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Aula4 CPC III

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CLASSIFICAÇÃO DA EXECUÇÃO - OBRIGAÇÃO – NATUREZA DA PRESTAÇÃO DEVIDA
As execuções imediatas (cumprimento de sentença). Autônomas (processos de execução) podem ter por objeto obrigações de fazer ou não fazer, de entregar coisa ou quantia. 
1.1Cumprimento de sentença para pagamento de quantia fundado em título executivo provisório que segue o rito dos arts. 520 e ss.;
1.2Cumprimento de sentença para pagamento de quantia fundado em título definitivo que segue o rito dos arts. 523 e ss.;
1.3Cumprimento de sentença para pagamento de obrigação alimentícia que segue o rito dos arts. 528 e ss.;
1.4Cumprimento de sentença para pagamento de quantia contra a Fazenda Pública que segue o rito dos arts. 534 e 535;
1.5Cumprimento de sentença de tutela específica de obrigação de fazer e não fazer, que segue o rito dos arts. 536 e 537;
1.6Cumprimento de sentença de sentença de tutela específica para entrega de coisa (art. 538).
2.Processo de execução autônomo (fundado em título extrajudicial) que também se divide em:
2.1Processo de execução para entrega de coisa (arts. 806-813);
2.2Processo de execução das obrigações de fazer e não fazer (arts. 814-823);
2.3Processo de execução das obrigações para pagamento de quantia prevista nos arts. 824 e ss. do CPC. Neste, por sua vez, dependendo da solvabilidade do executado (insolvência civil, art. 1.052), da obrigação a ser executada (alimentos, art. 911) ou ainda daquele que será executado (Fazenda Pública – art. 910), existirão subdivisões procedimentais específicas.
EXECUÇÃO ESPECÍFICA Em todas as suas formas, a execução deve buscar a satisfação do credor, atribuindo-lhe aquilo que obteria caso tivesse havido o adimplemento da obrigação: a execução, como regra, deve ser específica.
Inviabilidade:
Perecimento da coisa, nas obrigações de dar
Conduta pessoa. 
Conversão: Perdas e danos. 
PROVIMENTOS EXECUTIVOS
	Coerção
	Sub-rogação
	Judiciário - impõe meios de pressão para que o próprio devedor cumpra a obrigação que lhe foi imposta.
Ex: multas diárias, a prisão civil nas execuções de prestações alimentícias etc.
Regra geral: as obrigações de fazer e não fazer personalíssimas (execução por transformação) exigem a adoção de meios necessários e adequados de coerção
	Estado-juiz substitui a atividade do executado
Judiciário- substitui-se ao devedor no cumprimento da obrigação. Por exemplo, se ele não paga, o Estado apreende os seus bens, vende-os em leilão judicial e, com o produto, paga o exequente.
Regra Geral: obrigações de entrega de coisa (execução por desapossamento) sugerem o uso dos meios de sub-rogação.
Obs: Ambas as técnicas de execução podem ser utilizadas tanto na execução imediata como na autônoma.
“Princípio da atipicidade do meio executivo”: prestação pecuniária, que permite ao magistrado a escolha do meio executivo (sub-rogação ou coerção) necessário e adequado à realização da função executiva, tendo em vista as peculiaridades do caso concreto. 
Possibilidade de cumular meios coercitivos com sub-rogatórios:
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
[...]
IV – determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária.
Certamente, a, enquanto as obrigações de entrega de coisa (execução por desapossamento) sugerem o uso dos meios de sub-rogação.
PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO 
Autonomia da execução – mitigação - título executivo extrajudicial, pois só estas implicam a formação de um novo processo. 
EXCEÇÃO: cumprimentos de sentenças penais condenatórias, arbitrais e estrangeiras, que correm no juízo cível competente, e que continuam formando processo autônomo. O seu procedimento é idêntico ao da execução por títulos judiciais (cumprimento de sentença) em geral, com a exceção de que, em vez de simplesmente intimado, o devedor terá de ser citado (art. 515, § 1º). 
a) PATRIMONIALIDADE - Referência legislativa: artigo 789 do CPC
b) EXATO ADIMPLEMENTO – interesse do credor. Referência legislativa: artigo 797, 831, 899, 775 PU do CPC/15. Desistência do credor: (CPC, arts. 90 e 775, parágrafo único, I). PRINCÍPIO DO RESULTADO
Art. 797 CPC
Art. 825, I CPC
c)UTILIDADE - Reverter em benefícios ao exequente. Penhora valor baixo (CPC, art. 836).
d) MENOR ONEROSIDADE – Conjugação com os demais princípios. Interesse do credor - vários meios – deve ser pelo modo menos gravoso ao executado (CPC, art. 805). Escolha do bem penhorável: credor, e o devedor não pode exigir a substituição senão por dinheiro.
