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E-book da unidade 3 gestão de custos

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GESTÃO DE 
CUSTOS
Armindo Evangelista
1ª Edição, 2021
Fundado em 1915 — www.unasp.br
Missão Educar no contexto dos valores bíblicos para um viver pleno e para 
a excelência no serviço a Deus e à humanidade.
Visão Ser uma instituição educacional reconhecida pela excelência nos serviços prestados, 
pelos seus elevados padrões éticos e pela qualidade pessoal e profissional de seus egressos.
Administração da Entidade 
Mantenedora (IAE)
Diretor-Presidente: Maurício Lima
Diretor Administrativo: Edson Medeiros
Diretor-Secretário: Emmanuel Oliveira Guimarães
Diretor Depto. de Educação: Ivan Góes
Administração 
Geral do Unasp
Reitor: Martin Kuhn
Vice-Reitor Executivo Campus EC: Antônio Marcos da Silva Alves
Vice-Reitor Executivo Campus HT: Afonso Ligório Cardoso
Vice-Reitor Executivo Campus SP: Douglas Jeferson Menslin
Pró-Reitor Administrativo: Telson Bombassaro Vargas
Pró-Reitor Acadêmico: Afonso Ligório Cardoso
Pró-Reitor de Educação à Distância: Fabiano Leichsenring Silva
Pró-Reitor de Pesquisa e Desenvolvimento Institucional: Allan Macedo de Novaes
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual, Comunitário e Estudantil: Martin Kuhn
Secretário-Geral: Marcelo Franca Alves
Faculdade Adventista 
de Teologia
Diretor: Reinaldo Wenceslau Siqueira
Coordenador de Pós-Graduação: Vanderlei Dorneles da Silva
Coordenador de Graduação: Adriani Milli Rodrigues
Órgãos Executivos 
Campus Engenheiro Coelho
Pró-Reitor Administrativo Associado: Murilo Marques Bezerra
Pró-Reitor Acadêmico Associado: Everson Muckenberger
Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Bruno de Moura Fortes
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Ebenézer do Vale Oliveira
Órgãos Executivos 
Campus Hortolândia
Pró-Reitor Administrativo Associado: Claudio Valdir Knoener
Pró-Reitora Acadêmica Associada: Suzete Araújo Águas Maia
Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Daniel Fioramonte Costa
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Wanderson Paiva
Órgãos Executivos 
Campus São Paulo
Pró-Reitor Administrativo Associado: Flavio Knöner
Pró-Reitora Acadêmica Associada: Silvia Cristina de Oliveira Quadros
Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Ricardo Bertazzo
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Robson Aleixo de Souza
Editor-chefe Rodrigo Follis
Gerente de projetos Bruno Sales Ferreira
Editor associado Alysson Huf
Supervisor administrativo Werter Gouveia
Gerente de vendas Francileide Santos
Editores Adriane Ferrari, Gabriel Pilon Galvani, Jônathas Sant’Ana e Thamires Mattos
Designers gráficos Felipe Rocha e Kenny Zukowski
Imprensa Universitária Adventista
1ª Edição, 2021
GESTÃO DE 
CUSTOS
Imprensa Universitária Adventista 
Engenheiro Coelho, SP
Armindo Evangelista
Mestre em Controladoria e 
Contabilidade Estratégica 
pela UNIFECAP
Campagnoni, Mariana / dos Santos, Diego Henrique Moreira
Formação da identidade profissional do contador [livro eletrônico] / Mariana Campagnoni. -- 1. 
ed. -- Engenheiro Coelho, SP : Unaspress, 2020.
1 Mb ; PDF
ISBN 978-85-8463-172-8
1. Carreira profissional 2. Contabilidade 3. Contabilidade como profissão 4. Contabilidade como 
profissão - Leis e legislação 5. Formação profissional 6. Negócios I. Título.
20-33026 CDD-370.113
Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Índices para catálogo sistemático:
1. Contabilidade : Educação profissional 370.113
Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964
Gestão de custos
1ª edição – 2021
e-book (pdf)
OP 00123_064
Editoração: Gabriel Pilon
Preparação: Matheus Cardoso
Revisão: Giovanna Sinco, Júlia Galvani
Projeto gráfico: Ana Paula Pirani 
Capa: Jonathas Sant’Ana
Diagramação: Willian Nunes
Caixa Postal 88 – Reitoria Unasp
Engenheiro Coelho, SP CEP 13448-900
Tel.: (19) 3858-5171 / 3858-5172 
www.unaspress.com.br
Imprensa Universitária Adventista
Validação editorial científica ad hoc:
Marta Aparecida Martins Xavier
Mestra em Ciências Contábeis pela FECAP
Conselho editorial e artístico: Dr. Martin Kuhn, Esp. 
Telson Vargas, Me. Antônio Marcos, Dr. Afonso Cardoso, 
Dr. Douglas Menslin, Dr. Rodrigo Follis, Dr. Lélio Lellis, Dr. 
Allan Novaes, Esp. Jael Enéas, Esp. José Júnior, Dr. Reinaldo 
Siqueira, Dr. Fábio Alfieri, Dra. Gildene Lopes, Me. Edilson 
Valiante, Me. Diogo Cavalcante, Dr. Adolfo Suárez
Editora associada:
Todos os direitos reservados à Unaspress - Imprensa Universitária Adventista. 
Proibida a reprodução por quaisquer meios, sem prévia autorização escrita da 
editora, salvo em breves citações, com indicação da fonte.
SUMÁRIO
FUNDAMENTAÇÃO E 
TERMINOLOGIA DE CUSTOS ................................... 13
Introdução ........................................................................................14
Fundamentação e terminologia de custos ......................................16
Classificações básicas de custo ...............................................20
Quanto à incidência, os custos 
podem ser direto ou indireto: .................................................24
Materiais e estoques ........................................................................27
Materiais ..................................................................................27
Classificação dos materiais .....................................................29
Estoques ..................................................................................31
Tipos de estoques ....................................................................32
Representação dos estoques ..................................................34
 Avaliação dos estoques ..........................................................35
Mão de obra .....................................................................................39
Classificação da mão de obra .................................................40
Custos indiretos de fabricação e os critérios de rateio .....................42
Classificação dos custos indiretos de fabricação ....................43
Critérios de rateio dos custos indiretos de fabricação ............44
Custeio departamental ....................................................................48
 Considerações finais ........................................................................59
Referências .......................................................................................60
SISTEMAS DE CUSTEIO .......................................... 61
Introdução ........................................................................................62
Sistemas de custeio .........................................................................64
Custeio por absorção ...............................................................65
Custeio variável .......................................................................71
Custo-padrão ..........................................................................83
Sistema de acumulação de custos por ordem ......................104
Sistema de acumulação de custos por processo ...................109
Considerações finais........................................................................119
Referências ......................................................................................120
ANÁLISE CVL:CUSTO - VOLUME - LUCRO .............. 121
Introdução .......................................................................................122
Análise de custo-volume-lucro ......................................................124
A análise CVL – Custo-Volume-Lucro ...................................126
Pressupostos da análiseCusto-Volume-Lucro .......................129
Aplicabilidade da análise CVL ................................................132
Margem de Contribuição ................................................................135
Aplicabilidade da margemde contribuição ..........................139
Margem de contribuição e os gastos fixos identificados ...............141
Aplicabilidade da margem de contribuição com gastos fixos 
identificados ...........................................................................143
Ponto de Equilíbrio (break-even point) ..........................................148
Ponto de Equilíbrio e Gestão de Curto Prazo .........................149
VO
CÊ
 ES
TÁ
 A
QU
I
Margem de Segurança ...................................................................165
Aplicabilidade da margem de segurança operacional .........168
Alavancagem Operacional ..............................................................171
Aplicabilidade do Grau de 
Alavancagem Operacional - GAO ..........................................173
Considerações finais........................................................................177
Referências ......................................................................................179
VO
CÊ
 ES
TÁ
 A
QU
I
EMENTA
Compreensão adequada e correta dos 
conceitos relacionados aos custos. 
Funcionamento dos sistemas de 
acumulação de custos. Análise das 
relações Custo‐Volume‐Lucro. A 
formação do preço de venda e a geração 
de informações para a tomada de 
decisões gerenciais. 
CONHEÇA O CONTEÚDO
O conteúdo aqui apresentado constitui uma 
contribuição relevante para os estudos na 
área de gestão de custos. Os alunos que 
atuam e também aqueles que pretendem 
atuar na área de gestão de custos terão uma 
grande oportunidade de crescimento pro-
fissional, pois estão diante de um conteúdo 
riquíssimo em detalhes que faz a diferença 
no dia a dia das empresas e, fazer parte da 
resolução dos problemas delas pode ser algo 
muito gratificante de várias maneiras.
Com o objetivo de proporcionar conheci-
mentos das terminologias de custo, apresen-
tando os sistemas de custeio mais utilizados 
nas empresas, abordando as análises de 
precificação, o markup, a formação de preço, 
a margem de contribuição, o ponto de equi-
líbrio entre outros assuntos relevantes ao 
longo das páginas deste livro, você (aluno) 
encontrará definições e técnicas trabalhadas 
de forma simples e assertiva, deixando seus 
estudos muito mais atraentes.
O conteúdo traz ainda, de maneira explica-
tiva, como deve ser a aplicabilidade de cada 
item trabalhado, mostrando a preocupação 
em fazer do processo ensino-aprendizagem 
uma metodologia de grande alcance.
