O equilíbrio pode ser simétrico ou assimétrico.
Observe:
 
 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I�0
UNIMES VIRTUAL
Nas figuras acima, percebemos imediatamente que a composição visual 
é bem equilibrada. Basicamente, o que se tem de um lado encontra-se do 
outro, de maneira oposta.
Os elementos apresentados mantêm o equilíbrio visual
Equilíbrio simétrico
Evidencia a massa simétrica distribuída em ambos os lados de um eixo fic-
tício que a vista sempre fixa em composição como essa. Freqüentemente, 
falta-lhe ação, e, não sendo dinâmico, leva ao desinteresse em função da 
inércia e da monotonia.
Equilíbrio assimétrico
Recebe o nome de balanceamento, e é caracterizado pela distribuição dos 
vários elementos que se opõem com pesos desiguais de um e de outro 
lado, de modo que a vertical do centro de gravidade divide o todo em par-
tes desiguais, porém equivalentes.
 
O equilíbrio está garantido pela assimetria e equivalência.
Oferece a exuberância da vitalização da ação. Traduz o princípio mecânico 
da balança romana, e constitui um dos reflexos marcantes da arte contem-
porânea nas composições informais (assimétricas) ou matemáticas.FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I �1
UNIMES VIRTUAL
Observe que este modelo arquitetônico 
é simétrico, e esteve presente em um 
determinado período histórico.
A Villa Savoye, do franco-suíço Le 
Corbusier, é um dos edifícios mais 
paradigmáticos da arquitetura fun-
cionalista, e já apresenta equilíbrio 
assimétrico.
 
Lembrete
Se os objetos são do mesmo tamanho e têm aspectos parecidos, devem 
situar-se as distâncias iguais do centro para dar a sensação de descanso. 
Princípio da balança: equilíbrio simétrico.
No equilíbrio da composição assimétrica, se os objetos não são do mesmo 
tamanho, e não há semelhança, o maior se colocará mais perto do centro 
e o menor mais longe para dar impressão de equilíbrio.
O equilíbrio simétrico é rígido e repousado.
O equilíbrio assimétrico tem maior graça e oferece a idéia de ação.
Com o equilíbrio conseguimos um objetivo fundamental: ordenarmos har-
moniosamente as unidades da composição.
O equilíbrio fundamenta-se na idéia de peso e movimento. O peso pode 
ser determinado pela extensão da massa, por vários valores tonais ou 
equilibrando ambos os fatores. O movimento é determinado pela sucessão 
ótica com que a vista é levada por todos os elementos.
Equilibrar não é compensar pesos iguais à direita e à esquerda de uma 
linha vertical, como na simbologia da balança. O equilíbrio não tem de ser 
matemático, pode seguir outras possibilidades.
 
Sugestão de leitura complementar
Leia o capítulo I do livro: Arte e percepção visual de Rudolf Arnheim.
GOMES FILHO, J. Gestalt do objeto: sistema de leitura visual da forma. 
São Paulo: Escrituras, 2000.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I�2
UNIMES VIRTUAL
 
Exercícios
1) Material: Papel canson, formato A4 (21,0 X 29,7 cm), papel espelho 
(qualquer cor), cola e tesoura.
Recorta-se no contorno, ou no interior do papel espelho, formas quaisquer. 
Esses recortes são colados rebatidos ao lado da mesma forma base. Pode-
se chegar a trabalhos bem elaborados com muitas formas rebatidas.
2) Com o mesmo material, estabelecer uma composição visual de equilí-
brio assimétrico.
 
Veja os exemplos e crie o seu:
Verificamos, então, que o equilíbrio impõe a estabilidade 
pela anulação mútua de forças opostas. Percebemos, ainda, 
novas possibilidades de estabelecer os critérios que deter-
minam o equilíbrio.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I �3
UNIMES VIRTUAL
Aula: 12
Temática: Desequilíbrio
Como vimos na aula anterior, há critérios para equilíbrio visual. 
Mas será que existe desequilíbrio visual? Nesta aula, vamos 
verificar novas possibilidades para compor graficamente.
Boa Aula!
Desequilíbrio
É uma formulação oposta ao equilíbrio, ou seja, é o estado no qual a força, 
agindo sobre o corpo, não consegue se equilibrar harmoniosamente.
Os resultados conquistados a partir do desequilíbrio parecem ser aciden-
tais e instáveis.
Esta instabilidade pode ser utilizada como uma técnica compositiva para 
provocar a atenção do observador.
 