Exemplo: pode ser que ele tenha dois bens imóveis próximos, de igual valor e liquidez, cada qual suficiente para garantia do débito. Não há razão para que o credor exija que a penhora recaia sobre um deles, só porque o devedor o utiliza para alguma finalidade. Ainda que a execução seja feita em benefício do credor, não se pode usá-la para impor ao devedor desnecessários incômodos, humilha-ções ou ofensas. O juiz deve conduzir o processo em busca da satisfação do credor, sem ônus desnecessários ao devedor, cabendo a este quando invocar o art. 805, indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos atos executivos já determinados. 
e) RESPONSABILIDADE DO EXECUTADO – Pagamento das custas, despesas do processo e honorários de advogado. Outras: Edital/citação/intimação - precede aos leilões judiciais, com avaliação de bens e todas as outras que se fizerem necessárias ao bom andamento da execução. Antecipação credor.
f) CONTRADITÓRIO – mitigado – certeza do direito. Poder jurisdicional: Meio menos gravoso. Artigo(CF, art. 5º, LV). A inexistência de julgamento de mérito não se confunde com a ausência de mérito na execução. 
Na execução, o juiz não proferirá sentença de acertamento, porque a certeza do crédito é pressuposta. Desde que atendidas as condições da ação executiva e preenchidos os pressupostos processuais, ele atenderá à pretensão formulada pelo credor, determinando a prática de atos executivos, que garantam a satisfação do credor. 
g) DO TÍTULO
h) DISPONIBILIDADE – Dispor da ação executiva e de quaisquer medidas aí adotadas. Desistir sem o consentimento do adversário (art . 775, caput) . O princípio da disponibilidade se aplica ao cumprimento da sentença (art . 513) .
Por conseguinte, do cumprimento provisório ou definitivo das resoluções judiciais o exequente poderá desistir a qualquer momento, em razão de seu amplo poder de disposição .
i) ADEQUAÇÃO
Propor cionalidade e da razoabilidade nos domínios executivos .Em síntese, aplicar-se-á, na execução, a via executiva idônea para atingir o bem, quando “II – indicar: a) a espécie de execução de sua preferência, quando por mais de um modo puder ser realizada ” (art . 798), a exemplo do que ocorre na obrigação pecuniária alimentar, a qual dispõe de vários meios executórios, mas seu emprego se governa pela ordem legal (arts . 16, 17 e 18 da Lei n . 5 .478/68)
DIRETIVAS DA EXECUÇÃO
Orientações peculiares que devem ser dadas a alguns princípios do processo civil quando se está diante da tutela executiva.
A PRIMEIRA DIRETIVA: A SOLUÇÃO INTEGRAL DO MÉRITO ENGLOBA A SATISFAÇÃO DO DIREITO COM EFICIÊNCIA E EM TEMPO RAZOÁVEL
Acesso à justiça consagrado no inc. XXXV - tutela tutela integralmente prestada e em tempo razoável (art. 5.º, LXXVIII).
CPC de 2015 - art. 4.º .
Art. 4.º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.
A regra dos arts. 536 e 538 do CPC que estabelecem a possibilidade de início de “ofício” do cumprimento de sentença definitivo de fazer e não fazer e entrega de coisa - provocação já foi feita quando do ajuizamento da petição inicial.
Artigo 513 e 523 do CPC. - Não se pede uma sentença condenatória, mas sim a sua satisfação. 
A SEGUNDA DIRETIVA: A BUSCA DA MAIOR COINCIDÊNCIA POSSÍVEL
O sistema processual deve esforçar-se para que o jurisdicionado nele encontreum resultado que seja o mais coincidente possível com aquele que teria caso não fosse necessário o processo.
O Estado - resultado (tutela) o mais coincidente possível com o que originariamente esperava o jurisdicionado caso o adimplemento fosse espontâneo e nenhuma crise existisse.
