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NP2 – PSICOPATOLOGIA ESPECIAL. DATA: 16/11/2023 Temas da prova: → Neurose ? → Histerias – 1 Dissertativa. • Manifestações de Histeria • Manejo Clínico do Analista → Condições Mínimas Necessárias – 1 Dissertativa. → Seminários: - • Comorbidades Psiquiátricas • Abuso de Substâncias • Tipos de Depressão => 2 Dissertativas • Depressão Anaclítico • Depressões por perda • Identificação com o objeto pedido - Luto patológico. • Depressão por culpa • Depressão decorrente do fracasso narcisista • Identificação patógena, • Ruptura com papéis designados • Pseud. depressões SEMINARIO 1: • Comorbidades Psiquiátricas: uma visão global. Disponível em: http://www.abpbrasil.org.br/departamentos/ coordenadores/coordenador/noticias/arquivo s/livro_comorbidades_intranet.pdf • Manejo do paciente com transtornos relacionados ao uso de substância psicoativa na emergência psiquiátrica. Disponível em: www.scielo.br/j/rbp/a/9kKtpySCVxk4XdtLbqK hCHr/?format=pdf&lang=pt TIPOS DE DEPRESSÃO: Zimerman, David E.. Manual de técnica psicanalítica [recurso eletrônico] : uma re- visão / David E. Zimerman. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2008. (Cap 27). Disponível em: https://www.lotuspsicanalise.com.br/bibliotec a/David_E._Zimerman_Manual_de_Tecnica_P sicanalitica.pdf ZIMERMAN, D. E. Fundamentos Psicanalíticos: Teoria, Técnica e Clínica – uma abordagem didática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999, Cap. 19. Disponível em: https://lotuspsicanalise.com.br/biblioteca/Zim erman-Fundamtnos-psicanaliticos.pdf> SEMINARIO 2: • Dados estatísticos, • Tipos de depressão, • Diagnóstico diferencial e Sintomatologia endógena. • Causas • Manejo Técnico. SEMINARIO 3: • Depressão Anaclítico • Depressões por perda SEMINARIO 4: • Identificação com o objeto pedido - Luto patológico. FREUD, S. Luto e melancolia (1915). In: FREUD, S. Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996. v. XIV, p. 237-260. SEMINARIO 5: • Depressão por culpa • Depressão decorrente do fracasso narcisista SEMINARIO 6: • Identificação patógena, • Ruptura com papéis designados • Pseud. depressões http://www.abpbrasil.org.br/departamentos/coordenadores/coordenador/noticias/arquivos/livro_comorbidades_intranet.pdf http://www.abpbrasil.org.br/departamentos/coordenadores/coordenador/noticias/arquivos/livro_comorbidades_intranet.pdf http://www.abpbrasil.org.br/departamentos/coordenadores/coordenador/noticias/arquivos/livro_comorbidades_intranet.pdf http://www.scielo.br/j/rbp/a/9kKtpySCVxk4XdtLbqKhCHr/?format=pdf&lang=pt http://www.scielo.br/j/rbp/a/9kKtpySCVxk4XdtLbqKhCHr/?format=pdf&lang=pt https://www.lotuspsicanalise.com.br/biblioteca/David_E._Zimerman_Manual_de_Tecnica_Psicanalitica.pdf https://www.lotuspsicanalise.com.br/biblioteca/David_E._Zimerman_Manual_de_Tecnica_Psicanalitica.pdf https://www.lotuspsicanalise.com.br/biblioteca/David_E._Zimerman_Manual_de_Tecnica_Psicanalitica.pdf https://lotuspsicanalise.com.br/biblioteca/Zimerman-Fundamtnos-psicanaliticos.pdf https://lotuspsicanalise.com.br/biblioteca/Zimerman-Fundamtnos-psicanaliticos.pdf AULA 6 – 21/09/23 • NEUROSE DENTRO DE UM VIÉS PSICANALÍTICO, pôde-se discriminar de forma genérica. 5 TIPOS DE ESTADOS/ESTRUTURAS NEURÓTICAS 1. Histeria 2. Angústia 3. Obsessiva Compulsiva 4. Fobias 5. Depressão Freud dividiu os transtornos emocionais, os quais ele denominava psiconeuroses, em três categorias psicopatológicas: Neuroses atuais: Termo que estava em desuso na psicanálise, mas que recentemente volta a ocupar, com esse mesmo nome, um lugar de destaque principalmente a partir dos estudos com pacientes somatizados (sintomas) Anotações: Usa o caminho do corpo para expressar a neurose, são sintomas que não atingem o ego (ex. Dor de cabeça), não que necessariamente tenha corrido conflitos que tenham gerado uma ruptura da proteção do ego. Neuroses transferências: Conhecidas como psiconeuroses de defesas “que eram as histórias, fobias e as obsessivas”. Neuroses Narcisistas: Que constituem os atuais quadros psicóticos. Nem somente Freud e nem somente classificações para entender as Neuroses, precisamos de ambas. As subestruturas (configuram as neuroses). → Estruturas caracterológicos – Estereótipos – Inibições – Sintomas. Que configura as Síndromes Psicopatológicas, resultam tbm de um jogo dialético entre RELAÇÕES OBJETAIS, ANSIEDADES e, para contra suas manifestações, os tipos de MDs, utilizados pelo EGO. → Alguns MDs são típicos de algumas neuroses. OU SEJA: carrega subestruturas somado às relações objetais, ansiedades, pode manifestar neurose. DIAGNÓSTICO CLÍNICO: implica fazer uma análise sintática de como articulam entre si as diferentes partes e níveis de várias subestruturas, porém há distinção entre elas: → Caráter: ESTADO ORGANIZADO da mente e da conduta que pode resultar Harmônico saudável (ou não). → Estereótipos: Atitudes aparentemente normais, entretanto, se bem observado pode denunciar desempenho de papel mecânico. → Inibições: Estado que pode ser preliminar a um sintoma. - Egodistonia: manifestações desarmônicas, constantes. → Sintomas: Estado de SOFRIMENTO acusado pelo paciente, e do qual está querendo se ver livre, porquanto ele o sente como um corpo estranho a si. NEUROSE LIGADO A REAÇÕES AFETIVAS → Fruto de distúrbios afetivos na época da identificação ou de um aprendizado. Os pacientes portadores de Estruturas neuróticas caracteriza-se pela apresentação de algum grau de sofrimento e de desadaptação em uma ou mais áreas importantes de sua vida. → O sujeito pode ter desajuste em algumas áreas da vida, ex: consigo mesmo, área sexual... Essa desadaptação é meio parcial, não é global no caso da psicose. E, apesar do sofrimento e prejuízo, pessoas portadoras de Estruturas neuróticas sempre conversam razoável integração do Self, juízo crítico e adaptação a realidade. NEUROSE Integração SELF / JUIZO CRÍTICO ADAPTAÇÃO À REALIDADE Anotações: As defesas são fundamentais na neurose, a repressão é o principal recurso (MD), é o recalque onde o ego pode atender ou não a este sinal. O ego retornando se volta em sintomas. Ego se defende desse impulso que vem, esse impulso volta ao Id e sai novamente com outra vestimenta que pode vir os sintomas que pode ocorrer a neurose. Assim, Freud postula a EXISTÊNCIA DE UM MUNDO PSÍQUICO INTERNO, Conflito entre instâncias: superego X id frente as demandas da sexualidade e da agressividade por expressão de descarga (Gabbard, 1998). Este CONFLITO GERA ANSIEDADE, que sinaliza ao ego a NECESSIDADE DE MECANISMOS DEFENSIVO A pureza destas estruturas é muito difícil de encontrar na clínica, mas convém descrevê-las conforme ganha forma no psiquismo da pessoa, tornando específico. NEUROSES ATUAIS: Não é produzida por conflitos históricos, mas por motivos atuais, portanto não depende de fatores estritamente psicológicos. • A intensidade de energia sexual não é suficiente para romper o limiar psíquico, e investir as representações mentais. • A energia sexual somática é, nesses casos, desviada para vias inadequadas, geralmente corporais, produzindo sintomas, como palpitação, fadiga, sudorese e somatizações diversas. → Além disso, a neurose atual era tratada de neurose de angústias, seria resultante de fatores biológicos que originam através de substâncias químicas, sendo que o acúmulo dessas "toxinas sexuais" produzidas pelas excitações frustradas manifesta-se diretamente por sintomas de angústias livre, como taquicardia, palpitações, respiração ofegante etc., que, diz Freud, são aquelasmesmas que estão presentes no ato sexual. Incialmente, Freud descreveu dois tipos de Neurose atual: Neuraestemia- supõe uma excessiva descarga de substâncias sexuais, como: 1. Neurose de angústia 2. Hipocondria NEUROSE DE ANGÚSTIA: Transtorno clínico, se manifesta POR ANGÚSTIA LIVRE, de forma crônica ou aguda. • Sintomas somáticos: taquicardia, dispneia, bola no peito... • Indefinida e angustiante sensação de medo: morte, loucura ou de alguma tragédia. → O transtorno de pânico é abrupto, não tem desencadeante. NEUROSE E ANGÚSTIA: O uso indiscriminado das palavras ansiedade e angústia só causa confusão: → ANSIEDADE: trata-se da descompensação da harmonia psíquica interna, nem sempre é visível ou perceptível porque, por meio de recursos defensivos que constituem os mais diversos tipos de NEGAÇÃO da referida ANSIEDADE. → sujeito funciona bem, mas ela está lá, mais como sintoma fisiológico (ataque cardíaco…). → ANGÚSTIA: sensação ruim e de loucura (comum nos transtornos de pânico). Apartamento, estreitamento do peito, o que parece com o SINTOMAS já mencionados e que ficam LIVREMENTE MANIFESTOS. Como visto antes, o termo Neurose de Angústia designa-se uma das formas de Neurose Atual, mas a diferença se faz necessária e ela se faz pela etiologia. • NEUROSE DE ANGÚSTIA: Está diretamente relacionada a manifestações sintomáticas de angústia livre, resultante de ameaças de que os primitivos desejos proibidos que estão reprimidos no Ics (inconsciente), retornem a Cs (consciência) → Este termo caiu em desuso, pois confunde-se com outros quadros, como já citado: TR do pânico, ora com neurose atual, ora com angústia dos fóbicos. • NEUROSE ATUAL: refere-se quando o sujeito não está conseguindo processar um excesso de SS que, na realidade e na atualidade, estão no encalço do seu EGO. → Caso o ego não consiga