 
 
Todo efeito de desequilíbrio é dado pela memória que temos da força de 
gravidade.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I��
UNIMES VIRTUAL
Contraste
O contraste é variedade, pois os elementos contrastados aumentam sua 
força expressiva. Mas é pela presença ou ausência da luz que o contraste 
é bastante utilizado.
Para acessar a figura denominada “Baco Adolescente”, de Michelangelo 
Merisi da Caravaggio, 1597, óleo sobre tela, 37 3/8 x 33 1/2 in, Uffizi, Flo-
rença acesse o link abaixo:
http://www.historianet.com.br/imagens/barroco5.jpg - último acesso em 
09/08/2007
 
 
O contraste é também um importante recurso para chamar a atenção do 
observador.
http://www.historianet.com.br/imagens/barroco5.jpg
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I ��
UNIMES VIRTUAL
 
Um recurso vastamente utilizado é o alto contraste, em que não há o meio 
tom e todas as áreas de sombra são realçadas com o preto.
 
Pesquisa
Acesse o Google e pesquise sobre alto contraste. No ícone imagem veja 
como são utilizados em desenhos e fotografias.
Boa pesquisa!
 
Exercício
1) Material: Folha de papel canson A4 (21,0 X 29,7 cm), uma folha A4 de 
papel vegetal ou papel manteiga, lápis 2 B, pincel (número 2, pêlo de Mar-
ta e de marca Tigre), nanquim e revista velha.
Selecione uma imagem qualquer de revista, preferencialmente, uma ima-
gem de rosto masculino ou feminino que já tenha alto contraste bastante 
definido. Após selecionar a imagem, sobreponha a folha de papel vegetal 
ou manteiga sobre a imagem. Copie a imagem marcando todas as áreas 
que deverão ficar preenchidas, ou seja, eliminando o meio tom.
Definido o desenho no papel vegetal, ou manteiga, coloque a face dese-
nhada junto com o papel canson. Exercendo certa pressão, decalque o de-
senho para o papel canson. Para tanto, você deverá contornar novamente 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I��
UNIMES VIRTUAL
o desenho pelo verso do papel vegetal, ou manteiga, e, assim, o desenho 
será decalcado para o papel canson.
Estando o desenho pronto e transferido para o canson, você irá sobrepor 
com nanquim. Os contornos deverão ser feitos com o pincel, bem como o 
preenchimento de grandes áreas.
O resultado será bastante satisfatório, e muitos desenhos poderão ser fei-
tos com essa técnica.
Boa criação!
 
Lembrete
Podemos estabelecer contraste por tamanhos. Observe:
 
O contraste pode ser utilizado no nível básico de construção e decodifica-
ção do objeto, com todos os elementos básicos: linhas, tonalidades, cores, 
direção, contornos, movimentos e, sobretudo, com a proporção e escala.
Até a próxima aula!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I ��
UNIMES VIRTUAL
Aula: 13
Temática: Cor
Como vimos na aula anterior, podemos conquistar bons re-
sultados a partir de técnicas de contraste e outros. Porém, 
nesta aula, estudaremos a cor. Esse importante recurso 
oferece a emoção, por assim dizer, no processo visual.
Cor
A cor é muito importante por reforçar a informação visual. É muito impor-
tante do ponto de vista sensorial. As cores são responsáveis pela redefini-
ção das características dos objetos e podem servir às diversas finalidades 
funcionais, como psicológicas, simbólicas, mercadológicas, cromoterápi-
cas etc.
 
 
 Cores primárias: amarelo, vermelho e azul. 
Sendo a cor um apelo visual intenso, é capaz de influenciar vários setores 
da experiência humana.
A cor é uma sensação, uma interpretação cerebral de todas as ondas lu-
minosas que sensibilizam os bastões e cones de nossa retina. Algumas 
teorias apontam que o olho humano é sensível a três cores básicas que 
possibilitam a percepção de todas as demais. São as cores primárias: azul, 
vermelho e amarelo.
O primeiro a estudar a cor foi Isaac Newton (1642 – 1727), 
quando analisou o espectro solar através de um prisma.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I��
UNIMES VIRTUAL
Cores primárias:
São cores percentualmente irredutíveis.
Cores secundárias: laranja, roxo, verde.
São formadas pela união de duas cores primárias.
 
