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Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

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CM – Pneumologia Distúrbios Obstrutivos Cecilia Antonieta 
1 
 
DISTÚRBIOS 
OBSTRUTIVOS 
ESPIROMETRIA 
VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES 
VOLUME 
CORRENTE mobilizado na inspiração e expiração 
normal. 
RESERVA INSPIRATÓRIO volume a mais no esforço. 
RESERVA EXPIRATÓRIO volume a mais no esforço. 
RESIDUAL mantém o alvéolo aberto (impede de colabar 
na expiraçao). Não é mobilizado. 
CAPACIDADE 
INSPIRATÓRIA volume corrente + reserva inspiratória. 
RESIDUAL FUNCIONAL volume de reserva expiratório 
+ residual. 
VITAL todo o volume mobilizado. 
PULMONAR TOTAL todo o volume. 
PARÂMETROS ESPIROMÉTRICOS 
CVF todo o volume de ar que consegue mobilizar. 
VRI + VC + VRE + VR. 
VEF1 expiração forcada dentro do primeiro segundo. 
espiro confiável – faz plato e maximo 6 segundos. 
RELAÇÃO VEF1/CVF razão entre o volume expirado no 
primeiro segundo e a capacidade vital forçada. 
Habitualmente seu valor é superior a 80%. 
Valores abaixo do limite inferior da normalidade (sexo e 
idade) definem distúrbio obstrutivo. 
< 0,7 pós-broncodilatador – diagnóstico de DPOC. 
FEF 25-75% fluxo expiratório forçado entre 25-75% da 
CVF. 
PEAK FLOW pico de fluxo expiratório – fluxo máximo de 
ar durante a manobra de CVF. 
§ Utilizada no contexto de exacerbações; 
§ Monitorização de pacientes asmáticos e sua 
resposta ao tratamento. 
CURVA FLUXO-VOLUME 
 
 
 
a – normal 
b – distúrbio 
obstrutivo. 
c – distúrbio 
restritivo. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS DISTÚRBIOS 
VENTILATÓRIOS 
OBSTRUTIVOS 
 
Distúrbio VEF1/CVF VEF1 
Leve 60% (limite inferior) 60% 
Moderado 41-59% 41-59% 
Grave ≤ 40% ≤ 40% 
RESTRITIVOS 
 
Distúrbio CVF 
Leve 60% (limite inferior) 
Moderado 51-59% 
Grave <= 50 
PROVA BRONCODILATADORA 
Avalia a reversibilidade da obstrução das vias aéreas. 
Variação VEF1 > 10% do previsto – fluxo. 
Variação CVF > 10% do previsto – volume. 
Valor previsto valor em litros (pós - pré)/previsto. 
(ATSERS, 2022) VEF1 e/ou CVF > 10% previsto. 
DPOC 
Condição pulmonar heterogênea caracterizada por sin-
tomas crônicos em consequência de anormalidades na 
via aérea e/ou alvéolos levando a obstrução persistente 
e comumente progressiva no fluxo aéreo. 
FATORES DE RISCO 
CM – Pneumologia Distúrbios Obstrutivos Cecilia Antonieta 
2 
 
§ Exposição ao tabaco; 
§ Cigarro eletrônico e maconha; 
§ Exposição passiva; 
§ Exposição ocupacional; 
§ Queima de biomassa. 
FISIOPATOLOGIA 
Inflamação crônica das vias aéreas (neutrófilos, macrófa-
gos, linfócitos T CD8). 
Hiperplasia de glândulas mucosas – hipersecreção de 
muco e disfunção ciliar – tosse, expectoração crônica – 
bronquite. 
Fibrose da parede dos brônquios distais e bronquíolos – 
limitação ao fluxo expiratório – aprisionamento aéreo 
com hiperinsuflação pulmonar – bronquiolite. 
Destruição do parênquima pulmonar – comprometi-
mento de trocas gasosas – enfisema (hipercapnia e 
hipoxemia. 
Destruição da vasculatura pulmonar – hipertensão 
pulmonar – cor pulmonale. 
QUADRO CLÍNICO 
Dispneia (graduação pelo mMRC) e tosse crônica 
EXAME FÍSICO 
Normal ou pouco alterado – tórax em tonel, baquetea-
mento digital, MV reduzido, sibilos e roncos. 
DOENÇA AVANÇADA hipertensão pulmonar, cor 
pumonale. 
DIAGNÓSTICO 
Clínica + exposição + espirometria. 
Limitação do fluxo expiratório. 
VEF1 e VEF1/CVF reduzidos. 
VEF/CVF < 0,7 pós-broncodilatador. 
ESPIROMETRIA 
 