processar adequadamente este estressante excessiva de SS, eles escoarão por outras vias, como são as diversas possibilidades da fisiologia orgânica. → OBS: Identificação patógena - Quando o indivíduo se identifica com a patologia do outro. Ex: ansiedade de separação, a criança se identifica com a doença da mãe e a mãe com a doença da criança. NEUROSE FOBIAS • Agorafobia • Específica • Social Neurose Fóbica: As Síndromes fobias se caracterizam por medo/ansiedade intenso por situações, pessoas, objetos, animais que não oferecem objetivamente perigo real e proporcional à intensidade de tal medo. GRAVIDADE: Traços fóbicos Formas de inibições Caráter fóbico Modalidades evitava de conduta Neurose fóbico Estilo de comunicação e lógica peculiar. "Psicose" Fóbica Marcado pelo exagero (perda de contato com a realidade) Anotações: Podem apresentar comportamentos contra fóbicos -> ações contrárias da fobia sentida. Ex. Saltar de paraquedas. É comum manifestação unicamente fóbica. Porém, é frequente que associe a outras configurações: HISTÉRICAS - OBSESSIVAS <-> PARANÓIDES. Primas, irmãs, andam sempre juntas com os fóbicos na prática clínica, se interpretaram Estão estratificadas de forma que: → Estrutura obsessiva: é + organizada no ego. → FALHA – Predominância da estrutura → FALHA – (OU num plano + regressiva) estrutura paranoide. Anotações: Sujeito está organizado para controlar situações que podem ameaçar, se essa estrutura se fragiliza permanece a manifestação O diagnóstico diferencial de cair estabelecido entre as fobias que vêm acompanhadas de intensiva angústia- crônica, somadas aos sintomas clínicos típicos de Tr de pânico. • FOBIA: sempre haverá Ss (estímulo) ,objeto, local, cena, circunstâncias X sempre será evitada. • PÂNICO: mais difícil correlacionar a origem desencadeante da causa da angústia com alguma clara causa, portanto é menos definida: + vaga. Boa resposta com psicofármacos. → aparece do nada (abrupto), não tem “objeto” desencadeante, sujeito não sabe dizer o que desencadeou a angústia. Ambas compõem os grupos de Transtornos de Ansiedade. NEUROSE – FOBIAS ~ ETIOLOGIA ~ A infância, por si só, é palco das manifestações de medos, fobias (animais, além dos terrores noturnos). Não é possível ainda uma classificação definitiva sobre as fobias, devido aos muitos critérios que podem ser empregados, SE, por exemplo, baseado em: • Fixação na fase evolutiva, pode tbm ter várias vertentes etiológicas (Onde se deu essa fixação no desenvolvimento.) Pode ser: • O conflito na fase fálica-edípica x complexo de castração. • A fobia, que pode estar enraizada na fase anal. Como resultado de fixação na fase evolutiva de sadismo oral cabalístico, com respectivas projeções dos primitivos objetos aterrorizantes sobre o espaço, exterior que, então, transforma- se em fobígeno (Klein) → Fantasias relacionadas, ao desejo de fundir-se a mãe × destruí-la por tê-la abandonado/frustrado = medo e culpa. Anotações: A criança projeta fora, o medo de ser atacada. Sadismo oral: o poder de querer ser comida. Nesta pluralidade causal, destacam-se (p.200): Além da angústia de castração, tbm está presente alguma forma de ansiedade de aniquilamento, além de desamparo. Permanente simbolização e deslocamento da ansiedade, que se constitui como uma rede de significantes, que estabelece um significado fóbico, → (Como ex.: as Fobias originais da criança, do medo da escuridão, solidão, estranhos, está conectado com o medo de perder a mãe ou de seu amor. Anotações: Da mesma forma, comportam-se as representações simbólicas, transmitida multiplamente pela cultura, os medos universais, como medo de barata, serpente... Projeção e deslocamento = mecanismos importantes nas fobias. Relação simbiótica x separação-individuação. → Identificação projetiva com a Fobia dos pais garante a perpetuação na vida adulta. → É evidente que a ação fobígena dos pais dependerá de o grau de insuficiência das funções do EGO da criança em poder discriminar o pensar sobre aquilo que está sendo invadido no seu psiquismo. Pesa tbm, o conhecimento anterior que se têm do risco de medo tenha uma justificativa de ameaça real, ou que estejam fora das proporções, devido ao desconhecimento à produção das fantasias de terror... "AH, e se os pais falassem... "Então, o analista fala..." Anotações: Então o analista precisa estar falando sobre estas situações que os pais poderiam ter falado. NEUROSE – FOBIAS: CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS F40 TRANSTORNOS FÓBICOS-ANSIOSOS: F40.0 AGORAFOBIA F40.1 FOBIAS SOCIAIS – F40.2 FOBIAS ESPECÍFICAS • Quadro clínico: medo de espaços abertos multidões, locais onde possa ser difícil escapar ou onde as pessoas não passam chegar rapidamente. Inclui o medo de viajar sozinho de trem, carro avião. A presença do TR de Pânico é frequente tanto em episódios atuais ou anteriores. • Os quadros de transtorno de ansiedade, além do medo e angústia se relacionam às fobias. O MEDO DE SENTIR AS SENSAÇÕES CORPORAIS DA ANSIEDADE OU DAS CRISES DE PÂNICO É CARACTERÍSTICA FUNDAMENTAL • Fatores genéricos: 4 a 8 vezes mais presentes entre parentes de 1° grau. • Epidemiologia: frequente em mulheres (3:1). → Acompanha manifestações paranoides e obsessivas sempre encobrindo uma depressão subjacente. → Além da sexualidade conflitada, sempre se encontra uma má elaboração das pulsões agressivas. → Tendem a manifestações Psicossomáticas. → Uso da técnica de evitação X Perigo. → A irracionalidade de seus sintomas faz com que o indivíduo crie uma técnica de dissimulação (ou até um Falso Self). → Família pode ser um reforço da Fobia (“estamossempre juntos…”). A AGORAFOBIA Relaciona-se a espaços amplos, ou com muitas pessoas, a possibilidade de estar em locais de onde possa ser difícil sair, onde o auxílio de pessoas próximas não seja rapidamente acessível. FOBIA ESPECÍFICA São os mais comuns, geralmente de: • animais (zoofobia), • altura (acrofobia) • tempestades (astrofobias). As situações são evitadas para que ansiedade, medo, angústia intensa, até crise de pânico, não sejam experimentados. FOBIA SOCIAL Experimenta-se sintomas físicos e psíquicos de ansiedade quando está em situações que tem que se expor ao público ou à crítica dos outros. • Adota Condutas de evitação: evita encontrar-se com seu objeto fóbico, alguns chegam a não conseguir sair de casa, outros fazendo percursos complicados e estravagantes. • Condutas de tranquilização: a presença de uma pessoa, objeto ou situação pode atuar como protetor, produzindo tranquilização no indivíduo. • Tais características estão presentes mesmo quando não ocorram os sintomas. • O fóbico manifesta horror por todas as situações mal definidas e não muito claras, onde ele percebe um perigo iminente. • Tende a projetar os seus dramas e se defender dos seus impulsos, negando- os. → É possível ter consciência que estes receios e ansiedades são exagerados, dissimulam... A atitude de fuga que também é características pode se apresentar de duas formas: • Atitude passiva: com inibição, timidez ou mesmo dificuldade no contato com outras pessoas. • Comportamento de desafio: atitude inversa da passividade, mas que no fundo expressa o temor entre a realidade da vida. Deste último tipo faz parte o comportamento de superocupação daqueles indivíduos que não podem ficar desocupados um minuto. → É característico a dificuldade do fóbico com a situação analítica: o fato de expor-se a uma livre exposição de seu conteúdo mental são vividos com pânico. → A forma de intervenção para entender um sujeito que traga um pedido ajuda, segundo a psicanálise, envolve trabalho de longa duração, que implica por parte do analista: • Compreender o que o paciente diz (medo), como a ponta de um iceberg, cujo parte submersa está formada pelo jogo de forças e contraforças descrito pela metapsicologia psicanalítica. • Psicoterapia individual e encaminhar para avaliação com psiquiatra (necessidade do uso de medicação). • Ter como objeto de atenção o inconsciente. • A interpretação da resistência e da transferência. • Observa-se o uso da técnica da distância afetiva com o psicoterapeuta, repetindo com ele o que faz fora evitando... • O nem perto demais e nem longe, mantendo o controle sobre o T; (Evitação na/da transferência) = FALTAS “uma análise em capítulos”. • As intervenções devem considerar modificação dos mecanismos de defesa, modificação da dinâmica dos conflitos, modificação na estrutura psíquica. AULA 7 – 28/09/23 NEUROSE OBSESSIVA-COMPULSIVA: ESTÁ LIGADA A FORMA E AO GRAU DE COMO ORGANIZAM-SE OS MD DO EGO DIANTE DAS FORTES ANSIEDADES SUBJACENTES: Embora seja comum em diversas pessoas, é importante fazer uma distinção entre elas: • Traços obsessivos: Pode aparecer em uma pessoa normal, ou com traços acompanhados de uma neurose mista, uma psicose, uma perversão. • Caráter marcadamente obsessiva: Presença permanente e predominante dos traços meticuloso, controle, dúvida, intolerância..., isso não altera a harmonia do sujeito, embora possa causar algum sofrimento aos que convivem com ele intimamente. Sem excesso, reúne sadios aspectos de necessária disciplina, ordem... Anotações - Caráter: pode se referir a uma estrutura. É egossintônico. A pessoa trabalha bem, vai depender da sua gravidade. Condição mais permanente, sujeito funciona daquele jeito. Incomoda muito mais com quem convive, do que a pessoa (egossintônico). É uma marca mais profunda e permanente. Quando o caráter não é excessivo ele funciona bem. Neurose Obsessiva-compulsiva: Implica grau de sofrimento a si próprio e aos demais – prejuízo social e familiar – incapacitação total do sujeito para uma vida livre (rituais, cerimonias, pensamentos repetitivos onipotente...). Beira a psicose, configurando uma neurose grave. → Neurose obsessiva compulsiva: é egodistônico, porque a pessoa se incomoda. • OBSESSÃO: refere-se aos pensamentos, que se infiltram na mente e atormentam. • COMPULSÃO: atos motores que o neurótico executa como forma de “confiscar” a pressão dos referidos pensamentos. → Sujeito cria rituais que viram compulsão. A etiologia: Agora os fatores etiológicos mais marcantes da estruturação obsessiva: 1. SUPEREGO POR DEMAIS RÍGIDO (obs.: superego é imposto pela mãe e pelo pai). 