Desejamos que ao final de todo o conteúdo, 
você tenha o domínio sobre esses assuntos 
abordados e procure dar sequência e apli-
cabilidade aos conhecimentos adquiridos, 
decidindo de maneira racional e lógica com 
base nos contexto e premissas da gestão de 
custos. Portanto, você tem uma grande opor-
tunidade nesse momento, faça bom uso dela 
e tenha um ótimo estudo.
UNIDADE 3
- Compreender o conceito, nomenclaturas e classificação da área 
de custos e principais sistemas de custeio;
- Apresentar os elementos e formas de rateio da mão de obra e 
dos custos indiretos de fabricação;
- Ser um profissional atento, ágil e dinâmico na definição do 
sistema de custeio a ser adotado dentro da atividade empresarial.
ANÁLISE CVL: 
CUSTO - VOLUME - LUCRO
OB
JE
TI
VO
S
122
GESTÃO DE CUSTOS
INTRODUÇÃO
Prezado(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) ao estudo da unidade 
“Análise CVL - Custo-Volume-Lucro”. Esta unidade tem como 
premissa contribuir para que você conheça as ferramentas de 
gestão de custos mais utilizadas no dia a dia das empresas.
Dentre os diversos processos de gestão de uma empresa, a 
gestão de custos é aquela tratada como uma área estratégica que 
zela pelo planejamento, execução, controle e avaliação dos gastos. 
Nesse sentido, é importante você saber que em uma 
empresa, para se obter uma análise que relaciona Custo-
Volume-Lucro, os principais componentes são:
• a margem de contribuição – é aquela que representa 
o resultado do preço de venda deduzindo-se os 
valores de custos variáveis e as despesas variáveis. 
Desse resultado, ainda precisam ser deduzidos os 
gastos fixos para se obter o resultado do produto; 
• o ponto de equilíbrio – é aquele que representa 
o volume de vendas necessário para cobrir todas 
as despesas e custos totais. Nesse momento, a 
empresa não obtém nem lucro nem prejuízo; 
123
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
• a margem de segurança operacional – é aquela 
que representa o quanto a empresa supera 
o ponto de equilíbrio em um determinado 
momento. Em outras palavras, representa a 
porcentagem em que a empresa poderá reduzir 
suas atividades até atingir o ponto de equilíbrio;
• a alavancagem operacional – é aquela que indica 
o quanto uma alteração no percentual do volume 
de vendas irá gerar de incremento/alteração no 
resultado líquido da empresa no mesmo período.
Assim, no estudo desta unidade, você perceberá que a 
análise custo-volume-lucro, promove conhecimentos e técnicas 
voltados para uma perfeita e profunda avaliação sobre as questões 
gerenciais ligadas à tomada de decisão sobre o processo produtivo. 
Portanto, você estudará nesta unidade a análise custo-
volume-lucro, a margem de contribuição, o ponto de 
equilíbrio (break-even point), margem de segurança operacional 
e por fim, a alavancagem operacional. Ao final desta unidade, 
espera-se que você:
• conheça as ferramentas de análise 
da gestão de custos;
124
GESTÃO DE CUSTOS
• aproprie-se dos conceitos e técnicas de 
aplicabilidade das ferramentas aqui estudados;
• entenda a importância de comparar os 
resultados da margem de contribuição com 
o intuito de tomar a melhor decisão;
• monte o ponto de equilíbrio e margem e segurança 
operacional necessários para sua empresa;
• com a utilização da alavancagem 
operacional, faça simulações adequadas 
e favoráveis para sua empresa;
• saiba analisar os resultados usando as 
ferramentas de gestão de custos.
ANÁLISE DE CUSTO-VOLUME-LUCRO
No mundo dos negócios, os gestores possuem um 
grande conhecimento sobre as ferramentas que dão apoio 
às suas tomadas de decisões, sejam essas no âmbito das 
operações, da área financeira, da área comercial ou daquela 
área mais modesta da empresa, mas que sempre deve ser 
125
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
tratada com a mesma importância 
e atenção sobre sua representação e 
colaboração no todo da empresa.
Pensando assim, existe a análise 
de custo-volume-lucro como uma 
ferramenta gerencial da área de gestão 
de custos que é capaz de examinar 
o comportamento dos custos, das 
despesas, das receitas totais, bem como 
o andamento desses componentes 
que fazem parte do resultado da 
empresa, medindo suas mudanças e 
apontando as ocorrências existentes 
nos custos fixos e variáveis, nos níveis 
de produção e de venda e na formação 
do preço de venda, para poder decidir 
sobre a sua manutenção, alteração, 
eliminação ou inclusão de algo que 
possa corrigir o rumo daquele item em 
prol de melhoria processual, buscando 
sempre atingir os objetivos da empresa 
com eficiência e eficácia. 
EFICIÊNCIA
Segundo o site Dicio, eficiência é 
a capacidade de realizar tarefas 
ou trabalhos de modo eficaz e 
com o mínimo de desperdício; 
produtividade.
Fonte: <https://bit.ly/2LbDeX7>. 
Acesso em: 07 dez. 2020.
126
GESTÃO DE CUSTOS
Vamos agora mergulhar nessas importantes ferramentas 
que a gestão de custos disponibiliza aos gestores e que suas 
aplicações sejam de grande valia para todas as empresas.
A ANÁLISE CVL – CUSTO-VOLUME-LUCRO
A análise custo-volume-lucro também conhecida como 
CVL. É uma ferramenta de gestão que, bem conduzida, pode 
transformar-se em um valioso instrumento para a tomada 
de decisão, pois ela examina o comportamento das receitas, 
despesas e custos totais, possibilitando que a empresa planeje 
e projete o impacto causado em seu resultado devido às 
constantes mudanças ocasionadas na quantidade de vendas, 
nos preços de venda e nos custos dos insumos naqueles 
momentos de incertezas na economia e no mundo dos negócios.
Outrasituação que a análise CVL pode ser decisiva é 
quando a empresa produz vários tipos de produtos e defronta-
se com algumas restrições que podem ser de capacidade 
produtiva, como a falta de algum insumo ou falta de 
algum equipamento adequado e necessário. Nesses casos, a 
análise CVL auxilia a selecionar o melhor mix de produtos 
e quantidades que devem ser produzidos e oferecidos, pois 
127
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
apresenta a maior margem possível considerando o fator 
limitativo de capacidade produtiva.
Ainda nesse sentido, sabe-se que uma série de variáveis, 
internas ou externas, podem afetar o processo produtivo da 
empresa, impondo restrições para a produção e venda dos 
produtos e serviços. Quando essas restrições afetam o volume 
de vendas a ser produzido e vendido, de um ou mais produtos e 
serviços, devem ser avaliadas no modelo da teoria das restrições, 
que trata da identificação dos gargalos dos sistemas produtivos, 
com o objetivo de otimizar a produção nesses pontos e, assim, 
maximizar o resultado da empresa. Veja a Figura 47 e repare quais 
restrições são as mais comuns que podem afetar as variáveis:
Figura 47 – Restrições comuns às empresas
TOC
Demanda
de mercado
Distribuição
e logística
Financiamento
externo
Matérias
primas
Capital
de giro
Mão de obra
direta
Utilização dos
equipamentos Investimento
Fonte: elaborado pelo autor
128
GESTÃO DE CUSTOS
Veja alguns comentários sobre a TOC (Theory on 
Constraints), teoria das restrições mencionadas:
• demanda de mercado: o mercado não aceita 
quantidades maiores do(s) produto(s) ou serviço(s);
• matérias primas e componentes: os 
fornecedores, temporariamente, estão com 
a capacidade produtiva esgotada e não tem 
condições de aumentar sua produção;
• mão de obra direta: temporariamente, há escassez 
de mão de obra especializada e a empresa não tem 
condições internas de aumentar sua produção;
• utilização de equipamentos: os equipamentos 
não têm capacidade de atender acréscimo 
de produção, temporariamente;
• distribuição e logística: os distribuidores dos 
produtos não têm condições de aumentar de 
imediato a capacidade de distribuição dos produtos;
• investimentos: as instalações operacionais, no 
seu conjunto, estão trabalhando no limite da 
129
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
capacidade, e só um novo investimento em 
novas fábricas e escritórios possibilitará atender 
o aumento da demanda e produção prevista;
• capital de giro: a empresa está sem caixa 
para financiar o capital de giro necessário 
para aumento de produção e vendas; 
• financiamento externo: o mercado financeiro 
não tem linhas de crédito para financiar um 
aumento das vendas dos produtos da empresa.
E por fim, quando a empresa opera no limite da capacidade 
instalada ou existem fatores limitantes de produção, a análise 
CVL está presente para auxiliar o gestor de custos na tomada de 
decisão mais assertiva.