Coincidência de resultados – e de meios também – sempre que este último aspecto for possível.
Cumprimento de obrigações específicas - o juiz se valha de meios executivos coercitivos (meios de atuação da norma concreta), justamente para compelir o próprio executado a satisfazer o direito exequendo.
A TERCEIRA DIRETIVA: AMPLITUDE DOS MEIOS EXECUTIVOS (TÍPICOS E ATÍPICOS)
A motivação constitucional trazida pelo Estado social de realizar os direitos do cidadão – neles incluído o direito à tutela justa e efetiva – fez com que o juiz saísse de uma postura tímida e inerte para assumir uma conduta participativa e comprometida com a entrega, em tempo razoável, da tutela jurisdicional. Esse papel participativo é, na verdade, desejado pelo próprio legislador processual, que tem, aos poucos, modificado institutos e introduzido novas técnicas processuais que são adequadas aos ditames do Estado social. Muitos são os exemplos de técnicas novas e outras revisitadas no CPC de 2015 com o intuito de implementar a tutela justa e efetiva em tempo razoável.
Atipicidade dos meios executivos - cláusula geral da execução (inci. IV do art. 139). 
A atipicidade dos meios executivos para a atuação da norma jurídica concreta é prevista no novo CPC, como cláusula geral de toda atividade executiva no art. 139, IV e como regra específica do cumprimento de sentença das obrigações específicas no 536 (fazer e não fazer) e art. 538 (obrigações de entrega de coisa).
ADSTRIÇÃO - Limite natural dessa cláusula aberta é outra – a do menor sacrifício possível –, que servirá de contenção à atuação da atipicidade dos meios executivos.
É importante deixar claro que a atipicidade dos meios executivos paira sobre todas as modalidades de execução, inclusive para a efetivação da tutela provisória, como prescreve o art. 297 do CPC.
Cláusula Geral - incidiria subsidiariamente? Arts. 523, 827, 805 e 813. 
A QUARTA DIRETIVA: PROBIDADE DAS PARTES NA EXECUÇÃO
Art. 5.º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.
Arts. 77 e ss - deveres processuais de todos os sujeitos do processo, em que se encontra arrolada uma série de comportamentos tidos como leais e adequados a um processo ético.
Comportamento indignos e atentatórios à justiça (art. 80).
Princípio da boa-fé - norma fundamental de direito processual civil, de onde se extrai, também, o dever de probidade entre todos aqueles que dele participam.
Atuação de ofício com imposição de medidas preventivas e punitivas (previstas no ordenamento) contra aquele que descumpre ou ameaça descumprir os deveres de lealdade processual. 
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: […] III – prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente protelatórias;
Art. 77, de onde se extrai dois incisos (IV e VI) que tocam diretamente à tutela executiva:
Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo: […]
IV – cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação;
[…]
VI – não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.
§ 1.º Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça.
§ 2.º A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta.
§ 3.º Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2º será inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execução observará o procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos fundos previstos no art. 97.
§ 4.º A multa estabelecida no § 2.º poderá ser fixada independentemente da incidência das previstas nos arts. 523, § 1.º, e 536, § 1.º.
§ 5.º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2.º poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.
§ 6.º Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do Ministério Público não se aplica o disposto nos §§ 2.º a 5.º, devendo eventual responsabilidade disciplinar ser apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará.
§ 7.º Reconhecida violação ao disposto no inciso VI, o juiz determinará o restabelecimento do estado anterior, podendo, ainda, proibir a parte de falar nos autos até a purgação do atentado, sem prejuízo da aplicação do § 2.º.
§ 8.º O representante judicial da parte não pode ser compelido a cumprir decisão em seu lugar.
Retrocesso: § 1.º, há a necessidade de que a multa imposta pelo descumprimento do dever estampado nos incs. IV e VI seja precedida de uma sanção de advertência.
§ 4.º do art. 77. Nesse dispositivo o objeto tutelado é a dignidade da justiça, e essa multa não se baralha com a astreinte, cujo papel coercitivo é precípuo e o sujeito processual por ela atingido é sempre o requerido em desfavor de quem é efetivada a tutela. A cumulatividade das duas multas processuais é absolutamente possível de acontecer como estabelece de maneira clara o CPC.