AMARELO + VERMELHO = LARANJA
VERMELHO + AZUL = ROXO
AZUL + AMARELO = VERDE
Cores terciárias ou intermediárias
Resultam da mistura de uma primária com outra secundária.
 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I ��
UNIMES VIRTUAL
Cores quentes e frias
Consideramos quente a cor associada, por exemplo, à idéia do sol, fogo 
etc e frias aquelas associadas ao verde como o azul da água, que dá a sen-
sação de frio. Por outro aspecto, o calor de um tom é relativo: o magenta 
parece frio junto a um alaranjado, mas parece quente ao lado das misturas 
verdes, azuis.
 
São cores quentes: o amarelo, o amarelo alaranjado, o laranja, o vermelho 
alaranjado e o vermelho violeta.
São cores frias: o amarelo – verde, o verde, o azul violeta, o azul e o violeta.
O tom / matiz
As cores de base e as cores compostas chamam-se tons. Com essa deno-
minação, indica-se a sensação primordial dacor.
Tom, tinta ou cor são sinônimos da variação qualitativa da cor. Este con-
ceito é ligado diretamente ao comprimento da onda de cada radiação.
Com base nas diferentes tonalidades, pode-se afirmar que uma cor é ver-
melha, verde, amarela, azul etc.
A saturação
Ocorre quando uma cor está presente com sua força e pureza máxima, 
quando ela corresponde ao seu comprimento de onda determinado no es-
pectro em que atingiu a sua máxima saturação. A saturação varia de acor-
do com a quantidade de branco adicionado ao tom saturado. Na pintura, 
modifica-se a saturação de um pigmento adicionando branco.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I�0
UNIMES VIRTUAL
 
 
Lembrete
 
Cor / luz
Newton acreditava na teoria corpuscular da luz. Por isso, teve grandes 
desavenças com Huygens, que acreditava na teoria ondulatória. Posterior-
mente, provou-se que a teoria de Newton não explicava satisfatoriamente 
o fenômeno da cor. Apesar disso, Newton fez importantes experimentos 
sobre a decomposição da luz com prismas, e acreditou que as cores eram 
devidas ao tamanho da partícula de luz.
Aristóteles concluiu que a luz se deslocava sob forma de ondas. Já os 
discípulos do filósofo e matemático Pitágoras sustentaram que objetos 
visíveis emitem correntes contínuas de partículas de luz.
 
As teorias dividiram-se em duas:
• a ondulatória, que entende a luz como um fenômeno energético que se 
propaga no espaço num movimento ondulatório de todo parecido com as 
ondas criadas pela queda de um objeto num espelho de água;
• a corpuscular, que concebe a luz como nuvem de partículas capazes de 
se locomover no espaço.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I �1
UNIMES VIRTUAL
Newton explicou que a luz considerada branca é, na verdade, uma luz 
composta por várias cores. Em primeiro lugar, decompôs a luz solar. Por 
volta de 1666, mediante um prisma triangular de cristal atravessado por 
um feixe luminoso, obteve o que hoje chamamos de espectro devido ao 
diferente índice de refração ou desvio de cada uma das cores que com-
põem a luz branca.
A divisão de um raio de luz em seus componentes, devido à 
sua diferente refração, denomina-se dispersão da luz.
Falta, então, recompor a luz branca por meio da soma das cores. Isto se 
consegue por um aparelho chamado disco de Newton. Este disco, que é 
pintado com as mesmas cores que compõem o espectro de luz branca, 
adquire, quando girado velozmente e recebe uma iluminação intensa, uma 
cor uniformemente branca. À medida que aumenta a velocidade do disco, 
as cores vão-se somando, o matiz geral aparece acinzentado e, finalmen-
te, só se observa um círculo uniforme esbranquiçado.
Luminosidade / claridade
Cada cor, ou pigmento, saturada, ou não, tem uma determinada capacida-
de de refletir a luz branca que a atinge. Portanto, chamamos essa capaci-
dade de luminosidade.
Cores neutras
O branco e preto realmente não são cores, pois não existem no espectro 
solar. O branco é a união de todas as cores e o preto é a ausência de cor. 
Comumente são chamadas de cores neutras, assim como os tons de cinza.
 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I�2
UNIMES VIRTUAL
Cores pastéis
São assim chamadas as cores claras de valores alvos. Normalmente são 
conseguidas quando acrescentamos o branco às cores.
 