PRESSUPOSTOS DA ANÁLISE 
CUSTO-VOLUME-LUCRO
Horngren (2004) comenta que para a análise das relações 
custo-volume-lucro ter êxito, alguns pressupostos precisam ser 
conhecidos, vejamos:
130
GESTÃO DE CUSTOS
• as mudanças nos níveis de receitas e custos 
surgem apenas por causa de mudanças 
no número de unidades de produto ou 
serviço produzidas e vendidas;
• custos totais precisam ser separados em 
componente fixo que não varia com o nível 
de produção e um componente que é variável 
no que diz respeito ao nível de produção; 
• quando representado de forma gráfica, os 
comportamentos de receitas e custos totais 
são lineares em relação ao nível de produção 
dentro de uma faixa relevante de tempo;
• a análise cobre um único produto ou supõe 
que a proporção de produtos diferentes, 
quando produtos múltiplos são vendidos, 
permanecerá constante a despeito da mudança 
no nível de unidades totais vendidas;
• o preço de venda, o custo variável por unidade 
e os custos fixos são conhecidos e constantes;
131
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
• todas as receitas e custos podem ser 
somados e comparados sem levar em 
conta o valor do dinheiro no tempo.
Embasado nos pressupostos, as empresas perceberam 
que a análise CVL pode ajudar na tomada de decisão sobre o 
planejamento estratégico de longo prazo e nas decisões sobre as 
caraterísticas de produtos e sua precificação.
Outros aspectos, não menos relevantes sobre as relações 
custo-volume-lucro, têm ligação direta ao que acontecerá com 
o resultado da empresa. E Wernke (2005) comenta que a análise 
CVL responde questões ligadas a esse assunto, vejamos:
• aumento ou diminuição do preço 
de compra dos insumos;
• diminuição ou aumento das 
despesas variáveis de venda;
• redução ou aumento de custos e despesas fixas;
• diminuição ou aumento do volume de vendas; 
132
GESTÃO DE CUSTOS
• redução dos preços de venda.
Além de tudo que já foi mencionado na unidade, a análise 
CVL cria uma condição que permite valorar os preços de venda 
praticados pela empresa e ainda medir qual será o custo máximo de 
fabricação e quantas unidades de produtos devem ser vendidas.
APLICABILIDADE DA ANÁLISE CVL
A empresa Flor de Liz pretende vender software de finanças 
pessoais em uma convenção de novas tecnologias que terá 
duração de uma semana em São Januário. 
A empresa pode comprá-lo de um varejista de software a 
R$220,00 a unidade e ainda pagar 5% sobre o preço de venda 
como direito autoral por unidade vendida em consignação (o 
que não vender será devolvido sem custo), o pacote de software 
pode ser vendido por R$370,00 a unidade. 
A Flor de Liz pagou R$3.945,00 para a convenção pelo 
aluguel do estande e não terá outros custos. Portanto, qual será 
o lucro da Flor de Liz vendendo as respectivas quantidades:
a) 0 (zero) unidade;
133
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
b) 15 unidades;
c) 30 unidades; 
d) 50 unidades;
e) 100 unidades.
Para conferir a resolução, veja a Figura 48 e analise os resultados:
Figura 48 – Resolução da empresa Flor de Liz
ITEM
NÚMERO DE PACOTES VENDIDOS
0 15 30 50 100
Receita de vendas - R$5.500,00 R$11.100,00 R$18.500,00 R$37.000,00
Custo variável - R$3.300,00 -R$6.600,00 -R$11.100,00 -R$22.000,00
Despesa variável - R$277,50 -R$555,60 -R$925,00 -R$1.850,00
Margem de 
contribuição
- R$1.972,50 R$3.945,00 R$6.575,00 R$13.150,00
Custos fixos - R$3.945,00 R$3.945,00 -R$3.945,00 -R$3.945,00
Lucro operacional - R$1.972,50 - R$2.630,00 R$9.205,00 
Fonte: elaborado pelo autor
DEMONSTRANDO OS CÁLCULOS, TEMOS:
a) com quantidade 0 (zero): nenhuma receita e nenhum 
custo ou despesa variável, mas custo fixo de R$3.950,00, 
logo o resultado é um prejuízo de R$3.950,00.
b) 15 quantidades: receita de R$5.550 (-) custo 
variável de R$3.300 (-) despesa variável de R$277,50 
134
GESTÃO DE CUSTOS
= chegando uma margem de contribuição de 
R$1.972,50 (-) custo fixo de aluguel R$3.945 = 
monta-se um resultado negativo de R$1.972,50.
c) com 30 quantidades: receita de R$11.110 (-) custo 
variável de R$6.600 (-) despesa variável de R$555 = 
chegando uma margem de contribuição de R$3.945 (-) 
custo fixo de aluguel R$3.945 = monta-se um resultado 
nulo ou zero, ou seja, atingiu o seu ponto de equilíbrio.
d) com 50 quantidades: receita de R$18.500 (-) custo variável 
de R$11.000 (-) despesa variável de $925 = chegando uma 
margem de contribuição de R$6.575 (-) custo fixo de aluguel 
R$3.945 = monta-se um resultado positivo de R$2.630,00.
e) com 100 quantidades: receita de R$37.000 (-) 
custo variável de R$22.000 (-) despesa variável de 
R$1.850 = chegando uma margem de contribuição 
de R$13.150 (-) custo fixo de aluguel R$3.945 = 
monta-se um resultado positivo de R$9.205,00.
Observa-se, então, que a empresa Flor de Liz terá 
previamente um caminho a seguir nessa convenção – e com 
apoio da a análise CVL, tomará a melhor decisão antes e 
durante a convenção, a fim de obter o melhor resultado.
135
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
AGORA É COM VOCÊ
Pesquise e estude as ferramentas da análise CVL (custo-volume-lucro), 
poiselas irão proporcionar muito conhecimento a você e, ainda, irão 
melhorar as suas habilidades e competências, tornando-o(a) em um(a) 
gestor(a) de custos muito valorizado(a) no mercado de trabalho.
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
A Margem de Contribuição também é conhecida como 
Ganho Bruto sobre as Vendas. Ela indica para o gestor quanto 
sobra das vendas para que a empresa possa pagar seus custos 
e despesas fixas, e ainda gerar um resultado positivo. É essa 
sobra que se considera como sendo a Margem de Contribuição.
Em qualquer que seja o segmento: indústria, comércio ou 
prestação de serviços, é possível apurar o valor e o percentual 
respectivos da Margem de Contribuição. Para ficar mais claro, 
vamos desmembrar a “Margem de Contribuição”:
• Margem - porque é a diferença entre o valor de 
venda (preço de venda) e os valores dos custos 
e das despesas específicas dessas vendas, ou 
136
GESTÃO DE CUSTOS
seja, valores também conhecidos como custos 
variáveis e despesas variáveis da venda;
• de Contribuição - porque representa o quanto 
esse valor da margem contribui para o pagamento 
dos custos fixos e das despesas fixas e para 
gerar um resultado, que se for positivo, será 
o lucro, caso for negativo, será o prejuízo.
A utilização da margem de contribuição nas mais 
diversas empresas, seja em um produto, linha de produtos, 
departamentos ou unidades de negócio, sempre existirá para 
apoiar a melhor tomada de decisão.
Outra situação importante diz respeito sobre conhecer a 
margem de contribuição que as vendas proporcionam mesmo 
antes de serem realizadas, e isso a torna fundamental para 
o planejamento das ações da empresa, principalmente ao se 
considerar que essa previsão pode ser aplicada no momento 
do cálculo do preço de venda dos produtos ou prestação de 
serviços, sendo essencial para tomar alguma decisão.
Cada atividade empresarial, em função de sua natureza 
e de suas características estruturais, apresenta diferentes 
elementos que representam custos e despesas, os quais 
137
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
precisam ser analisados individualmente para que se conheça 
aqueles que são variáveis e aqueles que são fixos. 
Para calcular a margem de contribuição, é preciso realizar 
a seguinte operação: MC = {valor das vendas (-) [valor dos 
(custos variáveis + despesas variáveis)]}. Repare a Figura 49:
Figura 49 – Modelo de cálculo da margem de contribuição
Cálculo da margem de contribuição
Receita de vendas R$ XXX,XX
( - ) Custos variáveis (R$ XXX,XX)
( - ) Despesas variáveis (R$ XXX,XX)
(=) Margem de contribuição R$ XXX,XX
Fonte: elaborado pelo autor
O cálculo da margem de contribuição total da empresa 
representa também a margem média ponderada que calcula 
tudo o que é vendido. Em uma empresa, é normal existirem 
produtos e serviços com preços, custos e despesas diferentes 
uns dos outros. Por isso, é muito importante apurar a margem 
de contribuição de cada um dos produtos e serviços prestados.
É importante dizer que existem situações que ao analisar 
a margem de contribuição de um produto ou serviço prestado, 
138
GESTÃO DE CUSTOS
ela pode apresentar uma margem negativa. Em outras palavras, 
quando o valor do preço de venda é inferior à soma dos valores 
dos custos variáveis e das despesas variáveis, a margem não está 
contribuindo para o seu propósito maior que é o de contribuir 
para pagar os gastos fixos e ainda gerar um resultado positivo.
Nesse caso, a margem que não contribui poderá ser 
aceitável em uma empresa se essa decisão estiver relacionada 
a alguma estratégia da área comercial, com total conhecimento 
por parte dos gestores, sendo uma decisão consciente. Mas, 
ainda assim, deve-se avaliar se as vendas de outros produtos 
e serviços agregados e conectados à estratégia apresentam 
margens que compensem a margem de contribuição negativa 
de alguns produtos e serviços naquele momento. 