2. FALHAS DO EGO: em processar carga de agressão + na síntese e descriminação das permanentes contradições. 3. ESTRUTURAL - Conflito intrassistêmico Onde EGO fica à mercê de um SUPEREGO cruel e, ao mesmo tempo, pressionado pelas demandas enérgicas do ID, por ex. 4. ATO DE DEFECAR Pode ganhar significados, quer seja no entorno das fantasias quando há fixação; tbm ao significado atribuídos as fezes: SADIAS e ESTRUTURANTES CONQUISTAS X CONTROLAR e CASTIGA-LOS. 5. FIXAÇÃO: associação das fezes com produtos. Quando são descobertos os causadores de uma doença específica, estes são chamados de “agentes etiológicos”, organismos responsáveis pelo desenvolvimento de determinada patologia. → Há consenso de que a educação esfincteriana, quando adequadamente exercida pelos pais, representa um importante fator de estruturação do psiquismo. Características Clínicas: Etimologicamente o termo OBSESSIVO quer dizer (em latim): OB = CONTRA + STINERE = POSIÇÃO CORPORAL → Já se percebe que existe uma AMBIGUIDADE/AMBIVALÊNCIA: EGO x SUPEREGO TIRÂNICO x ID. Explica os sintomas: (limpeza, disciplina, ordem): • Passivo submetido -> (Fase anal retentiva) • Ativo submetedor -> (Fase anal expulsiva) Possibilidade de se apresentar: • PASSIVO-SUBMETIDO: medo de perder o amor, magoar; • Submetidos ao SUPEREGO; • Excesso de gentilezas; • Atitudes masoquistas. • ATIVO-SUBMETEDOR: identifica-se com o AGRESSOR; • Controle sádico • Quer impor suas ‘verdades’ aos outros (necessidade de poder, mandar) • Perfeccionismo; necessidade de poder/mandar. → EM AMBOS Há PRESENÇA DE PULSÕES AGRESSIVAS, mal resolvidas de um SUPEREGO RÍGIDO X IDEAL DE EGO. → MECANISMOS DE DEFESA (inerentes a esses tipos de neurose: anulação, isolamento, formações reativas, racionalização/intelectualização Quando as defesas falham Estrutura obsessiva: é + organizada no ego FALHA → Predominância da Estrutura Fóbica FALHA → (ou num plano + regressivo) Estrutura Paranoide As obsessões aparecem como uma reação contra fóbica: • O detalhismo obsessivo está a serviço da desconfiança e da consequente defenssividade paranoide. • As ESCOLHAS das RELAÇÕES OBJETAIS são complementares DOMINADOR x DOMINADO. • A prevalência da OBSSESIVDADE NARCISISTA. Anotações: • Quando as defesas falham, aquela estrutura obsessiva querendo ou não é mais organizada, isso mantém um quanto de agressão, guardado. • Mecanismo de defesa falhou então todo o conteúdo é jogado para fora, é uma ativação motora não de comportamentos rituais, mas sim de comportamentos evitativos. • Busco controlar (ser perfeccionista) a fim de evitar esse conteúdo perseguidor. Vou desenvolvendo rituais para controlá-los. • Todo dominador precisa ter um dominado (todo analrepentino precisa do passivo) A SEXUALIDADE é do ponto de vista de ANALIDADE (fase anal; organização, da limpeza, perfeccionismo…): • Dificuldade em relaxar no ato sexual; • Pavor de fracasso da potência ou da orgasmia. O próprio gozo se perde, ele pensa em satisfazer mais o outro do que a si mesmo. Na SITUAÇÃO ANALÍTICA há risco de o paciente obsessivo controlar a si mesmo e o terapeuta. • Ele quer ser o paciente perfeito • CONTROLE ONIPOTENTE, buscando ESTAGNAÇÃO NO PROCESSO • DESLOCAMENTO: leva ao tédio, cansaço… • ANULAÇÃO: tudo o que a pessoa anula e nega, indo de uma coisa para outra. Fica mudando de opinião. • FORMA REATIVA: muito gentil, paga antecipadamente a sessão, mas por trás dessa gentileza existe um componente agressivo. • ISOLAMENTO: contar situações desprovidas de afeto. É isolar o afeto. → (São todos mecanismos de defesa) Ainda, na SITUAÇÃO ANALÍTICA: → O psicoterapeuta observa a tirania do IDEAL DE EGO pela idealização da perfeição e a adotar um estilo de pessoa lógica. → ‘Não mede esforços para o perfeccionismo, ficando aprisionado em um estado de decepção e de depressão. → Cuidado do Analista: se equivocar pela colaboração irretocável, mas a tendência é ficar no “mais do mesmo”, do que disposição para mudanças verdadeiras. → Interpretação: deve observar se germinam ou desvitalizam-se (morrem). → É na observação do processo. É para controlar o analista ou de fato são mudanças verdadeiras. → Recurso Técnico: confronto entre o que diz, sente e faz. HISTERIAS ~ Abrangência conceitual: Zimerman (1999) prefere não falar em histeria, mas em histerias, justificando a existência das modalidades e graus de quadros clínicos das neuroses histéricas, mas permite tbm ser por vértices, sinalizando também por meio de personalidade (ou caracterologia). → Ao invés de usar HISTERIA ele propõe usar HISTERIAS, devida à abrangência conceitual. A diversidade não para aí, temos por exemplo: A neurose histérica, do ponto de vista psiquiátrico, costuma ser dividida em duas categorias: 1. Conversiva 2. Dissociativa Já do ponto de vista psicanalítico, a divisão de Zetzel (1968) é usada e ela propõe 4 subtipos de pacientes: 1. “Verdadeiras/boas pessoas histéricas”: que atingem a condição de casar-se, ter filhos, bom desempenho profissional, se beneficiam com a Psicanálise. 2. “As verdadeiras pessoas histéricas, mas com mal funcionamento”: possui dificuldade em manter vínculos; os casamentos/relacionamentos complicados, geralmente são de natureza sadomasoquista. Além disso, há dificuldade em manter-se em análise. 3. As pessoas com “fachadas histéricas”: encobrem condições depressivas importantes, não há sentimento de realização em nenhuma área da vida; há grande vulnerabilidade na autoestima. 4. As pessoas “pseudo-histéricas”: estão presentes em personalidades primitivas. A instabilidade emocional é intensa e que justifica a antiga denominação “psicose histérica”. Diversidade Conceitual Outros 3 aspectos são somados a essa diversidade conceitual: 1. Compreensão dinâmica da etiologia varia bastante, desde aqueles que priorizam o polo fálico edípico e outros que enfaticamente defendem o oral narcísico. 2. A histeria se modifica conforme o contexto sociocultural. 3. A histeria é tão plástica que, de alguma forma, está presente em todas as psicopatologias, sendo que a compreensão deixou de ser apenas da psicodinâmica dos conflitos sexuais reprimidos, mas também como expressão de problemas relacionais e comunicacionais. Evolução Histórica do Conceito: O próprio nome diz: HISTERIA → do grupo grego HISTEROS = ÚTERO Séculos depois... • CHACOT (Paris): trabalhava em experimentos (HIPNOSE) com pacientes histéricos. • FREUD (1895): ficou encantado e prosseguiu nestes estudos e junto com Breuer faz seu primeiro trabalho científico: “Estudos sobre Histeria”. → Mas Freud esboçava suas ideias psicológicas ligadas ao dinamismo do inconsciente, a comunidade médica ficou chocada porque, até então, a HISTERIA, era considerada UMA DOENÇA DEGENERATIVA, causada principalmente pela sífilis. • Sec. XIX ganha relevância com Freud, que atendia mulheres que apresentavam sintomas, tais como paralisia, cegueira, dor de cabeça, parestesia de músculos, rigidez, perturbações na visão entre outras” • FREUD (1905) pública um de seus mais célebres trabalhos: “Caso Dora” - São os estudos sobre a histeria considerados como ponto de partida da psicanálise. → A partir disso, aporte teórico da histeria valorizava a ideia: “De que está ligada a conflitos relacionados a intimidade da vida PSICOSSOCIAL e que SEUS SINTOMAS SÃO A EXPRESSÃO DOS MAIS SECRETOS DESEJOS RECALCADOS.” Esses desejos encontram se no plano do inconsciente. Revelando-se sobre forma de sintomas que causam o adoecimento do corpo (Freud, 1996), portanto: • Sexualidade reprimida, gravitando em torno do conflitivo edípico. E concebeu a feminilidade como sendo basicamente governada por um acentuado narcisismo. Gerando consequências: • Preferências das histéricas em ser amada do que amar; • Escolha do parceiro conforme seu ideal de homem que gostaria de ser; • Inveja do pênis dando origem ao “complexo de masculinidade”; • A mulher privada satisfazer por meio de algum filho. ATUALMENTE, À MEDIDA QUE FICAM ESCASSAS AS HISTÉRICAS COM SINTOMAS DRAMÁTICOS DO TEMPO DE FREUD, EM PROPORÇÃO INVERSA ABUNDAM ESTUDOS SOBRE TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE HISTÉRICA, QUE NÃO REJEITAM AS DESCOBERTAS ANTERIORES E TAMPOUCO O DESEJO EDIPICO, COM TODA CONSTELAÇÃO DE CONSEQUENCIAS, EMBORA HÁ GRANDE INTERESSE NA ORGANIZAÇÃO NARCISICA DA ESTRUTURA HISTÉRICA. → Assim, muitos traços sintomatológicos e caracterológicos, classificados como histéricos, foram mais bem estudados e compreendidos por meio da PERSPECTIVA DO NARCISISMO, onde nesses casos, por ex: → mais