 
Exercício
1) Quais são as cores primárias?
2) Como conquistamos as cores terciárias?
3) Identifique as cores quentes e frias.
�) Materiais: Guache (cores preto e branco), papel canson e pincel.
Desenvolver uma escala de valor tonal. Traçar na folha de papel canson 
sete quadros de 2,0 X 2,0 cm. Veja o exemplo abaixo:
 
 
Pesquisa
Visite o site: http://www.musee-matisse-nice.org/ - último acesso em 
09/08/2007
Não deixe de acessar o site para enriquecer seus estudos. Até logo!
http://www.musee-matisse-nice.org/
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I �3
UNIMES VIRTUAL
Aula: 1�
Temática: Harmonia das cores
Na aula anterior, observamos a teoria das cores. Nesta aula, 
estudaremos contraste e harmonia das cores.
Harmonia
A harmonia propicia a relação das cores em uma composição visual. Por 
exemplo, os valores mais claros, freqüentemente, tendem a transmitir a 
idéia de que os objetos estão maiores, ao passo que os escuros, os dimi-
nuem, assim como o branco e os valores mais claros refletem a cor, e pa-
rece que intensificam os matizes que estão sobre elas. O preto e as cores 
escuras parecem absorver outros matizes reduzindo sua luminosidade.
Harmonia monocromática
Monocromático (mono = uma, cromática = cor) utiliza vários tons de 
uma cor adquirida facilmente com o acréscimo de branco, para clareá-las, 
e preto para escurecê-las.
 
Esta harmonia transmite calma, porém, em determinadas situações ou em 
grandes áreas, pode se tornar monótono.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I��
UNIMES VIRTUAL
Visite o site: http://www.cyberartes.com.br – último acesso 
em 09/08/2007
Harmonia de cores análogas
 
 
São as cores que estão em seqüência no círculo. Temos as cores análogas 
quentes e frias.
http://www.cyberartes.com.br
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I ��
UNIMES VIRTUAL
Análogas com uma cor complementar
 
São as cores em seqüência de três cores mais a complementar a cor do 
meio. Lembramos de que a cor complementar é facilmente observada na 
roda das cores. Basta verificar a cor que está oposta.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I��
UNIMES VIRTUAL
Complementares
 
 
São as cores opostas no círculo.
 
Trio harmônico
São as cores que formam um triângulo eqüilátero no círculo das cores. 
Observe que as cores primárias se enquadram no trio harmônico.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I ��
UNIMES VIRTUAL
Harmonia �0 graus
São as cores que formam ângulos de 90 graus entre si. Observe que essas 
cores formam um quadrado dentro do círculo das cores.
Harmonia 120 graus
 
São as cores que formam um hexágono dentro do círculo das cores: esco-
lhe-se uma cor, pula-se a segunda e assim sucessivamente.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I��
UNIMES VIRTUAL
 
Exercícios
 
1) Material: tinta guache (cores primárias, preto e branco – no mercado 
existem várias marcas de tinta guache, sugerimos as marcas DECO ou 
Talens), pincéis e papel canson A4.
Desenhe quatro fileiras com três quadrados de 4,0 X 4,0 cm.
A primeira fileira reserve para o preenchimento com a tinta guache e as 
cores primárias. A segunda, as cores secundárias, e, as outras, as terciá-
rias, consecutivamente.
2) Em outra folha de papel canson, elabore uma ilustração, do seu gosto, 
figurativa ou abstrata. Em seguida, pinte-a com a harmonia de cores 90 
graus.
 
Espero que goste da experiência. Até a próxima aula!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I ��
UNIMES VIRTUAL
Aula: 1�
Temática: Forma
Na aula anterior, estudamos alguns fundamentos sobre a 
teoria das cores. Agora iremos ver as inter-relações das 
formas.
Boa aula!
As formas podem interagir de inúmeras maneiras. Vamos verificar algu-
mas delas:
 
As duas formas, ainda que identificadas como quadrado e circulo, na rea-
lidade se apresentam com outro formato.
 
 
As formas, quadrados e círculos, fundiram-se, transformando-se em uma 
nova forma.
 