Entretanto, o objetivo principal da gestão de custos 
e dos gestores, geralmente, deve ser a busca da melhor 
margem de contribuição para seus produtos e serviços, 
e isso depende das negociações que reduzem os custos 
fixos e variáveis e das despesas fixas e variáveis. Por outro 
lado, ter o valor do preço de venda aumentado também 
pode representar uma solução, mas o novo preço deve ser 
bem avaliado, pois o produto ou serviço prestado deverá 
proporcionar benefícios aos seus clientes, sem perder a 
competitividade frente aos seus concorrentes.
139
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
APLICABILIDADE DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
Uma empresa produz os produtos Alfa, Beta e Gama. Em 
outubro desse ano, os produtos foram fabricados e vendidos 
com as informações da Figura 50, a seguir:
Figura 50 – Cálculo da margem de contribuição unitária
PRODUTO
PREÇO DE 
VENDA 
UNITÁRIO
CUSTO 
VARIÁVEL 
UNITÁRIO
DESPESA 
VARIÁVEL 
UNITÁRIA
MARGEM DE 
CONTRIBUIÇÃO 
UNITÁRIA
QUANTIDADE 
VENDIDA NO 
PERÍODO
Alfa R$350,00 R$195,00 R$42,00 R$113,00 2.300
Beta R$498,00 R$222,00 R$85,00 R$191,00 1.850
Gama R$285,00 R$187,00 R$48,00 R$50,00 3.150
Fonte: elaborado pelo autor
Na Figura 50, o valor da margem de contribuição unitária 
deriva do valor de venda, deduzindo-se os valores de custos 
e despesas variáveis. Sabe-se que, em outubro, a empresa 
possui o valor de R$198.550,00 de custos e despesas fixas. Com 
as informações calculadas até o momento, iremos apurar o 
resultado total final da empresa no mês de outubro desse ano, 
vejamos na Figura 51:
Figura 51 – Cálculo do resultado no mês de outubro
PRODUTO: QUANTIDADE VENDIDA
MARGEM DE 
CONTRIBUIÇÃO 
UNITÁRIA
VALORES TOTAIS
Alfa 2.300 R$113,00 R$259.900,00
140
GESTÃO DE CUSTOS
Beta 1.850 R$191,00 R$353.350,00
Gama 3.150 R$50,00 R$157.500,00
Margem de Contribuição Total R$770.750,00
(-) Gastos fixos do período (R$198.550,00)
= Resultado do período R$572.200,00
Fonte: elaborado pelo autor
A Figura 51 demonstra o resultado apurado pela 
empresa no mês de outubro desse ano. Ela considera as 
quantidades totais de venda de cada um dos produtos, 
multiplicando-se pela margem de contribuição unitária 
calculada na tabela XX. Chegou-se ao montante denominado 
“Margem de Contribuição Total” que deduziu os valores de 
gastos fixos, chegando, por fim, no resultado do mês.
Como se trata de uma ferramenta de gestão de custos, 
outras formas de demonstrar o resultado podem ser feitas, 
vejamos um exemplo disso na Figura 52:
Figura 52 – Cálculo do resultado desmembrado
ITEM: PRODUTO ALFA
PRODUTO 
BETA
PRODUTO 
GAMA TOTAIS
1) Quantidade vendida 2.300 1.850 3.150
2) Preço de venda unitário $350,00 R$498,00 R$285,00
3) Receita total (1 X 2) R$805.000,00 R$921.300,00 R$897.750,00 R$2.624.050,00
4) Custo variável unitário R$195,00 R$222,00 R$187,00
141
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
5) Despesa variável unitária R$42,00 R$85,00 R$48,00
6) Gasto variável unitário 
(4 + 5)
R$237,00 R$307,00 R$235,00
7) Gastos variáveis totais 
(1 X 6)
R$545.100,00 R$567.950,00 R$740.250,00 R$1.853.300,00
8) Margem de Contribuição 
[3 (-) 7]
R$259.900,00 R$353.350,00 R$157.500,00 R$770.750,00
9) Gastos fixos R$198.550,00
10) Resultado do período [8 (-) 9] R$572.200,00
Fonte: elaborado pelo autor
Portanto, na gestão de custos, existe a possibilidade de 
criar a sua demonstração, o seu gosto e suas habilidades, 
desde que não se perca nos conceitos e conteúdo a serem 
apresentados aos demais gestores da empresa, para que 
aquilo que é importante seja ressaltado.
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 
E OS GASTOS FIXOS IDENTIFICADOS
Existem algumas situações em que um produto, uma linha 
de produtos, um segmento ou uma unidade de negócios da 
empresa podem exigir gastos fixos, próprios para a produção 
ou sua comercialização. Vamos supor, por exemplo, que a 
fabricação de determinado produto demande o uso de uma 
142
GESTÃO DE CUSTOS
máquina específica. Nesse caso, a depreciação dessa máquina 
(que é um custo fixo) deve ser identificada e custeada como um 
item exclusivo desse produto. 
Nessas circunstâncias, para se calculara margem de 
contribuição desse produto, das receitas do produto, deve-se 
deduzir os custos fixos e as despesas fixas, juntamente com os custos 
e despesas variáveis. Desse modo, haveria diferentes níveis de 
margem de contribuição, como apresentado na Figura 53, a seguir:
Figura 53 – Modelo da margem de contribuição com gastos fixos identificados
ITEM / PRODUTO CAMA MESA BANHO TOTAIS
Receita de vendas R$000,00 R$000,00 R$000,00 R$000,00
(-) Custos Variáveis R$000,00 R$000,00 R$000,00 R$000,00
(-) Despesas Variáveis R$000,00 R$000,00 R$000,00 R$000,00
= Margem de Contribuição 1 R$000,00 R$000,00 R$000,00 R$000,00
(-) Custos Fixos Identificados R$000,00 R$000,00 R$000,00 R$000,00
(-) Despesas Fixas Identificadas R$000,00 R$000,00 R$000,00 R$000,00
= Margem de Contribuição 2 R$000,00 R$000,00 R$000,00 R$000,00
(-) Custos fixos não identificados R$000,00
(-) Despesas fixas não identificadas R$000,00
= Resultado do período R$000,00
Fonte: elaborado pelo autor
A aplicação desse modelo de margem de contribuição com 
gastos identificados ajuda muito a melhorar a gestão dos custos 
143
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
e despesas dos produtos, linhas de produtos, departamentos e 
unidades de negócios da empresa.
APLICABILIDADE DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 
COM GASTOS FIXOS IDENTIFICADOS
A empresa Mar & Terra, no momento, trabalha com um 
único produto, analise a Figura 54:
Figura 54 – Apuração da margem de contribuição e resultado do período
ESTRUTURA PRODUTO PLANTA
Quantidade vendida 850
Preço de venda unitário R$1.900,00
(-) Custo variável unitário (R$696,00)
(-) Despesa variável unitária (R$209,00)
= Margem de Contribuição 
Unitária
R$995,00 Total
Vendas Totais 850 X R$1.900,00 R$1.615.000,00
(-) Custos variáveis totais 850 X R$696,00 (R$591.600,00)
(-) Despesas variáveis totais 850 X R$209,00 (R$177.650,00)
= Margem de Contribuição Total 850 X R$995,00 R$845.750,00
(-) Custos e Despesas Fixos (R$408.000,00)
= Resultado do período R$437.750,00
Participação do produto 100,0%
Fonte: elaborado pelo autor
144
GESTÃO DE CUSTOS
Após uma pesquisa de mercado, a empresa identificou 
a possibilidade de lançar um novo produto denominado 
Raiz. Sabe-se que esse produto poderá trazer um maior valor 
agregado para a empresa, mas haverá algumas alterações 
estruturais na empresa, vejamos:
• esse novo produto Raiz poderá ser vendido por 
R$2.100,00, desde que o produto Planta fosse 
vendido a um preço 5% menor do que atualmente, 
para que o cliente perceba diferença de valor;
• as despesas variáveis (comissões sobre as 
vendas) são as mesmas para os dois produtos, 
ou seja, 11% sobre o preço de venda unitário;
• a empresa imagina que deixará de vender 
350 unidades do produto Planta e que 
venderá 450 do novo produto Raiz;
• o custo variável do produto Raiz é 22% maior 
que o custo variável do produto Planta;
• para efetivar essa modificação no mix de venda dos 
produtos, a empresa precisará fazer um ajuste nos 
gastos fixos e o valor atual sofrerá um acréscimo 
145
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
de 20%, ficando 45% do valor como gasto fixo no 
produto Planta, outros 25% identificados no produto 
Raiz e a diferença sendo comum a toda a empresa.