do que o objetivo de conseguir uma relação afetiva estável, essa pessoa histérica visa (exige) ser amada e desejada, odeia triunfar sobre os objetos amorosos, que ficam sobre o risco de serem desprezados e abandonados. → Esse excesso de narcisismo, que faz o HISTÉRICO ESCAPAR DA VIVÊNCIA DE SUA INCOMPLETUDE, IMPEDE QUALQUER EXPERIÊNCIA DE PRAZER COM O OUTRO, POIS, DO CONTRÁRIO, DESABARIA TODO SEU NARCISISMO. → As antigas feridas narcisistas tornam essas pessoas vingativas (“e o fazem doses homeopáticas”), uma vez que buscam os objetos amorosos. “Tática da tortura” Tipos de Histerias: O termo HISTERIA deve ficar restrito para: → Quadros sintomatológicos e caracterológicos que obedecem a uma estruturação própria e conservam uma série de pontos em comum. DSM IV (não restringe a um único EIXO) • EIXO I (Sintomas e Psicopatologia): CONVERSIVOS E DISSOCIATIVOS • EIXO II (Caracterologia, Tr de Personalidade) • TR PERSONALIDADE HISTÉRICA; • PERSONALIDADE INFANTIL DEPENDENTE; • PERSONALIDADE FÁLICO-NARCISISTA; • TRAÇOS HISTÉRICOS EM OUTRAS PERSONALIDADE; • TR PERSONALIDADE HISTRIÔNICA. → A psiquiatria, preocupada com uma orientação emergencial e um tratamento imediatista, tem cada vez mais se distanciado da psiquiatria tradicional, postada na observação e na percepção com fenômenos objetivos e mais verificáveis do ponto de vista clínico. → A psicanálise diferentemente da psiquiatria, possui um entendimento que prioriza o particular ao universal, valoriza os MDs e “a maneira como o sujeito lida com o sofrimento. Para essa clínica, a identificação dos conflitos, presentes desde a infância, é fundamental para compreender o sujeito e poder tratá-lo. Conversões e Dissociação São transtornos onde ocorrem perturbações: → CORPO: percepções e ações motoras → MENTE: estado de consciência, memória,dificuldades de perceber → COMPORTAMENTO: manifestação pela teatralidade, dramatização (drama) infantilização… Indiferença: “Lá Belle indifference histériques”: O sujeito é indiferente a manifestação pelo comportamento dele, parece que isso não o incomoda, parece uma certa frieza a essas manifestações. A pessoa histérica necessita de contato, mas é incapaz de manter e aprofundar: • Histeria de conversão • Histeria dissociativa • Falta ser verdadeira para essas representações, viver essas representações. Histeria Conversiva: Os conflitos inconscientes sofrem como conversão, ou seja, utilizam o corpo como uma forma de linguagem, cujo sintomas narram uma história tbm inconsciente, sem palavras: → Órgãos do sentido → SN Voluntário A conversão segue a mesma deformação simbólica dos sonhos, sendo que muitas vezes os sintomas conversivos transparecem o conflito subjacente. → Passa do plano psíquico para o plano corporal, corpo como manifestação de sintomas. Há um forte componente simbólico, representando uma forma de solucionar conflitos envolvendo desejos • as várias formas de repressão. • O MD presente, RECALQUE, leva a um grupo de representações o perder sua força quando se lhe retira a noção afetiva correspondente. • Escoado para o corpo na forma dos verdadeiros ataques histéricos. → É também esse quantum de excitação que, na histeria de angústia, é sentido no corpo como angústia, desprazer experimentado na forma flutuante, as localizada em determinados objetos, como é o caso das fobias. • Diagnostico diferencial com doenças orgânicas, hipocondria ou manifestações psicossomáticas, devem ser consideradas. • Angústia e jogada para fora (corpo). Histeria Dissociativa: • Amnésia retrogena: vem antes do evento • Os quadros mais comuns que caracterizam são as alterações da consciência com pseudocrises que se assemelham a desmaios, desligamentos, ataques/crises do tipo epiléptica. • Podem ocorrer rebaixamento da consciência e elementos seletivos e significativos, que podem ser esquecidos (amnesia histérica). • Além disso, fenômenos senso perceptivos podem estar presentes. • Sensações de despersonalização e estranheza tbm. UMA PALAVRA SOBRE TRANSTORNO DISSOCIATIVO DE IDENTIDADE: • (DSM-5 E CID-11) (BRAND ET AL., 2016) Há ruptura da identidade e presença de dois ou mais estados da personalidade distintas (identidades dissociadas). A ruptura implica, geralmente: • Marcante descontinuidade no senso de si mesmo, no senso de agência e no domínio das próprias ações. • O comportamento é observado por outras pessoas ou é relatado pelo indivíduo. • Pelo menos duas “personalidades distintas” recorrentemente tomam o controle da consciência e do funcionamento do paciente e atuam em áreas especificas da vida diária, como na família ou no trabalho (depende das necessidades e circunstâncias) • Mudanças da personalidade são acompanhadas de alterações correlatas na sensopercepção, na cognição, no afeto, no controle motor, na memória e no comportamento. • Há tipicamente, episódios de amnesia associadas a tais dissociações. Embora muitos casos tenham sido relatados em trabalhos internacionais (ver Brand. Et al.,2016) e servida de inspirações para filmes e livros, na prática clínica, em nosso meio cultural, eles são relativamente pouco frequentes. Transtorno de Personalidade: Gabbord (1992), baseado no DSM, considera útil diferenciar a PERSONALIDADE HISTÉRICA, embora considere que haja sobreposição. • A forma histérica, talvez a mais “sadia”, tem seu ponto na fixação as fase fálica-edipiana. • A forma mais HISTRIÔNICA está mais fixada nos primórdios. A personalidade Histriônica • Indivíduos com este quadro possuem labilidade afetiva, são mais impulsivos e a sedução explicita são marcas características. • É comum verificarmos um tipo de sedução inapropriada em aparência e comportamentos. • Comportamentos sexuais promíscuos e insatisfatórias. • Representam, fingem, são impostoras na sexualidade por meio de uma aparência de hiper feminilidade, ou no caso dos homens, hipermasculinidade. • Sua necessidade exigente e exibicionista de ser o centro das atenções também pode não envolver as outras devido a sua natureza rude. Caráter Fálico-Narcisista -> Configuração típica de uma pessoa histérica • Busca ocupar posição de poder, de privilégio e de superioridade que lhes garante ser admirada, reconhecidas, valiosas, portadoras de atributos que a coloquem em um nível de perfeição. • A fixação na etapa fálica edipiana pode levar a rivalidade, frequentemente com desejos de castração e de morte entre as partes (fem. X masc.). Personalidade Infantil DSM III, observa-se que aparece como sinônimos de personalidade histérica, histriônica ou psicoinfanil. De todo modo, considerando que pessoas portadoras de caráter típico infantil dependentes terem certa personalidade com a histeria, guardam características especificas. Destacam-se: • Labilidade emocional difusa e generalizada; • Essa personalidade costuma ser dependentes e submissas; • Apresentam demandas regressiva, infantis, oral- agressivas; • Conduta social inapropriada com prejuízo do senso crítico; • Os desejos exibicionistas têm um caráter sexual menor do que os marcadamente histéricos, no entanto, podem declinar para extremos de uma pseudo-hipersexualidade ou de uma inibição sexual. • A imitação prevalece sobre a verdadeira identificação etc. AULA 8 – 05/10/23 NEUROSE – “O QUE HÁ DE ESPECÍFICO NAS HISTERIAS? → Capítulos do Zimerman Neurose – Neurose compulsiva Histeria - Cap.: 17, 18, 19 e 41 Manejo Técnico das Histerias (o que é de comum entre as histerias) T. Livre de preconceitos, estigmas e encantamentos. • Muitas vezes por conta da dramatização e erotização do P. • Facilita no contrato. • É fácil fechar o contrato analítico, mas é fácil do T. interromper. • O P. Idealiza muito o T. e se decepciona muito com eles (dramatização) Valorização de aspetos transferências da constelação edípica. • O conflito edípico mal encaminhado é a base que sustenta o funcionamento histérico. • É uma ferida narcísica, está muito mais relacionado a ferida Narcísica do que ao complexo de Édipo. Desejo sexual + feridas + necessidades narcisistas • Feridas narcísicas do P. (Ex.: Insegurança, incerteza, medo, não ser ela mesma…) • Muitas vezes aparece fantasiada e sexualizada. • A direção desta interpretação deve seguir pelas falhas narcísicas, mas sempre haverá um conflito edifico. • A pessoa histérica (com feridas narcísicas) precisa ser o objeto de amor do outro para se sentir completa, isso caracteriza uma ilusão. • Falha do narcisismo: não houve um investimento afetivo da criança. Mas nem todo mundo desenvolve este tipo de neurose. Sempre buscar direcionar para as falhas narcísicas. Sexualidade como fachada (erotizada e erotizante) X dissemilação da dor narcísica, o que encobre? • Disfunção entre os desejos do Id e as necessidades de um ego carente. • Dissimilação da dor narcísica: é assim que o paciente chega para o T., sedutor e erotizado. • Estar trabalhando somente o Édipo é decepcionante para o P. Pois o analista não consegue desvendar seus desejos • Sessão x drama da vida • Reflete o drama grupal; por meio da projeção distribuem os respectivos papéis • P. Vai sempre estar projetando papéis (em família, amigos, relacionamentos) respectivos onde ela reproduza a versão original, em ser cuidada, amada. • A transferência deve ser observada, P. Vai estar sempre projetando suas representações internas. A seletividade de pessoas se dá pela sua projeçãoO T. Deve atentar-se ao convite? De