GASOMETRIA ARTERIAL 
Solicitada se SatO2 < 92% ou sinais de insuficiência 
respiratória. 
Aumento PaCO2 e aumento HCO3. 
RX DE TÓRAX 
Maior hipotransparência, aumento do espaço intercos-
tal, retificação de diafragma, aumento do diâmetro 
ântero-posterior, aumento do espaço retroesternal. 
TC DE TÓRAX 
Enfisema centro-lobular e bolhoso. 
ALFA-1-ANTITRIPSINA 
INDICAÇÃO 
CLÁSSICA < 45 anos e enfisema panlobular e basal. 
GOLD todos. 
PLATISMOGRAFIA E DLCO 
PLETISMO identifica e quantifica o aprisionamento 
aéreo e a hiperinsuflação. 
DLCO (capacidade de difusão de CO2) reflete a intensidade 
da destruição das paredes alveolares e o impacto 
funcional do enfisema. 
CLASSIFICAÇÃO 
GRAVIDADE (GOLD, 2024) 
VEF1 pós-broncodilatador. 
GOLD I Leve VEF1 ≥ 80 do predito 
GOLD II Moderado VEF1 50-79 do predito 
GOLD III Grave VEF1 30-49 do predito 
GOLD IV Muito grave VEF1 < 30 do predito 
AVALIAÇÃO DOS SINTOMAS 
MMRC ≥ 2 – sintomático. 
0 Tenho falta de ar ao realizar exercício intenso 
1 Tenho falta de ar quando apresso meu passo ou subo 
escada ou ladeiras 
2 Preciso parar algumas vezes quando ando no meu pas-
so ou ando mais devagar que pessoas da minha idade 
3 Preciso para muitas vezes devido à falta de ar perto de 
100 m, ou poucos minutos de caminhada no plano 
4 Sinto falta de ar que não saio de casa, ou preciso de 
ajuda para me vestir ou tomar banho sozinho. 
ESCORE DE CAT ≥ 10 – paciente sintomático. 
§ Classificação de 0-5: 
§ Limitação nas atividades de casa; 
§ Confiança para sair de casa, apesar da doença; 
§ Sono profundo; 
§ Energia (disposição). 
RISCO DE EXACERBAÇÃO ≥ 2 exacerbações no ano ou ≤ 
1 exacerbação que necessita de internação. 
CM – Pneumologia Distúrbios Obstrutivos Cecilia Antonieta 
3 
 
CLASSIFICAÇÃO GOLD 
A pouco sintomático e não exacerbador. 
B muito sintomático e não exacerbador. 
E exacerbador, independente dos sintomas. 
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO 
CESSAÇÃO DO TABAGISMO 
TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL 
NICOTINA goma/adesivo. 
> 10 cigarros/dia – adesivo + goma mascar. 
ADESIVO 21-> 14-> 7 mg – desmame de 2/2 semanas. 
GOMA 2-4 mg 2/2 h, se fissura. 
BUPROPIONA antidepressivo atípico – inibe a recapta-
ção de dopamina, serotonina e norepinefrina, 
Reduz o limiar convulsivo. 
VARENICLINA agonista parcial nicotínico. 
*Cuidado em DRC. 
VACINAÇÃO 
§ Influenza/COVID; 
§ Anti-pneumocócica – PCV 20 apenas; ou PCV 15 
seguida de PPSV 23 após 1 ano (e PPSV 23 após 5 anos); 
§ dTPa; 
§ Herpes zoster (> 50 anos); 
§ Vírus sincicial respiratório. 
REABILITAÇÃO 
Atividade física assistida, com foco em membros 
superiores. 
Principalmente GOLD B e E. 
OXIGENOTERAPIA DOMICILIAR 
Reduz mortalidade. 
INDICAÇÕES 
§ Sat ≤ 80; ou 
§ PaO2 ≤ 55 mmHg; ou 
§ PaO2 56-59 mmHg ou SatO2 ≤ 89% + cor pulmonale ou 
hematócrito > 55%. 
CIRURGIA PNEUMORREDUTORA – INDICAÇÕES 
§ Menos de 75 anos; 
§ Enfisema grave predominando nos lobos superiores; 
§ Baixa capacidade ao exercício; 
§ Manutenção dos sintomas. 
TRANSPLANTE PULMONAR 
Melhora a qualidade de vida e capacidade pulmonar, 
mas não aumenta sobrevida. 
Considerar se: 
§ VEF1 < 25%; 
§ PaO2 < 60 mmHg; 
§ PaCO2 > 50 mmHg; 
§ BODE > 5. 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
BRONCODILATADORES BETA-2-AGONISTAS 
EFEITOS ADVERSOS taquicardia sinusal, arritmia, 
tremores e hipocalemia. 
Curta duração – SABA salbutamol/fenoterol. 
Longa duração – LAMA salmeterol/formoterol. 
BRONCODILATADORES ANTIMUSCARÍNICOS 
EFEITOS ADVERSOS boca seca, gosto metálico na 
boca. 
Curta duração – SAMA ipratrópio (atrovent). 
LAMA tiotrópio/umeclidinio/glicopirônio. 
CORTICÓIDE INALATÓRIO 
INDICAÇÕES GOLD E com eosinófilos > 300 ou > 100 se 
exacerbações mesmo com LABA + LAMA. 
EFEITOS ADVERSOS candidíase oral e pneumonias. 
ANTIBIOTICOPROFILAXIA reduz exacerbações. Azitro-
micina 500 mg 3x/sem ou eritromicina 250 mg 2x/dia. 
INIBIDOR DA FOSFODIESTERASE-4 melhora a função 
pulmonar e exacerbações. Roflumilaste. 
INDICAÇÃO VEF1 < 50% e bronquite crônica. 
TRATAMENTO DE ACORDO COM CLASSIFICAÇAO 
GOLD 
GOLD A broncodilatador. 
GOLD B LABA + LAMA. 
GOLD E LABA + LAMA. Considerar associar ICS se 
eosinófilos > 300. 
DPOC EAXCERBADO 
Piora aguda (< 14 dias) dos sintomas com necessidade de 
ajuste da medicação. 
CAUSAS 
Principalmente infecciosas. 
BACTÉRIAS H. influenzae (20-30%), Streptococcus 
pneumoniae (10-15%), Moraxella catarrhalis (10-15%), 
Pseudomonar aeruginosa, Staphylococcus aureus. 
CM – Pneumologia Distúrbios Obstrutivos Cecilia Antonieta 
4 
 