Com as informações iniciais mais as adicionais, pede-se para 
calcular a nova situação da empresa Mar & Terra. Veja na Figura 55:
Figura 55 – Apuração da margem de contribuição e resultado do período
ESTRUTURA PRODUTO PLANTA PRODUTO RAIZ TOTAL
Quantidade 500 450 950
Preço de venda unitário R$1.805,00 R$2.100,00
(-) Custo variável R$696,00 R$849,12
(-) Despesa variável R$198,55 R$231,00
= Margem de Contribuição 
unitária
R$910,45 R$1.019,88
Receita total R$902.500,00 R$945.000,00 R$1.847.500,00
(-) Custo variável total R$348.000,00 R$382.104,00 R$730.104,00
(-) Despesa variável total R$99.275,00 R$103.950,00 R$203.225,00
= M.C. Total 1 R$455.225,00 R$458.946,00 R$914.171,00
(-) Gastos fixos identificados R$220.320,00 R$122.400,00 R$342.720,00
= M.C. Total 2 R$234.905,00 R$336.546,00 R$571.451,00
Participação do Produto 41,11% 58,89%
(-) Gastos fixos não identificados R$146.880,00
= Resultado do período R$424.571,00
Fonte: elaborado pelo autor
146
GESTÃO DE CUSTOS
Considerações a fazer após a apuração do novo resultado 
da empresa, usando o conceito de margem de contribuição 
com gastos fixos identificados e ainda contando com a inclusão 
do produto Raiz junto ao produto Planta. Note-se que essa 
inserção provocou alterações em diversos itens, vejamos:
• altera-se o preço de venda do produto Planta;
• altera-se a quantidade vendida do produto Planta;
• incorpora a quantidade vendida do produto Raiz;
• incorpora o custo variável do produto Raiz;
• os gastos fixos são alterados, pois há um 
aumento de 20% em valor total;
• os gastos fixos, na medida do possível, 
são identificados nos dois produtos;
• a produtividade é alterada, pois haverá um aumento 
de 11% na quantidade total, passando de 850 para 
950 unidades, pois serão trocadas 350 unidades do 
produto Planta por 450 unidades do produto Raiz;
147
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
• o produto Planta, que 
representava 100,00% da 
margem de contribuição da 
empresa, agora é responsável 
por 41,11%, e o novo produto 
Raiz representa 58,89%;
• o resultado do período teve uma 
redução na ordem de 3,0%, que 
no olhar imediato não parece 
ser atraente, pois revela uma 
queda, porém, observando-
se que a empresa tomou uma 
decisão de ampliar seu potencial 
de produção, dando mais 
uma opção de produto aos 
seus clientes, espera-se que a 
recuperação seja boa e que o 
mercado possa fazer o seu papel 
de consumidor, e, internamente, 
os gestores possam administrar 
os custos e despesas identificáveis 
em prol de sua otimização. 
A margem de contribuição 
aliada aos custos e despe-
sas facilitam o controle e 
avaliação da produção.
Fonte: Shutterstock
148
GESTÃO DE CUSTOS
Portanto, a margem de contribuição aliada aos custos 
e despesas identificados facilitam ainda mais o controle 
e avaliação da produção, e a tomada de decisão fica mais 
assertiva em busca dos melhores resultados da empresa.
PONTO DE EQUILÍBRIO 
(BREAK-EVEN POINT)
O ponto de equilíbrio representa o volume de atividade 
operacional em que o total da quantidade vendida se iguala 
aos custos e despesas. 
Outra forma de apreciar o conceito é a seguinte: o 
ponto de equilíbrio mostra o nível de atividade ou volume 
operacional em que a receita total das vendas se iguala ao 
somatório dos custos e despesas variáveis totais mais os 
custos e despesas fixos. 
Assim, o ponto de equilíbrio evidencia os parâmetros que 
mostram capacidade mínima em que a empresa deve manter 
sua operação para não ter lucro nem prejuízo. 
 O ponto de equilíbrio também pode ser descrito como o 
ponto de ruptura (break-even point).
149
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
PONTO DE EQUILÍBRIO E 
GESTÃO DE CURTO PRAZO
É importante ressaltar que o ponto 
de equilíbrio costuma ser utilizado para 
a gestão de curto prazo da empresa. 
Representa aquele momento em que a 
empresa está funcionando normalmente e 
tem um lucro igual à zero. Ou seja, nesse 
ponto de capacidade de sua operação, 
a empresa consegue cobrir os custos e 
despesas variáveis das unidades vendidas 
e cobre todos os custos e despesas da 
estrutura produtiva, conhecidos também 
como gastos fixos. 
Perceba que estamos nos referindo 
a uma condição aceitável apenas a curto 
prazo, porque não se pode pensar em 
um planejamento de longo prazo para 
uma empresa em que não haja resultado 
positivo nem sejam remunerados os 
detentores de suas fontes de recursos.
O ponto de 
equilíbrio 
costuma ser 
utilizado para 
a gestão de 
curto prazo da 
empresa.
150
GESTÃO DE CUSTOS
EQUAÇÃO E REPRESENTAÇÃO GRÁFICA 
DO PONTO DE EQUILÍBRIO 
Como o ponto de equilíbrio é aquele onde o lucro líquido é 
igual a zero, a equação ficará como está descrito na Figura 56.
Figura 56 – Equação do ponto de equilíbrio
A igualdade nos 
valores de receita 
comos valores de 
custos + despesas 
representa que a 
empresa está no 
Ponto de Equilíbrio
Volume de 
receita de 
vendas
Volume de
custos
Volume de 
despesas
Fonte: elaborado pelo autor
Veja que a equação iguala todo o montante de receita de 
vendas com os volumes de custos e despesas, e nesse momento 
a empresa tem uma situação de equilíbrio, pois tudo que 
produziu e vendeu pagou todas as despesas e custos existentes. 
A seguir, vamos ver a representação gráfica do ponto de 
equilíbrio na Figura 57.
151
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
Figura 57 – Representação gráfica do ponto de equilíbrio
Variáveis Custos e
despesas
totais
Receitas 
totais
Ponto de 
equilíbrio
$
Volume
PONTO DE EQUILÍBRIO
Fixos
Fonte: elaborado pelo autor
A representação gráfica permite verificar que o ponto 
de equilíbrio determina aquele momento em que há 
quantidade e valores de vendas suficiente para fazer frente 
aos custos (fixos e variáveis). E se a empresa se mantiver 
no patamar abaixo desse ponto, operará com prejuízo e 
inversamente. Ou seja, se a empresa se mantiver acima do 
ponto de equilíbrio, operará com lucro.
PONTO DE EQUILÍBRIO EM QUANTIDADE
O ponto de equilíbrio em quantidade tem o objetivo de 
determinar a quantidade mínima que a empresa deve produzir 
152
GESTÃO DE CUSTOS
e vender. Abaixo dessa quantidade de produção e vendas, 
seguramente operará com prejuízo. Partindo da equação 
mostrada, a fórmula do ponto de equilíbrio em quantidade é a 
que está representada na Figura 58:
Figura 58 – Equação do ponto de equilíbrio em quantidade
PONTO DE EQUILÍBRIO EM QUANTIDADE
CUSTOS FIXOS + DESPESAS FIXAS
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA
Fonte: elaborado pelo autor
A Figura 58 mostra que para calcular o ponto de equilíbrio 
em quantidade, será necessário montar o numerador (Custos 
fixos + Despesas fixas) e dividi-lo pelo denominador margem 
de contribuição unitária, ou seja, aqui temos uma fórmula 
que deriva de um cálculo prévio em seu denominador, 
que inicialmente precisa-se calcular o valor da margem de 
contribuição unitária e em seguida terá condição de calcular o 
ponto de equilíbrio em quantidade.
PONTO DE EQUILÍBRIO EM VALOR
Em determinadas situações, notadamente, quando 
o leque de produtos da empresa pode ser muito grande, 
153
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
haverá dificuldades de se obter o mix ideal de produtos e 
suas quantidades no ponto de equilíbrio, e como existem 
dificuldades de identificar os custos e despesas fixas para 
cada produto, teremos de nos valer de uma informação global 
expressa em um denominador monetário. 
Assim, traduz-se o ponto de equilíbrio em valor, ou seja, 
calcula-se qual será o valor mínimo a ser vendido para que a 
empresa não tenha lucro nem prejuízo em um determinado 
momento. Para esse cálculo, é necessário saber a margem de 
contribuição em percentual sobre o preço de venda, que se dá 
por meio da conta: margem de contribuição unitária dividida 
pelo preço de venda unitário. Veja na Figura 59:
Figura 59 – Equação do ponto de equilíbrio em valor
PONTO DE EQUILÍBRIO EM VALOR
CUSTOS FIXOS + DESPESAS FIXAS
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA
PREÇO DE VENDA UNITÁRIO
Fonte: elaborado pelo autor
A Figura 59 mostra que para calcular o ponto de equilíbrio 
em valor, será necessário montar o numerador (Custos fixos + 
Despesas fixas) e dividi-lo pelo denominador, que é uma outra 
154
GESTÃO DE CUSTOS
conta prévia onde divide-se a margem de contribuição unitária 
pelo preço de venda unitário, ou seja, aqui temos uma fórmula 
que deriva de dois cálculos prévios em seu denominador, em 
que inicialmente precisa-se calcular o valor da margem de 
contribuição unitária e, em seguida, deverá ser dividido pelo 
preço de venda unitário. Somente a partir disso feito, você terá 
condição de calcular o ponto de equilíbrio em quantidade.
TIPOS DE PONTO DE EQUILÍBRIO
Na literatura, são encontradas diversas modalidades de 
ponto de equilíbrio que permitem prover a necessidade de 
informações dos gestores em vários aspectos. Para tanto, as 
fórmulas de cálculo utilizadas são adaptadas ao contexto da 
informação requerida, por meio da:
• retirada de alguns fatores da fórmula de cálculo 
[como alguns tipos de custos ou despesas 
não desembolsáveis (depreciação)];
• introdução do valor do lucro que se pretende atingir 
(determinando-se uma meta a ser alcançada);
• inserção de pagamentos a serem efetuados 
no período analisado (quando, por 
155
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
exemplo, se deseja adquirir algum bem ou 
liquidar alguma dívida no período).