sensibilizar- se da condição de vítima Cabe assinalar o MDC na variação dos relatos, pois abrangem adversidade de conflitos. • Desvirtuação do setting • Transgredir o enquadre - resistência (desmarcar, atrasar…, isso pode assinalar resistência) • Aprofundar a análise; • Do quanto é especial; • Testando o T. • Envolvendo em algum concluiu (“quero minha mãe aqui”); • Concluiu Fóbico (o analista deve evitar entrar em contato com temas sensíveis do C., para o mesmo não se desorganizar); • Transferência é precoce: idealização e erotização (a transferência vai ser o canal para mostrar o conflito edípico e narcísico); • Contratransferência é colocada pelo caráter invasivos (existe em função da dramatização do P., tem um caráter invasivo do paciente, vai provocar reações no T.) ATV INTERPRETATIVO DE CENTRAR-SE 1 Técnica de confrontação • Pedir para P. relatar novamente, é escutar, possibilidade de recontar e rever este papel, nesse recontar o P. Pode dar novos sentimentos (aos sentimentos, se são inadequados ou incoerentes, reações exageradas ou não…), é reconhecer que o primeiro passo quem deu foi a própria P., e a oportunidade que ela tem em dar novos significados, ao papel assumido por ela. Fazer a técnica da confrontação pedindo que a paciente refaça o relato do início ao fim. 2 Técnica de imaginaria dramatização verbal (role play) • Role play: buscar sugerir para o paciente tentar trocar de papéis com aqueles que ele traz na cena. Buscando altos representações que estão dentro dele, por ex.: como ele se vê, como o analista o vê… • É olhar para como ele sentiu em determinada situação. São tentativas de buscar se colocar no lugar do outro a fim de sentir o que o outro pensou ou sentiu naquele lugar onde o outro se colocou. 3 Trabalhar com funções conscientes do ego P. • O T. Deve atentar-se as partes dissociadas de funcionamento da mente do P e buscar unificá- lo e assim possibilitar que assuma a sua parte de responsabilidade nos seus distintos relacionamentos. • Funções conscientes do ego: é trabalhar a dissociação do ego. Tal condição é essencial ao tratado: • Resta para invadir-se das dificuldades de conhecer as verdades pessoais ou • Disposto a ser verdadeira e enfrentar possibilidades de mudanças psíquicas. • Trabalhamos com a possibilidade de juntar essas partes. • A pessoa sente o problema, mas n o enxerga, tenta fugir, porque se ele olhar esta ferida narcísica é a possibilidade de viver a completude e buscar algo verdadeiro, não ser objeto de desejo, mas ter desejo. Na prática, apesar da sedução, o sujeito busca seu funcionamento, por mais que são consideradas pessoas difíceis. Quando o sujeito regride ele vai para a posição esquizoparanóide (fica desconfiado, até um olhar persistente do analista. → Deste modo o T. Busca desfazer as idealizações e as múltiplas ilusões que habitam a mente do P. → Este processo que deve ser permanente firme e coerente, mas que exige paciência e tolerância do T. Quando o P. Começa a ter insights, será que está realmente havendo insights? Sinais que dizem que não: • A intelectualização e a Desvitalização das interpretações do T. (“Não é bem isso”); • Sempre haverá entusiasmo (em começar a ver resultado) e frustração (porque eles boicotam constantemente o processo) neste processo de mudança. Anulação de possível êxito analítico • O contato afetivo destes P. costuma ser superficial, contraditória e instáveis, apesar das manifestações turbulentas (aparecem com uma violência, mas não aprofundam). • A existência da ambiguidade pode levar a confusões (“pode ser isso), pós parecem ataques aos vínculos perceptivos. • Rápida passagem de um estado mental p/ outros, de modo que se anulem entre si. • O exagero dos sentidos pode desfigurar os reais significados dos fatos • A pessoa não consegue enxergar de fato aquilo que acontece, aquela “agressão”, deve de voltar ao P. Para que o mesmo assume seu papel. AULA 9 – 19/10/23 Anotações da aula: COMORBIDADES: • São duas ou mais ocorrências diagnósticas • Transtorno mental associado a pessoas dependentes químicas • A cocaína estimula a vigilância: paciente fica hiper vigio (agitado) • O álcool diminui a vigilância AS DROGAS ESTÃO DIVIDIDAS EM 3 GRUPOS: 1. Álcool: Depressiva 2. Cocaína: Estimulantes 3. Maconha: Perturbadores (provocando alucinações) 4. Opioides: substância para tratamento = é um depressor, usado tanto para tratamento do álcool, quanto para o tratamento da cocaína. COMORBIDADE: não é exclusivo da dependência química, pode ter outros transtornos (depressão, esquizofrenia, compulsivo-obsessivo…). Portanto, é muito comum ter sempre 2 ou mais comorbidades (uma ansiedade que o leva a uso de substância se transformando em uma dependência química, por exemplo). ÚLTIMA AULA - 09/11/2023 LEGENDA • T = ANALISTA ou PSICOTERAPEUTA - orientação Psicanálise • P= Paciente, cliente. (CMN) CONDIÇÕES MÍNIMAS NECESSÁRIAS P/T "Nem só de arte e ciência servem: no trabalho devem ser mostrado paciência". (Goethe) • Fenômenos psíquicos; • Método ultrapassado; (neutralidade que apunhala) • Inter-relação T e P (relação entre psicoterapeuta e paciente. Disposição do analista para sair da neutralidade) • Condições emocionais da pessoa ao T. ATITUDE DO ANALISTA. • Eficácia de uma análise (processo psicoterápico) • Preparo teórico e Técnica, além de competente (supervisão) e habilidades (seminários, estudos continuados) O T precisa ter uma ATITUDE PSICANALITICA que é composta pelos atributos naturais e os desenvolvidos pela análise pessoal. (CONHECIMENTO TEÓRICO, TÉCNICO E DESENVOLVIMENTO PESSOAL) Bion (1992) é quem postula as CMN afim de enfrentar as angústias e os imprevistos que podem ocorrer durante o processo , provindo do ICS de ambos ( P e T) Erros, dúvidas, ansiedades -> alcançar relativa tranquilidade. PAR ANALÍTICO (...) A única coisa que parece ser básico não é tanto aquilo que fazemos, mas aquilo que vivemos, aquilo que somos (...)" → cada encontro (sessão P e T) se dará de forma única, assim como as interações desse par e a tonalidade de cada sessão. → há consenso que repousa no processo analítico, as influências recíprocas deste par. → NAO DEVE SIGNIFICAR que o T perca o seu lugar, a sua autonomia e muito menos que fiquem borrados as diferenças e a manutenção dos necessários limites entre ambos. → importante registrar a possibilidade de surgimento no par analítico de movimentos resistênciais contra- resistências, assim como a formação de conluios Ics. Assim como Ex: recíproca fascinação narcisistas. CAPACIDADE NEGATIVA-> Capacidade do T convive com as incertezas e dúvidas na experiência das situações analítica. → Bion aponta a presença de "sem memória, sem desejo e sem compreensão." → a importância da percepção CS da própria limitação emocional, este termo favorece a uma postura positiva, minimamente necessária de o T conter as suas próprias angústias decorrentes do seu não saber aquilo que está se passando na situação analitica, já que temos "horror" ao vazio. INTUIÇÃO (diferente: adivinhar e palpitar) → Bion refere que se o T não suportar o "'não saber" poderá usar da interpretação apenas para preencher espaços vazios, confabulando sobre o material incompreensível. → comentar: o T privar-se dos órgãos do sentido. Suas possibilidades de intuir e para captar algo importante da espera afetiva. Pode ser uma dissertativa: • EMPATIA (difere de SIMPATIA) • CAPACIDADE DE SER CONTINENTE (difere de RECIPIENTE)• SER VERDADEIRO ("amor sem verdade não é mais que paixão, verdade sem amor não passa de crueldade".) "Intuição sem conceito é cega, Conceito sem Intuição é vazio." Kant SLIDES: Seminário 1 - Comorbidades Psiquiátricas (comorbidades psiquiátricas: uma visão global cap .7) O QUE É COMORBIDADES: Comorbidade pode ser definida como uma ocorrência de duas entidades diagnósticas em um mesmo indivíduo. No estudo de dependência de álcool e outras drogas, as manifestações de transtornos mentais e comportamentos por conta do uso de substâncias vem sendo bastante estudado desde os anos 80. ABUSO DE SUBSTÂNCIAS: É considerado o transtorno coexistente mais frequente entre os portadores de transtornos mentais. De importância um diagnóstico correto das patologias envolvidas. Os transtornos mais comuns são: • T. DE HUMOR: DEPRESSÃO UNI/BIPOLAR; • T. DE ANSIEDADE; • T. DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE; • T. ALIMENTARES E DE PERSONALIDADE E; ESQUIZOFRENIA (MENOS FREQUENTE) 3 CLASSES DE COMORBIDADES (Kaplan e Feinstein) → Exemplo: Pessoa com depressão e ansiedade pode apresentar um abuso ou dependência do uso de álcool ou drogas. ESTUDOS SOBRE O USO DE SUBSTÂNCIAS • Nas clínicas psiquiátrica estão sendo reconhecidas diversos co- ocorrências de transtornos e transtorno mentais por conta do uso de substâncias psicoativas. • Nos Estados Unidos e Europa têm relatado efeitos negativos deste uso e uma dependência nos pacientes com transtornos mentais. Tentando assim estabelecer diferenças entre o diagnóstico, tratamento e prognóstico. • Existem evidências que comprovam que pacientes com transtornos mentais que utilizam algumas substâncias, mesmo que em doses pequenas, tem um índice de graves consequências, sendo mais sérias do que na população em geral. EPIDEMOLOGIA 1. O abuso ou dependência de substâncias e transtornos mentais graves tem aumentado drasticamente e tal fenômeno tem sido atribuído a aumento e disponibilidade de álcool e drogas na população gera 2. Além do mais, é importante diferenciar os pacientes com transtornos mais graves que abusam de drogas psicoativas daqueles que apresentam apenas quadro de dependência a essas drogas. Uma vez que, parece haver uma tendência maior ao abandono daqueles que apresentam quadro de dependência. 