ATÍPICAS Chlamydophila pneumoniae, Mycoplasma 
pneumoniae. 
VÍRUS Rhinovirus (20-25%), parainfluenza,influenza, 
VSR, adenovírus. 
FUNGO Pneumocystis jiroveci. 
OUTRAS poluição ambiental, má adesão/cessação do 
tratamento, pneumotórax, derrame pleural, TEP, 
arritmias. 
CLASSIFICAÇÃO 
LEVE tratada ambulatorialmente com ajuste de doses 
de broncodilatadores. 
MODERADA tratada com corticoides sistêmicos e 
antibioticoterapia. 
GRAVE hospitalização, insuficiência respiratória aguda. 
PROPOSTA DE ROMA – GOLD DPOC com suspeita de 
exacerbação – considerar diagnósticos diferenciais (IC, 
pneumonia, TEP) e classificar severidade. 
LEVE dispneia EVA < 5, FR < 24 irpm, FC < 95 bpm, SatO2 
≥ 92% em AA, PCR < 10 mg/dl. 
MODERADA pelo menos 3 dos seguintes: dispneia EVA 
< 5, FR < 24 irpm, FC < 95 bpm, SatO2 ≥ 92% em AA, PCR 
< 10 mg/dl. 
SEVERA moderada + pH < 7,35 e PaCO2 > 45 mmHg. 
TRATAMENTO – ABCD 
A antibióticos, B broncodilatador, C corticóide sistêmico, D dar oxigênio. 
ANTIBIÓTICO betalactâmico + macrolídeo por 5-7 dias – 
tratamento empírico. 
INDICAÇÃO critérios de Anthonise (≥ 2 incluindo 
purulência do escarro). 
Critérios de Anthonisen aumento da dispneia, aumento do 
volume do escarro, aumento da purulência do escarro, 
necessidade de VM. 
CULTURA DE ESCARRO se: exacerbações frequentes, 
obstruções severas, necessidade de VM. 
BRONCODILATADORES SABA ± SAMA – inalação 20/20 
min pelo menos 3x e reavalia. 
Salbutamol ou fenoterol 10 gotas. 
Ipratrópio 20-40 gotas. 
CORTICÓIDE SISTÊMICO reduz tempo de internação. 
Via oral sem diferença em relação à via endovenosa. 
Prednisona 40 mg, VO, por 5 dias. 
OXIGÊNIO titulado para alvo de SatO2 88-92%. 
Risco de carbonarcose. 
VNI (BPAP) – melhora acidose respiratória, reduz o tra-
balho respiratório, diminui o tempo de internação, me-
nor risco de IOT – reduz mortalidade. 
Indicações 
§ Acidose respiratória (PaCO2 45 mmHg e pH < 7,35); 
§ Sinais de falência respiratória e de musculatura 
acessória; 
§ Hipoxemia persistente mesmo com O2 suplementar. 
VM – INDICAÇÕES falência de VNI, RNC, pós-PCR, 
instabilidade hemodinâmica, falência respiratória em 
pacientes que não toleram VNI.

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