Com isso, dependendo da necessidade de informações 
e da fórmula como é calculado, o ponto de equilíbrio recebe 
denominações distintas:
• PEC – Ponto de equilíbrio contábil;
• PEE – Ponto de equilíbrio econômico; 
• PEF – Ponto de equilíbrio financeiro.
Vale dizer que, nas três modalidades, o ponto de equilíbrio 
pode ser calculado tanto em valor, tanto em quantidades. 
PEC - PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL
O ponto de equilíbrio contábil consiste naquele momento 
em que as receitas totais da empresa se equilibram com 
os custos e despesas totais. O PEC (como é chamado) é 
influenciado pelo preço de venda e volume de vendas, bem 
como a estrutura de custos fixos e despesas totais.
O PEC em quantidades representa a quantidade 
necessária de unidades vendidas, e o PEC em valor representa 
as unidades necessárias multiplicadas pelo valor de venda 
unitário. Vale dizer que, em ambos os casos, existe a premissa 
156
GESTÃO DE CUSTOS
de suprir os custos e despesas variáveis somados aos custos e 
despesas fixas totais do período.
Veja, agora, as fórmulas do PEC em quantidade e em valor 
representadas na Figura 60:
Figura 60 – Equação do ponto de equilíbrio contábil em quantidade e em valor
PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL (PEC) 
EM QUANTIDADE:
EM VALOR:
CUSTOS FIXOS $
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA
CUSTOS FIXOS $
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA
PREÇO DE VENDA UNITÁRIO
Fonte: elaborado pelo autor
A Figura 60 mostra que para calcular o ponto de equilíbrio 
contábil (PEC) em quantidade, será necessário montar o 
numerador (custos fixos + despesas fixas) e dividi-lo pelo 
denominador margem de contribuição unitária, ou seja, aqui 
temos uma fórmula que deriva de um cálculo prévio em seu 
denominador, em que inicialmente precisa-se calcular o valor 
da margem de contribuição unitária e em seguida terá condição 
de calcular o ponto de equilíbrio em quantidade. Para se 
157
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
calcular o ponto de equilíbrio contábil 
(PEC) em valor, será necessário montar 
o numerador (custos fixos + despesas 
fixas) e dividi-lo pelo denominador, que 
é uma outra conta prévia onde se divide 
a margem de contribuição unitária pelo 
preço de venda unitário, ou seja, aqui 
temos uma fórmula que deriva de dois 
cálculos prévios em seu denominador, que 
inicialmente precisa-se calcular o valor da 
margem de contribuição unitária e, em 
seguida, deverá ser dividido pelo preço 
de venda unitário. Somente a partir disso 
feito, você terá condição de calcular o 
ponto de equilíbrio em quantidade.
APLICABILIDADE DO PONTO DE 
EQUILÍBRIO CONTÁBIL (PEC)
A empresa SP Brasil fabrica bicicletas 
infantis, e no ano corrente sua estrutura de 
produção tem as seguintes características:
• custos + despesas variáveis: 
R$600,00/unidade;
Uma empresa precisa 
encontrar o ponto de 
equilíbrio contábil para 
conseguir ter sucesso e 
manter a saúde financeira.
Fonte: Shutterstock
158
GESTÃO DE CUSTOS
• custos + despesas fixas: R$4.000.000,00/ano;
• preço de venda: R$800,00/unidade.
Usando as informações, vamos calcular o PEC em quantidade 
e valor para a empresa SP Brasil, como mostrado na Figura 61:
Figura 61 – Cálculo do PEC em quantidade e em valor
PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL (PEC) 
EM QUANTIDADE:
EM VALOR:
R$ 4.000.000,00
R$ 800,00 (-) R$ 600,00
= 20.000 unidades
R$ 4.000.000,00
R$ 200,00
R$ 800,00
= R$ 16.000.000,00
Fonte: elaborado pelo autor
Paracalcular o PEC em quantidade e em valor, 
substituímos o conteúdo das fórmulas com os respectivos 
valores do enunciado, portanto:
• PEC (em quantidade) = 20.000 unidades; 
• PEC (em valor) = R$16.000.000,00.
Ou seja, nessas condições, a empresa SP Brasil deverá fabricar 
e vender 20.000 bicicletas infantis e faturar R$16.000.000,00 para 
159
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
alcançar o ponto de equilíbrio contábil, e se 
ficar abaixo desse patamar, terá prejuízo, e 
acima desse patamar, obterá lucro.
PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO 
O ponto de equilíbrio econômico 
consiste em quando as receitas se igualam 
aos custos e despesas, adicionando aqui o 
lucro esperado pela empresa ou o custo de 
oportunidade do capital investido.
Quando um investidor resolve aportar 
recursos em uma determinada empresa, é 
sabido que o fará esperando um retorno do 
seu capital investido, e, assim, a empresa 
deve considerar em seu planejamento o 
cálculo do ponto de equilíbrio econômico 
para fazer frente a esse item oneroso.
A Figura 62 mostra que para calcular 
o ponto de equilíbrio econômico (PEE) 
em quantidade, será necessário montar 
o numerador [(custos fixos + despesas 
fixas) mais o lucro esperado ou o retorno 
do capital investido] e dividi-lo pelo 
CUSTO DE OPORTUNIDADE
Segundo Gitman, “custo de opor-
tunidade” são fluxos de caixa que 
poderiam ser obtidos com a melhor 
utilização de um ativo possuído 
pela empresa. Portanto, são fluxos 
de caixa que não serão realizados 
por causa do emprego no ativo no 
projeto proposto. 
Fonte: GITMAN, Lawrence J. Prin-
cípios de administração financeira. 
12. ed. São Paulo: Pearson Prentice 
Hall, 2010.
160
GESTÃO DE CUSTOS
denominador margem de contribuição unitária. Para se calcular 
o ponto de equilíbrio econômico (PEE) em valor, será necessário 
montar o numerador [(custos fixos + despesas fixas) mais o 
lucro esperado ou o retorno do capital investido] e dividi-lo pelo 
denominador, que é uma outra conta prévia onde divide-se a 
margem de contribuição unitária pelo preço de venda unitário.
Figura 62 – Equação do ponto de equilíbrio econômico em quantidade e em valor
PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO (PEE) 
EM QUANTIDADE:
EM VALOR:
CUSTOS FIXOS $ + LUCRO ESPERADO $
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA
CUSTOS FIXOS $ + LUCRO ESPERADO $
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA
PREÇO DE VENDA UNITÁRIO
Fonte: elaborado pelo autor
APLICABILIDADE DO PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO (PEE)
Relembrando, a empresa SP Brasil fabrica bicicletas infantis, 
e, no ano corrente, sua estrutura de produção tem as seguintes 
características:
• custos + despesas variáveis: R$600,00/unidade;
• custos + despesas fixas: R$4.000.000,00/ano;
161
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
• preço de venda: R$800,00/unidade.
Ela apresentou ainda um patrimônio líquido no início do ano 
de R$10.000.000,00, que trabalhados para render o mínimo de 
10% ao ano, proporciona um retorno mínimo de R$1.000.000,00. 
Vale dizer que se essa é a taxa de juros do mercado, conclui-
se que o verdadeiro lucro da atividade será obtido quando 
contabilmente o resultado for superior a esse valor. Logo, haverá 
um Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE) quando houver um 
lucro contábil de R$1.000.000,00. Veja os cálculos na Figura 63:
Figura 63 – Cálculo do ponto de equilíbrio econômico em quantidade e em valor
EM QUANTIDADE:
EM VALOR:
R$ 4.000.000,00 + R$ 1.000.000,00
R$ 800,00 (-) R$ 600,00
= 25.000 unidades
R$ 4.000.000,00 + R$ 1.000.000,00
R$ 200,00
R$ 800,00
= R$ 20.000.000,00
PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO (PEE) 
Fonte: elaborado pelo autor
Para calcular o PEE em quantidade e em valor, 
substituímos o conteúdo das fórmulas com os respectivos 
valores do enunciado, portanto:
162
GESTÃO DE CUSTOS
• PEE (em quantidade) = 25.000 unidades; 
• PEE (em valor) = R$20.000.000,00.
Ou seja, nessas condições, a empresa SP Brasil deverá 
fabricar e vender 25.000 bicicletas infantis e faturar 
R$20.000.000,00 para alcançar o ponto de equilíbrio econômico, 
que será capaz de fazer frente aos custos e despesas totais e, 
ainda, ter recursos para bancar o custo de oportunidade (lucro 
esperado ou retorno de capital) da empresa.
PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO
O ponto de equilíbrio financeiro consiste em identificar 
o momento em que as receitas se igualam aos custos e 
despesas, desconsiderando as despesas e custos registrados 
contabilmente e que não houve os respectivos desembolsos 
financeiros, um caso típico da depreciação e amortização. 
Ainda serão considerados e adicionados aqueles valores 
de financiamentos destinados a expansão dos negócios que 
estão no escopo do planejamento da empresa para o período.
