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1.A medida jurídica cabível para o caso em tela é a propositura de ação de busca e apreensão do veículo, nos termos da Lei 9.514/1997, que regula o Sistema de Financiamento Imobiliário e institui a alienação fiduciária de coisa móvel e dá outras providências. A ação de busca e apreensão é uma medida judicial específica prevista para as hipóteses de inadimplemento de obrigações garantidas por alienação fiduciária, como é o caso em questão. Por meio dessa ação, o Banco dos Sonhos poderá requerer a retomada da posse do veículo dado em garantia, além de pleitear a condenação da devedora ao pagamento das parcelas em atraso, acrescidas de juros, multa e demais encargos contratuais. 2.O foro competente para propor a presente ação é o domicílio do devedor, conforme previsto no artigo 3º, §1º, da Lei 9.514/1997. No caso em tela, Juliana e o Banco dos Sonhos elegeram o domicílio da devedora como foro para dirimir quaisquer controvérsias, de modo que a ação deverá ser proposta perante o juízo competente da comarca em que a devedora reside. 3.O valor da causa será o valor do crédito inadimplido, ou seja, o montante das parcelas vencidas e não pagas, acrescido de juros, multa e demais encargos contratuais. No caso em questão, considerando que Juliana deixou de pagar nove parcelas de R$1.600,00, o valor da causa seria de R$14.400,00, acrescido dos encargos contratuais. 4.A ação de busca e apreensão tem como fundamentação legal a Lei 9.514/1997, que regula a alienação fiduciária de coisa móvel e prevê, em seu artigo 3º, que o credor fiduciário poderá, após o vencimento da dívida, requerer a busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente, independentemente de citação ou intimação do devedor. 5.Sim, o Banco dos Sonhos pode requerer a busca e apreensão do veículo em caráter liminar, desde que cumpridos os requisitos previstos no artigo 3º, §2º, da Lei 9.514/1997. Para tanto, deverá ser comprovado o inadimplemento das prestações e a constituição em mora da devedora, por meio de notificação extrajudicial ou outro meio legalmente admitido. Além disso, deverá ser depositada em juízo a importância correspondente a duas prestações, conforme determina o artigo 3º, §2º, da referida lei. 6.Não, a alienação fiduciária é admitida apenas em relação a bens móveis, nos termos do artigo 66, parágrafo único, da Lei 4.728/1965, que dispõe sobre o Mercado de Capitais e cria a Comissão de Valores Mobiliários.
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