A partir da subtração do círculo no quadrado, obtivemos nova possibilidade.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I�0
UNIMES VIRTUAL
A interseção dos formatos possibilita um novo, ao mesmo tempo em que 
há a relação de positivo e negativo.
 
Observe que o círculo apresenta-se perfeitamente, enquanto a outra forma 
envolve o círculo.
 
Esta possibilidade apresenta sobreposição do círculo sobre o quadrado.
 
Muitos exemplos poderiam ser demonstrados, e muitas 
criações surgiriam dessas inter-relações.
Vale dizer que a mensagem visual é recebida em três níveis: o represen-
tacional – aquilo que vemos e identificamos com base no meio ambiente 
e na experiência; o abstrato – a qualidadecinestésica de um fato visual 
reduzido a seus componentes visuais básicos e elementares, enfatizando 
os meios mais diretos, emocionais e mesmo primitivos da criação e de 
mensagens e o simbólico – vasto universo de sistemas de símbolos codifi-
cados que o homem criou arbitrariamente e ao qual atribuiu significados.
Até a próxima aula!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I �1
UNIMES VIRTUAL
Aula: 1�
Temática: Textura
A textura é a qualidade da superfície que pode ser reconhe-
cida tanto pelo tato como pela visão. 
Há texturas, entretanto, que não têm nenhuma qualidade tátil: represen-
tam no papel as texturas reais.
A textura deveria servir como experiência sensitiva e enriquecedora. Des-
graçadamente, os avisos para “não tocar” respondem, em parte, a uma 
postura social. Estamos fortemente condicionados a não tocar nas coisas 
ou nas pessoas, como uma atitude aproximadamente sensual. O resultado 
é uma experiência tátil mínima, o que quase constitui um temor ao contato 
tátil. A maior parte de nossa experiência de textura é ótica, não tátil.
A textura visual é estritamente bidimensional. Como o termo implica, é o 
tipo de textura percebida pelo olhar, embora possa evocar, também, sen-
sações visuais:
 
 
 
 
A textura visual pode ser conquistada a partir de técnicas de desenho, 
pintura, impressão, transferência, fricção, colagem e outros.
 
Padrões desenhados ou pintados podem ser construídos com unidades de 
formas minúsculas, densamente agrupadas em estruturas rígidas, ou não, 
para a decoração de uma forma. A textura espontânea pode ser obtida 
com linhas ou pinceladas feitas à mão livre.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I�2
UNIMES VIRTUAL
 
 
A textura decora a superfície e permanece subordinada ao formato. A tex-
tura em si é apenas um acréscimo que pode ser removido sem afetar, 
significativamente, os formatos e suas inter-relações no desenho. Pode ser 
feita à mão livre ou obtida com recursos especiais, e pode ser rigidamente 
regular ou irregular, mas, em geral, mantém certo grau de uniformidade.
 
 
 
Um padrão entalhado ou uma superfície áspera podem ser tintados e im-
pressos sobre outra superfície a fim de criar uma textura visual, a qual 
pode ser decorativa ou espontânea de acordo com sua técnica.
A textura tátil não é apenas visual, mas pode ser sentida com a mão.
A textura tátil se ergue acima da superfície de um desenho bidimensional 
e se aproxima do relevo tridimensional.
Em termos gerais, a textura tátil existe em todos os tipos de superfícies, 
porque estas podem ser sentidas. Isto significa que todos os tipos de pa-
péis, por mais lisos que sejam, e todos os tipos de pintura e tinta, por 
mais planos que sejam, têm características específicas de superfície que 
podem ser percebidas pelo tato. No desenho bidimensional, podemos dizer 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I �3
UNIMES VIRTUAL
que uma área vazia, solidamente impressa ou pintada, não contém textura 
visual alguma, porém há sempre uma textura tátil do papel e da tinta ou 
da pintura.
Verificamos que a textura é um elemento visual. Sua estru-
tura é estritamente bidimensional, portanto é percebida pelo 
olhar, embora possa, também, evocar sensações táteis. Ba-
sicamente, há dois tipos: a textura decorativa, que decora a superfície de 
um formato; a textura tátil, que pode ser tocada e visualizada.
Até a próxima aula!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I��
UNIMES VIRTUAL
Aula: 1�
Temática: Escala de medida
 