Art. 96 do CPC que trata do beneficiário pela sanção de multa por má-fé imposta pelo juiz. Multa processual àquele que atentar contra a jurisdição (art. 77, §§ 1.º, 2.º e 3.º), a referida verba será destinada aos cofres públicos, o que nos parece lógico e sensato, pois trata-se de ato que atenta contra a jurisdição estatal.
Contradição do legislador art. 774, parágrafo único, “em proveito do exequente, exigível nos próprios autos do processo, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material”.
 Ora, por que no art. 77, § 3.º, a multa por tal ato destina-se aos cofres públicos e no art. 774, parágrafo único, em proveito do exequente se ontologicamente a conduta é a mesma? Parece-nos que houve aí uma falha na sistematização dos dispositivos que tratam do mesmo instituto.
Art. 772. O juiz pode, em qualquer momento do processo:
I – ordenar o comparecimento das partes;
II – advertir o executado de que seu procedimento constitui ato atentatório à dignidade da justiça;
III – determinar que sujeitos indicados pelo exequente forneçam informações em geral relacionadas ao objeto da execução, tais como documentos e dados que tenham em seu poder, assinando-lhes prazo razoável.
[...]
Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que:
I – frauda a execução;
II – se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos;
III – dificulta ou embaraça a realização da penhora;
IV – resiste injustificadamente às ordens judiciais;
V – intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e seus respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus.
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em montante não superior a vinte por cento do valor atualizado do débito em execução, a qual será revertida em proveito do exequente, exigível nos próprios autos do processo, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material.5-6-7
Para tanto, sabendo que a tendência natural é a de que a atividade jurisdicional executiva esteja mais propícia à improbidade processual do executado, o legislador fez questão de prever um regramentoespecífico relativo à penalização das partes caso pratiquem condutas atentatórias à dignidade da justiça.
Assim, o art. 774 do CPC – rol exaustivo - restritivo de direitos.
Artigo 918, III, do CPC, que determina que os embargos do executado manifestamente protelatórios serão liminarmente indeferidos e considerados como atentatórios à dignidade da justiça.
Aart. 903, § 6.º, ao reconhecer como ato atentatório à dignidade a suscitação infundada de vício com o objetivo de ensejar a desistência do arrematante da arrematação. 
Conduta da multa prevista no art. 774, parágrafo único, é bem mais severa do que aquela que está prevista no art. 81 do CPC, o que demonstra a especialidade daquele dispositivo em relação a este.
A QUINTA DIRETIVA: SUJEITABILIDADE DO PATRIMÔNIO E MENOR SACRIFÍCIO POSSÍVEL
O art. 805 do CPC determina que:
Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos atos executivos já determinados.
Cláusula geral de proteção do executado contra os excessos da execução. É importante que, quando se diz de “proteção do executado”, isso deve ser interpretado dentro e de acordo com os limites lógicos da tutela executiva. 
A SEXTA DIRETIVA: O PROCEDIMENTO EXECUTIVO DE DESFECHO ÚNICO
Desfecho único é que este procedimento não é voltado para ser o mesmo palco dialético do processo cognitivo. Seus atos, sua destinação e seu ritmo são construídos para que o seu desfecho típico seja único: satisfação do direito exequendo.
Itinerário executivo é a obtenção da satisfação do direito exequendo.
A execução civil poderá ser frutífera ou infrutífera, mas não procedente ou improcedente.
Iniciada a tutela executiva, há uma sequência ordenada e ininterrupta de atos voltados à execução e satisfação do direito exequendo.
É verdade que, se se trata de cumprimento de sentença ou se é em processo autônomo para execução de título extrajudicial, essas “defesas” do executado têm conteúdos diferentes. 
Processo de execução, permite-se que o executado possa questionar o processo executivo ou a pretensão executiva mediante a técnica processual dos embargos do executado, que são formalmente uma ação judicial, mas nítido conteúdo de defesa. 
Desfecho único - em uma demanda cognitiva e oposta à execução, os embargos do executado, que ex lege não são dotados de efeito suspensivo, e que terão por conteúdo qualquer matéria que seria lícito ao executado oferecer em contestação (art. 917, VI).
Por outro lado, tratando-se de execução fundada em título judicial, há de se distinguir quando se tratar de execução específica com fulcro nos arts. 536 e 538 da execução por quantia certa, fundada nos arts. 520 e 523 do CPC. 
A SÉTIMA DIRETIVA: A LIBERDADE/DISPONIBILIDADE NA EXECUÇÃO

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