3. Assim sendo, percebe-se que diversas são as limitações a que estão sujeitos os estudos de pacientes com transtornos mentais graves e transtornos por uso de substâncias psicoativas. Pois tal estudo varia de indivíduo para indivíduo. 4. Há inclui evidências de que mesmo o uso infrequente e de pequenas doses de drogas, legais ou ilegais, pode levar o indivíduo com Patogênica: Um transtorno leva a um outro, podendo estar relacionados; Diagnóstica: Dois ou mais transtornos (critérios se baseiam em sintomas não específicos); Prognóstica: Dois ou mais transtornos que desencadeiam um terceiro. transtornos mentais graves a consequências mais séria 5. Partindo desta premissa, corre-se o risco de associar qualquer uso de drogas por estes pacientes a um uso nocivo de substâncias, e assim, muitos estudos podem estar superestimando o real envolvimento dessa população com drogas. DIAGNÓSTICO • Muitas drogas podem produzir sintomas psicóticos, depressivos ou ansiosos durante a intoxicação e também na abstinência. • Uma das maiores dificuldades na abordagem de pacientes com comorbidades está no diagnóstico primário inicial. • Não é possível estabelecer a influência das drogas psicoativas sobre a psicopatologia. DSM - IV No Brasil, os critérios diagnósticos mais utilizados são o CID-10 e o DSM-IV. DSM-IV: Cada eixo fornece informações sobre as características dos pacientes. • No eixo I - Critérios diagnósticos para transtornos psicóticos, transtornos de humor e transtornos de ansiedade. • No eixo II - Transtornos de Personalidade. FATORES PARA UM DIAGNÓSTICO ADEQUADO: 1. História familiar e questões específicas sobre possíveis distúrbios psiquiátricos • Com paciente, familiares e amigos 2. Exames laboratoriais. • Alterações típicas de consumo crônico de álcool, alterações metabólicas e hormonais, doenças infectocontagiosas, exames neurológicos e detecção de drogas na urina • Escolha de exame: considerar história do indivíduo, perfil de consumo de drogas e outros distúrbios psiquiátricos; 3. Questionários ou testes direcionados, gerais ou específicos. 4. Testes psicológicos • Mais usado: inventário de Beck para depressão. 5. Observação clínica. • Observar a persistência ou não de sintomas psiquiátricos durante o período de desintoxicação – consumo da substância dificulta o diagnóstico diferencial. 6. Conhecimento adequado e aplicação dos critérios diagnósticos da CID-10 e do DSM-IV • Para detecção dos principais comorbidades associadas a dependência química. O diagnóstico correto através das entrevistas iniciais e observação da evolução clínica pode facilitar a abordagem terapêutica, estratégias de prevenção e de recaída. Os estágios de mudança sugeridos por Prochaska e Diclemente, empregados no tratamento de dependentes químicos, podem ser influenciados por estados depressivos ou psicóticos. São eles: a) Pré-contemplação b) Contemplação c) Preparação para mudança d) Ação e) Manutenção Podem ser acelerados por medicação correta, melhora do convívio e adaptação familiar e Social. TRATAMENTO O tratamento de pacientes com comorbidades psiquiátricas em dependência química sofre influência da dificuldade em se estabelecer o diagnóstico. Técnica que trabalham em serviços psiquiatria não tem experiencia no manejo de pacientes que abusam de drogas psicoativas. • Perdem a paciência • Aplicam medidas punitivas • Não aceitam esses pacientes nas clínicas e moradias. Serviços de atendimento ao paciente dependente não tem experiência com pacientes psicóticos, bipolares ou com graves transtornos de personalidade. Serviços voltados a confrontação são impróprias para pacientes com transtornos mentais graves. • Tem limites estreitos de tolerância a recaída e uso de tom emocional muito alto nas sessões de terapia. SINERGISMO DOS SINTOMAS Melhoras no quadro psiquiátrico com abuso de substâncias esta associada a uma evolução favorável desta última. • Redução do risco de recaídas • Aumento da qualidade de vida. ABORDAGEM INTEGRADA O manejo do paciente deve ser baseado em uma abordagem compreensiva e integrada com uma equipe multidisciplinares e terapeuta individual. • Melhor do que o tratamento “sequencial” – iniciado pelo problema considerado mais agudo – ou pelo tratamento “paralelo” – tratamentos distintos em dois settings terapêuticos diferentes. ESTRATÉGIAS DE MANEJO BIOPSICOSSOCIAL – ZIEDONIS E BRADY 1. Considerar a combinação específica da comorbidade e o estágio de motivação ao escolher o melhor método de tratamento. 2. Considerar o uso de farmacoterapia para o tratamento do transtorno psiquiátrico, desintoxicação e fase inicial de recuperação e prevenção de recaídas. 3. Usar técnicas psicossociais para aumentar a motivação, auxiliar na resolução de problemas ambientais e no manejo de situações difíceis. 4. Fornecer apoio familiar e informações sobre tratamento adicional de apoio, como grupos baseados nos 12 passos de Alcoólicos Anónimos e outros grupos de autoajuda. 5. Apoio psiquiátrico para o controle de sintomas psicóticos, mania depressiva com ou sem risco de suicídio. RESUMO DOS CRITÉRIOS DE ACESSAMENTO DE PACIENTES COM COMORBIDADES PSIQUIÁTRICA E DEPENDÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS. • Históriafamiliar • Entrevista e questionário direcionados gerais ou específicos • Testes psicológicos • Diagnóstico Diferencial CID -10 ou DSM- IV • Tratamento preferencialmente integrado em serviço adequado. • Abordagem Biopsicossocial para tratamento e prevenção de recaída. SLIDES: Manejo do paciente com transtornos relacionados ao uso de substância psicoativa na emergência psiquiátrica. INTRODUÇÃO: Os transtornos por uso de substâncias são comumente observados em setores de emergência, incluindo prontos- socorros gerais e psiquiátricos, representando cerca de 28% das ocorrências. Contudo, é notável que profissionais da emergência identifiquem menos de 50% dos casos relacionados ao uso de álcool. O objetivo deste artigo é oferecer uma base fundamentada em evidências para o tratamento específico de pacientes que atendam aos critérios diagnósticos para transtornos por uso de substâncias e que busquem auxílio no pronto-socorro devido a quadros de intoxicação ou abstinência. A intenção é garantir um tratamento eficaz, adequado e baseado em protocolos específicos para essas situações emergenciais. O IMPACTO DOS TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS: • O uso de substâncias não afeta apenas os indivíduos que as consomem, mas também tem um impacto significativo na saúde e na sociedade. • O uso de álcool está fortemente associado a diversos tipos de acidentes e doenças, como homicídios, suicídios, acidentes automobilísticos, queimaduras, afogamentos e quedas fatais. • Aproximadamente 6% da população brasileira, equivalente a 11 milhões de pessoas, apresentam transtornos por uso de substâncias considerados graves. • Outras substâncias, como cocaína e ecstasy, também estão relacionadas a sérios problemas de saúde, reforçando a necessidade de uma abordagem eficaz e baseada em evidências para o tratamento desses transtornos. MÉTODO: A metodologia baseou-se em uma revisão crítica da literatura, utilizando a base de dados Medline. Foram selecionados artigos empíricos e de revisão escritos em inglês, com descritores específicos relacionados à intoxicação aguda, abstinência e manejo de substâncias psicoativas, como álcool, cocaína, cannabis, opioides e inalantes. → O objetivo foi obter uma compreensão abrangente e informada para embasar as recomendações apresentadas neste artigo. AVALIAÇÃO E TRATAMENTO: A avaliação e o tratamento dos pacientes com transtornos por uso de substâncias são fundamentais para garantir uma abordagem adequada. A Avaliação abrangente inclui: • Histórico detalhado do uso de substâncias e seus efeitos no paciente; • Histórico médico geral e psiquiátrico e exame físico. • Histórico de tratamentos anteriores; • História familiar e social; • Triagem da substância utilizada; • Outros testes laboratoriais relevantes • Permissão do paciente para contatar pessoas que possam fornecer informações adicionais para auxiliar no processo de avaliação. ATENDIMENTO EMERGENCIAL • O atendimento inicial aos pacientes com transtornos relacionados ao uso de substâncias é crucial e muitas vezes ocorre em prontos- socorros gerais ou psiquiátricos. Isso se justifica pela natureza clínica primária dos quadros de intoxicação e abstinência. • A desintoxicação é parte integrante do cuidado inicial, mas é importante ressaltar que não visa apenas os aspectos psicológicos e comportamentais decorrentes do uso de substâncias. • Profissionais de emergência devem estar cientes da importância da desintoxicação no • continuum de cuidados para transtornos por uso de substâncias. INTOXICAÇÃO AGUDA E OBJETIVOS DE TRATAMENTO • A intoxicação aguda é caracterizada pelo desenvolvimento de síndromes específicas devido à recente ingestão ou exposição a substâncias psicoativas. • O tratamento da intoxicação aguda tem como objetivos principais a redução da