Nesta aula, estudaremos escala.
Todos os elementos visuais são capazes de modificar suas características. 
Uma das mudanças são suas dimensões, pois podem ser ampliadas ou 
reduzidas.
A escala de medidas é útil, principalmente, para desenhos pertencentes a 
determinados projetos.
Se pensarmos no desenho de uma engrenagem de um delicado relógio 
feminino Suíço, ou num desenho de um prédio, temos que imaginar que 
algumas considerações são feitas para que se possam representar grafi-
camente os objetos.
Portanto, temos alguns recursos para viabilizar tais desenhos: a escala 
gráfica.
Escala gráfica
A escala gráfica divide-se em três tipos: a escala de redução, ampliação 
e a escala natural.
Nem sempre, o desenho poderá ser executado com as dimensões verda-
deiras do objeto real. Se for um objeto grande, devemos reduzi-lo propor-
cionalmente, isto é, desenhar menor que o real, mas sem modificar suas 
formas.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I ��
UNIMES VIRTUAL
Tratando-se de um objeto pequeno, o desenho deverá ser ampliado, pro-
porcionalmente, para que os detalhes fiquem definidos de forma clara. 
Neste caso, temos a escala de ampliação. 
E ainda temos a escala natural, que é usada quando o desenho é igual ao 
objeto real.
 
 
 
No exemplo acima, o desenho será elaborado duas vezes 
maior que o objeto.
Para a escala de ampliação usamos:
2:1 - 5:1 – 10:1 – 50: 1 – etc.
 
Escala natural:
Escala 1: 1
Significa que o objeto será representado com suas medidas reais no desenho.
 
Escala de redução:
As escalas mais usadas são 1: 20 – 1: 25 – 1: 50 – 1: 100 – 1: 1000 – etc.
 
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I��
UNIMES VIRTUAL
Simulação:
Se você estiver desenhando algum objeto e utilizando a escala de medida 
em centímetro, para a escala de redução, por exemplo, 1: 25, basta dividir 
todas as medidas reais do objeto por 25.
 
Vale salientar que as medidas reais do objeto permanecem 
as mesmas, ou seja, nunca são ampliadas ou reduzidas. So-
mente as medidas do desenho são alteradas para viabilizar 
um projeto.
Portanto, na representação gráfica de um edifício, as medidas são reais, 
mas o desenho apresenta-se em escala de redução. O contrário se dá para 
escala de ampliação.
Até a próxima aula!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I ��
UNIMES VIRTUAL
Aula: 1�
Temática: Dimensão
Esta aula pretende abordar as dimensões. Você deve lembrar 
de que, na aula anterior, verificamos escala de medidas:
 
 
Aprender a relacionar o tamanho do objeto e o significado é essencial para 
a estruturação da mensagem visual.
Há outras formas de representar bidimensionalmente a realidade. A pro-
porção fotográfica, por exemplo, é uma dessas formas. Porém, a dimensão 
só existe no mundo real, na realidade as representações bidimensionais, 
como o desenho, fotografia, pintura, televisão, cinema etc., são represen-
tações específicas. O volume e a perspectiva nos dão a idéia do real.
O volume e a perspectiva, somados às técnicas de claro e escuro, assu-
mem características bem próximas do real.
A extensão mensurável determina a porção de espaço ocupado por um 
corpo; um tamanho, ou uma proporção, determina a dimensão.
Veja o exemplo:
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I��
UNIMES VIRTUAL
Observamos que os exemplos “A” e “B” se apresentam salientes. Portanto, 
quando uma forma bidimensional é acrescida de espessura, esta adquire 
volume. Na figura “C”, pode-se mensurar sua altura, comprimento e largu-
ra. Então, surgem as formas tridimensionais.
 
O espaço ocupado por um sólido geométrico é o volume, como na imagem 
“C” da figura 2. No desenho, esse efeito é obtido com quantidades de luz, 
sombras ou com linhas na representação de massas, que dão a ilusão da 
tridimensionalidade a uma composição de duas dimensões. Verifique as 
imagens “B” e “C” da figura 2. Na imagem “A” da figura 2, novamente, per-
cebe-se a idéia de espessura por causa do efeito do ondulado no vértice 
do quadrado. 
Esses recursos são freqüentes no cotidiano da comunicação. 
Veja:
 
A tridimensionalidade apresenta elementos construtivos como: vértices 
que identificam vários planos se encontram, e podem projetar vértices in-
ternos e externos. A aresta apresenta dois planos não paralelos unidos ao 
longo de uma reata conceitual. A face é quando um plano conceitual, que 
está fisicamente presente, torna-se uma superfície, portanto as faces são 
as superfíciesexternas que encerram um volume.
 