A Figura 64 mostra que para calcular o ponto de 
equilíbrio financeiro (PEF) em quantidade, será necessário 
montar o numerador [(Custos fixos + Despesas fixas) 
menos a depreciação ou amortização mais o valor 
de financiamento obtido no período] e dividi-lo pelo 
163
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
denominador margem de contribuição unitária. Para se 
calcular o ponto de equilíbrio financeiro (PEF) em valor, 
será necessário montar o numerador [(custos fixos + 
despesas fixas) menos a depreciação ou amortização mais o 
valor de financiamento obtido no período] e dividi-lo pelo 
denominador (margem de contribuição unitária dividida 
pelo preço de venda unitário).
Figura 64 – Equação do ponto de equilíbrio financeiro em quantidade e em valor
PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO (PEF) 
EM QUANTIDADE:
EM VALOR:
CUSTOS FIXOS $ (-) DEPRECIAÇÃO + DIVIDAS DO PERÍODO 
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA
CUSTOS FIXOS $ (-) DEPRECIAÇÃO + DIVIDAS DO PERÍODO 
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA
PREÇO DE VENDA UNITÁRIO
Fonte: Elaborado pelo autor
APLICABILIDADE DO PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO (PEF)
Considerando e relembrando as informações anteriores da 
empresa SP Brasil, temos as seguintes informações:
• custos + despesas variáveis: R$600,00/unidade;
• custos + despesas fixas: R$4.000.000,00/ano;
164
GESTÃO DE CUSTOS
• preço de venda: R$800,00/unidade;
• retorno do capital: R$1.000.000,00.
Sabe-se que do valor de custos e despesas fixas, 
R$800.000,00 correspondem às depreciações de todos os bens 
imobilizados da empresa. A intenção da SP Brasil é de adquirir 
um financiamento de R$2.200.000,00 para o próximo ano. 
Vamos ao cálculo do PEF, demonstrado na Figura 65:
Figura 65 – Cálculo do ponto de equilíbrio financeiro em quantidade e em valor
EM QUANTIDADE:
EM VALOR:
R$ 4.000.000,00 + R$ 1.000.000,00 (-) R$ 800.000,00 + R$ 2.200.000,00
R$ 800,00 (-) R$ 600,00
= 32.000 unidades
R$ 4.000.000,00 + R$ 1.000.000,00 (-) R$ 800.000,00 + R$ 2.200.000,00
R$ 200,00
R$ 800,00
= R$ 25.600.000,00
PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO (PEF) 
Fonte: elaborado pelo autor
Para calcular o PEF em quantidade e em valor, 
substituímos o conteúdo das fórmulas com os respectivos 
valores do enunciado em todas as fases, portanto:
• PEF (em quantidade) = 32.000 unidades;
165
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
• PEF (em valor) = R$25.600.000,00.
Ou seja, nessas condições, a empresa SP Brasil deverá 
fabricar e vender 32.000 bicicletas infantis e faturar 
R$25.600.000,00 para alcançar o ponto de equilíbrio financeiro 
no período. Assim, será capaz de fazer frente aos custos e 
despesas totais, ter recursos suficientes para bancar o custo de 
oportunidade (lucro esperado ou retorno de capital) e, ainda, 
ter fôlego financeiro para arcar com o valor do financiamento 
proposto pela empresa.
MARGEM DE SEGURANÇA
No mundo competitivo, em que as empresas precisam se 
reinventar para alcançar os seus objetivos, existem situações em 
que elas podem estar preparadas e existem aquelas situações 
fortuitas, em que as empresas não têm controle sobre as 
ações, mas precisam dar respostas em razão do acontecido e 
manter sua existência. Portanto, como já visto, a empresa que 
trabalha no ponto de equilíbrio, pode estar em uma situação de 
desvantagem competitiva, pois apresenta um resultado nulo, 
no que diz respeitoaos valores e quantidades, pois ela, nesse 
ponto, não apresenta nem lucro nem prejuízo.
166
GESTÃO DE CUSTOS
Quando a empresas apresentam um resultado positivo e 
com lucro, isso proporciona uma série de oportunidades que 
podem ser simplesmente um retorno do capital investido e/
ou até mesmo uma expansão e crescimento dos negócios. 
Portanto, é preciso que não haja espaço para deslizes de 
qualquer natureza, e as empresas não podem estar vulneráveis 
às situações inesperadas.
Assim, a empresa deve tomar uma atitude prudente e 
conservadora e operar com uma certa margem de segurança, 
margem essa que estará acima do ponto de equilíbrio, seja em 
quantidade e/ou valor. E, segundo Veiga (2016),
Margem de segurança em unidades e em valores 
representa o volume de vendas que supera as vendas 
calculadas no ponto de equilíbrio. Haverá margem de 
segurança quando as vendas realizadas ou projetadas 
em unidade, em valor e em porcentagem, diminuírem 
até o limite das vendas no ponto de equilíbrio.
Para melhor entendimento do conceito, acompanhe 
esta situação – se as vendas no ponto de equilíbrio forem 
de R$15.000,00 e as vendas efetivas formaram o montante 
de R$20.000,00, a margem de segurança será de R$5.000,00 
167
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
[R$20.000,00 (-) R$15.000,00]. Se o ponto de equilíbrio em 
quantidades for de 15.000 unidades e as vendas efetivas foram 
de 20.000 unidades, a margem de segurança será de 5.000 
unidades [20.000 (-) 15.000]. E, percentualmente, a margem 
de segurança será o valor ou a quantidade da margem de 
segurança dividido pelo valor ou quantidade das vendas 
efetivas. No caso, a margem de segurança será de 0,25 ou 
25,00% (5.000 / 20.000). O cálculo da margem de segurança se 
dá por meio das fórmulas representadas na Figura 66:
Figura 66 – Fórmulas de cálculo da margem de segurança operacional percentual
a) Quantidade: Determina até quantas unidades as vendas poderão ser 
reduzidas, sem provocar prejuízo, considerando o volume atual de vendas.
MSO(q) = Volume Atual de Vendas - PEC(q)
b) Valor: Determina até qual valor das vendas poderão ser reduzidas, sem 
provocar prejuízo, considerando a receita atual de vendas.
MSO(R$) = Receita Atual de Vendas - PEC(R$)
c) Percentual: Determina até qual percentual das vendas poderão ser 
reduzidas, sem provocar prejuízo, considerando vendas atuais.
ou
MSO(%) = [MSO(R$) / Receita Atual de Vendas] x 100
MSO(%) = [MSO(q) / Volume Atual de Vendas] x 100
FÓRMULAS DA MSO:
Fonte: elaborado pelo autor
168
GESTÃO DE CUSTOS
Com a utilização das fórmulas da MSO (margem de 
segurança operacional), teremos os resultados das margens em 
quantidade, valor e porcentagem.
APLICABILIDADE DA MARGEM 
DE SEGURANÇA OPERACIONAL
A empresa Notícias do Brasil possui as seguintes 
informações que devem ser usadas para calcular a margem 
de segurança operacional:
• quantidade de notícias vendidas = 9.400;
• preço de venda por unidade = R$56,00;
• custos e despesas variáveis por unidade = R$28,00;
• custos e despesas fixas totais = R$201.600,00.
A Figura 67 demonstra que a empresa tem um ponto 
de equilíbrio contábil de 7.200 unidades ao valor de vendas 
de R$403.200,00. Nesse momento, seu volume de vendas 
apresentou um total de 9.400 unidades e um valor de vendas na 
ordem de R$526.400,00. 
169
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
Figura 67 – Margem de segurança operacional – MSO
MSO (R$)
P
L
MSO (q)
Quantidades
Receitas
9.4007.200
526.400,00
403.200,00
Fonte: elaborado pelo autor
Veja, a seguir, a resolução da margem de segurança 
operacional em quantidade, valor e em porcentagem.
• Margem de segurança operacional em quantidade:
• MSO (q) = [volume atual das vendas (-) PEC (q)];
• primeiramente, calcula-se o ponto 
de equilíbrio contábil;
• PEC (q) = gastos fixos / [preço de venda 
(-) margem de contribuição unitária];
170
GESTÃO DE CUSTOS
• PEC (q) = R$201.600,00 / [R$56,00 (-) R$28,00];
• PEC (q) = 7.200 unidades;
• Logo, MSO (q) = [9.400 (-) 7.200] = 2.200 unidades.
• Margem de segurança operacional em valor:
• MSO (R$) = [receitas das vendas (-) PEC (R$)];
• primeiramente, também se calcula 
o ponto de equilíbrio contábil;
• PEC (R$) = [gastos fixos / (margem de 
contribuição unitária / preço de venda unitário)];
• PEC (R$) = [R$201.600,00 / (R$28,00 
/ R$56,00)] = R$403.200,00;
• PEC (R$) = [R$201.600,00 / 0,50] = R$403.200,00;
• Logo, MSO (R$) = [R$526.400,00* (-) 
R$403.200,00] = R$123.200,00;
171
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
• (*) = 9.400 X R$56,00 = R$526.400,00.
• margem de segurança operacional em porcentagem:
• MSO (%) = MSO (R$) / Receita atual X 100;
• MSO (%) = [(R$123.200,00 / 
R$526.400,00) X 100] = 23,40%.
Portanto, a empresa Notícias do Brasil poderá reduzir 
suas vendas até o limite de 23,4%, que é a sua margem de 
segurança, e em uma redução no volume de vendas acima 
dessa porcentagem, a empresa irá entrar na zona desconfortável 
de prejuízos.