exposição a estímulos externos, a identificação das substâncias utilizadas, a remoção das substâncias do corpo e a estabilização dos efeitos físicos das substâncias. • É fundamental reverter os efeitos da substância por meio da administração de antagonistas apropriados e utilizar abordagens que garantam a segurança e a estabilidade física do paciente. DESINTOXICAÇÃO E CONTINUIDADE DO TRATAMENTO • A desintoxicação, embora seja uma forma de cuidado paliativo para reduzir a intensidade do transtorno, representa o primeiro passo crucial para a recuperação de alguns pacientes. • A decisão sobre o local mais adequado para a continuidade do tratamento pode variar, mas deve levar em consideração a situação clínica do paciente e suas necessidades específicas. • A existência de familiares ou cuidadores capazes de compreender as dificuldades e necessidades do paciente é um aspecto importante a ser considerado na liberação do paciente após o processo de desintoxicação. • O cuidado de pessoas com transtornos por uso de substâncias deve ser abrangente, envolvendo avaliação completa, tratamento dos quadros diagnosticados, sensibilização do paciente para realizar tratamento se necessário e elaboração de um encaminhamento apropriado. • As decisões sobre o tratamento devem ser orientadas pelas melhores práticas e diretrizes estabelecidas para garantir um cuidado eficaz e adequado aos pacientes com transtornos relacionados ao uso de substâncias. DROGAS DEPRESSORAS: ÁLCOOL • Bem variada • Depende do nível de álcool no sangue (Alcoolemia) • Nível de tolerância do paciente • Estado alimentar • Alguns fatores ambientais influenciam • Nível de alcoolemia: Entre 20mg% e 80mg% (duas a quatro doses) = Ocorre perda de coordenação muscular, alteração de humor e comportamento, e aumento na atividade motora. • Entre 80mg% e 200mg% = Ocorrem alterações neurológicas progressivas, ataxia e fala pastosa. Funções cognitivas também prejudicadas! Deve-se tomar cuidado com a aspiração de vômito! • Entre 200mg% e 300mg% = Possibilidades de náuseas e vômitos ocorrendo junto com uma sedação, que pode aumentar o risco de aspiração do vômito. • Superior a 300mg% = Hipotermia e comprometimento do nível de consciência. • Acima de 400mg% até 600mg% = Coma pois o álcool não é mais absorvido, trazendo complicações na parte cardiovascular, e temperatura corporal. INDICAÇÕES: • Soro fisiológico caso indivíduo estiver com desidratação e glicose hipertônica se estiver hipoglicêmico. • Pacientes gravemente intoxicados ou em coma, devem ter um procedimento igual a de uma pessoa normal que está em coma, havendo uma monitoração dos sinais vitais, tomando um cuidado com sua aspiração e respiração por conta do conteúdo gástrico, hipoglicemia e tiamina. BENZODIAZEPÍNICOS: São depressores do Sistema Nervoso Central, com efeitos de intoxicação aguda semelhantes ao do álcool. Corre o risco de depressão respiratória, hipotensão e bradicardia, porém são mais comuns quando a intoxicação está associada a outras substâncias junto, pois uma potencializa a outra. • A ingestão excessiva somente de benzodiazepínicos dificilmente induz ao coma profundo e ao óbito, porém o paciente pode necessitar de ventilação assistida e terá que ser monitorado com drogas vasoativas e com o antagonista do benzodiazepínico, que é o flumazenil. → Contraindicado para pacientes que utilizam antidepressivos tricíclicos, aminofilina ou cocaína. OPIOIDES: Substâncias derivadas da papoula de ópio e suas variações sintéticas e semissintéticas. TRATAMENTO: Níveis leve a moderado - o tratamento específico normalmente não é necessário. Superdosagem - Em sinais de miose, bradicardia acentuadas, depressão respiratória,estupor ou coma o paciente deve ser internado em ambiente de emergência e o médico deve considerar a necessidade de assistência ventilatória e tratamento com naloxone. DROGAS ESTIMULANTES: COCAÍNA E OUTROS ESTIMULANTES Efeitos agudos dos estimulantes e as respostas fisiológicas que o corpo emana: • Aumento da pressão arterial • Aumento das frequências cardíacas e respiratória • Da temperatura corporal • Dilatação pupilar • Estado de alerta elevado e aumento da atividade motora. • São frequentemente usados em padrões intensos, com o alto consumo seguido por períodos de abstinência • A intoxicação geralmente melhora sozinha ao longo do tempo e não requer tratamento médico ativo, apenas monitorização e apoio ao paciente • Entretanto, muitas vezes pode ocorrer hipertensão, taquicardia, convulsões e delírio persecutório, hipertermia, agressividade e hostilidade. O que exigir um tratamento específico para isso. • Pacientes agitados podem ser tratados com benzodiazepínicos, antipsicóticos ou por ambas as medicações. Podendo ser aplicadas via oral ou intramuscular. • A combinação de álcool e cocaína intensifica os efeitos psicoestimulantes da frequência cardíaca. Usuários de estimulantes podem desenvolver sensibilização à substância com exposição repetida. Sensibilização pode levar a convulsões, mesmo em padrões de consumo anteriormente considerados inofensivos. Risco de hipertermia associado a atividade muscular elevada, efeitos nos sistemas serotoninérgico, dopaminérgico e adrenérgico, e suscetibilidade individual. Doses elevadas de anfetaminas podem exigir lavagem gástrica, com consideração do tempo de absorção da substância. DROGAS PERTUBADORAS E ALUCINÓGENAS: MACONHA • Droga ilícita mais utilizada no mundo. • Vulnerabilidade e efeito agudo - Podem ser observados sintomas psicóticos e episódios agudos de ansiedade semelhantes aos ataques de pânicos. E a maconha pode neutralizar os efeitos da medicação ansiolítica. • Porém em contrapartida, os usuários a mais tempo da maconha, normalmente relatam que ela está associada a redução da ansiedade, causando uma sensação de relaxamento. ESTUDOS: • Em um estudo com pessoas que usaram maconha regularmente durante pelo menos 10 anos, 21% dos indivíduos apresentavam níveis elevados de ansiedade (Reilly et al ., 1998). • Outro estudo com jovens neozelandeses de 18 anos: Foi relatado que aqueles que consumiram maconha dez vezes ou mais entre as idades de 15 e 16 anos tinham uma prevalência mais elevada de perturbações de ansiedade (31%). (Fergusson e Horwood, 1997). • A Pesquisa Nacional de Comorbidades (NCS) sugeriu que a probabilidade de diagnosticar ansiedade ou transtorno de humor foi aproximadamente duplicado em indivíduos com dependência de cannabis. TRATAMENTO: • Geralmente a procura de tratamento por usuários de maconha é feita por conta dos sintomas ansiosos. • A intoxicação por maconha pode levar a pessoa a ter comportamentos agressivos, pelo comprometimento da percepção da realidade associada à ansiedade e à ideação paranoide. • O tratamento dos sintomas psicóticos pela maconha segue os mesmos princípios básicos do tratamento desses sintomas em usuários de cocaína, geralmente é usado os benzodiazepínicos. • E também em um estudo, pacientes com transtornos de ansiedade demonstraram redução dos sintomas após 28 dias de tratamento com nabilona. ABSTINÊNCIA: • A ansiedade também aparece na abstinência de maconha, iniciando normalmente entre o segundo e o sexto dia e dura de 4 a 14 dias. • No entanto, a existência de uma síndrome de abstinência de cannabis não é universalmente aceita e ainda não está incluída no DSM-IV. POSSÍVEIS EXPLICAÇÕES PARA A ASSOCIAÇÃO DA ANSIEDADE COM O USO DA CANNABIS • O THC pode provocar sintomas de ansiedade através de seus efeitos sobre a serotonina, noradrenalina. • A ansiedade pode se dar pelo comprometimento do funcionamento cognitivo e à turvação da consciência. SOLVENTES • O mecanismo de ação não pode ser bem definido. Seus efeitos são depressores sobre o SNC. • Os sintomas de intoxicação envolvem euforia e desinibição. E podem ter sintomas como tinidos, zumbidos, ataxia, risos imotivados e fala pastosa. • A depressão central pode-se dar por confusão mental, desorientação e alucinações. • Tem risco de convulsões, coma e morte. • Os solventes têm ação direta sobre o miocárdio, podendo provocar arritmia cardíaca, portanto é importante a monitorização cardíaca. • Ainda não há um consenso sobre a tolerância dessas substâncias e abstinências. ABSTINÊNCIAS – ÁLCOOL: Síndrome de Abstinência do Álcool (SAA) - condição que ocorre após a interrupção ou redução do consumo de álcool. • Sintomas começam de 4 a 12 horas após a abstinência, pico no segundo dia, durando de 4 a 5 dias. • Sintomas: tremores, desconforto gastrointestinal, ansiedade, irritabilidade, aumento da pressão arterial, taquicardia e hiperatividade autonômica. Convulsões, alucinações e delirium são menos comuns. • Tratamento: reduzir a irritabilidade do sistema nervoso central e restaurar a homeostase fisiológica • Uso de medicamentos como clordiazepóxido, diazepam ou lorazepam para acalmar. • Administração de vitaminas essenciais. • Possível uso de medicamentos que controlam o ritmo cardíaco e a pressão sanguínea, mas que podem mascarar a gravidade dos sintomas. • Após a estabilização, a medicação é retirada gradualmente. • Cerca de 3% dos pacientes graves podem desenvolver Delirium Tremens (DT) após 72 horas. • O DT é caracterizado por alteração do nível de consciência, oscilações de humor e convulsões em 10-15% dos casos. • Os pacientes podem ser encaminhados para internação hospitalar ou seguimento ambulatorial após alta. • O Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPS-AD) é recomendado para seguimento de casos com uso nocivo e dependência de álcool. ABSTINÊNCIAS – COCAÍNA E ANFETAMINAS: • Após a cessação é comum o aparecimento de fissura (desejo intenso e anedonia (incapacidade de sentir prazer em atividades que normalmente seriam satisfatórias, durante a abstinência) • A descrição de um quadro bem definido de abstinência e sua duração ainda não é consenso. • Os tratamentos farmacológicos raramente trazem benefícios para o manejo dos sintomas de abstinência. 