Até o próximo encontro!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I ��
UNIMES VIRTUAL
Aula: 1�
Temática: Perspectiva
Perspectiva é a maneira de representar objetos de acordo 
com sua posição, forma e tamanho.
Existem vários tipos de perspectiva, perspectiva cavaleira, isométrica, mi-
litar, linear, vista explodida, raios-X e outras.
A perspectiva linear imita a representação fotográfica.
Seus elementos são: a linha do horizonte e os pontos de fuga.
 
 
A linha do horizonte representa o olhar do observador. 
Se um observador estiver sentado na praia, diante do mar, ele verá a linha 
do horizonte precisamente no encontro entre o céu e o mar. Quando o 
observador fica em pé, a linha do horizonte tende a se afastar, ou seja, ele 
conseguirá enxergar mais na profundidade do horizonte.
 
 
O ponto de fuga se estabelece, exatamente, onde partem as linhas inclina-
das para o vértice da figura que se está projetando.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I�0
UNIMES VIRTUAL
Quando temos uma perspectiva com um ponto de fuga, todas as linhas 
que saem desse ponto são inclinadas, enquanto as demais ficam perpen-
diculares e paralelas à linha do horizonte.
Portanto, iremos ver a base ou face superior dos objetos que se apresen-
tam abaixo da linha do horizonte, quando perspectivado, ao passo que, 
quando o objeto se localiza acima da linha do horizonte, torna-se possível 
verificar sua base ou face inferior. Evidentemente, dependerá do grau de 
inclinação determinado na perspectiva.
Essa inclinação assemelha-se ao olhar humano segundo os diferentes ân-
gulos de observação.
É possível ter perspectiva linear com um, dois e até três pontos de fuga.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I �1
UNIMES VIRTUAL
 
Estudamos a perspectiva linear. Esta perspectiva imita a fo-
tografia. A linha do horizonte representa o olho do observa-
dor e o ponto de fuga é o lugar de onde saem as linhas que 
irão formar a profundidade do formato.
 
Até a próxima aula!
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I�2
UNIMES VIRTUAL
Aula: 20
Temática: Processo de criação
Quero iniciar esta aula fazendo algumas reflexões sobre o 
processo de criação.
O brainstorming, ou tempestade de idéias, é uma técnica desenvolvida 
por Alex Osborne, fundador da Creative Education Foundation, em 1954, a 
qual prevê que um grupo de pessoas (o número ideal é até oito pessoas) 
elabore o maior número possível de idéias aplicadas a um problema ou 
desafio. 
As regras estipulam que todas as sugestões sejam aceitáveis. Seus parti-
cipantes são solicitados a pensar em cinqüenta idéias em trinta minutos, 
e, quanto mais idéias, melhor. Mais tarde, as sugestões deverão ser ava-
liadas e as melhores alternativas serão discutidas. 
Há várias definições sobre o tema, em meio a elas citamos a de Young:
 