ALAVANCAGEM OPERACIONAL
A alavancagem operacional consiste em ser um indicador 
que mostra quantas vezes o percentual de mudança promovido 
no volume de vendas gerou de alteração no percentual do 
resultado. Ou seja, a alavancagem operacional permite que a 
partir de uma variação percentual no volume de vendas, resulte 
em uma alteração diferente na variação do resultado.
172
GESTÃO DE CUSTOS
Isso acontece por ser muito sensível, e, qualquer que seja 
a mudança no volume de vendas, não se pode esperar que a 
mesma mudança seja refletida no resultado, pois, além destes 
itens (vendas e resultado), existem os custos e as despesas 
que precisam ser bem aproveitados, porque a sua otimização 
também participa da formação do resultado. Portanto, os custos 
e despesas também funcionam como uma espécie de alavanca.
 Como se sabe, preliminarmente existe a incógnita em saber 
qual será o resultado alcançado após ser tomada a decisão de 
alterar o volume das vendas. Assim, temos as fórmulas que nos 
auxiliam a encontrar tal resultado, vejamos na Figura 68:
Figura 68 – Fórmulas do GAO (Grau de Alavancagem Operacional)
GAO = % de Aumento no Resultado
% de Aumento no Volume de Vendas
ou
GAO = {[Lucro Atual (-) Lucro Anterior] / Lucro Anterior}
{[Quantidade Atual (-) Quantidade Anterior] /Quantidade Anterior}
Fonte: elaborado pelo autor
No caso da primeira fórmula, deve-se calcular o percentual 
de aumento no volume de vendas e dividi-lo pelo percentual 
de alteração causada no resultado. Na segunda fórmula, deve-
se calcular o numerador, em que inicia-se com o lucro atual, 
deduzindo o lucro anterior. A partir desse resultado, divide-se 
173
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
pelo valor do lucro anterior. Feito isso, 
calcula-se, então, o denominador, que 
também se inicia com a quantidade atual, 
deduzindo a quantidade anterior. A 
partir desse resultado, divide-se pela 
quantidade anterior.
Vale dizer que as fórmulas serão 
utilizadas sempre que houver no mínimo 
dois períodos para efeito de comparação, 
a fim de se identificar o grau de 
alavancagem operacional.
APLICABILIDADE DO GRAU 
DE ALAVANCAGEM 
OPERACIONAL - GAO
Considere que a empresa Sempre 
Firme, em determinado período, esteja 
operando com as respectivas informações:
• preço de venda por unidade 
de produto R$125,00;
A utilização da alavanca-
gem operacional em busca 
dos melhores resultados 
Fonte: Shutterstock
174
GESTÃO DE CUSTOS
• gastos fixos do período R$45.00,00; 
• custos variáveis por unidade vendida R$50,00.
Primeiramente vamos calcular a quantidade do ponto de 
equilíbrio da empresa, assim, teremos:
• PEC (q) = Gastos fixos / Margem 
de Contribuição Unitária;
• PEC (q) = R$45.000,00 / [R$125,00 (-) R$50,00;
• PEC (q) = R$45.000,00 / R$75,00;
• PEC (q) = 600 unidades.
Fazendo a demonstração do resultado da empresa no 
período e considerando o ponto de equilíbrio calculado, veja na 
Figura 69 o que teremos:
Figura 69 – Cálculo do resultado vendendo 600 unidades
ITEM: VALOR COM 600 UNIDADES:
Receita de vendas[600 X R$125,00] R$75.000,00
(-) Custos variáveis [600 X R$50,00] (R$30.000,00)
= Margem de contribuição total R$45.000,00
175
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
(-) Gastos fixos do período (R$45.000,00)
= Resultado do período --0--
Fonte: elaborado pelo autor
Até esse momento, não se fala em alavancagem, pois a 
empresa encontrou o seu ponto de equilíbrio, que, já se sabe, é 
o momento em que as vendas se equivalem aos totais de gastos 
fixos e variáveis e a empresa não tem nem lucro nem prejuízo.
Então, faremos duas simulações simultâneas e contínuas 
no patamar de 25% e 30% e, então, chegaremos ao grau de 
alavancagem operacional proporcionado com as mudanças no 
volume de vendas e as demais informações permanecendo as 
mesmas. Verifique a Figura 70:
Figura 70 – Simulações para o cálculo do GAO
ITEM: 600 UNIDADES 750 UNIDADES 975 UNIDADES
Receita de vendas R$75.000,00 R$93.750,00 R$121.875,00
(-) Custos variáveis (R$30.000,00) (R$37.500,00) (R$48.750,00)
= Margem de contribuição 
total
R$45.000,00 R$56.250,00 R$73.125,00
(-) Gastos fixos do período (R$45.000,00) (R$45.000,00) (R$45.000,00)
= Resultado do período --0-- R$11.250,00 R$28.125,00
Fonte: elaborado pelo autor
176
GESTÃO DE CUSTOS
A partir desse momento, é possível calcular o grau de 
alavancagem operacional alcançado pela empresa Sempre 
Firme com a utilização das fórmulas que já são de nosso 
conhecimento. Então, vamos calcular. Veja a Figura 71:
Figura 71 – Cálculo do GAO tipo 1
GAO = % de Aumento no Resultado
% de Aumento no Volume de Vendas
Trocando as informações por números:
GAO = 1,5 / 0,3 = 5,0 vezes
GAO = [(R$28.125,00 / R$11.250,00) -1]
[(975 / 750) -1]
Fonte: elaborado pelo autor
Ou, ainda, com a utilização de outra fórmula, como está 
representada na Figura 72, teremos:
Figura 72 – Cálculo do GAO tipo 2
Trocando as informações por números:
GAO = 1,5 / 0,3 = 5,0 vezes
GAO = {[R$28.125,00 (-) R$11.250,00] / R$11.250,00}
{[975 (-) 750] / 750}
GAO = {[Lucro Atual (-) Lucro Anterior] / Lucro Anterior}
{[Quantidade Atual (-) Quantidade Anterior] /Quantidade Anterior}
Fonte: elaborado pelo autor
177
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
Os cálculos apresentados do GAO (grau de alavancagem 
operacional) nas Figuras 71 e 72 mostram que a cada 1% de 
aumento no volume de vendas irá proporcionar um aumento 
de cinco vezes a mais o resultado operacional da empresa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, consideramos que a análise CVL, Custo-
Volume-Lucro, é uma ferramenta de gestão de custos que contribui 
com a empresa no sentido de saber o quanto custa produzir, quanto 
se pode produzir e qual é a participação da margem de contribuição 
de cada produto. Decisões gerenciais que podem e devem ser 
tomadas embasadas em critérios bem definidos, proporcionando 
muita tranquilidade e maior assertividade. 
Assim, finalizamos nossa unidade e esperamos que você 
tenha aproveitado e assimilado as ferramentas de análise custo-
volume-lucro aqui abordadas. 
RESUMO
A análise custo-volume-lucro, ou simplesmente CVL, tem uma 
importante função dentro das empresas, pois ela produz informações 
178
GESTÃO DE CUSTOS
relevantes sobre o processo produtivo e o resultado esperado desse 
processo. Responde a várias questões como: Qual produto é mais 
rentável? Quanto custa produzir? Quando deixar de produzir? Por 
que devo investir? Ou seja, é uma ferramenta que possibilita ter 
informação assertiva para a melhor tomada de decisão.
Assim, para o melhor entendimento da nossa disciplina, 
apresentamos, de forma bem detalhada, os principais temas da 
análise CVL. Nesse contexto, estudamos: 
• a análise custo-volume-lucro; 
• a margem de contribuição;
• o ponto de equilíbrio (break-even point);
• a margem de segurança operacional; 
• e o grau de alavancagem operacional.
Como você pôde verificar e acompanhar, nesta unidade de 
análise custo-volume-lucro, foram abordados, de maneira didática, o 
conhecimento teórico e prático, a compreensão, a aplicação e análise. 
Todos como requisitos importantes que têm o propósito comum de 
facilitar a gestão de custos e embasar a tomada de decisão. 
Tudo isso se mostrou viável após compreender a análise 
custo-volume-lucro, conhecer seus objetivos e as características, 
além de demonstrar suas aplicações.
179
ANáLISE CVL: CUSTO - VOLUME - LUCRO
REFERÊNCIAS
DUBOIS, Alexy. Gestão de custos e formação de preços: 
conceitos, modelos e instrumentos: abordagem do capital de 
giro e da margem de lucratividade. Luciana Kulpa, Luiz Eurico 
de Souza. 3. ed. 10. reimpr. São Paulo: Atlas, 2019.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 
12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
HORNGREN, Charles T. Contabilidade de custos, v. 1: uma 
abordagem gerencial. Srikant M. Datar, George Foster. 11. ed. 
São Paulo: Prentice Hall, 2004.
IUDICIBUS, Sergio de. Análise de custos. São Paulo: Atlas, 1988.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. São Paulo: 
Saraiva, 2009.
VEIGA, Windsor Espenser. Contabilidade de custos: gestão em 
comércio, serviço e indústria. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
WERNKE, Rodney. Análise de custos e preços de venda: ênfase 
em aplicações e casos nacionais). São Paulo: Saraiva, 2005.
180
GESTÃO DE CUSTOS
YANASE, João. Custos e formação de preços: importante 
ferramenta para tomada de decisões. São Paulo: Trevisan, 2018.

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