1. A primeira fase, denominada “crash”, tem duração de horas a cinco dias e se caracteriza por fissura intensa no início, irritabilidade e agitação, evoluindo para hipersonolência, depressão, anedonia e exaustão, acompanhados de uma redução na fissura. 2. Abstinência é a segunda fase, que se inicia com a reemergência da fissura e sintomas depressivos e ansiosos, podendo durar até dez semanas. 3. A terceira fase é quando há uma redução gradativa da fissura e tendência a normalização do humor, sono e ansiedade. BENZODIAZEPÍNICOS • Abstinência por interrupção abrupta do uso de doses elevadas prolongado • Pode haver sintomas de abstinência em pacientes com doses consideradas terapêuticas. • A retirada da medicação deve ser feita de forma progressiva e planejada SINTOMAS: Os sintomas podem aparecer de 1 a 11 dias depois da retirada da medicação. Sintomas: ansiedade, insônia, cefaleia, anorexia, náuseas, vômitos, tremores, hipotensão postural, fraqueza. TRATAMENTOS: Administração de fenobarbital (30mg), equivalendo a 10mg de diazepam, 30mg de clordiazepóxido, 1mg de lorazepam e 1mg de alprazolam. A partir da estabilização, recomenda-se a redução progressiva e diária de 10% da dose inicial. O uso de dose convertidado benzodiazepínico para o diazepam, com redução progressiva de 10% diariamente também está indicado ABSTINÊNCIAS – MACONHA: Evidências de abstinência em usuários pesados e crônicos • Sintomas: irritabilidade, mudança no apetite, perda de peso e desconforto físico. • Tratamento: ainda não há muitos estudos e um tratamento farmacológico específico recomendado. • O uso de maconha pode precipitar episódios iniciais psicóticos em pacientes com vulnerabilidade. OPIOIDES: • O tratamento da síndrome de abstinência de opioides visa ajudar os pacientes na transição da dependência para o tratamento de longa duração. • Uso de escalas padronizadas para avaliar a gravidade dos sintomas de abstinência é útil para o manejo dos casos. • Sintomas como o aumento da pressão arterial, da frequência cardíaca, suor, calafrio, dores no corpo, diarreia, rinorreia, lacrimejamento pode ser levados em consideração para o tratamento com METADONA • Feito com monitoramento continuado do estado clínico e do uso da medicação • não há recomendação para a manutenção da substituição pela metadona fora do ambiente hospitalar. • Auxilia na fissura do usuário pelos opioides. • A CLONIDINA é uma segunda opção em casos específicos como abuso prévio de metadona • Não existe consenso sobre a eficácia clínica da clonidina no tratamento da síndrome de abstinência de opioides. INTERVENÇÃO BREVE A procura de setores de emergência por usuários de álcool e drogas pode ser uma oportunidade para a sensibilização do paciente quanto ao uso de substâncias, comportamentos de risco e consequências médicas e psicossociais do uso de substâncias psicoativas Estratégias de intervenção podem ser oferecidas em sessões individuais de 5 a 15 minutos, com o objetivo de motivar o paciente para o tratamento. Segundo Cunninghan et al., ainda são necessárias maiores evidências relacionadas ao tempo de duração, à execução e à intensidade das intervenções. A carência de serviços especializados na área de álcool e drogas e a ausência de profissionais especializados nesta área nos PSG podem comprometer a aplicação de práticas adequadas e deve ser objeto de preocupação dos profissionais de saúde pública na organização dos serviços de emergência. As altas prevalências dos TUS na população e a frequente necessidade das pessoas acometidas por estes transtornos de recorrerem aos serviços de emergência justificam tal prioridade. SLIDES: Seminário 2 - Causas Endógenas (Orgânicas): ALGUNS DADOS ESTATÍSTICOS • Entre as 10 mais importantes causas incapacitantes dos indivíduos, cinco são psiquiátricas, e, nessas, a depressão especialmente a “depressão maior unipolar” é a primeira delas. • Em geral, os médicos não-psiquiatras, em uma média de 50%, não diagnosticam, e entre os que fazem o diagnóstico, quase sempre tratam mal, equivocadamente usando benzodiazepínicos ou antidepressivos, mas em dosagens inadequadas. • O número de depressões está aumentando, não só em números absolutos, mas também em números relativos a outras épocas. • Potencialmente, em todos os quadros de patologia mental existe, subjacente, alguma forma de piso depressivo. • As atuais condições competitivas para conseguir um lugar ao sol propiciam o surgimento maior de sensação de fracasso pessoal, o que afeta severamente a autoestima, favorecendo a eclosão de quadros depressivos. • É grande o número de “depressões subclínicas”, estados depressivos que não se manifestam de forma evidente, mas, sim, por meio de traços mais inaparentes, como: um estado de continuada apatia; ou podendo se revelar por meio de manifestações equivalentes, como a de uma “hipocondria”, alcoolismo ou transtornos alimentares. • OMS: Aumento de 25% da ansiedade e depressão global no primeiro ano da pandemia de COVID-19. • Múltiplos fatores: estresse, isolamento social, restrições ao trabalho e preocupações financeiras. Jovens, mulheres e pessoas com condições de saúde física pré-existentes foram especialmente afetados. • Isso levou 90% dos países a incluir saúde mental em seus planos de resposta à pandemia, mas há preocupações quanto à disponibilidade e lacunas nos serviços. • A OMS e os países têm reconhecido a importância da saúde mental e estão trabalhando para fornecer apoio, incluindo recursos e serviços digitais TIPOS DE DEPRESSÃO: • ATÍPICA: “Depressão Neurótica” ou “Depressão Reativa”- seu perfil resulta de alguma forma de crise existencial, por razões internas ou externa. Habitualmente, não respondem bem à medicação. • DISTÍMICA: essa denominação corresponde à depressão, que comumente era chamada por “crônica.” • ENDÓGENA: resultam de causas orgânicas com sintomatologia típicas, adquirindo características “unipolares” (sintomas apenas depressivos) ou “bipolares (sintomas tanto depressivo como maníaca), Podem ser desencadeados por fatores ambientais, assemelhando-se qualitativamente à depressão atípica. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: É necessário estabelecer uma diferença entre a “depressão propriamente dita” e outros estados mentais que apresentam manifestações clínicas semelhantes, porém que, na sua essência, trata-se de situações bastante distintas. • TRISTEZA: indica um estado de humor afetivo que pode estar presente, ou não, na depressão. • LUTO: corresponde a um período necessário para a elaboração da perda de um objeto amado, que foi introjetado no ego sem maiores conflitos. • MELANCOLIA: introjeção do objeto perdido, por morte, abandono etc. processou-se de forma muito conflitada. • POSIÇÃO DEPRESSIVA: estado mental que o paciente adquire no decurso da análise que, embora penoso, é positivo porque denota que ele está integrando os aspectos dissociados de sua personalidade, adquirindo condições para sentir gratidão e reconhecer sua parte de responsabilidade e de eventuais culpas. • DEPLEÇÃO: refere-se à existência de faltas, vazios existências, que estão a espera para serem preenchidos. • DESMORALIZAÇÃO: estados mentais, nos quais existe uma auto-estima baixa, com sensações de fracasso e de humilhação. CAUSAS DEPRESSÃO ENDÓGENA: • Causas Endógenas – Orgânicas. • Neurobiológicas: Sistema Límbico, hipotálamo e ao núcleo amigdalino. • Distúrbio de neurotransmissores que causam sintomas de desesperança, tristeza e apatia. • Fatores Hereditários: pessoas que têm um familiar do 1º grau com depressão possuem uma chance maior de desenvolver o quadro. • Alterações hormonais: A glândula tireoide, quando não funciona de forma adequada, pode causar a depressão endógena. SINTOMAS DA DEPRESSÃO ENDÓGENA: • Os sintomas variam de grau, desde formas leves até manifestações mais graves, às vezes com “psicóticos delírios de ruína”, preocupando todos, com alto risco de suicídio. • Sentimentos culposos sem causa definida. • Exacerbada intolerância a perdas e frustrações. • Alto nível de exigências consigo próprio e extrema submissão ao julgamento dos outros • Baixa-autoestima e auto-denegrimento; • Sentimento de perda de amor por parte dos outros; • Sensação de ser um fracasso e que nada mais vale • Permanente estado de que existe um desejo que jamais será alcançado. MANEJO CLÍNICO DEPRESSÃO ENDÓGENA. • Psicofármacos: Em relação às depressões endógenas, as melhoras obtidas pelo uso dos modernos recursos psicofarmacológicos são relevantes. • A depressão endógena é uma condição que ocorre devido a uma disfunção química no cérebro sem uma situação de estresse aparente. O tratamento mais eficaz é geralmente uma combinação de medicação antidepressiva e psicoterapia. Um aspecto prático
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