Criatividade é aquela atitude com a qual nós nos rea-
lizamos... Criatividade é a realização do nosso poten-
cial... É a integração do nosso lado lógico e o nosso 
lado intuitivo. Criatividade é mais que espontaneida-
de: é também uma deliberação. É pensamento diver-
gente, pois converge em alguma solução: não apenas 
gera possibilidades, mas também escolhe entre elas. 
É mais que originalidade, que só pode expressar o 
bizarro... Criatividade é um avanço e uma mudança, 
como também é uma expressão de continuidade com 
o passado1. 
Via de regra, os pesquisadores consideram que a criatividade existe, 
em algum grau, em cada um de nós e pode ser aprendida; portanto, as 
pessoas tornam-se criativas. Piaget, em sua teoria do desenvolvimento 
cognitivo, relaciona-a diretamente com o processo criativo. Denominou-a 
“imaginação criativa”, e explicou que durante o crescimento infantil haverá 
a evolução da imaginação criativa no decorrer das fases de seu desen-
volvimento. Segundo Piaget, percebe-se que criatividade e a inteligência 
caminham juntas. 
1 YOUNG, James Webb. Técnica para produção de idéias. São Paulo: 
Nobel, 1994. p 45.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I �3
UNIMES VIRTUAL
Gardner2 apresentou modernas teorias, que desqualificavam os testes de 
QI quando usados para verificar os tipos de superdotação de indivíduos na 
sociedade ocidental e em suas escolas. A teoria das inteligências múltiplas 
sugere que a inteligência se assemelha a um elenco de, pelo menos, sete 
competências distintas: lingüística, lógico-matemática, espacial, corporal 
sinestésica, musical, interpessoal e intrapessoal. Ele acredita, apoiando-
se em sua teoria, que uma pessoa pode ser superdotada em uma área, 
mas média, ou abaixo da média, em outras.
A criatividade, segundo Fayga Ostrower3, é um potencial 
inerente ao ser humano, e realizar esse potencial é uma de 
suas necessidades. Essa potencialidade e os processos 
criativos não estão restritos, pura e tão somente, às artes e aos artistas, 
pois entende que “criar” é um processo que tem de ser visto no seu senti-
do total, é algo que está integrado ao estilo de vida do ser humano:
O homem elabora seu potencial criador por meio do trabalho. É uma experi-
ência vital. Nela, o homem encontra sua humanidade ao realizar tarefas es-
senciais à vida humana e essencialmente humanas. A criação se desdobra 
no trabalho porquanto este traz em si a necessidade que gera as possíveis 
soluções criativas. Nem na arte existiria criatividade, se não pudéssemos 
encarar o fazer artístico como trabalho, como um fazer intencional produ-
tivo e necessário que amplia em nós a capacidade de viver. Retirando à 
arte o caráter de trabalho, ela é reduzida a algo de supérfluo, enfeite talvez, 
porém prescindível à existência humana. Em nossa época, é bastante di-
fundido este pensamento: arte sim, arte como obra de circunstância e de 
gosto, mas não arte como engajamento de trabalho. Entretanto, a ativida-
de é considerada uma atividade, sobretudo criativa, ou seja, a noção de 
criatividade é desligada da idéia do trabalho criativo, tornando-se criativo 
justamente por ser livre, solto e isento de compromissos de trabalho. Na 
lógica de tal pensamento, porém, o fazer que não fosse “livre” careceria de 
criatividade e passaria a ser um fazer não-criativo. O trabalho em si seria 
não-criador. Evidentemente, não é esse nosso critério.
Assim, a criatividade não ocorre num determinado período de tempo, mas 
sua manifestação se dará com um exaustivo exercício de investigação dos 
fatores e elementos que articulam uma resposta diferenciada ou entendida 
socialmente como diferente.
Algumas técnicas são utilizadas para que se possam obter resultados sa-
tisfatórios e criativos.
2 GARDNER, Howard. Inteligência: múltiplas perspectivas. Porto Alegre: Artmed, 
1998, p. 32.
3 OSTROWER , Fayga. Criatividade e processo de criação. 6. ed. Rio de Janeiro: 
Vozes, 1987. p. 26.
FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM BIDIMENSIONAL I��
UNIMES VIRTUAL
A partir de estratégias que possam aumentar o interesse por determinados 
problemas, é sugerida, aos temas propostos, a “substituição, combinação 
ou a adaptação”.
 
Exemplos
O que você poderia fazer em vez disso?
O que você poderia combinar?
O que poderia ajustar para se adequar a uma finalidade ou condição?
Fayga elucida que, no processo de formar algo ou alguma coisa (em que 
na elaboração e no desenvolvimento criativo esteja inserido o processo de 
transformação orientado pela ação criativa, ou melhor, quando se transfor-
ma e adquire nova forma), o objeto da criação se reafirma ou se configura 
em um novo objeto criativo.
Por intermédio da associação de idéias, pode-se ter um 
mundo de possibilidades e fantasias ao pensar ou imaginar. 
Esta imaginação propicia uma capacidade de perfazer uma 
série de atuações, associações de objetos, imagens, eventos etc., e de 
poder “manipulá-los” mentalmente. Nesse momento, a imaginação pode 
até ser motivada para a ação da criatividade, o fazer ou a elaboração de 
algo criativo.
Ao sugerir ao aluno que crie um símbolo gráfico a partir de duas

Outros materiais